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História Iludida - Boy in Luv


Escrita por: HelianthusFlos

Notas do Autor


Annyeong!? Tem alguém ai? Bom...eu acho que agora eu consiga agradar mais pessoas ne? Eu espero kekeke

Sem mais delongas e tenham uma boa leitura!

Bjunda da Tia YoonJi 😻💗😏

Capítulo 2 - Boy in Luv


Fanfic / Fanfiction Iludida - Boy in Luv

Como uma garota pode despertar emoções tão distintas assim tão de repente? Eu mudei meu comportamento drasticamente depois que a vi pela primeira vez e por bastante tempo culpei minha puberdade e os hormônios conturbados, pelo meu humor volátil, mas o único alvoroçado em mim eram meus sentimentos, foi difícil aceitar, entretanto eu tinha que admitir que estava apaixonado, perdidamente, estupidamente, louco por ela.

E o pior de tudo era ter que reprimir esses sentimentos por longos 3 anos, não tive coragem para me declarar a ela. Não tenho coragem nem de olhar por mais de dez segundos em seus olhos, ou de ficar no local mesmo que distante por tanto tempo. Nunca fui tão tímido quanto sou agora por causa dela, ela é a razão de meus comportamentos estranhos, diferentes e inexplicáveis.

Meus amigos me conhecem desde a infância e me observando agora dizem que sou irreconhecível, até eu penso nisso às vezes. Não é normal um garoto de 17 anos suspirar durante as aulas por um simples aceno de mão. Eu me tornei um idiota e eu não me arrependo disso, por que ela é incrível, a garota ideal para mim.

No entanto tudo começou a mudar quando ele apareceu.

Até hoje nunca soube que Taehee tinha um relacionamento sério ou mesmo saíra com quem quer que fosse da escola ou de fora, eu investiguei a sua vida, por todos esses anos, fiz amizade com todos que se relacionavam com ela, que eram próximos dela sem que tivesse contato direto com a própria. Eu também me tornei um stalker. Era deplorável a falta de fé em mim mesmo. E cheguei a pensar o quão inocente eu fui em pensar que ela não namoraria ninguém para sempre, ou pelo menos até eu ter coragem de tomar uma atitude.

Foram semanas nessa rotina, ele vinha até a porta da escola trazê-la e vinha buscá-la também, não me atrevi a seguir os dois seria loucura demais até para um insano como eu, mas a curiosidade e o ciúme estavam me corroendo por dentro. Novamente meu humor mudou, nunca fui uma pessoa agressiva, porém nos últimos dias simples palavras mal interpretadas estavam me enfurecendo, não importava de quem fosse.

O ápice desse estado foi quando eu conversava com um colega de classe sobre alguma banalidade no intervalo e Jimin meu melhor amigo surgiu em meio aos alunos, sempre foi extrovertido, entusiasmado, agitado muito enérgico, me puxou pelos ombros com brutalidade e com um sorriso enorme em seu rosto estava prestes a me contar alguma coisa que não me preocupei em saber, como disse antes meu humor não era um dos melhores no momento por toda aquela paranóia e apreensão.

- Qual foi Jimin? – levantei irritado o empurrando com força, o mesmo se desequilibrou e caiu sentado. - Não esta vendo que eu estou conversando? Seja normal pelo menos uma vez. Que saco cara, nem parece que eu sou o mais novo. – o que disse não era algo para afetar tanto, mas o tom e a altura que disse, fez todos ao redor nos encarar assustados e o sorriso alegre de Jimin sumiu restando apenas a vergonha e a tristeza pelas minhas palavras, quando voltei a mim percebi a idiotice que havia dito ao meu melhor amigo por infantilidade da minha parte, porque descontar nele se o mesmo já me serviu de apoio tantas vezes.

As gargalhadas tomaram o ambiente e um frio invadiu meu corpo junto do remorso instantâneo ao ver Jimin se levantar e se afastar de mim a passos rápidos por um corredor que eu sei muito bem aonde levava. Depois de me martirizar por longos 3 minutos corri atrás do mesmo, tenho certeza que ele havia ido para o terraço do colégio, poucas pessoas iam ali era um ótimo lugar para se esconder ou para fugir de si mesmo, eu já o frequentei bastante antes de conhecer Jimin.

Devo muito a ele porque o meu passado sem ele foi um pesadelo, um verdadeiro inferno.

No fim das escadas diminui a corrida para recuperar o fôlego, saindo pela porta procurei pelo mesmo que se recostava nas grades de costa para a saída, ventava bastante o que fazia os meus cabelos e os de Jimin se bagunçarem, devia parecer um ninho de passarinho no momento. Aproximei-me lentamente constrangido com a situação, não sabia o que dizer, só me vinha "desculpa" a mente, e eu não podia dizer somente isso para ele. Era o meu irmão.

Chimchim. – chamei baixinho, ele estava magoado, vi em seu olhar quando me fitou sério. Esse apelido gay foi como se apresentou para mim quando nos conhecemos, é extremamente fofo, combina com ele, mas paramos com isso quando virou motivo de brincadeiras de mau gosto, antes dele ter esse porte atlético antigamente era bem gordinho. Nunca foi problema para mim, mas isso o incomodava bastante, então abandonou o apelido e as gordurinhas para ser só Jimin.

