1. Spirit Fanfics >
  2. Colors >
  3. Capítulo 26

História Colors - Capítulo 26


Escrita por: NatyBonaty

Notas do Autor


Há! Esse é penúltimo capítulo. Acho que na sexta sai o ultimo.

Capítulo 26 - Capítulo 26


Fanfic / Fanfiction Colors - Capítulo 26

Na manhã seguinte levantei e fui até o quarto para colocar uma roupa antes de ir tomar café. E para minha surpresa, Zayn cheirava uma carreirinha de cocaína. Seus olhos dilataram quando me viu, mas não se dignou em ao menos parecer culpado.

- A quanto tempo está usando isso? – perguntei sentindo minha voz morta.

- Algum tempo. – ele fungou e limpou o nariz com a costa da mão – Onde dormiu?

Vi ele pegar um fraco de remédios e pegar uma pílula azul. Ele estava tomando Viagra? Mas para que? Evitei ficar pensando nisso, ele que ferrasse com aquilo, e fui até o closet pegar uma roupa na minha mala.

- No quarto de hospedes. – falei ao passar.

Retirei o roupão e coloquei minha roupa, quando virei para voltar, Zayn estava na porta, me dando um susto.

- Porque dormiu lá? Fiquei esperando você voltar ao quarto. – sua voz era magoada e insistente.

- Não quero brigar novamente. – falei tentando passar por ele, que me impediu – Zayn, ainda nem tomei café, então dá um tempo, por favor.

Ele me segurou pelo queixo e fez com que eu olhasse em seus olhos. Distantes por causa da cocaína que acabou de cheirar. Senti vontade de chorar. Ele estava me deixando.

- Não quero que faça isso de novo.  – alertou.

Bati em sua mão a afastando do meu queixo e vi fúria brilhar em seus olhos. Inflei o peito e o encarei.

- Você não manda em mim.  - cruzei os braços – Não tem direito de dizer nada. Você perdeu esse direito desde que ti vi debruçado sobre aquela mesa de bar usando cocaína.

Seus olhos arregalaram e ele finalmente teve a dignidade de sentir vergonha e olhar para o lado.

- Você não entende...

- E o que há pra entender nisso? – exaspero.

- Isso é o que me faz manter são depois da morte do meu pai! – gritou.

Pisquei assustada. Não esperava que dissesse aquilo, apesar de já ter desconfiado que fosse o motivo, mas ainda sim não justificável. Aquilo era uma morte lenta, e eu não queria o ver morrer.

 - Você está errado. – falei calma – Nada justifica o uso de drogas, Zayn.

Me aproximei para o tocar, mas ele se afastou passando a mão no cabelo, balançando a cabeça e logo fungando e passando a costa da mão no nariz. Nesse momento eu soube que ele já estava usando drogas há muito tempo. Não havia reparado antes, mas ele fazia aquele gesto desde que cheguei aqui.

- Você não sabe o tamanho da dor e da culpa, e isso não me deixa. – ele me deu as costas e foi pro quarto, sentando na cama.

O segui e sentei a seu lado e peguei seu rosto com as mãos.

- Amor, eu estive do seu lado, vi o quanto sofreu. Caramba, eu também sofri. Na verdade ainda sinto a dor. E sua mãe e irmão também, mas você não vê nenhum de nós usando nenhumas dessas coisas, por que isso é momentâneo, não ajuda em nada no fim das contas.

Ele nega coma cabeça.

- Está enganada. Isso tira um grande peso das minhas costas.

Bufo e o solto. Não havia nada que eu dissesse que o fizesse mudar de ideia. Não assim. Levantei.

- Vou comer algo, seria bom que você comesse também. – ele não disse nada enquanto eu saia, mas parei a porta e olhei pra ele – Eu vou voltar pra Nova York. Mais tarde vou comprar uma passagem.

Ele me olhou alarmado e eu não esperei que dissesse nada, apenas sai do quarto. Ouvi ele me chamar e logo estava junto a mim no corredor, um desespero no olhar.

- Você prometeu que não me deixaria. Não posso perder você também. – o desespero também em sua voz.

- Então porque desde que cheguei aqui tenta me afastar? – senti a garganta fechar com o coro – Você só tem me magoado.

- Me perdoa. As coisas estão difícil no traba...

- Não diz trabalho. – o cortei – Ele não tem nada haver com isso. É apenas você sendo um completo idiota, grosso e usando essas... Coisas!

