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História Colors - Capítulo 7


Escrita por: NatyBonaty

Notas do Autor


Ficou grande? Ficou.
Deu preguiça de editar? Deu.
Mas acho que vocês irão amar. Pelo menos espero muito que sim.
Depois me contem nos comentários o que acharam. ;)

Capítulo 7 - Capítulo 7


Fanfic / Fanfiction Colors - Capítulo 7

No dia seguinte eu segui para a escola, um sorriso leve nos lábios ao pensar em Zayn. E como se houvesse uma telepatia entre nós, recebi um sms seu. Li a mensagem e mordi o lábio. Parei no encostamento e respondi a mensagem.

 

Sim. Estou chegando na escola agora. Pode passar depois da aula.

 

Enviei e segui meu trajeto para a escola.

Aquele quase lance com ele mal tinha começado e já estava atrapalhando tudo pra mim. Não conseguia prestar muita atenção nas aulas, o que me prejudicaria nas provas finais. Eu contava os segundos para a aula acabar e assim estar a um passo de encontrar com ele. E quando o ultimo tempo finalmente chegou ao fim, minhas coisas já estavam arrumada, o que me fez ser a primeira a sair de sala. Se alguém me notasse naquela escola, estaria chocado com essa mudança.

Segui até meu armário, pegando o que precisava e deixando o que não precisaria, então o fechei apressadamente e fui saindo. Olhei pra trás sentindo um formigamento na nuca e vi Amy Logan me olhando e dizendo algo com uma careta de desgosto para suas amigas. Um frio atingiu meu estomago e olhei pra frente seguindo meu caminho.

Mal pensei nisso, pois quando sai pela porta da frente, Zayn estava de braços cruzados e recostado em seu carro. As meninas que passavam olhavam descaradamente pra ele e sorriam, sem receber um sorriso ou olhar de volta. Os caras que passavam olhavam o carro e ficavam babando.

Quando o rosto de Zayn levantou e seus olhos olharam diretamente pra mim, perdi o folego por um instante. Ele parecia uma aparição divina, seus cabelos negros brilhando sobre a luz da manhã e tomando toda minha visão. E então ele sorriu e eu acabei sorrindo de volta, seguindo incerta em sua direção. Meu coração palpitava acelerado demais.

- Você parece bem melhor que ontem. – disse quando parei diante dele.

Corei ao lembrar o estado que desci para o receber ontem.

- É. Hoje eu tomei banho.

Ele riu e afastou do carro abrindo a porta pra mim.

- Vamos, quero te levar em um lugar legal.

- É... Não avisei minha mãe que iria sair essa tarde.

- Não vamos demorar. Depois te deixo aqui pra pegar sua bicicleta.

Mordi o lábio, incerta.

- Aonde vamos?

- É surpresa. – sorriu convencido e quando cruzei os braços com birra ele sorriu – Ok. Eu quero te levar pra almoçar e saber mais sobre você. Tá vendo. Não vou te levar pro meio do mato e depois de deixar lá como uma indigente.

- É um restaurante chique em que vamos?

- Sim. – disse confuso.

- Então prefiro que me leve pro mato e jogue como uma indigente por lá.

Ele franziu a testa surpreso.

- Isso pode ser providenciado, apenas entre no carro então. – disse serio, mas podia sentir o pingo de humor no fundo.

Revirei os olhos e entrei.

- Ei, mas estou falando serio quanto a não querer um restaurante chique. Não estou bem vestida. – pontuei quando entrei e coloquei o cinto.

Ele deu a volta no carro rindo e entro colocando seu cinto e dando a partida.

- Tudo bem, então vamos num mais simples. Não me importo. – deu de ombros e saiu do estacionamento da escola.

Só enquanto ele saia, percebi os vários olhares para o carro. Mais exatamente para minha janela, para meu rosto, então eles viravam e cochichavam. Ótimo, eu era finalmente notada na escola. Afundei um pouco no acento e levantei o vidro.

- Algo errado? – questionou ele ao notar meu movimento.

- Sim.

- O que?

- Nós dois juntos.

- Estamos juntos? – ele sorriu de lado.

- Você entendeu o que eu quis dizer. – o fuzilei com os olhos e ele sorriu mais. Olhei pela janela já pegando a rua principal e seguindo pro centro – Amanhã todos ficarão me olhando, fofocando sobre como a garota mais estranha da escola saiu no carro do cara gato da faculdade. Provavelmente devem achar que você tá pagando pra transar comigo.

- Nunca paguei por sexo, mas não me importaria que dissessem isso. E você não é estranha. Acredite em mim. Andei olhando as pessoas dessa escola e você é muito mais normal que muitos ali.