- O que foi Tokki1? – oh ele ainda se lembra, meu apelido era Kookie, mas uma vez na infância um menino pronunciou errado me chamando de coelho em vez de biscoito, como era para ser, disseram que também combinava já que eu tinha dentes parecido com os de um coelho então adotei o apelido, só os íntimos como Jimin sabiam.

- Me desculpa Hyung, eu não queria te tratar daquele jeito, eu fui um idiota. Eu...- não tinha motivos concretos para agir daquele jeito, infantil sou eu em tratar o Jimin com grosseria desnecessária.

- Cala a boca, não preciso das suas desculpas apenas pare de agir como se fosse explodir a qualquer momento, você não é assim. – respondeu de cabeça baixa. – Agora vai me deixar falar o que pretendia ou vai ficar enfezada para sempre? – sorriu daquele jeito brincalhão de sempre, esse era o Jimin, não guarda mágoas muito menos fica chateado com as pessoas por mais de 10 min. Veio para meu lado me abraçando pelo pescoço e fazendo cócegas em mim, não foi a primeira e nem seria a última briga entre nós, mas evitaria o máximo chateá-lo novamente por nada.

- Fala Chimchim. – sorri me soltando do mesmo.

- Consegui um encontro para você. – me encarou com o sorriso vitorioso. Ele enlouqueceu também, e a culpa é minha.

- Tá maluco? Você sabe que eu gosto da...

- E com quem você acha que é lerdo? É com ela mesma. – respondeu com o olhar tedioso voltando a encarar o térreo cheio de alunos, já havia tocado o sinal para retornar a sala, porém não nos importamos, agora mesmo que eu não conseguiria andar nem entrar na sala, nem respirar, eu...esqueci como faz o coração pulsar. - Jungkookie? – acenou com a mão em frente ao meu rosto, eu via, mas não assimilava nada que dizia. - Respira garoto. – bateu em minhas costas me tirando do transe momentâneo. – Isso tudo é medo, alegria, é o que?

- Hyung!!! – gritei agarrando a cintura de Jimin, ele era mais baixo, mas não deixava de ser pesado, só que a alegria aguenta qualquer coisa. – Obrigado, obrigado, obrigado. – girava com o mesmo ainda preso pelos meus braços, no lugar da paralisia estava à felicidade imensurável, o coração que antes não batia agora estava a mil me deixando sufocado, o sorriso estampado em meu rosto não sairia por tão cedo, poderia arrumar um emprego de palhaço só falta os lábios serem pintados de vermelho.

Depois do temporário ataque eufórico de minha parte, descemos para uma sala vazia e esperar a troca de professores para entrarmos e continuar as últimas aulas do dia. Jimin me contara que seria amanhã às 17h, me deu conselhos de como não me comportar e o que fazer. Não sei se lembrarei de fazer tudo o que disse, mas vou tentar. Não consegui controlar minha excitação em saber que sairia com a garota por quem admiro há anos, é difícil acreditar que ela tenha aceitado sair comigo, poderei finalmente conhecê-la mais intimamente e talvez até em um futuro próximo...espera...Ainda tem aquele cara que vem buscá-la todos os dias. O que será que eles são?Será que ela vai o trair comigoNão. Não deve ser alguém importante. Me preocupo com isso depois.

As horas passaram rápidas, já estava em casa e passei o resto do dia pensando no melhor lugar para levá-la, não queria algo formal demais como um jantar, não vou a pedir em namora ainda, ela pode se assustar se eu fizer isso, por mais que eu queira muito viver meu futuro com ela. Imagino até ela me rejeitando do seu jeito gentil, acho que me apaixonaria mais levando um "não" tão fofo como o dela seria. Um passeio é muito monótono, nem em uma lanchonete já que não sei muito do que ela gosta de comer... dor de cabeça é o que tenho agora, nessa época do ano não tem muita atração na cidade. Eu não sei o que vou fazer. Jimin podia ter resolvido isso também, seria tão mais fácil. A angústia e a agitação não me deixam pensar direito.

Deitado na cama de olhos fechados tateei o criado mudo a procura do meu celular, precisava falar com Jimin, quando abri a tela tinha uma mensagem dele.

Ui: Chimchim

Jemog: DIVIRTAM-SE

Sei que ela vai adorar, e do jeito que você é infantil também rsrs

Boa sorte Tokki >.<

Oh, o parque. Havia me esquecido que estaria aqui esse fim de semana. Perfeito, agora só esperar o dia amanhecer, voltei a fechar os olhos, um sorriso bobo se desenhou novamente em meu rosto e fiquei imaginando como seria estar com ela amanhã. Dormi sem perceber e só fui acordar com as batidas incessantes na porta do quarto.

- Quem demônios esta me incomodando essa hora? – murmurei pegando o celular e já passa de meio-dia. Como dormi e ainda estou sonolento. Levantei devagar e fui à porta, era minha mãe, do jeito que estava vestida ela iria sair.

- Jungkook meu filho, aqui esta a lista do que eu quero que você faça hoje, eu preciso sair agora então não vou poder te ajudar. Quero tudo pronto hoje hein. Beijos meu querido até mais tarde. – me deu um beijo na bochecha e foi andando pelo corredor. – e arruma esse cabelo, tá horrível. – até hoje ela implica com a cor do meu cabelo.

- O que posso fazer se Taehee gosta de vermelho? – sussurrei abrindo a folha com os meus afazeres do dia.

