História Colors - ChanBaek - Please stay

"A única coisa que eu esperava naquele momento era sua compreensão e sua ajuda."

Eu realmente ia ir para a minha antiga casa, mas eu estava com medo, muitas coisas passavam na minha cabeça. E se meu pai não me permitisse fazer a cirurgia? E se eu morrer? Como Chanyeol irá ficar? Será que ele vai ficar triste? Será que ele vai aguentar ficar sem mim? Eu não sabia mais o que fazer.
Acabei por ir para um parque que tinha ali perto, coloquei meus fones, e comecei a ouvir aquelas músicas tristes, que te deixam ainda mais. A playlist começava com A Million Pieces.

"A noite cansativa
Eu seguro sua pequena luz
Durante a caminhada
Porque eu só posso ver você
Sua luz ofuscante inevitável
Flui no final de hoje à noite
Por que você me faz tremer?
Sua existência me faz respirar novamente"

Como se eu não estivesse chorando o suficiente, logo depois começou a tocar Love Is Not Over.

"Amor é tão doloroso yeah
Despedidas são ainda mais dolorosas
Eu não posso ir, se você não está aqui
Me ame, me ame
Volte para os meus braços
O amor não acabou, acabou, acabou"

Acho que para as pessoas que estão passando deve ser realmente estranho, um adolescente se balançand lentamente num balanço de um parque, enquanto chorava litros.

CHANYEOL

Eu estava voltando da escola, mas tive uma sensação ruim, senti que Baekhyun precisaria de algum doce, não sei, como consolo sabe? Ultimamente ele estava tão estranho, ele parecia tão triste.
Fui numa padaria que tinha ali perto de casa, comprei vários doces diferentes, não sabia bem qual era o favorito dele.
Quando estava voltando, fui pelo caminho mais longo.
Passando por ali, vi um parque, algo me dizia para passar por ele, fazia tempo que eu não ia naquele parque, logo vejo algo que me deixou intrigado. Era o Baek, e ele estava chorando.
Me aproximei do mesmo, e tirei um dos fones do mesmo, o observei por alguns segundos e o mesmo me olhava ainda chorando.
- Que foi pequeno? - pergunto puxando o mesmo para um abraço.
O mesmo nada disse, apenas me abraçou forte. Muito forte mesmo.
Algo estava errado. Por que ele estava triste e indefeso?
- Alguém te machucou? Te disse algo? Me conta. - implor para que o mesmo me conte algo.
- N-não é nada... A-apenas me abraça... - ele diz se agarrando ao meu corpo como um coala.
O pego no colo e o levo pra casa, retribuindo o abraço.
- Eu comprei doce. - digo assim que chegamos em casa. - Você quer? - pergunto para o mesmo, que apenas assentiu quando o coloquei na cama.
Eu entreguei algum dos doces que estavam na sacola para o mesmo.
Baekhyun abriu um pequeno sorriso, mas imagino que sua mente esteja longe daqui.
- Baek? - o chamo e ele logo olha para mim meio perdido.
- Hm? - ele murmura me olhando.
- O que você tem? - pergunto olhando o mesmo sério.
O mesmo suspira alto e me olha triste.
- C-channie... - ele começa a falar e logo as lágrimas voltam para seus olhos. - M-me desculpe...
- Pelo o que pequeno? - pergunto limpando suas lágrimas.
- Por ter prometido... - ele diz fazendo um bico que seria adorável, se não fosse pelas suas lágrimas que tratavam de cair sobre sua face.
- Como assim? - fico confuso.
Ele suspira novamente. - Por ter prometido que eu estava bem... - ele morde o lábio reprimindo suas lágrimas. - Eu não estou bem Channie... E-eu... Eu tenho câncer. - ele diz abaixando a cabeça.
Meu mundo caiu. Como assim? Ele tinha câncer? Ele vai me deixar?
- C-como assim? - digo olhando o mesmo pasmo.
- Sim. - ele diz abaixando a cabeça e voltando a chorar. - Me desculpe por prometer aquilo. Eu não devia. - ele diz baixinho.
Eu não sabia o que dizer, apenas o abracei novamente, ainda mais forte do que antes, como se eu fosse perde-lo a qualquer momento.
- Ei... Você não pode ir... Não pode me deixar, entendeu? Eu te amo, saiba disso. Eu não vou deixar você ir. - digo chorando baixinho.
- Eu preciso fazer uma cirurgia no cérebro... M-mas para isso eu preciso da autorização do meu... E-e eu tenho medo de pedir para ele...
- Vai dar tudo certo meu amor. - digo beijando seus olhos que ainda saiam lágrimas. - Eu não sei como, mas sei que vai dar tudo certo.
Logo alguém bate na porta, e abre a mesma.
- Chanyeol, sua mãe está te chamando. - era Sehun. - O que houve? - ele diz quando repara que ambos estávamos chorando.
- N-nada... - Baek diz se levantando. - Eu tenho umas coisas para resolver. Depois eu volto. - ele diz respirando fundo e saindo.

