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História Colored Life - Happy Birthday!


Escrita por: Fic_MJ

Capítulo 17 - Happy Birthday!


Fanfic / Fanfiction Colored Life - Happy Birthday!

          May on

Como eu queria que aquele dia não tivesse chegado. Era o meu aniversário.

Acordei com três batidas leves na porta. Abri os olhos e vi meu pai adentrar o quarto. Levantei o rosto em sua direção. Ele tinha uma sugestivo sorriso e uma caixa grande embrulhada com um enorme laço em cima.

Sentei na cama enquanto mentalmente eu tentava adivinhar o que era. Meu pai se sentou junto a minhas pernas e sorriu mais ainda.

- Feliz aniversário! - cantarolou. Revirei os olhos mas sorri o deixando alegre - Bom, não podia deixar passar sem nada.

Ele me entregou a caixa. Balancei a cabeca negativamente, sorrindo, e trazendo a caixa para o meu colo. 

- Não precisava, pai.

- Abra.

Lhe dei uma última olhada e voltei os olhos para a caixa. Poderia ser qualquer coisa de tamanho médio grande. Um porta retrato, uma bola, qualquer coisa.

Comecei tirando delicadamente o laço. Como eu já me estressava com o resto porque não queria abrir, rasguei tudo de uma vez só.

Meus olhos não acreditaram no que viram.

- Ai meu Deus! - falei rapido - É uma...

- Câmera - respondeu. Abri o maior sorriso que eu conseguia e tirei o mais rápido possivel o resto do embrulho. Tirei de dentro o aparelho, analisando cada detalhe do que seria a minha melhor amiga daqui pra frente.

- É parecida com a da minha mãe... - associei os fatos - Ash.

Meu pai soltou uma risada.

- A Amber falou comigo. Nossos presentes são, digamos, um "conjunto" - fez aspas - A câmera é presente meu e da sua mãe. Na verdade, ela que escolheu e mandou, eu so fiz ajudar a pagar.

Dei um risada.

- Obrigada pai - lhe dei um abraço.

- Acho que você quer ficar um pouco sozinha... Se arrume. Meg também tem um presente.

Se levantou e saiu.

O dia (mesmo sendo o meu aniversário) havia começado bem. Levantei da cama naquela manhã de sábado e entrei no banheiro, deixando a minha querida e nova amiguinha em cima da cama.

Tomei um banho relaxante e saí enrolada na toalha. Vesti minhas roupas íntimas. Peguei uma calça skinny preta e coloquei um cinto grande nele. Na parte de cima vesti uma blusinha curta e colada cinza.

Prendi meu cabelo em um rabo arrumadinho. Passei a minha velha e boa maquiagem básica mas passei um batom vermelho sangue para dar um realce. Por ultimo calçei minhas botas pretas de salto alto com cadarços na frente, aqueles bem estilosos de plataforma.

Resolvi que naquele dia eu merecia usar um salto alto.

Cheguei na frente do meu espelho e tirei uma foto em meu celular. Postei no meu snap com uma legenda fazendo um comentário bobo sobre meu aniversário.

Desci as escadas e encontrei meu pai assistindo TV. Entrei na cozinha, onde Meg estava e levei um susto com tudo que estava em cima da mesa.

- Feliz aniversário! - gritou. Dei um sorriso sincero e ela me abraçou - Meu presente.

E apontou para todo aquele banquete.

- Ai meu Deus. Meg... Que delícia!

Sentei e comecei a comer. Diante daquelas panquecas, do bacon, sanduíche, chocolate quente, capuccino, morangos, sucos, comi um pouco de cada o que explicou o fato de eu estar bem cheia quando acabei.

- Assim eu vou engordar! - brinquei com Meg que deu um sorriso - Estava perfeito. Obrigada.

- Você merece querida! 

Lhe dei um beijo na bochecha e saí da cozinha. Entrei na sala e meu pai ainda se encontrava na frente da TV mas as vezes desviava o olhar nervosamente para a porta 

- Ela caprichou! - me joguei no sofá - Acho que não como mais pelo resto da semana.

Ele não teve tempo para responder. A campainha tocou e ele correu para abri-la. Cármen atravessou a porta e deu um beijo na bochecha de meu pai. 

Revirei os olhos e nem me dei um luxo de levantar, apenas respirei fundo.

Logo atrás a loira entrou e fez o mesmo. Quando as duas me viram abriram um sorriso. A diferença era que o sorriso de Paty vinha carregado de raiva, o que me fez rir.

- Feliz aniversário May! - falou Cármen e veio me abracar. Fui obrigada a levantar.

- Obrigada - respondi e ela me entregou a sacola que carregava nas mãos.

- Espero que goste! É o meu presente e o da Paty - avisou e abracou o meu pai. Paty reagiu e veio me abraçar - Abra!