Estou morto.

___*___*___*___

- Hyung que bom que veio, me salva. Olha isso. – mostrei a folha ao mesmo.

- É...você tá morto. – sorriu divertido para mim.

- O que eu faço Jimin? Não vai dar tempo de fazer isso tudo até as quatro. – eu já posso chorar vendo como o meu dia perfeito escorre pelas minhas mãos.

- Você vai ficar me devendo. Vou te ajudar. – deu tapinhas nas minhas costas. – Olha como sou um Hyung bom, seu dongsaeng ingrato. – sorri sem graça, com certeza ele se referia da cena de ontem na escola.

Eu tinha somente quatro horas para: Arrumar meu quarto, limpar o quintal, limpar a casa, limpar a casa dos cachorros e arrumar o sótão, e tudo isso era sinônimo de bagunça acumulada. Minha coluna não vai aguentar a carga do dia, mas quem se importa com isso quando a garota mais importa do mundo vai sair com você. Às vezes Jimin me pegava sorrindo distraído futurando as próximas horas, causando minha pausa o que de fato o irritava bastante, consequentemente jogava água em mim por não estar o ajudando.

Conseguimos cumprir a maior parte dos afazeres quando meu celular alertou que já era quatro horas, olhei para Jimin e acenei com a mão deixando ele no quintal sozinho com os cachorros. Corri para o meu quarto para me aprontar, cada hora que passava um cala frio percorria meu corpo e imaginava se eu já estava feliz desse jeito por sair e se nos beijássemos? Eu acho que desmaiaria, bem gay, mas eu estou ansioso qualquer reação é aceitável na minha situação.

Por vez essa inquietude foi sendo substituída pelo medo aos poucos. E se ela não gostar de mim? E se ela quiser ser só minha amiga? Se eu fizer algo que ela não goste e ela me odiar? E ainda tem aquele cara que a acompanha todos os dias. O peso no meu coração surgiu com essas indagações repentinas. Meu amor por ela não é o suficiente para me manter firme se ela não me corresponder. O que eu vou fazer se ela não me corresponder? Eu não sei... Tenho certeza que um "não" saiu da cogitação de ser aceito de bom grado.

Meus pensamentos foram interrompidos pela porta do meu quarto se abrindo.

- Tokki? O que esta fazendo parado?  Esta quase na hora de sair. – disse me encarando perplexo, eu havia estagnado no meio do meu quarto apenas de cueca fitando o nada. – você nem começou a se arrumar ainda? Quer se atrasar no primeiro encontro?

- Eu não vou. – mirei o olhar vazio para o mesmo que ficou me fitando da mesma forma.

- Wae!? – perguntou um pouco alterado.

- Por que ela pode me rejeitar, e eu... não sei o que fazer se ela me rejeitar. – disse baixando a cabeça e encarando a camisa em minha mão, era um pensamento imaturo de minha parte, mas a ideia de ser dispensando me chocou quando me concentrei nas possibilidades de erros que poderia cometer.

- Vai desistir? Vai deixar outro ficar com ela por que você tem medo? Desde quando você é fraco desse jeito? Acorda Tokki. – meu rosto ardeu. Ele me deu um tapa? Sai do meu transe novamente. – se você desistir dela eu vou investir já que você não a quer. - ameaçou com um sorriso debochado no rosto.

- Você não faria isso. – respondi nervoso, imaginar ela com outro antes já me deixava irritado, agora com Jimin me irritava ainda mais, eu vou tentar mesmo que seja para eu levar um fora.

- Você tem pouco tempo. Se decide Tokki. – disse indo ao meu guardarroupa e escolhendo algumas peças, eu não gostei muita da combinação, mas Jimin disse que eu tinha que ficar atraente, que tinha que seduzir ela, isso explica a calça de couro preta justa. – Eu sei que você consegue, você aprendeu com o melhor, não vá me envergonhar. – tentou me animar com seu sorriso encorajador e convencido.

Já pronto, sai às pressas de casa como eu tenho uma moto ficou fácil chegar à casa de Taehee, mas precisava ser rápido, faziam cinco minutos de atraso por ter perdido tempo com angustias desnecessárias. A casa dela não é muito longe da minha, mesmo assim cinco minutos é tempo demais. A preocupação pela demora não me deixava pensar no que falaria quando a visse, eu não sei nem se eu vou conseguir olha-la imagina falar. Estacionei em frente a casa, desci lentamente caminhei pelo caminho de pedras apreensivo, aflito, toda confiança que Jimin me passou desapareceu em um piscar de olhos, quando percebi estava em frente à porta tocando a campainha enquanto esperava, rapidamente ajeitei o cabelo que o capacete bagunçou, minhas mãos estavam trêmulas então cruzei os dedos logo descruzei porque a posição era desconfortável, respirei fundo quando senti que o ar havia ficado escasso de repente, tentei me acalmar. Eu realmente sou um idiota por não saber nem como ficar parado em frente uma porta.

- Relaxa Jungkook. Re-la-xa. – pisquei os olhos algumas vezes.

