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História Colégio Runeterra - Isso dói


Escrita por: Downpie_ e Seredine

Notas do Autor


genteee acabou a luz ontem e nao deu pra postar
aí está um capitulo em q eu mudei mt de humor escrevendo
PEGUEI A M7 DE RAKAN NO MESMO DIA Q COMPREI A SKIN KKKK
proxima maestria 7 é a katarina amo essa peranha (to m2 nela rip)

Capítulo 39 - Isso dói


Fanfic / Fanfiction Colégio Runeterra - Isso dói

Ekko estava exausto de procurar Jinx por todo lugar enquanto ligava para seus amigos que não sabiam de nada. Nem a mãe dela, apenas disse que a garota sumiu na noite de natal e continuou a beber sozinha em casa, já presumindo que o pior já havia acontecido e seria uma perda de tempo procurar.

Bem, era o dia de réveillon e nenhuma notícia dela. O rapaz já estava um tanto cansado, não conseguia dormir direito, sempre esperando que ela iria aparecer pela janela e enroscar o cabelo em algum lugar, sem conseguir parar de chorar silenciosamente.

Uma tragédia era previsível tratando-se de Jinx, mas não que ele iria passar dias torturando-se com a falta de informações. O rapaz não conseguia sair de seu quarto, o que não ajudava, cada coisa que seus olhos capturavam o lembravam dela.

Ele ouviu a porta abrir e cobriu sua cabeça com o cobertor, de barriga para baixo.

— Mãe, eu já falei que não... — ele já começou seu típico resmungo para a mulher que estava sentindo tanta pena que só estava preparando suas comidas favoritas.

— Levanta daí, bundão — o rapaz franziu o cenho ao ouvir a voz de Talon. — Nós vamos encher a cara.

— Como que.. — ele descobriu o rosto, sentindo-se cego quando o rapaz abriu as cortinas.

— Sua mãe nos deixou entrar — o rapaz explicou.

Ekko percebeu que não foi ele que abriu as cortinas e olhou para o lado apenas para ver Katarina com um vestido curto, parecendo mal-humorada. A noxiana olhou feio para ele e cruzou os braços. Ele novamente tentou fazer uma pergunta e foi interrompido, de novo.

— Kat não pode ficar sozinha em casa. Aparentemente ela iria chamar o amante secreto dela — o garoto explicou com um sorriso travesso que fez sua irmã revirar os olhos. — Para ser honesto, eu não duvido muito. Por que você está usando um vestido da Cassie, afinal?

— Primeiro, porque você está usando roupa social? — Ekko quis saber. Talon parecia um nobre da idade média com o traje de couro com um broche enorme com a insígnia de Noxus.

— Nós estávamos em uma reunião do Alto Comando de Noxus. Falei para o Talon me levar para algum lugar legal. Bem, aqui estamos — ela suspirou sarcasticamente. — Bem, eu posso dizer que fiz os generais se distraírem um pouco do que o pai estava dizendo.

— Você está levando a sério esse negócio de ser rebelde, hein — Talon deu um tapinha nas costas dela.

Da última vez que viu o noxiano, ele estava brigado com sua família. Não iria perguntar como eles estavam trocando sorrisos divertidos novamente. O seu drama já o ocupava demais. Katarina apoiou-se na janela e ficou olhando para a casa da frente, curiosa.

— Aquele é o quarto da Jinx? — ela sorriu e Ekko apenas confirmou com a cabeça, um tanto pesaroso. Percebendo o ar dele, o sorriso da ruiva desapareceu — Ela ainda não apareceu?

— Não sei mais o que fazer — o rapaz suspirou.

— Nós três podemos beber — Katarina deu de ombros, parecendo cansada.

— Não deu nada com a Riven? — Ekko perguntou para Talon, que também parecia triste.

— É, ela basicamente falou “não sei como te perdoar então fique longe de mim”. Como eu posso provar para ela que sou o cara se o que ela quer é distância? — ele reclamou, respirando fundo.