Olhei pra ele de lado.

- Não precisa levantar meu ego, eu sei o que sou.

Ele me encarou, nem se importando com a estrada adiante.

- Sabe, por mais que isso seja meio irritante, gosto do seu jeito de se auto depreciar. Me faz ver o melhor em você.

Desviei o olhar e corei.

Um silêncio se instalou no carro, mas não era desagradável, parecia até confortável e aconchegante.

Pouco depois ele estacionou em um restaurante e descemos. Deixei minha mochila e casaco no carro. Pois apesar de pedir que não me levasse em um restaurante chique, me trouxe a um muito arrumado, onde minha calça jeans folgada e velha e a camisa regata, além do all star, já não eram tão bem vistos. Fora que ele estava lindo no seu jeans escuro, camiseta de manga comprida puxada até o cotovelo e botas escuras.

Entramos e uma moça simpática nos recebeu e guiou à uma mesa para dois. Ok que o sorriso dela para Zayn foi enorme, mas ignorei isso. Se fosse perder tempo encarando toda garota que fizesse isso, eu não teria mais vida.

Sentamos à mesa e olhei o menu, logo o baixando e encarando Zayn.

- Que foi?

- Aqui nem é tão chique e os pratos são uma fortuna. – murmurei indignada.

- Apenas escolhe. É tudo por minha conta. – ele sorri divertido e piscou pra mim.

Fiquei desconcertada e pensei em discutir, mas já que ele queria fazer aquilo, por mim tudo bem. Pedi um prato de nome esquisito, mas que era de camarão. Assim que um garçom veio anotar nossos pedidos e se retirou, fiquei olhando ao redor, muito ciente que Zayn olhava pra mim. Mordi os lábios e finalmente o encarei.

- Porque me encara tanto? Tô com o nariz sujo?

- Gosto de olhar pra você – deu de ombros – Não posso?

- Bom... – corei e olhei para um garçom entregando um prato em outra mesa, isso apenas para disfarçar minhas bochechas rosadas – A taxa por olhares diários é meio alta, apesar de eu não ser atraente. Mas se pode pagar um almoço aqui, então pode pagar essa taxa.

Ele riu. A gargalhada mais gostosa que já ouvi na vida. Foi difícil não olhar pra ele com enorme adoração. Oh senhor! Eu não devia me apaixonar. Aquilo era tremendamente perigoso pro meu pobre coração, que nesse momento batia rápido demais.

- Como pode dizer que não é atraente? Até esse jeito de se auto depreciar é atrativo. – ele se inclinou mais sobre a mesa, me olhando nos olhos e fazendo eu esquecer como respirar – Você é tão linda que tenho vontade de te abraçar e não soltar mais. E se fosse baixinha, provavelmente te poria num pote e colocaria no meu criado mudo e ficaria te olhando pro resto da vida.

Franzi a testa e o encarei de lado.

- Isso foi bizarro. – deixei sair.

- Foi né? – ele riu sem graça voltando a recostar na cadeira – Desculpe. Não sou muito bom em parecer romântico. – deu de ombros.

Dessa vez não escondi as bochechas que ficaram vermelhas, pois o choque foi grande.

- Você está tentando ser romântico? – perguntei baixo, mas ele ainda ouviu.

- Sim. Ainda não acredita mesmo que tenho um real interesse em você? – apenas neguei com a cabeça e ele sorriu de lado – Uma pena, pois é a verdade.

Fiquei calada e fitei a mesa, tentando controlar meu coração que batia mais rápido ainda, além de tentar deixar meu rosto esquentar menos. Aquilo não fazia sentido. Minha fixa não caia. Olhei pra ele por baixo dos cílios enquanto ele me olhava de volta, admirando. Mordi o lábio e ergui o rosto o encarando.

- Porque eu? – questionei me apoiando na mesa – Você pode ter qualquer garota. Amy Logan está louca por você. E aposto que até uma modelo da Victoria Secret você conseguiria. Mas porque você decide insistir em mim?

Ele se apoio na mesa também, se inclinando na minha direção. Seus olhos sérios nos meus.

- Porque você não é uma delas. – quando fiz uma careta confusa ele sorriu e tocou minha mão, começando a brincar com meus dedos, então voltou a me olhar – Não vou mentir que já fiquei com varias garotas dessas, apesar de não ficado com nenhuma Angel. E é por esse motivo que nenhuma delas me interessa mais. São todas superficiais, interessadas em mim geralmente por status ou dinheiro. Talvez eu tenha encontrado duas ou três que eram realmente legais e interessantes, mas não deu certo. – ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha e sorrio meio bobo – Mas quando eu olho pra você, vejo que pode ser diferente. Apenas pelo que me disse no dia daquela festa, percebi que você era uma garota completamente diferente das que estou acostumado. Além de ser tão linda quanto elas. Mesmo que não acredite nisso.

