1. Spirit Fanfics >
  2. Colecionador de Lágrimas >
  3. Terceira Lágrima

História Colecionador de Lágrimas - Terceira Lágrima


Escrita por: bulletproof-

Notas do Autor


atrasada? claro.
se eu falar que fiquei mais de 3hrs procurando uma foto p capítulo e n achei, vcs iriam me chamar de louca né? bom, ainda bem q n aconteceu isso ahsuahus

boa leitura e por favor, n me matem por esse capítulo!

Capítulo 3 - Terceira Lágrima


Fanfic / Fanfiction Colecionador de Lágrimas - Terceira Lágrima

Capítulo III - Terceira Lágrima.

 

 Haviam se passado apenas três dias desde a aparição repentina de Seokjin naquela noite chuvosa na pequena e velha casa do loiro e consequentemente três dias na presença contínua do mesmo.

 Mesmo pouquíssimo tempo tendo se passado, aquela noite em que o mais novo permitiu desmanchar-se em lágrimas nos braços acolhedores do moreno, não foi mencionada em conversas aleatórias que os dois rapazes já tinham tido até então.

 Ainda era muito estranho para Namjoon ter Seokjin junto a si durante esses somente três dias de companhia.

 Tê-lo sentado em seu sofá rasgado durante boa parte desses somente três dias; tê-lo para dividir a comida das refeições diárias que conseguira comprar com seu último pagamento; tê-lo como sua primeira opinião sincera e algumas vezes impiedosa nas críticas sobre suas escritas e batidas, e até mesmo a acompanhando com sua voz doce e leve; tê-lo como um acompanhante até os estabelecimentos locais em busca desesperada por um emprego novo e principalmente, tê-lo como um tipo de confiança bem ao seu lado.

 Mais estranho ainda, foi quando os dois saíram para rua pela primeira vez até a lojinha de conveniência da esquina, e o quanto que os olhos do loiro se esbugalharam ao descobrir que o moreno 'anjo', que caminhava ao seu lado podia ser visto por alheios em sua volta, assim que um conhecido que passava lhe perguntou sobre o garoto de ombros largos que estava consigo.

 Seokjin gargalhou alto enquanto continuou a caminhar pela calçada, deixando um Namjoon de boca aberta para trás. Após o alcançar nos passos, o moreno pôs-se a explicar que apesar de ser um ser espiritual e toda aquela lenga-lenga que havia dito antes ao mais novo, contou que a partir do momento que estavam juntos e em sua forma atual, ele passava a ser um humano como todos os outros e, claro, omitindo o fato de que para isso ele se aproveitava de suas brilhantes lágrimas.

 

--

 

 - Namjoon, você acha mesmo que vai conseguir algo aqui?

 Seokjin chamou atenção do outro, que olhava fixamente para a fachada da loja de roupas no centro da cidade, que poderia ou não ser o lugar da qual passaria a tirar seu sustento mensal caso lhe dessem essa chance.

 Os dois estavam na calçada um pouco afastada da loja, esperando que o loiro tomasse coragem de direcionar-se até lá e repetisse o mesmo processo das outras vezes.

 Analisou por cima, a calça de lavagem escura passando a mão em forma de nervosismo na camiseta e jaqueta simples, porém segundo ele, adequada para a ocasião. Encheu os pulmões de ar, olhando para o lado e encontrando um Seokjin de braços cruzados com seu típico sorriso nos lábios o encarando. Sorriu de volta mostrando suas covinhas que ao ver de todos, eram adoráveis e o dava um ar infantil.

 

 - Espero que sim...

 Em passos lentos e tentando ao máximo ser confiante, aproximou-se da loja abrindo logo em seguida a porta de vidro, fazendo com que a atenção de alguns clientes por perto e de uma jovem de cabelos preto, voltasse para si.

 Sorriu para a mesma enquanto andava até o balcão, parando logo em seguida para que começasse como das outras nove anteriores vezes.

 - Em que posso ajudar senhor...?

 - Kim. – respondeu – Gostaria de saber se vocês estão contratando no momento?