Ouço a porta se abrir e o sorriso que me forcei a fazer, foi diminuindo gradativamente até se esvair completamente do meu rosto ao ver a figura a minha frente. O mesmo garoto que ia buscar Taehee no colégio, impossível não reconhecer aqueles cabelos laranja e para melhorar a situação, ele estava sem camisa e com o rosto inchado, sonolento. Eles deviam estar dormindo... juntos. Meu coração gelou, me senti um estorvo naquele exato momento. O que eu estava fazendo ali? Ela realmente queria sair comigo? Ou Jimin fez algo para que ela aceitasse?Porque ela está brincando comigoTalvez ela tenha percebido que gosto dela e aceitou sair comigo por pena. Não deveria ter vindo. Evitaria me sentir tão mal quanto estou agora.

- Hey, você tocou a campainha para ficar parado me encarando? – ele falou comigo me tirando dos devaneios melancólicos.

- AH...eu...é...desculpa. – gaguejei, estou me saindo pior do que eu imaginei. – eu devo estar na casa errada. – sorri forçado abaixando a cabeça para voltar para casa. Péssima idéia, devia ter ficado em casa.

- Você é o tal "Tokki"? – perguntou com tom debochado ajeitando os cabelos desgrenhados. Agora sim vai ficar perfeito, se Taehee for a namorada dele eu vou arrumar problemas.

-N-ne . – voltei a olhar em sua direção. Droga, dessa vez não queria ter gaguejado.

- Ah, então entre que a Taehee já vai descer, ela se enrolou toda hoje nervosa com esse encontro de vocês, não parou de falar de você o dia inteiro, graças a Deus você chegou finalmente vou poder ficar em paz e sozinho, não conte a ela que eu te disse isso, ela me mataria. – sorriu para mim, estranho o sorriso dele, era retangular, me deu passagem para que entrasse. – Eu sou o Taehyung, prazer. – apertamos as mãos e entrei confuso.

Fiquei perdido, era muita informação ao mesmo tempo para digerir de uma vez só. Ela realmente estava tão ansiosa assim em sair comigo?  Será que ela gosta de mim? Oh Deus, me ajude, eu não sei mais o que fazer. Só sei que estou extremamente feliz por não ser o único a me sentir tão ansioso e nervoso com nosso encontro. Mas por enquanto sou  entorpecido pela alegria que voltara a me dominar.

- Então Tokki...Qual seu nome? Quantos anos você tem? Onde você mora? O que pretende com minha irmã? Aonde vão? Que horas voltaram? Eu sou homem não tente me enganar. – nós estávamos sentados no sofá e ele me inundava de perguntas sem parar um minuto se quer me olhava nos olhos invadindo meu espaço, estava tentando me intimidar.

- Jeon JungKook, 17 anos, moro a uns quarteirões daqui, por enquanto somente conhecê-la melhor, vamos ao parque que está na cidade e não voltaremos tarde, no máximo às 21:30h eu prometo. – respondi de imediato, senti um alívio tão grande quando ele disse ser irmão dela, me preocupei por nada esse tempo todo, mas agora a preocupação era por ser irmão dela, nunca estarei livre de empecilhos com Taehee.

- Terminou o interrogatório Taehyung? - todo o nervosismo anterior foi multiplicado só em ouvir sua voz suave ecoar pela sala, minha atenção foi tomada pela sua presença no fim da escadaria, ela já era linda, não sabia que podia ficar ainda mais, ficamos em silêncio e eu apenas a fitando, minha noite já estava perfeita só em vê-la tão próxima a mim. Ela desviou o olhar dos meus corada ajeitado parte dos cabelos atrás da orelha, tão meiga. – Annyeong Tokki. – ela sorriu timidamente para mim, os únicos elogios que vêm a minha mente são linda e perfeita, porque eu não consigo pensar em outra coisa se não na garota a minha frente.

Chamou-me pelo apelido que eu nem sabia que ela conhecia, estranho... Como ela conhece? Levantei-me e fui em sua direção, não sei de onde tirei forças e coragem para andar sem cambalear, cheguei perto dela sem desviar de seus lindos olhos castanhos reluzentes que me cativaram desde o primeiro dia que a vi.

- Annyeong Taehee. – minha voz saiu tão arrastada, agora ela me olhava nos olhos também, era tão penetrantes, envolventes, brilhavam em uma intensidade arrasadora, nunca tive chance de admirar seus traços tão de perto, estava hipnotizado por cada linha que contornava seu rosto. Desde os contorno de seu rosto até os seus lábios.

Linda.

- Já podem ir, qualquer coisa me liga Taehee. –Taehyung nos interrompeu. – estou de olho nos dois.

- Vamos? - ela me chamou sorrindo, por breves segundos tive a impressão que ela iria segurar minha mão, mas quando baixei o olhar ela afastou sua mão de mim.

Dei passagem à mesma e apenas acenei com a cabeça para Taehyung e saímos.

– Wow! Você já tem carteira Tokki? Daebak! – ela está sendo espontânea então não posso me esconder atrás da timidez, preciso me esforçar para conquistá-la, para ter seu amor, por que o meu ela já tem.

- Ah... Sim, depois de muito insistir ao meu pai ele me deixou tirar a carteira e com ajuda dele consegui comprar a moto. – respondi envergonhado, eu tinha que fazer nossa conversa fluir bem. – Não tem medo? Se tiver só fechar os olhos e se segurar em mim, não vou te deixar cair. – sorri para ela logo entreguei o capacete.

- Tudo bem, não se preocupe. – sorriu de volta.

- Toma. – entreguei minha jaqueta e mesmo relutante a fiz vestir, tenho certeza que sentiria frio.

