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História Colored Life - The Fight


Escrita por: Fic_MJ

Capítulo 36 - The Fight


Fanfic / Fanfiction Colored Life - The Fight

          May on​

A casa parecia mais vazia sem o meu pai, mas pelo menos a Paty e a Cármen não rondavam por ela. Passamos o dia só jogando conversa fora e a noite os meninos foram embora, menos o Luke, que ficou para dormir comigo.

Pela manhã, meu despertador tocava, me fazendo odiar mais um pouquinho aquela música irritante. Me sentia segura nos braços de Luke.

O dia também não ajuda para levantar da cama. Estava cinza, e a chuva caía sem previsão de querer parar. Mas tínhamos que levantar.

Sacudi o peito de Luke para acordá-lo, aos poucos ele foi abrindo os olhos.

- Bom dia. - disse sonolento, enquanto bocejava.

- Bom dia. - respondi sorrindo.

- Aí se eu pudesse passar o resto do dia aqui com você...

- Mas infelizmente não pode, e nem eu. - sentei na cama - Vai, lenvanta!

O empurrei, porém ele puxou meu braço, fazendo com que eu caísse em sobre seu corpo e me beijou. Sorri entre o beijo e nos separei, apertando suas bochechas depois.

(...)

- May, já vou sair. - disse o Luke, enquanto eu arrumava minhas coisas - Nos vemos na escola. - disse andando até mim. Depositou um beijo em minha bochecha e depois um selinho.

- Até lá. - sorri. Ele retribuiu e saiu pela porta da casa.

Também não demorei para sair nem para chegar na escola. Estacionei e entrei. Fui até o meu armário e deixei algumas coisas lá. 

- Bom dia, flor do dia. - disse Amber ao parar do meu lado e abrir o mais fofo sorriso - Não conversamos sobre a noite de você e do... Hum, você sabe quem. - disse mais baixo para que ninguém ouvisse.

- Bom dia Amber, e não tem nada para conversar.

- Como não? - começamos a andar para a sala - Ah May, conta vai!

- Ta bom, ta bom, Amber.

Não contei nada demais, afinal não tinha muita coisa para falar. 

No meio do caminho, encontramos a Paty, que conversava com o Luke. Ele me olhou rápido e disfarçou, mas quando ela me viu, foi rápida e o puxou contra si e o beijou. Dava para perceber pela expressão de Luke que ele não esperava aquilo, mas teve que retribuir o beijo, como parte do plano.

Algo em mim tinha medo de que ele estivesse gostando de ficar com ela, de ter que ficar perto dela, de beijar ela. Afastei o pensando e entrei na sala. Não precisava de mais coisas para pensar.

(...)

Era a última aula. História. Meus olhos quase se fechavam. Eu não aguentava mais. Levantei a mão e pedi para ir ao banheiro, e fiz assim que o professor disse que podia.

Andei até o banheiro feminino que só se encontrava no outro corredor. Entrei nele e me olhei no espelho, arrumei o cabelo e saí. Andei até um bebedouro. Eu só queria fazer hora mesmo.

Percebi que alguém vinha pelo corredor vazio. Nem prestei atencão até que essa pessoa resolveu falar comigo. Era a Paty.

- Olha quem está aqui, minha irmãzinha. 

Revirei os olhos e tentei seguir meu caminho, mas ela me parou.

- Você não vai me responder Mayzinha? - respirei fundo e a encarei - Me diz, com quem você passou o dia ontem? - sorriu, por um minuto, achei que ela falava do Luke - Opa, provavelmente com os lençóis né? 

E riu da sua própria piada. 

- Com ninguém que te interesse. - tentei passar mas de novo ela me parou.

- Sabe May, você se acha a porpulazinha da escola, não é? Se você chama esse seu cabelo de estilo...

- Não sou eu que uso um pano de chão como saia. - apontei para sua mini saia. Ela já começava a me irritar.

- Eu sei May, sua inveja faz você dizer essas coisas mas, eu sei que você gostaria de ter o mesmo bom gosto que eu. 

Eu a olhava incrédula. Como assim ela estava me dizendo aquelas coisas? 

- O.K. Paty, se você acha que eu te invejo e tudo mais, pode continuar, não ligo para o que você acha. - e continuei andando.

- Pelo menos não é a minha mãe que precisa sair por aí pra poder ganhar dinheiro. Você tem certeza que sua mãe é fotógrafa, May? - disse debochada.

Não pensei duas vezes. Olhei para trás e andei até ela, até os meus olhos estarem perto dos dela.

- Não fale da minha mãe.

- Ah, por que não? Só porque a minha tem dinheiro e marido e a sua não?

A olhei de novo. A raiva crescia dentro de mim e corria pelo meu sangue. Ela queria briga, o sorriso dela mostrava isso. 

Respirei fundo e dei alguns passos para voltar para a sala.