 Recebeu um sorriso largo da garota a sua frente e estranhou aquele ato. Iria rejeita-lo ‘educadamente’ como havia sido antes com a desculpinha de que não precisaria de uma ajuda extra?

 Pensou em girar os calcanhares e voltar de onde veio, mas antes, escutou a voz fina lhe preencher os ouvidos.

 - Acho que hoje é seu dia de sorte, Senhor Kim. – encarou a tentando digerir o que havia dito – Um dos nossos funcionários deixou a loja hoje mesmo, então, estamos com uma vaga aberta.

 A mesma o encaminhou para uma sala bem organizada e decorada, onde ocorreu uma breve entrevista com uma senhora que aparentava estar no auge de seus cinquenta e poucos anos, e certamente seria a responsável por controlar aquele estabelecimento. 

 Preencheu alguns papeis, ouviu elogios sobre a ótima escola em que se formara, escutou algumas orientações e até mesmo foi levado em cada departamento dali para um pequeno ‘tour pela moda’ como a própria Senhora, agora, Choi lhe apresentou. Ela certamente era dona de um humor notável, e até mesmo apertou as bochechas do loiro e afundou seus dedinhos pequeninos nas covinhas que apareciam ao sorrir com as piadinhas da ahjumma.

 Após todo o processo, finalizou a conversa com um aperto de mão amigável e a certeza de sua semana de treinamento ser na próxima segunda-feira.

 Namjoon saiu do local transbordando felicidade, se não fosse tão comprometedor teria gritando, berrado ali no meio da loja e até mesmo, puxado um dos manequins em exposição com peças caras para dançar consigo de tão empolgado que se encontrava naquele instante.

 Procurou Seokjin, não o encontrando onde o deixara antes de partir, continuou a varrer os olhos pelos locais próximos, até ter sua atenção voltada a uma pequena praça cheia de crianças que deveria ter apenas cinco ou seis aninhos, correndo e pulando em volta de um rapaz de cabelos castanhos e ombros largos.

 Era ele mesmo.

 Andou aproximando-se mais do grupinho parado ao lado do tanque de areia, vendo o momento exato que os serzinhos derrubaram o mais velho naquela sujeira toda, fazendo gargalhadas da criançada e resmungos de irritação de Seokjin preencher o ar infantil que se tinha naquela parte da praça.

 Observou-o se levantar e sacudir a poeira que havia em suas roupas, reclamando com os pequenos que nem ao menos prestavam atenção em suas broncas.

 Sem pensar, Namjoon correu de onde estava e em um pulo, derrubou Seokjin novamente no tanque de areia, fazendo o gritar mais alto em protesto para que saísse logo de cima de si.

 - Jin-hyung eu consegui, eu consegui! – dizia afoito enquanto apertava o corpo do mais velho contra o seu em um puro ato de alegria.

 - Yah, Namjoon! Saia já de cima de mim, vamos. – Namjoon gargalhava com o desespero de seu hyung para que se livrasse do corpo do loiro sob o seu e as crianças gritando e jogando areia de um lado para o outro, lhes deixando completamente imundos.

 O mais novo finalmente saiu de cima do rapaz ainda rindo, dando lhe a mão para que a segurasse e se levantasse, e assim o fez. Bateram na própria roupa para que todos aqueles grãozinhos finos de areia os largassem e voltassem para aquele tanque.

 - Conseguiu o quê? – perguntou bravo depois de certificar-se que estava completamente limpo.

 - Um emprego hyung, estou contratado, acredita nisso?

 - É sério? Namjoon, isso é ótimo! – o abraçou por impulso desmanchando a cara feia de antes, fazendo os corpos se chocarem pela força do contato. – Fico feliz por você. Pelo menos agora vai parar de reclamar no meu ouvido por ficar sem fazer nada.

 O mais novo logo sorriu com a ideia de finalmente ocupar seu tempo vago com algo durante o dia, e não só ficar encarando o teto de mofo da pequena casa ou jogando conversa fora com Seokjin.

 Estava finalmente feliz por ter dado certo dessa vez, mesmo depois de tantas negações que foi escutado, por cada lugar que passou.

