História Colégio Ooo para Super Dotados - Noite do pijama

Bonnibel:

Desci as escadas e meu coração estava disparado, ela estava de costas. Fiquei olhando para ela algum tempo e depois fiz um barulho para ela saber que eu estava ali. 

- Ei. - Marcy sorriu. - Bem na hora. Está quase pronto. 

- O cheiro é maravilhoso. - A cozinha tinha um balcão com bancos. Sentei em um deles e apoiei o braço, de modo que ficaria observando a vampira.

- Vou te servir. - Marceline foi até o armário e pegou dois pratos. Ela me serviu e se virou. Era macarrão com molho branco.

- Como sabia que eu gosto? - Peguei um garfo e experimentei. - Nossa Marcy, está maravilhoso.

- Ufa, que bom que gostou. - Sorriu. - A vampira se serviu e sentou do meu lado.

- Achei que só comia vermelho. - Olhei pra ela.

- As vezes eu como comida, só pra variar um pouco.

Conversamos sobre muitas coisas. Ela me contou que seu pai governa a Noitosfera e me contou como as coisas funcionam lá. Contei que meu pai governa o Reino Doce e que um dia eu tomaria seu lugar. Perguntei como era a escola antes de eu entrar e como ela se tornou tão popular.

- Eu não sou popular. Apenas conquistei a confiança do diretor. Mas não era meu objetivo. - Ajeitou a cozinha e fomos pra sala assistir um filme.

- Porque o Finn não gosta de ti? Ele diz que você é do mal. Eu não acredito nisso.

- Porque ele queria estar no meu lugar. E como eu venho da Noitosfera, ele acha que a qualquer momento eu vou bolar um plano pra acabar com toda Ooo. Eu nem tenho poderes pra isso. - Sentando no sofá.

- Nossa que injusto isso. - Fiquei pensando no que ela me disse.

- Mas está tudo bem, acho que hoje provei que eu não vou causar mal. Muito pelo contrário. 

Nos ajeitamos no sofá e colocamos o filme, me arrependi de deixar Marceline escolher pois era de terror. Estava com um travesseiro cobrindo meu rosto.

- Jujuba....- Rindo. - Não precisa ter medo.

- Nunca mais deixo você escolher os filmes.

Sinto seu braço me puxando pra perto dela. Deitei minha cabeça em seu peito e o medo se dissipou. Era incrível a sensação de segurança que ela passava. Coloquei a outra mão em sua cintura e assim ficamos. Cada uma com seus pensamentos. Um tempo depois peguei no sono. Acordei no colo de Marceline, sendo levada pra cama.

- Marcy? - Ainda sonolenta.

- Shiu....Princesa. - Me colocou na cama.

- Deita comigo. - Estiquei o braço.

Peguei na mão da vampira. Ela deitou no meu lado e eu abracei ela. Não sabia muito bem qual seria sua reação, mas eu não estava controlando muito minhas ações. Marcy me abraçou de volta. 

No outro dia, acordei naquela mesma posição. A vampira tinha uma expressão serena e parecia estar dormindo ainda. Observei ela durante um tempo. Ela era linda, aqueles cabelos pretos imensos tomavam metade da cama. Seu corpo definido e marcas de luta. Parei em sua boca. Como seria beijá-la?? MEU DEUS PORQUE ESTOU ME PERGUNTANDO ISSO? 

Fiz um movimento suave e deitei novamente. Me mexi para disfarçar de que estava acordando agora também. Marcy despertou e me olhou, me abraçou mais forte e abri os olhos.

- Bom dia Jujuba. - Sorriu.

- Bom dia Marcy. - Sorri de volta.

Nos arrumamos e fomos para o colégio. Enfim era sexta-feira. Era dia de treinar luta corporal. A aula que eu mais odiava, era a que Marceline iria me ajudar. Ela reservou uma sala para meus amigos, não ficaríamos no ginásio principal. A sala era equipada com uma academia completa, era lá que ela treinava todos os dias.

- Podem ficar a vontade pessoal e sempre que quiserem podem vir aqui treinar. 

- Obrigada Marceline. Você tem nos ajudado muito. Pode me ensinar algumas técnicas de luta? - Fionna estava ansiosa.

- Eu te ensino maninha. - Finn estava com ciúmes. 

- Claro, vamos marcar um dia. - Sorriu.

- Valeu Marcy. - Fionna voltou sua atenção para alguns pesos a sua frente.

- Vem Jujuba. Vou te ensinar algumas técnicas de defesa pessoal. - Fomos para um tipo de tatame, era bem pequeno.

Marceline era atenciosa, fazia os movimentos e me pedia pra repetir, me atacava de leve para eu mostrar a defesa correta. Me forçava a acertar. Apesar de odiar, eu estava prestando muita atenção e me esforçando para me sair bem. Passamos para os golpes de ataque. As vezes, Marceline ficava atrás de mim e me mostrava como meus braços teriam que ficar para dar um soco preciso, confesso que estava gostando daquele contato e, por vezes, me desconcentrei. Ri de mim mesma. 

Ficamos umas três horas treinando até que cansamos e paramos, comemos alguma coisa todos juntos e encerramos as atividades. Estava feliz que todos estavam conversando normalmente com Marceline. Odiaria ver que meus amigos não gostavam de alguém tão doce e que só queria o bem de todos.

Fomos para o vestiário, suamos muito, era uma manhã quente. Quando olhei pro lado, Marceline estava completamente nua e de costas. Fiquei sem reação. Não esperava por aquilo, estava totalmente vermelha, até que ela se virou e me pegou olhando pra ela.

- Que foi Jujuba? - Me olhou.

- N-Na-Nada. - Nisso Fionna saiu do chuveiro para cortar o gelo.

- Que foi gente? - Rindo.

Entrei para a cabine do chuveiro. Eu estava com vergonha e não soube reagir, como eu era burra. Tomei banho rápido e sai enrolada na toalha. Estava me trocando quando Marceline também saiu do chuveiro. Tentei agir o mais natural possível, mas olhando aquele corpo eu não conseguia disfarçar. 

Enfim, saímos do vestiário e fomos para o gramado do colégio, sentamos e conversamos sobre as matérias e as aulas. Quando deu o horário de saída, Marceline me acompanhou até em casa e fez um convite.

- Ei Jujuba, quer fazer noite do pijama? Dessa vez na minha casa? Chama as meninas, vai ser legal. - Marcy estava me sobrevoando.