- Eu vou parar! Prometo! Mas não vai, fica comigo um pouco mais. – ele segurou meu rosto e sussurrou – Preciso de você comigo.

Fechei os olhos com força e respirei fundo desejando não me arrepender depois, mas encostei minha testa na sua, lhe dei um selinho e ele me abraçou aliviado.

- Tudo bem, eu fico, mas realmente espero que pare com essas drogas e seja menos babaca.

- Qualquer coisa por você.

Ele sorriu e me beijou novamente.

O dia seguiu mais tranquilo. Zayn e eu nos enfiamos no quarto e passamos o dia ali, vendo filme e comendo besteiras. Ele parou apenas para atender um telefonema do escritório, mas logo dispensou o problema para Aziz.

Foi bom o ter comigo, ficamos namorando um pouco. Pude até vislumbrar um pouco daquele garoto que eu gostava tanto e achei que as coisas poderiam voltar ao eixo.

Dormimos juntos e quando acordei no dia seguinte, me sentia mais feliz. Saímos para dar uma volta e passar um tempo no gramado próximo da igreja em frente ao Big Ben. Compramos cafés e salgados e riamos enquanto falávamos sobre coisas engraçadas. Mas eu não me engava que estava tudo bem. Podia ver que ele estava um pouco incomodado com a falta de uso da droga.

Quando passeamos na cidade há dois dias ele agia do mesmo jeito, mas não sabia que era por isso, achei quer apenas coisa da minha cabeça. Mas frequentemente ele passava a mão no nariz e parecia ficar com o olhar perdido.

Pouco depois do fim da tarde voltamos para o apartamento, me sentei na cama após o banho e fiquei lendo um livro enquanto ele tomava o banho dele. Li dois capítulos e nada de Zayn. Franzi a testa e levantei batendo de leve na porta.

- Amor, tá tudo bem? – perguntei.

- Tá, já vou sair. – sua voz parecia nervosa.

Mordi o lábio e fechei os olhos pedindo que meus pensamentos não fossem verdade. Coloquei a mão na maçaneta quando abri os olhos e abri a porta. Zayn estava sentado no chão, a cabeça pousada na parede, um seringa no vaso, seu braço caído a seu lado com um furo e um pano caindo frouxo ao lado.

- Meu deus! O que está fazendo? – me joguei a seu lado.

Zayn arregalou os olhos e me olhou meio grogue. Ele tentou me impedir de levantá-lo.

- Tô bem, eu tô bem. – ele segurou minhas mãos com força – Para com isso Marisa, estou bem.

- Não está nada! Você mentiu pra mim! Disse que não ia usar mais e está usando.

- Desculpa. – sua expressão era de dor e ele limpou meu rosto me fazendo perceber que eu estava chorando – Eu não...

- Não! Sem desculpas! – me afastei dele e levantei – Não quero ver você se destruindo desse jeito, Zayn! Eu te amo, mas não posso ver isso.

Ele me olhou por um instante e levantou de um pulo, me pegando braços e apertando irritado.

- Não pode me deixar. – disse exigente – Você disse que ficaria comigo.

- Se você parasse. Do jeito que está eu não quero! – tentei me soltar, mas seu aperto era forte – Me solto, está me machucando, Zayn!

- Não! Só se disser que não vai me deixar!

- Para com isso! – falei nervosa – Meu braço está doendo. Solta!

- Você é minha! Não pode me deixar assim! Não posso te perder!

- Então me solta! - ele ficou me encarando – Me solta ou juro que nunca mais vai me ver.

Ele me soltou e encostou na parede, cansado. Seu olhar era pesado e então ele chorou, como um bebe. Zayn chorou e colocou toda sua frustração para fora. A morte do pai, a carga que era carregar aquilo, sentindo que devia ter o impedido de sair daquele jeito, que devia ter dirigido ao invés da mãe, que achava que poderia ter mudado isso. Depois falou sobre a carga que era levar a família, já que sua mãe não se sentia apta para nada, ele tomou tudo para si e isso estava o matando. Aziz ainda estava à frente da empresa, mas era ele quem tinha que tomar as maiores decisões. Explicou que começou a usar as drogas dois meses depois de chegar a Londres, e tem se limitando a não aumentar as doses.

O abracei e acalentei sua dor, o beijei e reforcei o quanto o amava, pois apesar de tudo isso, eu realmente ainda o amava e faria de tudo para que ficássemos juntos. O levei para a cama e deitamos ali, o abracei forte e fiquei enquanto ele ainda sentia os efeitos da droga.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...