— Eu usei a desculpa da mãe morta e agora nós estamos de boa. Você deveria tentar — Katarina lhe deu uma cotovelada e ele a fuzilou com os olhos. — Não me olhe assim, é tudo verdade.

— Ekko, levanta daí logo — Talon resmungou.

— Eu meio que não posso... — ele coçou a cabeça, olhando para a ruiva desinteressada e encolhendo os ombros. Quando o irmão dela franziu o cenho, ela pareceu entender.

— Ah meu deus. Ele não está usando calças — ela exclamou, furiosa ao sair e bater a porta em seguida. Talon começou a rir e o outro não disse nada, apenas levantando-se e colocando uma calça jeans que estava jogada no chão.

O que aconteceu naquela manhã foi um borrão. Ekko lembrava-se de pouco, em um momento eles estavam chapando numa escadaria deserta de Piltover e então foram comprar bebidas. Também lembrava-se de ouvir Katarina fazendo perguntas sobre como Jinx era em momentos íntimos e ele respondeu. Pouco depois, haviam convencido Talon de ir falar com Riven novamente e eles foram até a escola andando para falar com ela.

Em algum momento, ele acordou dentro do metrô, babando na janela e segurando os saltos de Katarina. Os dois estavam discutindo, de pé na frente dele.

— O que aconteceu? — ele perguntou timidamente, sentindo a bochecha doer um pouco de ficar no vidro.

— Nós estamos indo para a casa dos Crownguard — Katarina mordeu o lábio inferior, empolgada.

— Espera... mas não era a Riven... — ele franziu o cenho. O barulho do trem andando fazia sua cabeça girar um pouco.

— É, ela está com a Taliyah. A internet diz que as fadinhas estão comemorando na casa de Lux — a ruiva balançou o celular na frente dele.

Ok, Ekko ainda estava confuso, mas não estava tão doido assim. Uma soneca sempre o ajudava a se acalmar. Ele estava ciente do que estava acontecendo, só estava um pouco bobo, sentia-se como se pudesse começar a fazer acrobacias involuntariamente a qualquer momento, mas tirando isso, estava tudo bem. Os noxianos pareciam estar se recuperando também, o que o fez perguntar-se que horas eram.

— Você quer um café? — Talon ofereceu um copo de papel para ele, do qual ele já estava bebendo.

— Não, valeu — o rapaz assentiu, levantando-se ao ouvir o anúncio do trem que eles chegaram em Demacia.

Ao sairem, Katarina pegou seus sapatos da mão dele e apoiou-se no irmão para calçá-los novamente, ainda segurando no braço dele para andar. Ekko não sabia o caminho à pé, já que quando veio na residência Crownguard estava de carro com Vi.

— Esse é o som de você abrindo mais a frente do seu vestido? — Talon levantou uma sobrancelha.

— Vai se ferrar — ela resmungou, fechando a frente totalmente. Após alguns segundos ela abriu de novo. — O que? Garen não responde minhas ligações então ele vai ter que me olhar sendo linda e não poder fazer nada. Ou pode... — ela riu maldosamente.

— Então vocês realmente já passaram da fase de negação? — Ekko apenas levantou as sobrancelhas, sabendo que se Katarina percebesse que ele olhou, Jinx iria ficar sabendo disso e não seria legal. Quer dizer, se Jinx aparecesse em algum momento, é claro.

— Mais ou menos. Eu ainda estou meio alta e disse coisas comprometedoras. Se sair daqui, eu vou castrar vocês dois — ela resmungou.

Ekko e Katarina nunca se deram muito bem, mas com Talon e Jinx em sua vida, não era como se ele pudesse ignorá-la. Mesmo com certo rancor das ações um do outro, não era como se eles se odiassem, só não faziam questão de conversar.

— Jinx nunca iria me perdoar — Ekko justificou e a ruiva apenas concordou com a cabeça.

O resto do caminho eles ficaram em silêncio, até os três reconhecerem o casarão branco com bandeiras azuis e douradas. Antes deles poderem bater na porta, Katarina tentou escalar o gazebo e caiu, lhes lançando um olhar ameaçador para que eles segurassem a risada.

