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História Collide - Alone


Escrita por: SraWesley

Notas do Autor


HEEEEEEEEEEEEEEEEEEY JUDE don't make it bad....
Tudo bem gente?
Antes de falar um pouco sobre esse capítulo queria agradecer aos comentários e perguntar onde estão aqueles leitores que comentavam bastante no inicio da fic? E os nossos fantasminhas? GENTE, VENHAM CONVERSAR COMIGO POIS SOU CARENTE HSAUAHUSHA Espero mesmo que continuem comentando e cada vez mais pois já disse mil vezes e vou dizer mil e uma: É MUITO IMPORTANTE E INSPIRADOR <3
Pronto, agora já posso dizer que amei escrever esse capítulo assim como o especial de natal, porém nesse VAI TER MUITO LENCINHO mas uma alegriazinha com o rumo que as coisas estão tomando... Fiz com muito amor e carinho, aproveitem e nos vemos nas notas finais!
P.S: Perdão que está grande mas vocês vão entender porque logo logo.

Capítulo 21 - Alone


Fanfic / Fanfiction Collide - Alone

Emma, that wall of yours - it may keep out pain;but it also may keep out love.

Emma, essa sua parede – pode manter a dor fora; mas também pode manter o amor.

Snow White(Once Upon a Time)

Jennifer Morrison

06:00

Há certa beleza na dor, o brilhante modo como se espalha por nossos corpos e nos congela em um momento, repetindo-o como um disco arranhado, travado em uma música sentimental demais. Um contínuo lembrete de que estamos em constante perigo, perigo de sentir.

A manhã seguinte me atingiu em cheio como uma ressaca depois de beber demais, uma dolorosa sensação de que a noite passada era apenas o efeito do álcool em minhas veias ou apenas o latejar gritante em minha cabeça ao abrir os olhos sob os primeiros raios de sol. O frio se fez presente em meu pálido corpo quando decidi levantar-me, lavei meu rosto tentando apagar as memórias que vinham constantemente e, sem sucesso, caminhei até a cozinha.

— Ava! — a cachorrinha apareceu correndo na entrada da cozinha — Oi bebê. — liguei a cafeteira antes de me abaixar para pegar Ava no colo, seu rabinho balançava alegremente enquanto a apertava em meus braços.

Um delicioso gole de café fazia com que minha manhã ficasse um pouco mais suportável e a felicidade de minha bebê arrancava um singelo sorriso por meus lábios, deleitei o café lentamente pois tentava adiar o inevitável dia de trabalho que tinha pela frente. Um banho quente espantava meus calafrios no inverno canadense, coloquei minha roupa confortável e fiz uma maquiagem simples apenas com base, blush e rímel.

O relógio marcava seis e quarenta da manhã ao passar pela cozinha procurando por minhas chaves, soltei um gemido aliviado ao encontrá-las sob a bancada e me encaminhei ao quarto novamente, a bolsa em uma cor pastel repousava em minha cama e o celular, intocado desde ontem a noite, vibrava sob o criado-mudo.

Deixei-o tocar mais três vezes antes de jogá-lo dentro da bolsa, me despedi rapidamente de Ava e segui até o carro, o percurso até o set parecia tão lento ao atravessar a avenida principal que liguei o rádio para me distrair e percebi que tocava uma música conhecida, I Still Love You by Josh Jenkins.

We both said some things, we didn't mean
We took our cheap shots, didn't we
You grab your coat and keys and said
"I think I need to leave right now"

Uuuhhhhh you kinda talkin crazy
Ooohhhhh dont want to lose you baby

Nós ambos disseram algumas coisas, não tínhamos a intenção

Nós levamos nossos tiros baratos, não foi
Você agarra seu casaco e as chaves e disse
"Eu acho que eu preciso sair agora"
Uuuhhhhh você meio que falando louco
Ooohhhhh não quero perder você, baby

I still love you darling
With every inch of my heart
Even when dont want to
I still love you
I still love you

Eu ainda te amo querida
Com cada polegada do meu coração
Mesmo quando não quer
Ainda te amo
Ainda te amo

I close my eyes and see your face
Can feel your touch, can almost taste
I lie to myself that I'm ok
But the thought of you, it stops me
Frozen are the words heavy from the heard
Your love I can't put down I need to tell ya