Como pedi ela envolveu minha cintura com delicadeza, nem parecia que me tocava, mas o pouco contato já me alegrava. Quando acelerei Taehee puxou minha camisa de um jeito que pensei que a rasgaria, firmou-se em minhas costas instantaneamente, sorri soprado pela sua reação, não me soltou até eu parar no estacionamento com isso pude sentir seu coração acelerado, não sei se era por mim ou pela velocidade em que eu andava.

Já era noite quando chegamos ao Parque o que realçava bastante as luzes coloridas dos brinquedos e das barracas, fazia um bom tempo que não vinha aqui e parecia que eu não era o único, Taehee estava tão animada quanto eu, vê-la sorrir me encantava cada vez mais, a necessidade de fazê-la feliz e estar presente para apreciar seus sorrisos ia crescendo a todo instante. Cada expressão nova em seu rosto era um presente para mim que guardaria em minha memória.

Conversamos bastante enquanto nos divertíamos pelos brinquedos, teríamos boas lembranças desse dia, ela tornava todos os momentos incríveis, acompanhava tudo o que eu sugeria, era tão competitiva quanto eu, era extasiante saber que estava se divertindo comigo, sentia-me mais apaixonado por cada detalhe novo de sua personalidade, minha diversão era vê-la alegre.

- Taehee, vamos à barraca de tiro ao alvo. – chamei-a e ela concordou me seguindo.  – Me diz, qual você quer?   - sorri para ela e a mesma simplesmente apontou, já estava mais a vontade com ela, sua companhia me fez perder a inibição de estar ao seu lado.

- Aquele ali. – sorriu divertida.

- O coelhão?- acenou afirmativa. - o coelhão? – gargalhou, mais uma expressão para eu guardar em meu íntimo. – Quantos alvos eu preciso acertar para conseguir o coelho? – perguntei ao dono da barraca que mantinha feições sérias e tediosas.

- Sete. – respondeu o rapaz desgostoso, ele é jovem como nós e ver casais passando por ali, o tempo todo felizes, enquanto ele tem que trabalhar não deve ser uma sensação boa.

- Só? – em seguida peguei a arma e mirei acertando os dez alvos que se movimentavam em sequência, virei-me sorridente para Taehee que fitava os alvos girando caídos, eu simplesmente ri de sua cara de espanto. O rapaz pegou a pelúcia e entregou a Taehee que quase estrangulou o coelho com o abraço apertado.

- Parabéns, por ter acertado os dez sem erros, aqui esta seu bônus. – disse o vendedor descontente me entregando uma almofada em forma de biscoito com um sorriso estampado.

- Combina com seu nome Jungkookie. – Taehee olhara para mim sorrindo e disse meu nome dando ênfase no "kookie", nos entre olhamos e sorrimos mais uma vez nos afastando do local.

Há horas nos divertíamos nos brinquedos como verdadeiras crianças então resolvemos comer alguma coisa já que não paramos em momento algum para descansar. Fomos a uma lanchonete que havia perto e sentamos um pouco distante de outros casais do local, fizemos os pedidos e continuamos a conversar descontraídos.

- Taehee estou curioso em saber como sabe meu apelido. – perguntei finalmente, desde que saímos de sua casa venho me questionando de como ela soube. – Jimin te contou? – a olhei curioso.

- Não. – sorriu para mim. Até quando meu coração vai descompassar quando ela sorrir? – Fui eu quem te dei esse apelido sem querer Tokki.

- Como? Quem me deu o apelido foi um menino. – ri confuso, minhas lembranças eram nítidas, não era tão novo assim. – se me lembro bem a gente o chamava de Taetae e...- Taehee começou a mexer nos cabelos e prendeu de forma estranha e ficou um pouco parecido com o Taetae. – Oh, não pode ser. – começamos a rir das lembranças de nossa infância juntos enquanto se desfazia do penteado. Era inacreditável.

- Não me admira você não me reconhecer, eu realmente agia como um menino vestia-me como menino e brincava com meninos porque eu queria ser como o Taehyung, mas depois que comecei a agir como uma garota eu mudei de escola. No dia em que voltei, assim que o vi eu o reconheci, fiquei feliz em revê-lo, mas como esperado você não se lembrou de mim. Acho que você esperava por um menino então, nunca iria adivinhar que nos conhecíamos. – sorriu tímida e levemente corada, seu olhar direcionado as suas mãos que até então estavam sobre o colo foram a mesa chegando próximas as minhas, tocou meus dedos e logo entrelaçou os mesmos. Ou eu vou ter um ataque do coração ou eu fico sem ar, e nos dois casos o fim é a morte de tanta euforia. Eu ficava tão abalado, instável com sua presença e suas ações que parecia que a qualquer momento perderia o controle de mim mesmo. Taehee está segurando minha mão, ela realmente gosta de mim, eu tenho uma chance e essa seria à hora certa de expor tudo que guardei durante todos esse longos 3 anos?

- Tae, eu...

- TAEHEE! – escutamos alguém gritar atrás de mim e rapidamente Taehee afastou suas mãos das minhas, era tão bom sentir suas mãos segurando as minhas, tão caloroso e de repente uma angustia paira por meu corpo quando a mesma se distância.

- Ho-hoseok? – sorriu nervosa. – o q-que faz aqui? – olhou assustada, temerosa era visível sua respiração afobada, desconfortável com a situação.

