História Colored Life - Happy Birthday! part. 2

          May on

Depois de já termos almoçado, Cármen colocou o bolo na mesa. Eu ainda não acreditava que aquela mulher com rosto tão angelical poderia ser tão mal. 

Eu não tinha medo das suas ameaças, só não contaria para meu pai agora. Talvez ela fosse má comigo e boa pra ele. 

Amber me olhou de longe, em seu olhar eu podia ver que ela já entendia tudo. Seus lábios silabaram um "o que aconteceu?". A olhei de volta e neguei com a cabeça, dizendo da mesma forma "depois de conto".

Depois de uma animado parabéns, subi pro meu quarto e acabei por levar todo mundo comigo. Cármen falou que ia sair com a Paty para resolver umas coisas, o que foi um enorme alívio. 

- Que ódio! - gritei ao entrar no quarto.

- O que aconteceu? - perguntou Amber vindo logo atrás e sendo acompanhada pelos meninos.

- Foi a Cármen - contei do que havia acontecido.

- Eu odeio a Paty, fiquei até surpresa por a mãe dela ser tão boa. Bem que eu desconfiei. 

- Você vai falar alguma coisa pro seu pai? - perguntou Ash.

- Não. - repondi frustrada. 

- Por que não? - perguntou Michael.

- Porque ela faz bem pra ele. Talvez ela não goste de mim, mas goste dele.

Ficamos em silêncio. Será que eu estava fazendo o certo? Só o tempo ia dizer. 

- Ei gente, - chamou Mike - Hoje vai ser aquela festa que eu falei dias atrás, vamos?

- Mas é aniversário da May - debateu a namorada.

- Pela a cara dela, acho que ela quer ir.

E os dois me encararam.

- Claro! Vamos nessa. - brinquei.

- Sério? - Amber perguntou.

- Não vai ser ruim. Gosto de festas - ela revirou os olhos - A que horas?

- Ás 19h - respondeu o colorido.

- Então, quer dizer que os bonitinhos que ocupam meu quarto já podem se desescorar dos meus móveis e ir embora - fazia gestos para que Ashton e Luke saíssem de cima da minha cômoda. 

- Só porquê me chamou de bonitinho - Ash piscou. Michael e Amber se levantaram e iam em direção a porta - Nos vemos mais tarde. 

Me deu um beijo na bochecha e fez seu caminho. Calum me deu um sorriso e Luke um breve tchau.

- Ei! A senhorita volta - ordenei a Amber - Você fica pra me ajudar.

(...)

- Vamos Amber! Você esta linda! - ela arrumava um dos meus vestidos pretos que ela usava.

- Não queria ir a essa festa.

- Essa é a quarta vez que me diz isso. - revirei os olhos.

- Desculpa! Mas eu sinto que algo ruim vai acontecer.

- Relaxa e vamos logo.

Ela se conformou e saiu de frente do espelho. Dei uma última checagem. 

Eu usava blusa branca com listras pretas e um desenho na mesma cor por dentro de uma short preto e uma meia calça fina preta. Coloquei uma jacketa jeans clara por cima e arregaçei as mangas e nos pés usava um salto alto estilo bota com cadarços. 

Meus cabelos estavam presos em um rabo alto e desarrumado. Usava um colar e uma gargantilha para dar um simples toque e passei uma maquiagem básica.

- Calma. Vou tirar uma foto.

Peguei a minha câmera e tirei uma foto minha e de Amber na frente do espelho. Revelaria e colocaria no meu álbum depois. 

Ashton me mandou outra mensagem. Me apressando. Meu pai não estava em casa então não dei explicação a ninguém. 

Entrei no carro do mesmo e Amber entro no do Mike. Recebi um assovio de Calum que estava no banco de trás. Fomos conversando e cantando durante o caminho, mas eu podia jurar que os olhos de Luke eram fixos em mim. 

Ele desviava toda vez que eu olhava mas eu sentia seu olhar arder sobre mim.

Ao chegar no local da festa, luzes saiam pelas janelas que aparentemente era a sala. Estacionamos mais na frente. A casa era bem grande com portões enormes na frente e uma fonte. 

Havia muitas pessoas já bêbadas pelo gramado da frente. Entramos e demos um espiada. Estava realmente muito animado.

Calum me puxou para o bar e pediu duas doses do mais forte que tinham.

- Aguenta? 

Dei um sorriso e balancei a cabeça negativamente. Peguei o copo e o virei. O líquido desceu rasgando mas me fez rir depois.

- Mais uma - pedi.

- Calma May. Já quer ficar bêbada tão sedo?

Sorri de novo de virei o copo. E assim por mais três vezes seguidas. Calum então me puxou para dançar. Ambos tinham uma copo de cerveja na mão. 

- Está gostando? - me perguntou no ouvido, por conta da música. Assenti com a cabeça - Sou péssimo dançarino. Vamos lá pra fora?

Assenti novamente com a cabeca. Segui Calum até uma das áreas externas da casa. Sentamos em um canto onde não havia muita gente e pareciamos mais "sozinhos".

Bebi o restinho da bebida em meu copo e o deixei vazio para o lado. Quando voltei para a posição Calum me olhava e fixou em meus olhos. 

Depois de minutos em silêncio. Olhando um nos olhos do outro, sua mão foi para a minha bochecha.

- Você é linda sabia?

- Ta tentando dar em cima de mim? - falei brincando. Ele riu e negou com a cabeça.

Nossos olhos voltaram a se encontrar. Dessa vez me senti diferente. A outra mão de Calum segurou minha cintura e me puxou para mais perto. Nossos rostos estavam tão perto que eu sentia sua respiração acelerada em mim. 

Seus lábios se juntaram com os meus em um beijo calmo. Meus dedos grudaram em seu cabelo. Era um beijo perfeito mas por que...

Nos separamos devagar, ainda tentando acreditar no que havia acontecido. Calum me olhava estranho, em dúvida e meu olhar também não era diferente.  

Deixei escapar uma risada e ele me acompanhou. 

- O que... Que acabou de acontecer? - perguntou.

- Acho que nos beijamos - falei o óbvio. Seus olhos se encontraram nos meus de novo, mas dessa vez sabíamos um o que o outro havia sentido.

- May, você... Você também sentiu...

- Como se não tivesse química? - concordou com a cabeça - Sim. 

- Pensei que eu gostava de você. 

- Também pensei isso. 

Cal voltou a me olhar. 

- Pensou? - assenti - Mas, e agora?

- Esse beijo provou que somos só amigos, que pensamos que sentíamos mais.

- Amigos? - ele estendeu a mão. A olhei carinhosamente e sorri. 

- Só amigos. - a apertei de volta.

- Será que podemos esquecer isso?

- Se só nois dois sabemos, é mais fácil fingir que isso nunca aconteceu.

- Hm. Certo.

Dei risada da sua carinha fofa e apertei suas bochechas, dando um abraço forte depois que ele retribuiu na mesma intensidade. 

- Vamos sair daqui.