Eu fecho os olhos e vejo seu rosto
Pode sentir o seu toque, quase pode provar
Eu minto para mim mesmo que eu estou ok
Mas o pensamento de você, ele me pára
Congelado são as palavras pesados do ouvido
Seu amor eu não posso colocar para baixo eu preciso te dizer

Cantarolava seus versos docilmente, o trânsito calmo daquela manhã facilitava meus pensamentos em Colin, todos os momentos da noite passada eram relembrados a cada palavra que deixava meus lábios. Aos poucos notei como aquela música encaixava-se em meus devaneios sobre o moreno de olhos oceânicos, dentro de toda minha confusão não podia negar que o sentimento por ele ainda abalava totalmente as estruturas de meu coração. Como conseguia amá-lo com todas as minhas forças, e mesmo tentando com a mesma intensidade o oposto, nunca conseguir? Estacionei no set rapidamente por ter chego cedo para as gravações e pelo mesmo motivo poucas pessoas passeavam por ali, desliguei o carro e vasculhei minha bolsa até pegar meu celular. Haviam muitas mensagens, notificações e ligações tanto de Colin quanto de todos os membros da equipe e lentamente li todas elas, exceto as de meu par nas cenas pois não conseguia encarar suas desculpas, ou, pelo menos, não naquela manhã. Revisei o texto do dia mais uma vez, passando as falas em minha mente antes de excluir a mensagem de voz dele e sair do carro em direção ao estúdio.

A beleza não está nos olhos inchados de chorar ou nos cabelos desgrenhados que denunciam as noites em claro e, muito menos, na inevitável careta ao tentar esboçar sorrisos naqueles tempos sombrios.

Adam estava sentado em sua cadeira quando adentrei o local de gravações, já devidamente maquiada e vestida como Emma Swan, Lana segurava o script em suas mãos e estudava as cenas de hoje recostada na parede contrária a Adam. Manti a cabeça erguida ao caminhar em direção ao diretor, minhas cenas hoje eram bastante emotivas e na maioria delas estavam Ginnifer ou Josh entretanto nenhum dos dois tinha chego ainda então simplesmente sentei-me em um sofá pequeno e roxo para descansar. Jared aproximou-se com seu sorriso jovial, trazia em sua mão um copo de café e sentou-se ao meu lado.

— Bom dia.

— Bom dia. — ele ofereceu-me e recusei com um abanar de cabeça, pude notar a incerteza em seus olhos e a insegurança de falar comigo quando todos pareciam temer minhas reações.

Foi quando ele tocou meu ombro com carinho e ficou em silêncio ao meu lado entendi que tinha um aliado, alguém que não estava na confusão e desse jeito meu dia parecia não ser mais tão terrível assim.

— É hoje que matamos um deus? — assenti com a cabeça observando a animação do garoto — Será que Bex me deixaria matar ele?

— Acho que não Jared. — disse com uma risadinha — E, mesmo que ela deixe, não acho que Adam e Ed concordariam.

— Eu li Percy Jackson, sou mais qualificado! — ele disse confiante e me fez soltar uma risada desanimada com seu comentário bobo, olhei para o lado e vi que ele me acompanhava no riso.

A beleza não está no exterior como gostamos de acreditar, talvez por ser mais simples de se enxergar ou por pura pressão social, ela está enraizada em nossas almas e impregnada em nossos pensamentos. A beleza vem dos sentimentos. E o que é a dor, se não uma explosão de sentimentos?

Foi em meio a outra risada de alguma bobagem dita pelo garoto ao meu lado que ouvi a porta do set ser aberta, foquei meu olhar na figura morena que gritava algo para Josh lá fora e senti um misto de sentimentos abater-me. Uma instintiva vontade de fugir de seus olhos, esconder-me de suas íris tão tentadoras e esquecer o quanto amava cada parte dele e, ao mesmo tempo, um desejo incontrolável de procurar seu olhar para encaixar-se no meu mais uma vez e apaziguar meu confuso coração. Então, em um instante de pura insanidade deixei meus olhos seguirem os dele e encontrei-o tão perdido que uma pontada instalou-se em meu coração, era o mesmo Colin que via todas as manhãs mas de alguma maneira ele parecia doloroso. Os olhos inchados e com olheiras denunciavam que a noite não tinha sido fácil, a expressão chateada e o sorriso forçado aos outros membros da equipe ao adentrar o set mostrava que este não era o mesmo Colin O'Donoghue que conhecíamos.