- Você se recusou a vir comigo então eu vim sozinho. – o rapaz respondeu com um sorriso sacana, olhando para ela e se sentando ao seu lado abraçando-a pelos ombros, todo meu corpo reagia negativamente a cada movimento seu ignorando minha presença na mesa, fingia que não me enxergava, porém isso não me irritava, e sim o fato dele a tocar desse jeito, abusivo. Meu corpo fervia em raiva, o calor ia subindo pelos meus membros a cada minuto que ele passava perto dela. Ele a olhava de um jeito sujo, e meu ódio só crescia, não me conteria por muito tempo. Eu me sentia como um líquido inflamável que a qualquer momento uma faísca causaria uma explosão, o problema é que eu não me permitiria mostrar meu outro lado a Taehee tão rápido assim, iria assustá-la o que eu não queria, mas aquele ser estava ultrapassando os limites da minha curta paciência. Senti os olhos de Taehee pousarem em mim envergonhada pelas atitudes do rapaz, quando vejo sua mão descer de seu ombro para a cintura de Taehee os últimos resquícios de tranquilidade desaparecem em segundos.

- Você vai tirar suas mãos dela ou eu vou ter que arranca-las?– perguntei sério o fitando, meus olhos queimavam em ódio e Taehhe sentiu, ela pode não ser minha ainda, mas está comigo.

- Foi por esse pivete que você me trocou Taehee? - olhou para mim com desdém e eu desviei meu olhar para Taehee esperando uma resposta da mesma e ele fez o mesmo se afastando um pouco, ela já estava assustada, em vão tentava o distanciar, mas ele não movia um músculo para isso.

- Eu nunca te troquei por ele...- toda a minha coragem parecerá inútil, toda aquela raiva sumirá de repente, deixando apenas a vergonha só de ouvir essa frase. O que realmente eu sou para ela? - por que você nunca foi uma opção para mim. - minha mente antes falha voltou à ativa e deixei um sorriso bobo escapar, ótimo agora tenho total liberdade.

- O que você disse sua estúpida? - segurou o pulso de Taehee com força sacudindo seu corpo.

Eu não enxerguei mais nada, tudo escureceu e em frações de segundos senti meu punho direito doer um pouco, as mãos de Taehee tocavam meu peito e a mesma me olhava com medo, foi nessa hora em que acordei para a realidade e percebi o que havia feito. Hoseok estava no chão com uma das mãos no queixo massageando de forma grosseira, surgiu um sorriso macabro em seu rosto. Meu corpo estava agitado, o sangue corria em uma velocidade tremenda que me deixará tonto por uns segundos, entretanto a fúria percorria em meu sangue.

- Nunca mais volte a encostar um dedo em Taehee. Ou vai levar bem mais do que um soco para casa. - disse e logo puxei Taehee pelo braço indo em direção a moto, íamos embora já que eu não queria correr o risco de encontrá-lo ali novamente e nem tinha mais ânimo para diversão no momento.

Taehee se manteve em silêncio até chegarmos ao estacionamento, minha cabeça era um emaranhado de pensamentos perturbados com tudo aquilo. Quem ele pensa que é para tratá-la desse jeito!? Um idiota, eu deveria ter feito mais com ele, um soco foi tão pouco, por mais que minha mão esteja latejando de dor eu aguentaria dar uns cinco ou mais naquela cara de cavalo que ele tem. Que ele surja novamente em minha frente e verá o que farei com ele.

- Tokki, você tá apertando meu pulso e está doendo. - ouvi sua voz chorosa, eu nem havia percebido o quanto a apertava à medida que lembrava o acontecido.

- Ahh... Taehee, eu.... Me desculpa, eu não... Queria te machucar. - gaguejei meus nervos não me deixavam pensar em algo melhor, ao olhar para trás a vejo se escondendo atrás do coelho e do biscoito. Ela está com medo de mim.

Aproximo-me da mesma e a envolvo em meus braços, parecia tão pequena, tão frágil sentia-me mais necessitado em cuidar dela, a proteger de qualquer coisa, queria passar calma, segurança e não medo como ela sentia agora com uma atitude tão agressiva e insana. Não queria assustá-la, nem afastá-la de mim, só quero que ela saiba que eu estou aqui para qualquer ocasião e que sempre poderá contar comigo, serei o apoio que ela precisar sempre que precisar. Eu farei qualquer coisa por ela.

- Não fica com medo de mim, por favor. - pedi me afastando de seu corpo devagar afagando seus cabelos.

- Tudo bem Tokki. Agora vamos para casa. - respondeu de cabeça baixa continuando a caminhar. Eu estraguei tudo no final.

- Vamos. - apenas concordei seguindo seus passos até a moto.

O percurso para sua casa pareceu extremamente longo, o silêncio me deixou aflito com toda essa calmaria angustiante. Pensei em mil e uma formas de me desculpar, mas nada foi o suficiente para mim, depois de ter conseguido superar minha timidez e do Hyung ter me ajudado tanto eu fiz tudo parecer nada. Eu sou um imbecil. Paramos em frente à sua casa e levei-a até a porta ela abriu e olhou para mim, logo me virei para ir embora e passar o resto da noite me martirizando pelo fim tão trágico de nosso primeiro encontro.

- Hey, aonde vai!? - Taehee me perguntou tocando meu ombro.