Fiquei o encarando, sem saber o que dizer ou como agir. Na verdade eu havia esquecido até como respirar no momento em que ele tocou em meu cabelo, fora que quando sua mão segurou a minha, um choque percorreu meu corpo deixando um rastro quente e chamuscado por todas minhas células. Aquele homem estava me prendendo a ele. Pouco a pouco eu me via mais e mais rendida a seus enquanto. Nem parecia que nós conhecíamos a menos de uma semana.

O momento foi interrompido pela chegada do garçom com nossos pedidos. Então os sentidos voltaram pra mim, quando o frio que me atingiu com a distancia dele, me fez lembrar que eu precisava respirar, que não podia me entregar dessa forma. Sabe-se lá pra quantas garotas ele devia ter disso isso antes. Apesar de seus olhar ter sido tão sincero. Na verdade ainda eram.

Respirei fundo e comecei a comer calada. O que resultou em mim fantasiando com ele, em um futuro ridiculamente perfeito. Como eu me detestava por não consegui não resistir. Deviam criar um remédio contra ilusão, eu seria a primeira a comprar, porque estava na cara que Zayn via apenas como uma provável aventura da pequena cidade onde foi obrigado a morar com os pais.

- Você vai simplesmente vai ficar calada e se fechar? – ele quebrou o silencio – Não foi muito fácil me abrir pra você. Os caras evitam isso exatamente por esse tipo de reação.

Olhei pra ele e seus olhos pareciam tristes, apesar do sorriso leve que ele mantinha nos lábios. Corei me sentindo mal.

- Desculpe, é que... me pegou de surpresa. – remexi meu prato e falei sem o encarar – E eu não sei se posso confiar no que me disse. Isso já pode ser uma frase feita, que usou outras vezes.

Ele não disse nada e eu tinha medo olhar e ver sua expressão. Não importava qual seria.

- Não, nunca falei isso antes. – disse após o longo silencio incomodo – E entendo que esteja incerta sobre mim. Acredito que possa até saber o que se passa em sua mente. – sorri por dentro imaginando que ele não fazia ideia, mas ele deve ter percebido isso, pois acrescentou – Vai me dizer que não tem medo de eu te magoar? Você agora pouco disse que não faz sentido um cara como eu sair com uma garota como você, o que acho simplesmente infindável, já que quando duas pessoas se gostam, não é o tipo de beleza que ela tem ou não, que deve interferir entre os dois.

Ai, isso doeu, bem no fundo, mas doeu. Fiquei calada, e para não me sentir pior, resolvi continuar a comer, quieta e ainda sem olhar pra ele.

- Droga. Falei besteira não foi? – ele largou o talher e passou a mão pelo cabelo – Olha, me desculpa Marisa, mas não sei como agir com você. Achei que sendo o charmoso poderia dar certo, como sempre foi com todas as outras garotas, mas isso não funcionou de cara, então tenho optado pela sinceridade, mas isso parece estar afastando você ainda mais. Por favor, me diz como me sentir menos idiota.

O encarei de lado, sem saber como agir.

Caramba, eu não entendia muito de romance, apenas os que li e vi em filmes. Na pratica, o mais próximo que tive disso foi minhas paixões platônicas por atores gatos e minha idiota ideia de ter transado com Toddy, e isso nem servia de parâmetro, pois ele não teve quase atitude alguma, tudo foi eu, do momento em que me convidei a sua casa, até o beijo e depois o sexo.

Zayn baixou a cabeça pro prato e pegou o talher remexendo na comida. Ele ainda não havia comido nada, e provavelmente eu acabei com seu apetite. Na verdade o meu também estava inexistente, estava apenas mastigando sem sentir o gosto, como uma desculpa para não ter que dizer algo. Porem suspirei e tomei um pouco de água.

- Pode me falar sobre você. – isso o fez me olhar, com uma ponta de esperança nos olhos – Ao invés de tentar dizer palavras bonitas, pode me contar sobre você.

Ele deu um sorriso renovado e sua animação retornou, o que me fez segurar um sorriso em retribuição. Então Zayn desembestou a falar.

Ele tinha um irmão mais novo, que viviam brigando, coisa de irmão, mas ele gostava muito do irmão, apesar de não falar muito isso pra ele, e nem seu irmão pra ele. Seu pai era seu ídolo. O cara era um empresário muito bem sucedido. Sua mãe a apresentadora de um novo programa de tv matinal da cidade. Era uma mulher seria e muito focada no trabalho, ele até disse que ela só parecia sorrir durante a apresentação do programa. Então ele era muito mais ligado ao pai.

