Acordo ouvindo o miado incessante da Yvve.
Não acredito que trancaram a porta com ela do lado de fora de novo.
Me levanto e saio do quarto arrastando as pantufas pelo piso logo descendo preguiçosamente as escadas.
Vou matar o Yoongi.
Abro a porta esperando a gata entrar.
“-Yvve são três da manhã, entra logo.” crispo os olhos quando a gata da meia volta e corre pulando dentro da rede. “-Enlouqueceu foi?” cruzo os braços batendo os pés impaciente no chão.
Então ela volta e se esfrega nas minhas pernas.
“-Vamos, entra Eu até ponho comida pra ti” rio já totalmente acordado. “-Você me fez perder o sono gatinha chata.” resmungo e logo ela corre para a rede novamente. “-O que tem ai em?” ando até ela me encolhendo pelo vento frio. Puxo a rede para ver dentro e quase grito de susto.
“-Puta merda!” me afasto não querendo acreditar.
“-Hyung? O que aconteceu?” escuto voz do Namjoon me chamando, mas parecia soar longe, como a voz de alguém que existe só nos sonhos e se perde na mente durante o dia quando estamos acordados. “-Você está bem?” o encaro parecendo despertar.
“-Pelos deuses!” abro a rede novamente e tiro o “embrulhinho” de lá de dentro. “-Namjoon, é um bebê” o encaro ainda descrente.
“-Como assim? Como ele veio parar aqui?” nego com a cabeça.
“-Eu não sei, não sei!” nino o bebê surpreso por ele estar tão quietinho. “-Yvve estava esquentando ele e ficou miando pra chamar alguem.” rio da gata que agora entrou com casa toda feliz por tem conseguido ajudar.
“-Vamos, vamos levar ele para dentro de casa e amanhã vamos a delegacia ver se tem algum bebê sendo procurado” concordo com ele e entro em casa.
“-O que vamos dar pra ele comer?” tombo a cabeça olhando pro bebê que estava chupando meu dedo como se fosse o peitinho da mãe dele ou uma mamadeira.
“-Leite, Mas não temos um que podemos dar pra ele já que ele é pequeno demais”
Penso um pouco.
“-Mistura com água, entre ficar com fome e beber leite normal é melhor beber leite normal” ando com o Nam até a cozinha e me sento em uma das cadeiras.
“-Hyung você está planejando ficar com essa criança?” o encaro com o olhar de alguém que estava fazendo algo errado e foi descoberto
“-Não podemos?” pergunto num tom inocente. “-Não é como se eu pudesse engravidar… algum dia você planeja ter filhos?”
“-Você está apelando porque quer ficar com ele” rio envergonhado e pego o copo que ele fez de leite misturado com água fervida.
“-Talvez eu esteja fazendo isso mesmo” acaricio os cabelinhos ralos e marrons do pequeno nenem. “-Pega uma gaze pra mim”
“-Pra que?” o vejo abrir os armários procurando a caixinha de primeiros socorros e logo traz um pacotinho de gaze pra mim
“-Eu vi no hospital uma vez, é assim que da mama para os bebês que a mãe não pode amamentar ainda, tipo quando elas ainda não voltaram da anestesia, já que não temos mamadeira e ele não deve ter forças pra mamar em uma ainda” ponho um pouco do leite num copinho plástico e a uma ponta da gaze dentro do mesmo. “-Depois faz assim” ponho a outra ponta na boquinha dele e automaticamente ele começa a mamar.
Escuto o sorriso soprado do Nam em ver o neném se alimentando tão fofamente.
“-Acho que me apaixonei” rio fofo e aponto pra cadeira.
“-Senta, vou por ele no seu colo e você faz isso”
“-Não Jinnie, eu não sei fazer isso” nego com a cabeça e me aproximo com os bebê nos braços. “-Não, sério eu não sei”
Suspiro e me sento nas pernas dele.
“-Pronto, agora segura o copinho enquanto eu seguro a gaze, não pode soltar se não ele puxa muito e sufoca ele”
Depois de mamar dois copinhos cheios e arrotar bastante o levamos para o quarto.
“-O que faremos em relação a fralda? Até amanhã ele vai fazer coisas nela”
“-Verdade… Sabe aqueles panos delicadinhos que eu uso pra secar o cabelo?”
“-Sei, aquela frescura” crispo os olhos o ameaçando silenciosamente. “-Não foi isso que quis dizer.”
“-Idiota, estou dizendo que podemos usar aquilo como frauda, depois é só lavar a sujeira. eu tenho uns cinco, certeza que dá até amanhã cedo”
“-Pode ser” o vejo pegar todos os paninhos e coloca-los bem dobrados na mesinha de cabeceira.
“-Vamos faze-lo dormir” me deito com cuidado e ponho o bebê entre nós dois “-Amor…” macho depois que ele apaga a luz deixando o quarto ser iluminado só pela luz da lua.
“-Uh?” murmura enquanto passa o cobertor pela minha cintura parando ao chegar perto do rostinho do bebê
“-Se adotarmos ele…” suspiro apreensivo “-Qual nome daremos?”
“-Não sei amor, dorme.” fecho os olhos meio triste.
“-Tudo bem”
☯☯☯
Acordo ouvindo a voz tranquila do Nam sussurrando enquanto o bebê ameaçava chorar.
O que ele está fazendo?
Mantenho os olhos fechamos pra ele não perceber que acordei.
“-Ei pequeno, não chora. Vai acordar meu Jinnie.” tento não sorrir. “-O que eu faço com você? Nunca convivi com bebês, como faz pra vocês não chorarem?”
Mordo meus lábios e abro um olho pra ver a carinha de desconcertado do Nam tentando pensar no que fazer.
“-Já sei” diz um pouco alto e se encolhe “-Eu vou cantar pra você, o que acha?” não consigo evitar sorrir com a cena do meu Jonnie com o bebê nos braços cantarolando enquanto nina o pequeno”
“~Nascido no inverno bonito como você
Puro como a neve você me pertence
Nascido no inverno meu amor
Claro como a neve você que me pertence
Seja na primeira, verão, outono ou inverno
Sempre claro... e puro
Nascido no inverno bonito como você
Puro como a neve você me pertence
Seja na primeira, verão, outono ou inverno
Sempre claro... e puro
Puro como a neve você me pertence
Seja na primeira, verão, outono ou inverno
Feliz aniversário para você
Feliz aniversário para você oh
Feliz aniversário para você
Seu aniversário….”
“-Sua voz é tão linda” sussurro e abro os olhos “-Acho que me apaixonei de novo” me aconchego no cantinho do peito dele onde o bebê não estava deitado e volto a pegar no sono.
☯☯☯
Depois de passarmos uma noite calma, dormirmos por metade da manhã e darmos mais leite para o pequeno assim que levantamos, fomos até a delegacia procurar por informações.
“-Jonnie e agora?” o encaro assim que entramos no carro depois de passarmos na farmácia e comprar leite, fraldas e outras coisas para o bebê.
“-Agora esperamos, temos a guarda provisória dele já que ele foi abandonado e pedimos uma audiência de guarda definitiva dele… só nos resta esperar.” concordo e fico em silêncio durante o caminho até em casa. “-Amor, decidiu um nome pra ele?”
“-Pensei.” o encaro e o vejo sorrir mostrando as covinhas.
“-E qual queria?”
“-Kim MinHyuk” respondo dando ênfase no sobrenome.
“-Kim MinHyuk” repete “-Nosso filho”
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