- Para casa?

- Entra, vamos cuidar da sua mão. - me puxou pela mão, novamente entrelaçou nossos dedos me guiando porta adentro e eu a acompanhei com foco em nossas mãos juntas. Eram tão macias, tão quentes. - sente aqui, eu já volto. - me empurrou no sofá e correu para as escadas com o coelho nos braços.

Fiquei confuso, pensei que ela iria me evitar depois do que aconteceu, mas não, ela iria cuidar de mim. Eu estraguei tudo, ela devia me odiar, deve ter remorso pela minha mão machucada, do jeito que sempre foi gentil. Enquanto a esperava o calor só aumentava, a casa estava abafada, mesmo apenas com a regata preta que deixava meus braços a mostra.

Ela voltou com uma caixa pequena em mãos e sentou-se ao meu lado, preparou alguns curativos e começou a limpar minha mão a qual nem percebi a gravidade.

- Tokki, não faz mais isso. - pediu levantando a cabeça após terminar o curativo de minha mão. - Você é forte e pode se machucar por isso. - tentou continuar a olhar para mim, mas logo desviou para um ponto qualquer. Com a mão machucada toquei seu rosto de pele aveludada, segurando seu queixo movi em minha direção para que me olhasse, suas bochechas estavam vermelhas.

Tão linda.

- Me prometa que nunca mais vai se aproximar dele. - pedi aproximando seu rosto do meu, sentia sua respiração contra minha pele. Estava mais quente que antes.

- Prometo Kookie. - respirei fundo e fechei os olhos segurei em seu rosto encostando nossas testas, afaguei seus cabelos tinham um aroma tão diferente, era viciante, depois de alguns minutos só aproveitando a proximidade me resolvi.

- É melhor eu ir Taehee. - disse pronto para me levantar, mas ela segurou meu braço com força inclusive minha mão machucada.

- Fique, por favor. - pediu com o olhar suplicante.

 - Aish! - exclamei baixinho voltando a me sentar.

- Desculpa. - disse soltando minha mão. - eu não gosto de ficar sozinha. - murmurou baixo. Taehyung mandará uma mensagem avisando que sairia, mas que voltaria mais tarde.

- Tá bom, eu fico até o Taehyung voltar, ainda são 19:47 mesmo. - sorri para ela.

- Liga a TV enquanto eu preparo alguma coisa para gente comer. Eu estou morrendo de fome. - disse se levantando e indo para cozinha, levantei em seguida e fui atrás da mesma.

- Eu posso ficar aqui com você? - perguntei adentrando o local.

- Sim, claro. - respondeu de costas, preparava tudo enquanto conversávamos descontraídos já que o clima entre nós havia se normalizado. Mantínhamos um assunto animado enquanto ela preparava sanduíches. Logo que terminou me serviu e lançamos juntos.

- Tokki? - me despertou dos pensamentos. - Está tudo bem!? - perguntou se curvando em minha frente, meus olhos pousaram em sua boca. Tentadora. Porque tão linda?

- E-eu tô be-bem. - sorri forçado voltando minha atenção a mesa.

- Ok. - disse com um sorriso fofo sentando-se a minha frente e terminando a comer também, com o tempo consegui acalmar meu nervosismo. Iniciei um assunto trivial para cortar todo e qualquer resquício de vergonha que existisse. Assim que terminamos fomos para sala, e foi quando me lembrei do que Jimin havia me dito pouco antes de sair de casa.

"Kookie, se tiver uma oportunidade beije-a. Não importa onde nem como. Se não fizer isso, viverá eternamente na friendzone."

Não creio que isso seja verdade, nós acabamos de nos conhecer, ela não deve ter um interesse tão além assim por mim, seria rápido demais se eu quisesse que ela correspondesse, mas...o que custa tentar? Sei que ela tem algum sentimento por mim então não corro um risco tão grave. Estávamos vendo um filme aleatório na TV que iluminava toda a sala escura, Taehee estava quieta desde que sentamos no sofá. Senti o frio na barriga quando a senti escorar-se em meu ombro, abracei-a juntando mais nossos corpos e logo se aconchegou ao meu lado e continuou na mesma posição, ainda não era possível ver o seu rosto.

- Tokki. - me chamou a atenção, eu não sabia que estava tão concentrado no filme. - Você gosta de alguém? - eu esperava qualquer pergunta menos essa, fiquei com medo de que ela escutasse o desespero do meu coração, parecia tão alto.

- Go-gosto sim. - respondi esperando uma reação, mas nada aconteceu, ela simplesmente desviou o olhar. - e você?

- Gosto, faz muito tempo. - não pode ser que...

- Quem é?- perguntei alto e curioso, ela se afastou meio assustada não sei se com meu tom de voz ou com a pergunta tão indiscreta, estava corada novamente, ficava tão fofa.

- É... É eu... Ele é...- respondeu baixinho eu não pude ouvir, fitei-a profundamente como se eu conseguisse enxergar além de seus olhos, cheguei mais perto de seu rosto para ouvir.

- Eu não ouvi. – à medida que eu me aproximava lentamente ela se afastava, nossos olhos estavam vidrados um no outro. Hipnotizados.

- Eu... Go-gosto de...- parou ao sentir o braço do sofá findar o caminho, não tinha para onde fugir. Será essa a oportunidade? Sentia nossas respirações falhas se chocarem em sincronia.