Foi Talon que tocou a campainha, sendo o escudo humano de sua irmã. Após alguns segundos o sr. e a sra. Crownguard abriram a porta, os dois levantando uma sobrancelha ao ver o trio. A mulher fuzilou Katarina com os olhos, esta que deu uma cotovelada em seu irmão antes que a troca de olhares ficasse constrangedora.

— O que é? O que vocês possivelmente tem para me dizer no último dia do ano? O pai de vocês está querendo encrenca, é isso? — o homem resmungou.

— Boas festas, Crownguards! — Talon exclamou, fazendo os dois atrás dele darem risadinhas. — Nós viemos em paz, só ficamos sabendo que a nossa querida Taliyah está ai e precisamos conversar. Como estão vocês nesse lindo dia?

— Incomodados — o homem resmungou. Outro silêncio constrangedor tomou-se até que o senhor revirou os olhos num suspiro derrotado. — Tanto faz. Deixem todas as suas armas aí fora e podem entrar.

Ekko ficou fascinado com todas as lâminas que foram saindo de debaixo da roupa dos dois enquanto ele apenas deixou suas chaves e um estourinho que achou no bolso. Após ter uma quantidade justa de coisas no chão, ele parou de bloquear a passagem e deixaram os três entrarem.

— Se acontecer alguma encrenca, vocês vão se ver comigo — o homem falou especialmente para a ruiva, que apenas assentiu educadamente.

Ela soltou o cabelo e desfilou até o lado de fora ao ver que era onde todo mundo estava. Ekko foi junto rápido apenas para ver o rosto de Garen abrir-se numa surpresa feliz e cheia de receio. Talon apenas acenou negativamente com a cabeça.

Lux, Janna, Taliyah e Garen estavam sentados no jardim, as garotas conversando enquanto Garen estava sentado num balanço lendo um livro que caiu ao chão assim que ele viu sua amante chegar naquele vestido provocante.

— O que diabos? — Lux franziu o cenho ao ver os três ali.

— Boas festas! — Talon repetiu nervoso e os outros dois riram novamente.

— Sabem que não são bem-vindos aqui, certo? — a loira continuou.

— Isso nunca me impediu. E seus pais nos deixaram entrar, então... — Katarina deu de ombros numa risada malvada. — Não se preocupe, eu não vim aqui dar uns pegas no seu irmão. Ele nem atende o telefone!

Todos olharam para Garen, que corou violentamente e olhou para os lados, um tanto constrangido e irritado.

— Minha mãe quebrou meu telefone! — ele guinchou, indignado.

— Como se você não pudesse comprar outro — a ruiva resmungou, sem olhar para ele.

— Você me ignorou por um mês com a desculpa mais idiota que eu já ouvi, não tem moral pra reclamar — o demaciano redarguiu, fazendo a ruiva levantar uma sobrancelha, irritadiça. Ekko ficou realmente curioso para saber do que eles estavam falando.

— Por mais que eu esteja adorando isso... o que vocês vieram fazer aqui? — Janna quis saber, sorrindo para a Katarina irritada.

— Talon quer ser rejeitado pela Riven de novo mas não sabe onde ela está. Eu estou de castigo e não posso ficar em casa sozinha. Ekko... é, eu não sei — ela encarou o zaunita, como se precisasse de uma explicação.

— Sei lá, vocês me chamaram pra sair e aqui estamos — Ekko respondeu, dando de ombros.  — Ei, alguma de vocês tem notícias da Jinx? A Riven sabe?

— Espera, Talon, eu pensava que a Riven foi ver você no feriado. É a única explicação para ela não ter aparecido em uma semana — Taliyah franziu o cenho.

— O que? Riven também desapareceu? — o rapaz perguntou agressivamente, como se fosse culpa da morena.

— Bem, não é coincidência que as duas sumiram na mesma época. Talvez só estejam sendo loucas juntas — Katarina deu de ombros, mesmo que parecesse inquieta.

— Riven não é louca — o irmão respondeu rispidamente. — Muito bem, nenhuma ideia de onde ela está?

