História Collide - This Town

Collide - Capítulo 30

 

"And I want to tell you everything

The words that I never got to say 

the first time around."

(This Town - Niall Horan)

 

Departamento de Polícia

 

Barry entrou na delegacia, que é seu emprego oficial. Precisava adiantar alguns casos de perícia que ele deixou de lado por um tempo, não porque ele quis, mas porque ele estava muito ocupado cuidando de dois adolescentes que vieram do futuro.

 

Barry poderia estar indo trabalhar, mas sua mente definitivamente não estava no trabalho. Aconteceram diversas coisas nas últimas horas, coisas que ele não imaginou que iriam acontecer. Ele com certeza ainda estava se repreendendo por ter fugido. Sim, Barry Allen fugiu. Depois do grande momento, depois do grande beijo, Barry simplesmente saiu correndo. Por um lado, ele se achava um tremendo de um covarde por ter feito isso, mas por outro, ele achava que não tinha sido tão vergonhoso, afinal, o que ele iria falar para ela? "Ah, deculpe aí, Cait. Não vai acontecer de novo." Ele com certeza não falaria aquilo, primeiro porque seria ridículo, segundo porque seria uma mentira pois se ele ficasse ali, ele com certeza faria de novo.

 

Barry entrou em seu laboratório e encontrou uma mulher de meia idade analisando algumas amostras de células.

 

- Olá. - Barry disse estranhando a presença da mulher desconhecida. 

 

A mulher tirou os olhos do microscópio e se virou para Barry. Quando ela fez isso, Barry sentiu que ela era familiar, como se já tivesse a visto antes.

 

- Olá, desculpe invadir seu espaço assim, mas a Polícia de Central City me convocou até aqui para analisar algumas amostras de um caso em especial. - A mulher disse se aproximando de Barry e estendendo a mão em um cumprimento. - Sou Dra. Carla Tannhauser. - Ela se apresentou.

 

- Barry Allen. - Ele diz respondendo ao cumprimento.

 

- Você quer o laboratório de volta? Eu posso sair se você quiser. - Carla disse.

 

- Não, tudo bem, só não estou acostumado com visitas aqui. Na verdade, eu fiquei um bom tempo sem vir para cá. Estava de folga por um tempo. - Ele explica.

 

- Entendo. Bom, se você não tiver que fazer muita coisa agora, eu aceito uma ajuda. - Ela diz. Dra. Tannhauser não era uma mulher que precisava de ajuda em nada, mas ela tinha simpatizado com Barry. Gostaria de tê-lo por perto nesta breve viagem que fez para Central City.

 

- Claro. - Ele concorda e vai até o lado dela. - Qual é o caso? - 

 

- Megan Twards, 37 anos, vítima de assassinato. Megan era uma conhecida do Capitão, pelo o que eu entendi. Por isso que ele me chamou, parece que ele precisa de todas as mãos nesse caso. É pessoal. - Carla explicou.

 

- Entendo. Como que ela morreu? - 

 

- O assassino utilizou uma arma 9 milímetros quando atirou acima do fígado dela, atingindo alguns outros órgãos. Ela talvez teria uma chance de sobreviver se tivesse tido atendimento médico, mas o assassino a deixou sangrando em um beco. Ela perdeu muito sangue e acabou morrendo. A boa notícia é que conseguimos encontrar a arma pois o assassino a descartou em uma lixeira a alguns quarteirões da cena do crime.- Carla dá uma pausa e mostra a arma para Barry. - Eu já pedi para analisarem as digitais, mas me disseram que aqui as digitais demoram cerca de 5 dias para serem analisadas e identificadas, e eu vou ficar aqui apenas por 4 dias. E isso é um problema. - Ela comenta.

 

Barry pensou no que iria falar. Realmente queria ajudá-la, mas para isso ele teria que usar os recursos do STAR Labs. Carla no STAR Labs seria arriscado. Ela não poderia descobrir sobre o Flash, mas Barry tomou uma decisão:

 

- Eu trabalho meio período em um outro laboratório que tem recursos mais avançados que esse. Nós podemos ir para lá. As digitais lá devem ser analisadas em 1 dia. - Barry ofereceu.

 

- Ótimo! Muito obrigada, Sr. Allen. - Ela agradeceu e pegou o casaco se preparando para sair. Barry fez o mesmo, mas não antes de enviar uma mensagem para Cisco dizendo:

 

"Cisco, esconda o traje do Flash e qualquer coisa que indique que o STAR Labs combate o crime ao lado de um herói da cidade. Teremos visitas."

 

Eles pegaram um táxi e foram até o STAR Labs. Quando chegaram lá, os dois saíram do carro e Barry estava caminhando até a entrada, porém Carla parecia estar meio travada.

 

- Tudo bem? - Ele perguntou depois de perceber o estado dela.

 

- Você não mencionou que o tal laboratório é o STAR Labs. - Ela disse.

 

- Era necessário? - Ele perguntou confuso.

 

- Seria bom, mas tudo bem. Vamos logo com isso. - Ela disse. Ele estranhou. Por que ela teria problemas com o STAR Labs? Ela nem era de Central City.

 

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Carla e Barry entraram no córtex do STAR Labs e deram de cara com Henry. Carla ficou confusa em ver um homem idêntico ao seu novo conhecido.

 

Barry, ao perceber a confusão da mulher, se apressou em explicar as coisas.

 

- Esse é o Henry. Meu...irmão gêmeo. - 

 

- Oh...você tem um irmão. - Ela diz ainda surpresa.

 

Barry apenas balançou a cabeça positivamente, e depois olhou para Henry que não conseguia tirar o sorriso do rosto. Barry estranhou, mas não falou nada.