Não queria abrir na frente dela. Vai que eu não gostava? Mas tive que abri-lo. Era um salto alto preto, comum, básico e bonito. Agradeci novamente e mentalmente por não ter sido nada ruim.

Sem falar muita coisa, subi as escadas e fui para o meu quarto. Minutos depois de ter me sentado na cama meu celular começou a tocar.

- Alô?

- Feliz aniversário! Hu! Feliz aniversário! Hu! - minha mãe cantava pelo outro lado da linha.

Ela sempre amou aniversários e nos meus ela sempre me acordava com essa musiquinha. Era estranho pela primeira vez não ter sido acordada daquele jeito.

- Olá mãe.

- Sua animação sempre me contagia, sabia? - disse ironica - Já recebeu o presente? Não, pera! Não era pra falar isso - prendi o riso.

- Que presente? - fingi de desentendida, minha mãe sempre falava demais.

- Ai desculpa filha! Nada não! - soltei uma gargalhada.

- Já mãe, já recebi.

Percebi ela suspirando aliviada.

- Seu pai iria me matar se você soubesse por mim - sorri. Meu peito se consumiu de saudade. Sentia falta  da loucura dela de todos os dias.

- Obrigada mãe.

- Obrigada pelo o que?

- Pela câmera - falei o meio óbvio mas senti que ela queria mais, afinal era da minha mãe de quem estávamos falando, e era claro que eu iria falar mais - E por você existir. Sinto sua falta. Do seu jeito de falar e de me acordar de manhã, de tudo. Até do seu jeito de cozinhar.

- Oh filha - sua voz saiu meiga e carregada de saudade. Ela fungou uma vez antes de continuar. Ela estava chorando? - Também sinto sua falta. Desculpa não poder ir. Acho que te devo uma. Mas, novidade! Já são mais de 10 presentes!

Isso significava que ela já havia viajado para mais de 10 cidades em todo esse pouco tempo.

- Tudo bem mãe.

- Filha tenho que ir. Te amo minha princesa.

- Te amo minha rainha.

Senti que ela demorou um pouco para desligar. Conhecia minha mãe mais do que qualquer pessoa no mundo. Ela era minha melhor amiga. E sem dúvidas aqueles poucos segundos em silêncio no telefone era a saudade falando mais alto.

Fiquei olhando pro nada enquanto sentia uma imensa saudade, até o celular em minhas mãos tremer.

"Casa dos meninos, AGORA!"

Era uma mensagem da Amber. Dei um sorriso e peguei a chave do carro. Estava muito ansiosa para saber o que eles iam me dar.

Corri até o carro agradecendo por encontrar ninguém na sala. Gritei um "estou saindo" antes de entrar e dar a partida.

Havia se passado uma semana desde do dia do parque. No meio da semana a companhia de dança me ligou. Achei que seria reprovada mas para a minha surpresa eu havia passado no primeiro teste.

Também conversei bastante com a Zoe. Viramos amigas e no mesmo dia que recebi a ligação da companhia ela me mandou uma mensagem dizendo que também havia passado.

Estacionei na frente da casa dos meninos. De longe vi Amber saindo da janela e fechando a cortina. Sorri comigo mesma e andei até a porta. Toquei a campanhia, já esperando um "surpresa" soar de dentro da casa. 

E foi o que aconteceu. 

Só que o que não esperava era Amber correr em minha direção e pular em cima de mim. Caímos as duas juntas no chão. Os meninos não se aguentaram e caíram na gargalhada. 

- Feliz aniversário!! - ela gritou em meu ouvido. 

- Obrigada Amber - falei calma - AGORA SAÍ DE CIMA DE MIM!

Todos riram mais. Até eu não me aguentei. Depois de nos levantarmos, dei um abraço em cada um dos meninos, me surpreendendo ao ver Luke sorrindo pra mim e me dar um abraço sincero.

- Temos um presente!! - cantarolou Amber. 

- Gente,  não precisava - comecei e depois olhei cerrando os olhos para Ashton - Já sei do seu crime! - apontei o dedo e o mesmo sorriu nervoso. 

- Toma - Amber me entregou um presente com a embalagem colorida.

Tentei abrir delicadamente, mas era impossível abrir sem rasgar. Quando todo aquele embrulho já se encontrava em pedaços no chão, pude ver o que se escondia nele.  

Era um álbum de fotos. E para mais uma surpresa tinha uma foto minha na capa. Eu sorria, usava meus óculos escuros e so mostrava meu rosto. 

Quando abri. Vi algumas fotos. A foto que a Amber tirou, onde eu tentava fazer uma cara sexy. E várias que eu nem sabia que existiam. Todas tinham legendas, e todas eram engraçadas. 