***

— A Taliyah me ligou de novo — Morgana resmungou, largando o telefone na cama. Riven apenas deu de ombros, sem sair do lugar. — É, depois de uma semana eles estão chegando perto. Você vai ter que falar. Não fique com vergonha, é normal ter uma recaída.

— Eu não quero falar sobre isso, ok?  — a loira resmungou, colocando-se de pé e passando as mãos pelo cabelo impacientemente. — Não é hora do almoço agora?

Morgana confirmou com a cabeça, um tanto frustrada. Ela vivia ali no Centro Ostro, apenas para não ter de lidar com sua família. Ela podia fazer isso por ser uma degenerada, mas Riven estar ali para fugir soava um tanto errado. Ela tinha uma vida pela frente, mas em uma semana já estava se acomodando.

Sem dizer muito, acompanhou a amiga até o refeitório, onde os malucos que não tinham família para a Friaca ficavam, sempre mais deprimidos que o normal. Aquela era uma época difícil no Centro. Elas sentaram na mesa perto das velhinhas psicóticas que achavam que eram diplomatas demacianas.

— Olhem só o que eu ganhei — Kayn, um residente do Centro, largou uma pequena cesta de bolinhos na frente delas. Morgana não gostava dele, era um esquizofrênico arrogante, além de ser o único garoto sarado naquele lugar.

— Ah, graças a deus. Eu achava que ia ter que comer essa couve — Morgana já foi enfiando a mão na cesta e tirando um bolinho de chocolate para devorá-lo.  — Isso está muito bom, quem que te deu?

— As idosas. Um presente de Natal ou algo assim por ser, em suas palavras, ‘uma gracinha’ — ele contou com um sorriso divertido.

— Você é quase uma prostituta — Morgana deu uma risada. Praticamente todas as mulheres daquele lugar se deleitavam com a beleza dele, por não haver algo melhor. Ele só não mexia com as viúvas ou as que haviam vindo de um relacionamento abusivo, mas de resto ele sempre tentava se aproveitar. — Se chegasse outro cara gostoso vocês iriam ficar competindo, sem camisa...

— Eu espero manter meu monopólio por mais tempo — ele assentiu, parecendo realmente considerar os planos para se tivesse competição.

— Posso pegar um? — Riven quis saber, um tanto tímida. Kayn assentiu com um sorriso galanteador.

— Ei, K, ela não. Riven está tendo problemas com um garoto — Morgana avisou, vendo que ela sorriu de volta um tanto constrangida.

— Não estou, o que quer que tinha entre mim e o Talon está bem longe de voltar — a noxiana resmungou, parecendo um tanto abatida.

— O que você disse? “Eu sou orgulhosa e estou me fazendo de difícil mesmo que eu queria tanto sentar na cara dele que me deixa triste”? Foi isso o que eu ouvi, sabe — Morgana falou sarcasticamente.

Riven apenas fez uma careta, como se estivesse rosnando para ela. Bem, a garota não estava discordando. Aquilo fez Morgana dar uma risadinha e ter várias perguntas que não teria vergonha de fazer, já que era uma degenerada.

— Quando foi a última vez que você entrou em ação, Riven? — a morena quis saber. A garota franziu o cenho em outra careta, continuando sem falar. — Ok, então realmente faz muito tempo. Foi com o Talon, né?

A garota levantou-se e a olhou com irritação, parecendo esperar que Morgana pedisse desculpas. Quando isso não aconteceu, ela saiu. A morena revirou os olhos, sabendo que aquela garota precisava relaxar e ela era a única capaz de ajudar nisso agora.  Quando seguiu-a, as duas acabaram na sala de TV e ela estranhou quando Riven apenas parou na porta.

— Que porra é essa? — Morgana entendeu a reação quando viu uma garota magra e pálida numa confusão de longos cabelos azuis caindo sentada numa poltrona, lendo uma das revistas adolescentes de dez anos atrás.

Jinx as percebeu na porta e sorriu nervosamente, voltando à sua leitura em seguida. Morgana percebeu que ela usava a bata branca estampada de ursinhos que eles sempre davam na UTI. Quantos dias ela ficou hospitalizada? Antes de ponderar o motivo, viu que a parte inferior dos antebraços dela pareciam ter sido mutiladas violentamente.