BAEKHYUN

Me levanto e vou para a minha anmtiga casa, eu precisava resolver as coisas, não podia desistir sem tentar.
Entrei em casa, e fui direto no escritório do meu pai, bati na porta e estranhamente ele me mandou entrar.
- Pai? - digo entrando.
- Ah, é você. - ele faz uma cara feia. -O que você quer? - ele me olha sério.
- Primeiramente posso me sentar? - pergunto e o mesmo apenas assentiu.
Suspiro e olho o mesmo. - Preciso da sua ajuda...
- Ora, ora. Precisa  da minha no que?
- Eu preciso fazer uma cirurgia.
- Para quê? - ele me olha estranho, talvez ele esteja preocupado?
- Eu tenho câncer. No cérebro. - digo olhando para baixo. - Não tem cura, mas eu posso fazer com que os sintomas não avance tanto com a cirurgia. Mas para poder fazer, eu preciso da sua autorização.
- E por quê eu faria isso? Não foi você que saiu de casa? Não foi você que preferiu trocar de família? Por que veio correndo atrás de mim agora que precisa?
Apenas me levantei e fui embora.

AUTORA

Talvez não exista ninguém que saiba sobre o que se passa na cabeça do senhor Byun, ninguém sabe da dor que o mesmo esta sentindo.
Ninguém sabe das lágrimas que rolaram em sua face assim que seu único filho saiu de seu escritório, ele havia perdido sua mulher, pois estava muito fraca devido a sua doença, doença essa que seria a mesma que Baekhyun tem, mesmo com o tratamento, ela não havia durado muito tempo, a mesma tinha apenas 19 anos quando se fora, o senhor Byun era muito jovem quando começou a cuidar de Baekhyun, mas mesmo assim fazia o possível, havia dias que ele não conseguia olhar para seu filho pois o fazia se lembrar de sua falecida esposa, por muito tempo o ignorou, o deixando com babás, e o caralho a quatro, mas o que ele queria mesmo era cuidar do mesmo com todo o amor e carinho, mas ele não sabia como fazer isso sem a ajuda de sua mãe, ele não havia tido essa criação com seu pai, não havia recebido tal amor, não sabia como cuidar de seu pequeno anjinho. E agora ele irá embora para todo o sempre.
Sim, o senhor Byun sempre o amará, o amava tanto que não cabia no peito. Mas ao vê-lo tão indefeso, pensoi no preconceito, não que ele cometeu, mas que as pessoas lá fora o faria com o mesmo, o tanto que sofreria, o bullyng, a dor, se algumas pessoas   descobrissem ele poderia apanhar na rua, simplesmente por amar. Ele tinha medo, ele não conseguia escolher as palavras para demonstrar sua preocupação e o seu medo, e acabou por machucar o seu bem maior, a única coisa boa que a vida havia lhe proporcionado.