 - Hyung, vamos brincar mais um pouco. – um garotinho de cabelinhos espetados para o alto, falou enquanto puxava o rapaz para que se sentasse ao seu lado no chão. – Você mal ficou aqui com a gente...

 - Não faça essa cara para mim. – retrucou ao ver um bico formar-se no rosto do menino – Vocês me atacaram suas pestinhas! Eu já estou indo embora.

 - Qual é Jin, deixe de ser chato e brinque com a criança. Você não vai morrer por isso. – disse o loiro já se sentando ao lado do garotinho com uma pá de brinquedo em mãos, ao mesmo que via o moreno se levantar e começar a caminhar.

 O mais velho não gostava tanto assim de crianças mas percebeu que não iria conseguir de jeito nenhum arrastar o outro consigo, então bufou e logo fez o mesmo que Namjoon, sentando-se ao lado dos pequenos para que brincassem na areia.

 Namjoon em alguns momentos parava para analisar melhor o rosto de Seokjin e a cada vez que seus olhos passavam por sua face, concretizava mais ainda que, sim, Seokjin era o garoto mais bonito que já vira até agora. Talvez isso devesse ao fato dele ser algo de outro plano ou algo assim, pensou.

 Os dois rapazes se transformaram em completas crianças naquela tarde ensolarada. Até mesmo correram um atrás do outro pela praça junto dos menores em seus lados, entrando no ritmo de cada pequeno presente ali.

 Quando o cansaço os atingiu e a presença das pestinhas, como Seokjin as apelidou por não recordar o nome de todos, se fizeram escassas, permitiram-se jogar-se contra a grama verde e gargalharem pelo o que havia acontecido minutos atrás.

 Levantaram quando a noite começara a cair e fizeram o caminho de volta para a pequena casa de Namjoon, fazendo resmungos de dores nas pernas preencherem a volta.

 

--

 

 Depois de chegarem e estarem finalmente devidamente banhados e com a certeza de que nenhum fiapo de grama ou pedrinha de areia se fazia presente em seus cabelos ou qualquer parte de seus corpos, os dois fizeram o que faziam desde os três dias anteriores: Seokjin sentando no sofá rasgado lendo um livro qualquer que achara pela casa, enquanto observava Namjoon em sua cama, testando algumas combinações de batidas e palavras para que uma rima boa saísse.

 - Nunca mais ouse em me deixar novamente no meio daqueles pirralhos, Namjoon. – levantou os olhos da leitura repetindo aquela frase mais uma vez arrancando um riso do loiro.

 - São apenas crianças hyung e elas ainda gostaram de você. – riu ao ver uma careta se formar na face alheia.

 - Mas não eu delas. – bufou.

 Ficaram em silêncio por alguns instantes, até que Namjoon chamou o mais velho para que esse lesse e desse sua opinião sobre sua recente escrita, esse ato já havia virado um hábito dos dois.

 

 - Acredito em mim, acredito em mim mesmo, acredito que a minha voz um dia vai se espalhar. Você sabe que eu acredito no amor, acredito na esperança. – leu em voz alta. – Profundo...

 - Só profundo? Nada mais? – o loiro lhe perguntou prendendo o lábio inferior por entre os dentes em um ato evidente de nervosismo.

 - Já parou pra pensar que não adianta de nada passar horas escrevendo sobre conquistar algo e acreditar em si, sem nem ao menos ir atrás pra isso acontecer?

 Seokjin soltou direto e sem dó olhando profundamente em seus olhos, vendo o mais novo abaixar a cabeça e girar a caneta preta entre os dedos, que após observar durante esses dias, era a maior forma que o entregava de bandeja quando algo incomodava o rapaz.

 Namjoon sabia o quão sincero e cortante as palavras de seu hyung poderiam ser mesmo em apenas três dias. Ele já havia falado outras coisas antes quando lhe fora perguntado sua opinião, mas, sempre dissera coisas como alguma expressão não se encaixar bem na frase ou até mesmo que faltava mais personalidade nas letras, mas nunca jogara que deveria fazer algo sobre aquilo.