— Você parece um fantasma — Riven parou na frente dela, fazendo com que a morena notasse o quanto Jinx havia emagrecido.

— Não me diga que você agora também é anoréxica — Morgana arrancou a revista das mãos dela, que instintivamente pousou os braços no próprio colo, escondendo as feridas.

— A medicação que eu uso me faz perder peso, nós estamos no processo de mudança — a zaunita tinha uma voz estranhamente suave, como se estivesse bastante nervosa.

— Por quantos dias você ficou hospitalizada? — ela quis saber. Riven franziu o cenho com a palavra.

— Cinco, eu saí anteontem. Eu dormi pra caramba, só acordei hoje — a garota contou, engolindo em seco. — Parece que eu peguei pesado. De novo.

— O que aconteceu? — Riven quis saber, falando delicadamente.

— Já sentiu que tudo o que sabe sobre si mesma é uma mentira? — ela cerrou os punhos, olhando para o nada.

— Eu entendo. Minha mãe veio me visitar e isso me fez pensar nas decisões que eu tomei  — a noxiana contou, olhando para o chão enquanto suspirava. — Eu tive uma recaída. Tentei de novo. Vim correndo para cá antes que fosse tarde demais.

Riven suspirou, parecendo esperar uma resposta de Jinx, que apenas levantou as sobrancelhas, pensativa. Parecia que a noxiana queria apenas um pouco de compaixão da amiga, esta que apenas respirou fundo, parecendo irritadiça.

— Bem, é uma pena. Nós não podemos mais ser amigas — Jinx afirmou, pegando a revista de volta e retornando à leitura. Riven franziu o cenho, assim como Morgana, que não queria atrapalhar. Elas só precisavam começar a falar e as coisas iam ficar mais fáceis.  — Eu só me aproximei de você porque você estava melhor do que eu na recuperação. Agora que falhou, você é tão patética quanto eu. 

— Você está falando sério? — se a garota tivesse batido em Riven poderia ter doido menos.

— Não é nada pessoal, ok? Eu só não quero criar vínculos. Sabe, você era uma inspiração para mim e se não tem esperança para você, não tem para mim. Não preciso ser lembrada disso sempre com a sua presença. Eu estou decepcionada e triste. Sério, se eu não estivesse dopada, iria estar chorando — ela falou cinicamente, ainda no tom calmo e um tanto automático.

— Ok, você precisa calar a boca agora, magrela — Morgana segurou os ombros de Riven, sabendo que ouvir aquelas coisas não iria a fazer melhorar. — Como você pode ser tão fria?

— Eu não pertenço a esse lugar, nem em lugar algum. Estou cansada de quem faz eu me sentir viva para poder arrancar uma parte de mim. Isso dói. É melhor manter a distância, estou nos fazendo um favor. As coisas não vão melhorar para mim, ninguém vai me salvar, então não preciso sentir de novo — Ela começou a falar mais devagar e era verdade, ela parecia apática, emoção alguma em seu rosto.

— Por que você se internou se acha que não vai melhorar? — Riven parecia ter substituído sua raiva por pena.

— Riven, eu já disse, nós não somos mais amigas — a garota riu nervosamente, indo embora em passos apressados.

Morgana revirou os olhos e foi atrás dela, que por algum motivo estava indo para a recepção. Ela não sabia o que poderia dizer para Jinx parar de agir como uma máquina, só queria ter certeza de que ela não iria fazer besteira. Ok, o hospital sempre se assegurava de não ter objetos cortantes lá dentro ou coisas que se fossem atiradas iriam fazer um estrago, mas uma pessoa desesperada sempre achava um jeito. Riven veio atrás também, parecendo realmente magoada.

— Ei! — aquela garota, Katarina, levantou-se de uma das filas de cadeiras e foi até elas. Ela estava vestida como uma piranha, já que era uma.

— O que você está fazendo aqui? — Riven franziu o cenho, também parecendo estranhar a roupa.