- Você gosta de mim Taehee? - seus lábios entre abertos chamaram minha atenção, o desejo em tomá-los me invadiu instantaneamente, queria sentir seu gosto, mas não enquanto ela não me respondesse. JungKook pelo amor de Deus. Se controle.

- Sim, JungKook. Eu gosto de você. Eu sempre gostei. – era visível seu nervosismo se espalhando por sua face definido em tom vermelho.

Foi de imediato colar nossos lábios em um beijo eufórico, nunca sentirá tamanha felicidade no simples ato de beijar, mesmo inusitado me correspondeu a altura. Aprofundei nosso beijo pedindo passagem para adentrar em sua boca, não deixaria a ansiedade atrapalhar o momento mais importante, tinha que aproveitar cada pedacinho desconhecido de seu interior, seus lábios eram perfeitos para os meus, uma tentação que já havia cedido, me estimulava a querer mais, comecei a brincar com sua língua em minha boca, era macia. Senti as mãos de Taehee tocarem meu rosto com ternura enquanto eu vagava com as minhas pelo seu cabelo sedoso, nos afastamos brevemente com pequenos sorrisos para respirar antes que voltassemos a nos beijar com um pouco mais de calma. Eu a quero só para mim.

Minha mente flui para todos os lugares, eu estava feliz porque a garota que eu gosto me corresponde, sente o mesmo e isso é quase inacreditável. Jimin não vai acreditar quando eu disser.

Segurei seus braços acariciando sua pele e a afastando de mim interrompendo nosso beijo a contragosto. Nos sentamos e ela pôs uma das pernas sobre a minha porque não tinha espaço para nós dois. Tão ofegante quanto eu, Taehee me fitava perplexa, provavelmente querendo entender o porquê da pausa.

- Tokki, aconteceu alguma coisa?  - seus olhos expressavam toda a confusão da minha ação.

- Eu... eu também gosto de você... muito. – ela ainda não havia entendido e continuou a me dar atenção enquanto tranquilizavamos nossa respiração. - eu quero fazer da maneira correta.

- Como assim? – perguntou subitamente. – Oh, você...- cobriu a boca com as mãos, sorriu mesmo que sua mão cobrisse sua boca ainda olhando para mim. – Já entendi. – eu vi seus olhos marejarem ao concordar.

- Não precisa chorar Taetae. – ela está feliz ou só eu que estou com o coração quase na boca? – Você é linda, é incrível, é perfeita, e... Eu quero muito te pedir em namoro adequadamente. – qualquer um me perguntaria de que mundo eu vim, nas eu sempre imaginei esse momento com ela e agora eu vou ter minha oportunidade de fazer tudo aquilo que eu sonhei.

- Awn Kookie você é tão fofo. – disse me dando um selinho demorado, agora quem estava envergonhado era eu, não acredito que eu disse tudo aquilo. – mas...

- Mas? – sorri tenso ainda vermelho.

- Meus pais não moram aqui Kookie. – seu olhar era intenso intercalando entre meus olhos em minha boca, podia sentir um pouco de tristeza em suas palavras. – Não quero esperar mais. – passeou com suas mãos por meu braço descendo pelo mesmo até segurar minha mão com um biquinho fofo.

- Quando eles voltam? – respondi afagando seus cabelos.

- Duas semanas. - ri com seu muxoxo e inquietação.

– São só duas semanas, mas se quiser...- ergui seu rosto, olhei bem em seus olhos e com todo o meu coração entregue, completei. - ...posso te pedir em casamento. – sorri para Taehee que ruborizou violentamente com minha frase, ela realmente não esperava por essa.

- Você está se saindo mais bobo que iamginei. – sorriu de volta dando um tapa estalado no meu peito.

- TAEHEE! CHEGUEI! – meu corpo gelou, era Taehyung. Os créditos do filme subia e eu havia me esquecido das horas, esquecemos tudo com nossa declaração, e o pior é que minha cara deve estar toda borrada sem contar a de Taehee, olhei para ela que estava tentando limpar o batom do rosto.

- Tokki limpa o rosto. – sussurrou se levantando do sofá.

- Não se preocupa, eu converso com ele. - eu queria passar firmeza mas eu tenho certeza que se eu levantar minha pernas bambas não vão me deixar em pé.

- Você prefere encarar o meu irmão hoje, agora? – olhou perplexa para mim esperando uma resposta. - Você está bem corajoso e eu queria você vivo. – disse e me deu um beijo um tanto quanto demorado.

- Taehee. – sussurrei segurando seu rosto acariciando de leve sua bochecha rosada. – Eu te amo. – ela sorriu e sussurrou um "eu também te amo, Kookie".

Nunca pensei que depois de 3 longos anos de observação em segredo da mulher que eu amava me renderia uma noite, de muitas, tão maravilhosas quanto essa. Como pude perder tanto tempo para dizer o quanto a amo? Tudo bem. Isso já não importa mais, a única coisa que importa é que estaremos juntos daqui para frente até a eternidade.

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Bônus: 

"Na sala... 

- Então, pra quando é? - Taehyung batucava na mesa de centro me fitando sério.

- Quando é o que? - perguntei confusa.

- O casamento? - ergueu as mãos em tom de ironia.

- Aí meu Deus...

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Tokki: significa coelho.


Notas Finais


😋


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