 

 - Sabe Kim, focar muito em uma coisa que não dará resultado é apenas uma forma de desperdiçar a vida em besteiras. – Namjoon arregalou os olhos digerindo o que tinha acabado de escutar, estava mesmo ele chamando seu ‘trabalho’, seu hobbie e até mesmo sua maior paixão de um desperdício sem valor? Até parecia ser seu pai ali em sua frente lhe cuspindo aquelas palavras de desprezo.

 Em um pulo rápido, tomado pela raiva, Namjoon puxou Seokjin, que estava ao lado da cama com algumas folhas em mãos, pela gola de seu pijama, até a parede próxima ao sofá, prensando o corpo do mais velho no cimento frio fazendo o soltar um grunhido baixo pelo impacto forte.

 

 - Não abra a porra da sua boca pra falar essas merdas, Seokjin. – esbravejou próximo ao rosto do mesmo que gargalhou, lhe arrancando um olhar curioso.

 - Você é tão previsível Namjoon. – colou suas mãos uma em cada ombro do loiro e o empurrou com uma força que ele não esperava vir do mesmo – Se você não está preparado pra escutar essas merdas, rasgue tudo o que já escreveu até agora porque é só isso que essas letras dizem.

 Sem dar tempo para o outro se recompor e lhe responder, o empurrou forte novamente para que se afastasse mais de seu corpo e lhe desse passagem para atravessar a sala, parando logo na porta da residência.

 

 - Sabe qual é o seu problema? – perguntou atraindo a atenção do outro enquanto girava a maçaneta e se posicionava no vão entre o batente e a estrutura de madeira – Você não está preparado pra lidar com a verdade.

 E assim saiu com seu famoso sorriso nos lábios batendo a porta atrás de si, fazendo Namjoon olhar perplexo para o lugar onde estava segundos atrás.

 O loiro irritado levou para o chão tudo que estava em cima da cama, fazendo folhas e mais folhas dançarem pelo ar como leves penas pela sala preenchida apenas por seus gritos de raiva e xingos.

 Namjoon nunca escutara aquilo de ninguém, principalmente que iria escutar pela primeira vez saindo da boca de Seokjin, alguém que lhe prometeu proteção e cuidados. Tinha uma consideração enorme pelo mesmo, se não fosse sua aparição e até mesmo sua ajuda nesses dias que se passaram, não saberia nem se teria tido a coragem de levantar da cama e ir atrás de um emprego.

 Ele estava realmente certo?

 Não importava o certo e errado, o moreno sabia muito bem como ele amava aquilo e até mesmo viu nesses dias como se esforçava com sua escrita em seu mundinho, e chamar toda aquela luta de ‘merda’ foi o cumulo para si, o deixou irado.

 Estava ciente que deixar suas palavras se acumular pelos cantos da casa em pilhas e mais pilhas não levaria a lugar algum, mas também estava ciente que as coisas não funcionavam tão fácil, não é como se ele chegasse em uma gravadora, ganhasse reconhecimento em um passe de mágica com suas letras e saísse de lá saltitando feliz e jogando confete pra cima, não era assim.

 Jogou-se na cama ainda bufando de raiva e parando pra pensar até onde os dois haviam chego naquela noite com essa discussão idiota e sem cabimento.

 Estava sozinho novamente em sua casa pequena como naquela noite chuvosa com a mente a mil por hora.

 Estava tudo uma merda mesmo.

 

 A real verdade é que Namjoon não queria encarar a verdade sem Seokjin ao seu lado.

 

 I wonder, how am I supposed to feel when you're not here


Notas Finais


espero que vcs n estejam putos comigo dps dessa briguinha ahsuhaushahdshauhs
era pra atualização ter saído ontem mas minha mente tava muito ruim pra escrever algo e n queria postar qqr coisa p vcs
e pessoal, vamos falar de Wings, gente o que está sendo isso??? to ficando louca com cada short film e teoria, mds...

enfim, comentem oq vcs estão achando da história e me digam oq esperam daqui pra frente, quero saberrrrrr
até a próxima gente

beijos pra vocês!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...