Antes que pudesse responder, a ruiva ficou mexendo no celular parecendo focada. Colocando o cabelo para trás, ela se aproximou.

— Nós chegamos de viagem hoje cedo e daí o Talon quis te ver e descobriu que você sumiu. Nós, o Ekko e a Taliyah estamos procurando por todos os cantos. Acabei de avisá-los que achei as duas, devem chegar em meia hora — Kat contou, guardando o celular e encarando-as. — Porra, vocês não podiam ao menos ter deixado um bilhete?

— Eu estou resistindo a vontade de te socar — Morgana assentiu.

— Pode tentar — a ruiva deu de ombros, arrogante. Ah, ela iria tentar se não tivesse de sofrer as consequências com as enfermeiras. Com seus pontos de bom comportamento, Morgana podia usar seu celular, não queria perder isso.

— Ok, eu entendi porque Talon, Taliyah e Ekko vem. Mas porque você está aqui? — Riven quis saber.

— Estou de castigo e não posso ficar sozinha em casa, se o Talon sair eu tenho que acompanha-lo. E eu também estava preocupada com a Jinx — com isso, ela aproximou-se e colocou os cabelos de Jinx para trás. — Você tá bem?

Sem dizer nada, Jinx delicadamente afastou os braços de Katarina, parecendo estranhar enquanto pensava. Morgana pagaria para ser capaz de captar o raciocínio dela. Ela conseguia entender o porque Kat não fazia perguntas sobre o que aconteceu com elas, não queria deixar o clima mais pesado ainda, mesmo que parecesse muito curiosa.

— É, ela está meio... apática — Riven assentiu com certo rancor.

— Tudo bem, então — a ruiva afastou-se um pouco, parecendo preocupada. — Eh, Riven... olhe, eu não tenho nada contra o seu relacionamento com o meu irmão, ok? Eu não estou em posição de ter palavra nisso, a Cassie menos ainda. É só que... ele gosta mesmo de você, então se não quiser, deixe isso bem claro, porque senão ele não vai desistir.

— Certo — a loira respondeu timidamente, corando de leve. Um silêncio constrangedor perdurou. Ok, então a realmente malvada era a Cassie, a Kat era moderada. Morgana sempre confundia.

— Ela quer sentar na cara dele, só está com vergonha — a morena fez um gesto displicente com a mão e Riven lhe deu um tapa no ombro.

— Ok, informação demais — a ruiva levantou as sobrancelhas. — Mas é, ele não ia se importar se isso acontecesse.

— Agora que você está com o Garen percebeu que foi hipócrita, foi isso? — Riven atacou, ainda irritada com as atitudes de Morgana, que não se importava.

— Exatamente — Katarina assentiu, fazendo Riven ficar surpresa, o que Morgana não entendeu mas acompanhou. — É, Garen e eu... bem, não estamos namorando, mas tem alguma coisa aí. Agora quero que isso fique mais público para irritar meu pai.

— É, eu fiquei sabendo que ele é um candidato pro Alto Comando. Vocês não devem estar muito felizes com isso — Riven comentou.

Antes que Kat pudesse responder, Talon, Ekko e Taliyah chegaram, parecendo nervosos. Morgana sabia que aquilo seria divertido. A morena correu para abraçar sua amiga e Talon coçou a cabeça, como se tivesse ido fazer o mesmo. Quando Ekko se aproximou, Jinx se virou para sair, mas Morgana a segurou, trazendo-a para seu amado, que a abraçou com força e ela retribuiu, parecendo finalmente sair do estado robótico.

— Eu fiquei tão preocupada — Taliyah segurou o rosto de Riven, como uma mãe faria. — O que aconteceu?

— Depois eu falo — ela falou suavemente, sorrindo para a amiga como se pedisse para ela se acalmar.

Com certa agonia do jeito que Taliyah parecia que ia fazer várias perguntas e Talon estava atrás dela, esperando sua vez para fazer alguma coisa, Morgana fez o favor de puxar Taliyah para si e lhe dar um olhar feio, do tipo “se toca, querida”.