Podia sentir o olhar de canto que Lana detinha, sua presença era impactante mesmo de longe e aos meus olhos encontrarem os deles desejei com todas as minhas forças que pudesse correr para os braços da morena porém tudo que fiz foi permitir que tudo se revirasse dentro de mim. Desviei logo que voltei a respirar e raciocinar, concentrando-me na tarefa do dia: ficar longe dele, e esta seria facilmente cumprida já que não tínhamos nenhuma cena em conjunto hoje.

12:32

Essa maldita angústia nos torna frágeis em suas garras, muitas vezes cruéis porém, esculpem as nossas asas e empurram nossos passos ao longo do caminho, ela nos torna mais fortes e maduros, nos força a crescer.

— Corta. — Adam gritou de sua cadeira — Almoço.

Os membros da equipe saíram de suas posições, gravava uma cena com Josh em que estávamos na ponte de Storybrooke e ao ouvir o grito de Adam abaixei minha cabeça sentindo uma corrente de ar frio passar por meu rosto. As lágrimas que minha personagem estava perto de derramar desceram rápida e silenciosamente, sequei-as com minhas mãos enquanto ainda encarava o chão pálido a minha frente. Tudo era pálido naquele dia, nossos rostos, nossos corpos, o céu acinzentado e repetitivo, o clima frio e tristonho, até nossos sentimentos eram pálidos em meio ao branco de neve que cobria o cenário real.

— Eu não sabia o que aconteceria. — a voz doce de Josh se fez presente, levantei a cabeça para olhá-lo — Sinto muito Jen, nunca pensamos que fosse te magoar. — ele se aproximou para que somente eu pudesse ouvir suas palavras — Não sabia sobre os seus sentimentos, nem os dele.

Lembrei-me de quando o conheci, como acompanhei todo o desenrolar de seu amor platônico por Ginnifer e de como fiquei orgulhosa ao ver a família que os dois haviam formado, lembrei-me de o quanto Josh havia me protegido durante todo esse tempo, agindo como se de fato fosse meu pai e então um suspiro escapou por meus lábios.

— Eu sei. — ajeitei a touca em minha cabeça, meus olhos que miravam o loiro avistaram ao longe Colin, ele estava indo em direção aos trailers e mantinha sua postura triste que cortava meu coração.

O loiro percebeu meu olhar fixo na figura de casaco preto e levou sua mão em meu ombro, apertando-a levemente e causando uma sensação de acolhimento.

— Nós dois, estamos bem? — apontou para nós dois.

— Nós estamos sempre bem Josh. — toquei seu ombro com minha mão e lhe dei o melhor sorriso que consegui, provavelmente pareceu uma careta.

Nos torna poetas filosóficos, amantes da arte e contadores de histórias, melancólicos de plantão esperando o melhor momento para dar a volta por cima e finalmente ser o herói de nossas histórias, derrotando-a.

21:00

— Tem certeza que você me desculpa? Porque não consigo ficar com você chateada comigo, sabe o quanto sou apegada a minha filha fictícia. — Ginnifer tagarelava ao meu lado ao caminharmos para fora do set, meu trailer não estava muito longe e ela não conseguia aceitar que já a tinha desculpado.

— Ginnifer. — parei em sua frente e segurei seus ombros para que ela olhasse para mim — Eu já te desculpei, está tudo bem! — ela relaxou me abraçando com força, sorri com o gesto daquela maluca e voltamos a andar.

Josh conversava com Lana a frente de seu trailer, e este era ao lado do meu, Gin correu em direção ao marido e o abraçou, os dois saíram acenando para nós duas e deixando o clima desconfortável que havia entre Lana e eu pairando no ar. Seus lábios se abriram sutilmente, como se fosse dizer algo e por certo tempo esperei que ela falasse porém voltou a selar os lábios e encarar o vazio. Sabia que deveria estar a abraçando-a e desculpando-a mesmo que ela não tenha pedido desculpas formalmente, deveria ser algo natural como foi para os outros mas a morena recostada no trailer de Josh não era como os outros e não conseguia desculpá-la, acenei em sua direção e ela retribuiu acabando com nosso momento desagradável em com um movimento de mãos.