- Meu Deus... Quando vocês tiraram essas fotos?

- A uns dias a gente vem tirando fotos suas escondidos. O impressionante é que você sai bonita em todas - respondeu a garota - Ou quase todas. 

Acrescentou quando eu passei a página e duas horríveis fotos apareceram. 

- Valeu gente! Eu realmente amei! - dei um abraço coletivo. 

- Agora você ja gosta do seu aniversário? - perguntou o colorido. 

- Não - respondi tirando o sorriso do seu rosto - Mas com certeza não odeio mais 100%.

- Yes! - comemorou me tirando risadas. 

Não demorou muito para que meu celular tocasse. Era meu pai. Atendi e fui breve. Ele queria que eu voltasse para casa, pois Cármen queria fazer um bolo comigo. 

- Tenho que ir. 

- Mas já? Você mau chegou. 

- Cármen quer fazer um bolo comigo. 

- Vamos com você - Amber ja se levantava do sofá e ia pegando a sua bolça. Os meninos a olharam como se dissem "precisamos ir?" - Vamos logo!

- Se eu realmente não queresse a companhia de vocês, eu até não insistia, mas eu não vou sobreviver a uma tarde só com a Cármen e a Paty. 

Puxamos as mãos dos mesmos e os levantamos do sofá. Nos dividimos em dois carros. Amber, Michael e Luke foram no meu, enquanto Ash dirigia outro e Calum ia ao seu lado.

Assim que atravessamos a porta de casa, Paty desfez o sorriso e empinou o nariz. Ouvi Luke dando um risada abafada. Os meninos se espalharam pela sala e meu pai me olhava perdido. 

- Eu chamei só você - sussurrou em meu ouvido. 

- E eles são meus amigos - falei na mesma intensidade. Meu pai respirou fundo e concordou. Acho que ele queria me agradar.

- Amor - Cármen entrou na sala - Esta faltando a farinha. Ah, você chegou May!

- Por que você e a May não vão comprar? Ela pode dirigir pra você até o mercadinho aqui perto - sugeriu meu pai. Eu não queria mas tive que sorrir. Cármen parecia ser uma boa pessoa.

- Ah, tudo bem! - disse simpática e foi tirar seu avental. 

- Pelo amor de Deus, não quebrem nada - avisei para os meninos baixo e cheguei mais perto - E por favor,  não impliquem com a Paty - sussurrei. 

Logo eu e Cármen já estavamos no carro. No dia do meu aniversário eu só queria paz, só que aquela já era a terceira vez que eu entrava em meu carro. 

Tentei puxar assunto com a Cármen, mas ela não parecia a mesma de minutos atrás. Paramos na frente do mercado e entramos no mesmo.

Tentei não ficar muito na cola dela mas pude ver que ela pegou a farinha, outros ingredientes para bolo e para mais uma surpresa naquele glorioso dia, duas camisinhas. 

Minha barriga se embrulhou só de imaginar ela "daquele jeito" com o meu pai. 

Cármen já ia pagando quando eu reconheci aquele cartão. 

- Aquele era o cartão de crédito do meu pai? - perguntei enquanto eeentravamos no carro.

- Talvez, por quê?

- Nada, é só que eu não sabia que vocês já dividiam essas coisas. 

- Meu amor - sua voz era falsa - Nós dividimos muito mais coisas do que você possa imaginar! 

- E meu pai está consciente de todas essas coisas? - falei também afiada. 

- Querida May, a minha relação com o seu pai não te interessa, e outra, se fosse por mim você já estava em um internato! - cadê aquela Cármen? 

- Acho que meu pai vai amar saber disso.

- Ele não acreditará em você - fez uma pausa enquanto se olhava no espelho - Ele acha que você me odeia... 

- O que é verdade - fiz ela revirar os olhos. 

- E que você faria qualquer coisa para nos separar, até contar uma mentira como essa. E é melhor você nem tentar, se não digo para ele de quando você ficou bêbada naquela comemoraçãozinha inútil. 

A olhei um pouco assustada, tentando não desconcentrar da estrada. Como ela sabia?

- A Paty me contou. Minha filha é uma graça não? Você deveria ser mais como ela. 

- Ah claro - fui sarcástica. Estacionei o carro. 

- É melhor você não contar nada para o seu pai - me ameaçou - E finga que viramos amigas. 

Entramos na casa e ela me forçou a entrar fingindo uma risada que fiz do jeito mais falso possível.

Voltei a me juntar aos meus amigos, pelos menos entre eles eu poderia ser eu mesma. 

Aquele dia mal tinha começado e eu já sentia uma tempestade se aproximando. Afinal, só poderia ser o meu aniversário. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem! Desculpem a demora, muita coisa acontecendo! #Maylum #Maychael #Mayton #Mayke


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