Antes que Riven pudesse ser fresca e chata de novo, Talon a abraçou com força, fazendo-a levantar as sobrancelhas e lhe dar um tapinha nas costas com um sorriso bobo e as bochechas coradas. Katarina e Morgana assistiram aquilo com sorrisos.

— As aulas voltam na segunda-feira. Vocês vão? — a ruiva pigarreou.

— Não acho uma boa ideia — Ekko murmurou e todos pareceram concordar silenciosamente, como se não encarassem os machucados nos braços de Jinx. Ela apenas assentiu, impassível.

— Talvez — Riven falou, soando pensativa. Morgana sabia que ela conseguiria se pudesse, mas ainda havia sido pouco tempo do acidente.

— Vocês querem ficar para o lanche? — Morgana os convidou, como se fosse sua casa. Numa época com poucos pacientes, eles podiam entrar numa boa, só não quebrar nada. — Taliyah, eu preciso te apresentar o meu amigo, Kayn. Ele é sarado e gosta das bronzeadas.

— Bom para ele — a morena assentiu, parecendo não gostar daquilo. Como se fossem melhores amigas, Morgana puxou ela e Kat para a sala de TV, fingindo estar animada.

— Onde que eu consigo os remédios engraçados? — a ruiva quis saber.

— Se você provar não ser uma vaca, eu posso arranjar alguns — Morgana deu de ombros. — É, vamos deixar os casais à sós e assistir TV. Logo o Kayn chega aí com alguma tralha que ele ganhou de presente. Sabe, você deveria dar uns pegas nele, só para matar a saudade. — ela cutucou Taliyah.

— Não posso dar uns pegas em alguém que eu não conheço — a morena resmungou. Kayn chegou correndo, parecendo contente. Ela e Morgana o olharam de cima a baixo, mas Kat não se impressionou.

— Ei, Morg, adivinha só? Eu acabei de sair de uma consulta com a Soraka e ela disse que agora eu posso sair! — ele deu um pulinho no ar, realmente feliz. Logo ele percebeu as visitantes e sorriu, aproximando-se de Taliyah. — Você tem olhos lindos, gata.

— Nem vem — ela cruzou os braços, constrangida. Katarina deu uma risada.

— É, eu te levo para os rolês se você prometer não passar mal ou começar uma briga — Morgana deu de ombros, pensando no quanto seria engraçado vê-lo perceber que existiam mais caras sarados e metidos do que ele imaginava.

— Eu vou tentar — ele assentiu. — Ei, eu vi a Riven conversando com um carinha... é o Talon que vocês estavam falando? É naquela cara que ela quer sentar? Meus pêsames. Ele é tão magrinho...

— Ei, você está falando do meu irmão — Kat rosnou com certo divertimento. Kayn virou-se para ela e aproveitou a visão de tudo o que o vestidinho preto deixava de fora. — O meu rosto está aqui em cima, tapado. Sabe, você não me impressiona. Meu macho é bem mais musculoso que você. Você é noxiano? Talvez eu te contrate pra ser meu namorado de mentira se meus planos derem errado.

— Tecnicamente. Eu nasci em Noxus, mas fui criado em Ionia — o rapaz explicou, um tanto mal-humorado com o que a ruiva disse.

— Dá pro gasto. Quem sabe eu te ligo — ela o encarou com certo divertimento.

— Estarei esperando ansiosamente — o rapaz piscou de maneira sedutora.


Notas Finais


rip ekko
o talon e a kat chegando só pensei naquela quote de meninas malvadas "get in loser, we're going shopping"
"ele não está usando calças" KKKKKKKKKKKKK
vc sabe q o role foi bom quando acorda no metro segurando os sapatos da mina q agrediu sua ex
katarina seduzindo é minha razão de viver
talon tentando quebrar o climão sou eu na vida
BOAS FESTAS!!!!
dr na frente da família não né garen
kayn gigolo emo
morgana nao tem pudor mermao
jonx fria e calculista sadbois 2001
morgana só quer juntar os shipps
nova skin kayn galanteador


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