Abri a porta de meu trailer já cansada do dia exaustivo de trabalho, larguei minha bolsa na primeira poltrona que encontrei, estava tão dispersa que deixei a porta aberta e desabei no sofá. Durante o dia todo não cruzei com ele, o via andando para as gravações ao longe e procurava não me aproximar, sorrio orgulhosa por saber que sobrevivi a aquele dia, no entanto vejo Lana parar na porta de meu trailer, ainda do lado de fora.

Durante o dia inteiro ela estava lá, acompanhando meus passos distante e quieta, prestando atenção em meus movimentos com preocupação e isentando-se de me confrontar, mesmo quando não a via podia sentir sua presença e de alguma forma, me fazia sentir segura e ao mesmo tempo com raiva pois há a segurança de saber que ela está ali caso tudo desmorone e a raiva por saber que talvez ela ajude tudo a desmoronar.

Percebo que tem algo sobre o balcão da penteadeira enorme ao lado da porta, o espelho me mostra uma rosa em um tom lindo de azul, minha cor favorita desde a última vez que nos falamos e um pequeno bilhete com a caligrafia torta que me impede de identificar o autor de longe. Levanto devagar e agarro o papel, tirando uma folha pequena daquele envelope também de tamanho reduzido e deduzo que não pode ser uma carta ou algo assim, ao virar o envelope e perceber para quem estava escrito, congelei: Para Shadow.

Escrito em sua letra grifada estão palavras tão conhecidas por nós dois que uma pontada atinge meu coração ao lê-las, minha respiração se torna difícil conforme leio e releio a citação, meu corpo todo está congelado e não consigo me mover, penso que mesmo se conseguisse não teria para onde ir, não há um lugar para me esconder de meus próprios sentimentos e se houver, no fundo, não quero encontrá-lo.

There’s not a day that will go by that I won’t think of you.

Não há um dia que passe em que eu não vou pensar em você.

Killian Jones(Captain Hook)

Os olhos marejam com a sensação conhecida de ser pega de surpresa, de ter meus sentimentos expostos para mim, escancarados em meu rosto ao contrair os lábios de tristeza, minhas mãos tremem tanto que penso ter algum ataque e então meus olhos encontram os da morena. Lá fora do trailer a silhueta de Lana brilhava no escuro da noite, seus olhos castanhos e profundos encaravam os meus, que estavam a ponto de derramar rios, sinto um calafrio percorrer-me inteira ao olhar outra vez o bilhete e paralisada naquele instante corro em direção a minha melhor amiga, jogando-me em meus braços com tanta força que ela teve que forçar-se em pé.

Ela me acolhe em seus braços ternos como sempre fez e isto faz com que meus olhos derramem lágrimas e o soluço entalado de choro seja liberto, choro como uma criança abraçada a ela que acaricia meus cabelos devagar e sussurra que tudo vai ficar bem em meus ouvidos. Ela não é como os outros.

Mais do que qualquer coisa, a beleza da dor está no que tal sentimento é capaz de nos transformar, e muito mais do que frágeis poetas nós somos, pois ela nos transforma em humanos. Aqueles que sofrem e que amam desesperadamente, aqueles que a sentem calorosamente mas rezam para que ela se vá, aqueles que tentam e falham frequentemente, aqueles que vivem.


Notas Finais


O QUE ACHARAM? Jen perdoando os amiguinhos? GIN É ADORÁVEL NÉ? ESSE MOMENTO LANA E JEN ENTÃO, MARAVILHOSO NÉ? MELHOR AMIZADE <3 E O COLIN FICANDO LONGE DELA, SERÁ QUE FEZ CERTO? SERÁ QUE MERECE O PERDÃO DEPOIS DESSA CITAÇÃO ÉPICA CAPTAIN SWAN? Vamos ver isso e MUITO mais no próximo capítulo que sai semana que vem, fiquem de olho e comentem muito porque assim me inspiro mais hein?
BEIJOS E OBRIGADA POR TUDO BABES <3


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