História Colored Life - When You Think It Can Not Get Worse...

          May on

Quando Ashton já parecia estar em seu décimo sono, o deixei no quarto e desci para procurar o resto dos meninos. A casa parecia mais vazia do que antes e só ai lembrei da Zoe. 

Andei pela casa tentando achar alguém mas ninguém aparecia. Depois de andar um pouco avistei o Luke jogado no chão. Deveria ajuda-lo a levantar e leva-lo para o quarto mas, eu nem gostava dele, por que iria ajudar?

Continuei a andar mas algo em mim dizia que deveria voltar, e foi o que acabei fazendo. Agachei ao lado do loiro e o ajudei a levantar. Pelo menos ele não tagarelava igual ao Ashton. 

No meio do caminho encontrei aqueles cabelos azuis no meio da pista. Era a Zoe. Me aproximei. Ao chegar perto vi que ela beijava um garoto. Que ela beijava o Calum. 

Fiquei sem movimento por um tempo até ele me enchergar e os dois pararem e olharem para mim e para o Luke praticamente desmaiado nas minhas costas.

- May... - o Calum começou. Neguei com a cabeça e o interrompi. 

- Calum, você bebeu? 

- Um pouco. 

- Dá pra levar a Zoe em casa?

- Vocês se conhecem? - perguntou a garota meio perdida na conversa.

- Sim, nos conhecemos. Depois a gente se fala. Vou levar o Luke pro quarto. Relaxa, o Calum é uma boa companhia. 

Ela assentiu e sorriu. Sorri de volta para os dois e terminei de traçar meu caminho. Ao chegar no quarto do Luke o coloquei na cama.

Analisei um pouco ele e resolvi tirar seu tênis. Ele deveria sentir calor com aquela blusa por cima, e a tirei deixando ele apenas com a regata, foi quando apareceu a enorme mancha de vômito que ele escondia. 

Minha primeira expressão foi de nojo e resolvi tirar aquela regata imunda dele. Não foi uma tarefa muito fácil já que ele parecia ter o dobro do seu peso.

Joguei toda aquela roupa suja em um cesto no canto do quarto que entendi como um cesto de roupas sujas. Me virei e me deparei com um Luke que dormia que nem um anjo. 

Não pude deixar de olha-lo. Seu corpo se mexia lentamente, no ritmo de sua respiração. Não parecia ter nenhum sentimento além de um bom sonho. 

Me sentei no pé da cama, me escorando na mesma. Iria descansar apenas alguns minutos... 

(...)

Abri meus olhos com a luz que invadia a janela sobre meu rosto. Eu estava no chão, no pé da cama do Luke, onde eu havia parado para descansar. Havia um travesseiro embaixo da minha cabeça e um lençol me cobria.

Levantei meia desnorteada e percebi que Luke já havia acordado. Saì do quarto me deparando com várias latinhas no corredor e copos, sacos de salgadinhos e eu pudia jurar que vi a embalagem de um preservativo.

Desci as escadas. Encontrei o Calum varrendo a sala com uma enorme cara de sono. 

- Oi... 

- Olá May. - me olhou surpreso - Você dormiu aqui?

- Uhum. 

- Você dormiu com...? 

- Comigo. - disse Luke ao atravessar a porta e entrar na sala. 

- Eu dormi sozinha, só que no chão do quarto do Luke. - expliquei. 

- Eu estava no mesmo ambiente qur você, então você não dormiu só. - rebateu.

- Por que você tem que ser tão irritante? - revirei os olhos e percebi que Calum havia saído de fininho dali. Luke chegou perto.

- Eu sei que você tirou minha camisa... - sorriu malicioso. 

- Você estava imundo de vômito! 

- Mas mesmo assim você tirou. 

- O.K. se vai ser assim, por que você estava fingindo que estava bêbado ontem quando foi falar comigo?

- Eu falei com você? Por conta própria? Não lembro.

- Ah Luke! Não se faça de idiota! Eu senti o seu hálito, se estivesse bêbado não teria aquele cheiro! Eu conheço muito bem quando alguém está bêbado. 

- Isso não explica o por quê de você tirar minha camisa. 

- Nem o por quê de você quase me beijar! 

Ficamos em silêncio, Luke parecia pensar no que ia dizer até abrir a boca novamente. 

- E você ia gostar? 

- Isso não vem ao caso. - desviei o olhar. 

- Isso pode ser um sim?

- Isso pode ser um não.

- Vamos ver. 

Luke puxou minha cintura e juntou nossos lábios. Levei um pequeno susto. Fechei os olhos por alguns segundos me permitindo sentir o gélido do seu piercing junto ao quente dos seus lábios nos meus. 

Até eu acordar e o empurrar para longe de mim. Olhei para o chão, perdida, enquanto Luke tinha um sorriso no rosto, mas aquele sorriso não parecia ser de vitória ou de deboche, tinha uma certa sinceridade.

Corri dali, saindo da casa e entrando no meu carro. Respirei fundo, passei a mão pelos cabelos e pelo volante tentando me acalmar. Eu havia gostado daquilo? Era o que eu realmente gostaria de saber.

Dei a partida e dirigi até em casa. Estacionei na garagem e abri a porta lentamente, ainda tentando digerir tudo que havia acontecido. 

Ao abrir a porta me deparei com meu pai sentado no sofá com Cármen sentada ou seu lado, sorrindo e Paty sentada mais a frente em uma das poltronas. 

- Filha... 

- Pai...? 

- Precisamos conversar. 

- Sobre o que?

- Bom, vou direto ao ponto, eu e Cármen vamos nos casar.