Depois ele falou sobre sua vida em si. Havia acabado de terminar a faculdade de fotografia, mas não iria seguir na área. Sua mãe ainda tinha esperança que ele fizesse uma faculdade de verdade, mas ele não pensava nisso, não tinha interesse particular por nenhuma delas. E seu pai não se importava, já que ele ajudava na empresa. Talvez ele ficasse trabalhando por lá, mesmo que seu irmão estivesse terminando os estudos para seguir os passos do pai, mas ele por enquanto, preferia apenas curtir um pouco a vida.

No fim do almoço, e após tomarmos um sorvete como sobremesa, eu estava mais solta com ele. Havia rido de algumas de suas historias sobre a família e havia esquecido todo o clima tenso entre nós. Saímos rindo enquanto ele falava sobre suas travessuras na infância. Entramos em seu carro e seguimos para minha casa. Não queria muito que ele me deixasse lá, mas mamãe não estava em casa agora, então não precisaria dar desculpas a ela sobre ele ter ido me deixar.

- Bem, obrigada pelo almoço. Foi divertido. – falei quando ele estanciou em frente a minha casa.

- Podemos repetir amanha. Mas prometo deixar a parte de tentar ser romântico, de lado.

Ri meio sem graça e olhei para o painel do carro. Tudo voltou, todas suas palavras, formigando pela minha pele e causando um rebuliço em meu peito.

- Você foi realmente sincero quando disse tudo aquilo? – questionei voltando o olhar pro seu, mas sem coragem de olhar em seus olhos.

- Cada palavra.

Sua voz era firme e reverberou por mim, arrepiando minha pele e me fazendo puxar o ar pela boca.

- Marisa. Quero muito te beijar. Posso?

Pisquei surpresa e olhei em seus olhos. Ele olhava entre meus olhos e meus lábios. Perdi o raciocínio e simplesmente concordei quando olhei para seus lábios. Imediatamente meu corpo aqueceu e eu pinicava de ansiedade conforme ele erguia a mão e deslizava por meu pescoço, parando na nuca e me puxando mais para perto de si, nos encontrando no meio do caminho, selando nossos lábios um no outro.

A principio, ele mal movia os lábios nos meus, mas quando estiquei minha mão e segurei no cabelo de sua nuca, ele pediu passagem com sua língua e lhe dei toda a liberdade, tornando o beijo mais intenso e rápido. Meu corpo estava em chamas, ainda mais quando sua outra mão deslizou por minha cintura, apertando de leve e me puxando mais pra ele, mesmo que o cinto ainda me segurasse um pouco no lugar e o cambio do carro mantivesse a distancia entre nossos corpos.

Naquele beijo eu deixei todos meus medos e receios de lado, apenas me entreguei a sensação que ele me proporcionava. A forma como seu toque deixava um rastro quente por onde passava. Como nossas bocas se encaixavam, nossas línguas se moviam e a textura do cabelo dele em meus dedos. Zayn era minha perdição naquele momento, e se não fosse o ar faltar em meus pulmões, talvez eu esquecesse a etiqueta e o pudor e teríamos indo muito mais além.

Parei o beijo, mas permanecemos com as testas juntas, ele tocando meu rosto e um sorriso satisfeito nos lábios. Mordi o meu, controlando minha respiração e pulsação.

- Você beija muito bem, Marisa. – sua voz estava rouca sensual.

- Obrigada. Você também não é nada mal.

Ele gargalhou e me deu mais um beijo rápido.

- Caramba! O que você está fazendo comigo? – ele me soltou e olhou em meus olhos.

- Como assim? – olhei confusa.

Ele ficou em silencio por um momento, então tocou meu rosto, fazendo uma caricia com o polegar.

- Estou ficando perdidamente apaixonado por você.

O mundo parou e senti uma pressão no estomago. Oh merda! Como se reagia a aquele tipo de coisa? Era verdade mesmo? Bem, seus olhos eram brilhantes e felizes enquanto me olhava. Era o jeito que jamais alguém olhou pra mim. Não era um olhar de desejo ou de quem estava mentido. E isso me assustava um pouco. Fechei os olhos e respirei fundo. Mandando pros ares meus receios.

- Acho que eu também.

E então, após um curto silencio, seus lábios estavam nos meus novamente, e eu pude sentir a paixão com que ele me beijava. Era intenso e novamente me deixei levar. Já estava na merda mesmo e não havia como voltar atrás.



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