- Olha aí, é tão fraca que nem defender a mãe consegue! Você só se faz de durona May, mas no fundo...

Virei, dei alguns passos e lhe dei um soco no meio do nariz, a fazendo cair no chão. 

- O que você dizia mesmo?

- Sua idiota! - gritou ela com o nariz sangrando, tentando se levantar - Você me deu um soco!

- Da próxima vez que você vinher falar da minha mãe, eu faço pior.

E voltei a andar. Mas quando percebi ja estava no chão e ela por cima de mim. Sua mãos puxavam meu cabelo e me arranhavam com suas unhas. A empurrei pro lado, para que saísse de cima de mim mas não funcionou.

Tentava para-la mas as suas unhas arranhavam meu rosto. Por fim, soquei sua barriga, a fazendo parar e a empurrei. Uma de suas mãos se fechou em punho e rápida socou meu rosto. Apenas vi o sangue pingando no chão.

- Ei! - gritou alguem - Parem! Vocês duas!

Levantei o mais rápido que podia, foi exatamente quando o sinal bateu e todos preencheram o corredor. Olhei para Paty ainda no chão e saí dali. Andei até a sala, tentando disfarçar o sangue que ainda descia de meu nariz.

- May, aonde você estava? - perguntou Amber ao me ver entrar na sala e parou no mesmo instante que viu a situção do meu rosto - O que aconteceu?

- May? - Michael veio atrás dela e depois o Calum. Mais no fundo, vi o Luke, que me olhava com os olhos um pouco arregalados.

- Encontrei a Paty no corredor. - respondi passando a mão no nariz para estancar o sangue, mas não parecia querer parar - Acho que vocês já devem ter imaginado o que aconteceu. 

- Meu Deus... - disse Amber ainda olhando assustada para meu nariz.

- Está tudo bem Amber, preciso ir pra casa. - falei e peguei minha mochila. Dentro dela peguei meu casaco e coloquei no nariz, pelo menos para disfarçar. 

Sem me despedir realmente dos meninos, saí da sala e fui até meu carro. Fiquei com a cabeça pra cima um tempo, para que o sangue parasse de descer.

Quando percebi que já havia parado um pouco, me olhei no retrovisor. Em baixo do meu olho esquerdo haviam três grandes arranhões que formavam linhas vermelhas de sangue e mais várias  pequenas pelo rosto.

Dirigi até em casa. Assim que cheguei, Meg me encarou com os olhos arregalados e logo perguntou o que havia acontecido. Lhe expliquei a história e pedi para que não contasse para ninguém.

Antes que eu pudesse sentar para que ela botasse alguns curativos, como ela tinha me pedido, a campanhia tocou e ela foi atender, enquanto eu relaxava na cadeira da cozinha.

- Olá Meg, aonde está a May? - levantei ao ouvir aquela voz.

- Olá Luke, ela está ali.

Andei até a porta e vidrei meu olhos nos dele.

- Bom, já que ele chegou, ele pode cuidar de você - disse Meg. Assenti e ela saiu. Desviei o olhar, meia envergonhada.

- Vem, vamos subir. - ele me chamou. 

Andamos até meu quarto. Eu agora segurava um pano de cozinha com gelo no meu nariz. Luke me mandou sentar na cama e, como se morasse ali, entrou no meu banheiro, pegou um kit com remédios e se sentou na minha frente.

- Precisamos conversar. - olhei em seus olhos de novo. Senti que ele iria dizer algo ruim mas seu olhar se tranquilizou um pouco - Acho que isso tem que acabar. Não consigo deixar de pensar que isso só aconteceu porque ela acha que me tem.

- Luke, você acha que isso foi culpa sua? - ele pegou o algodão que enchia com algum líquido e passou no primeiro arranhão. Desviei ao sentir o ardor.

- Não inteiramente minha. May, estou dizendo que você deveria contar logo tudo para seu pai. As coisas já estão saindo do controle.

- Luke, eu não posso. Ai! - exclamei ao sentir o algodão em outros arranhões - Preciso de provas, de algo em que ele possa acreditar. 

- E por que ele não acreditaria em sua palavra?

- Eu... Eu não sei...

Eu me sentia fraca, frágil. Abaixei o olhar e coloquei a mão no rosto, e então me permitir chorar. A verdade era que eu tinha medo, de talvez, perder o pai que eu nunca tinha tido antes, e só ali eu havia percebido isso. Se contar que eu sentia falta da minha mãe. 

Senti as mãos de Luke me envolverem e me apertarem em um abraço. Talvez ele já tenha entendido tudo. Ficamos abraçados por um longo tempo. De seus braços eu não queria sair tão cedo.

 


Notas Finais


Olá pessoal! Sei que demorei para postar, de novo, mas como eu já disse, não vou abandonar essa fic! Espero que tenham gostado!
Desculpem qualquer erro!
Até a próxima!


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