História Colegas...ou não? - Capítulo 2

    A música era ensurdecedoramente alta, luzes coloridas, estrobos e lazers iluminavam o ambiente escuro e fechado, de frente para a pista, o palco estava ocupado por todo um conjunto de aparelhos usados por DJs. A pista estava lotada de corpos suados se esfregando uns nos outros em busca de um contato íntimo ao ritmo de músicas pop eletrônica. Da posição que estamos, temos visão limpa de toda a pista, uma das salas Vips no segundo andar, a parede toda de vidro era uma tela limpa para a pista.

- Então Naruto, qual o seu curso? - Ino era uma das amigas de Sasuke, loira de belos olhos azuis, uma garota bem animada que já me recebeu como um grande amigo.

- Gastronomia - Falei bebericando uma bebida que me foi servida.

- Sério? então você é tipo um chefe? - Gaara, o namorado da loira, um ruivo com cara enfeitada mas que é muito legal quando se conhece melhor.

- Não, mas um dia pretendo montar meu próprio restaurante.

     Seguimos boa parte da noite
Conversando, além desses que já apresentei, tem também um cara de cabelos brancos e dentes afiados, Suigetsu é o seu nome, o outro era um moreno de cabelos castanho chamado Shikamaru.

    Todos estudantes de faculdades, mas logo soube que frequentando faculdades diferentes, e ouso dizer que até os meios sociais são diferentes, tendo em vista o fato de serem claramente  ricos.

    A noite em si foi muito divertida, depois das horas de jogar conversa fora fomos para pista e passamos o resto do tempo ali, entre danças, bebidas e risos.

    Posso dizer que minha primeira noite na cidade grande foi realmente incrível.

(...)

- NARUTO - Ouvi meu nome ser gritado do lado fora da porta. - Quantas vezes eu tenho que falar para você não deixar suas coisas espalhadas no banheiro.

    Levantei da cama ainda com a preguiça impregnada no corpo e fui até a porta para enfrentar a fera de olhos negros.

- Foi mal cara, cheguei muito cansado ontem - Falei assim que abri.

- Vai tirar a porra da sua cueca do banheiro - Gritou virando as costas para sair do corredor - E vê se dá um jeito na bagunça que você fez na sala.

    Já faz mais um mês que estou morando nesse ap com o Sasuke, e apesar de algumas desavenças como essas, nos damos muito bem. Dividimos todas as tarefas, excerto a de fazer comida, essa eu assumi de bom grado, porque, falando sério, as coisas que ele prepara dizendo ser comida tem uma aparência no mínimo suspeita e o gosto não pode nem se dizer que é comestível, então no fim das contas eu faço a comida e ele limpa a cozinha, o resto das tarefas fazemos em dias alternados.

    Duas semanas após a mudança começou o meu primeiro semestre de aulas, Sasuke entrou no terceiro semestre do curso de arquitetura.

    Sair a noite para a balada se tornou rotina nos finais de semana, as vezes durante a tarde  vamos para a casa de um deles e passamos o tempo bebendo e jogando. Parece que eu realmente fui encaixado como parte do grupo.

- Pronto - Gritei saindo do banheiro e indo de volta para o quarto.

- Levanta logo dessa cama, peguiçoso, eu estou com fome.

- Caralho Sasuke - Exasperei me jogando na cama e cobrindo a cabeça com o travesseiro. - Hoje é sábado, eu quero dormir até o meio dia.

- porra nenhuma, levanta logo e vai fazer o café. - Sua voz estava mais próxima, provavelmente na porta do quarto. - E não se esqueça de tirar sua bagunça da sala.

    Levantei a contra gosto e do jeito que estava, vestido apenas com uma boxer azul escura, fui até a cozinha e me pus a preparar um café da manhã. Minha ideia Inicial era fazer apenas um shiro gohan (arroz Branco) ou Tamagoiaki (omelete japonesa) e chá Verde, mas no fim das contas acabei preparando a refeição completa porque eu não consigo cozinhar nada simples.

    Sasuke passou quase o tempo todo sentando na mesa com um caderno, um livro e um notebook apoiado sobre a mesma. Nem se dispôs a me ajudar a arrumar a mesa para o café.

     Depois de comer ele se arrumou e saiu e eu voltei feliz da vida para minha cama super macia e confortável e passei o resto da tarde usufruindo do sono profundo para recuperar aqueles que a faculdade me roubava.

(...)