 

Nesse momento, Thomas, Natalie e Cisco aparecem no córtex conversando e rindo. Thomas abre um sorriso ao ver a mulher, enquanto Natalie sussurra um "Estamos ferrados". Cisco também sorriu ao ver Carla e foi abraçá-la. A mulher correspondeu ao abraço com vontade. Adorava Cisco Ramon.

 

- Estava começando a me perguntar quando que você viria visitar. Deixa eu pensar há quanto tempo você não visita...Só faz uns 3 anos. - Cisco disse irônico e Carla riu. Todos estavam sorrindo com a presença da mulher, mas Barry realmente não estava entendendo nada. Da onde eles a conheciam?

 

- Desculpa interromper, mas da onde você a conhece, Cisco? - Barry pergunta ainda confuso.

 

Cisco abriu a boca para dizer algo, mas fechou quando viu que Caitlin havia chegado no córtex.

 

Cailtin ficou parada olhando para a mulher, até que decidiu quebrar o silêncio que havia sido instalado.

 

- O que você está fazendo aqui? - Caitlin pergunta com indiferença, mas a tensão no córtex estava praticamente palpável.

 

- Eu tenho um caso para resolver. Barry disse que iria analisar algumas digitais para mim, e depois eu vou embora. - Carla respondeu, também com indiferença.

 

- Ok. - Caitlin disse e iria embora, mas foi interrompida pela voz de Barry.

 

- Alguém pode me dizer da onde vocês conhcem ela! - Barry falou um pouco mais alto para que todos ouvissem com clareza. Cisco resolveu responder, mas ele sabia que se falasse em voz alta, Caitlin provavelmente bateria nele, então ele foi até o ouvido de Barry e sussurrou algo que ninguém conseguiu ouvir, apenas Barry. Depois de terminar o sussurro, Cisco percebeu a expressão totalmente incrédula de Barry.

 

- Ela é o que?! - Barry exclamou ainda surpreso.

 

- Isso mesmo que você ouviu. - Cisco confirmou.

 

- Eu tenho que ir. - Caitlin disse e foi para outra sala. Barry pensou em ir atrás dela, mas talvez não fosse uma boa ideia. 

 

Depois que Caitlin foi para outra sala, todos se entreolharam em silêncio, mas logo começaram a conversar.

 

Carla se aproximou de Thomas e Natalie.

 

- O que duas crianças como vocês estão fazendo aqui? -

 

- Estamos...estagiando. Estágio. Em alguns anos iremos para a faculdade e queremos aprender antecipadamente. - Thomas respondeu.

 

- São irmãos? - Carla perguntou.

 

- Sim. - Natalie respondeu e foi aí que Carla realmente notou a presença dela.

 

- Eu te conheço? - Carla perguntou diretamente para Natalie analisando todo o rosto da garota.

 

Natalie riu nervosamente antes de responder.

 

- Conhecer? - Ela riu de novo tentando esconder o nervosismo. - Claro que não. - Natalie diz. De longe, Henry e Cisco observavam a situação e Barry também, porém Barry apenas pensava que até seus filhos do futuro parecem conhecer ela e ele não. Por alguma razão ele se sentia como se fosse o último a saber uma coisa realmente importante, mas ele não sabia o que era.

 

- Você me parece familiar. - Carla comenta dando de ombros. - Barry, e então? Vamos analisar aquelas amostras? - 

 

- Claro. - Barry completou e Carla e ele foram até outra sala deixando Henry, Cisco, Thomas e Natalie sozinhos. Assim que eles foram, Thomas começou a rir.

 

- Tinha que ver a sua cara, Nath. - Ele implica.

 

- Cala a boca. - Natalie diz dando um soquinho no braço do irmão e se sentando na cadeira.

 

- Eu certamente não esperava por essa. - Cisco disse.

 

- Nem eu. Acho que algo deve ter mudado na linha do tempo. Eu só conheço ela daqui a alguns meses. - Henry comenta.

 

- E então? Caitlin se dá bem com Carla no futuro? - Cisco pergunta curioso.

 

- Cisco...não há nenhum universo alternativo ou linha do tempo em que Caitlin se dê bem com a mãe dela. - Henry responde risonho.

 

- É, eu imaginei. - 

 

- Mas no futuro é melhor do que aqui. - Natalie comenta.

 

- Sim, é melhor. As duas se aproximaram mais depois que vocês nasceram. - Henry concorda.

 

- Quem se aproximou mais depois que eles nasceram? - Caitlin pergunta ao entrar no córtex. Henry se levanta em um pulo por causa do susto.

 

- É...ninguém. Caitlin. Eu preciso falar com você. - Henry tenta mudar de assunto. Caitlin e Henry vão até uma sala separada.

 

- O que houve? - Caitlin perguntou e desviou o olhar. Ainda era estranho encarar um Barry do futuro quando há algumas horas o Barry do passado havia a beijado.

 

- Tudo bem? - Henry perguntou ao perceber o desvio de olhar dela.

 

- Tudo. - 

 

- Ok, bom...a linha do tempo está mudando - Henry diz.

 

- E o que te faz pensar isso? - 

 

- Sua mãe. Eu só deveria conhecer ela daqui a alguns meses, mas ela veio mais cedo. - Henry diz naturalmente e Caitlin levanta a sobrancelha em desconfiança.

 

- Por que você conheceria minha mãe? - 

 

- ...Bom...porque....p-porque...você sabe...coisas do Departamento de Polícia...mas isso não importa, o que importa é que está mudando - 

 

- E o que nós temos que fazer? -

 

- Temos que construir a máquina do tempo mais rápido. Eu tenho que voltar para casa, Cait. -