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História Colors - Um domingo consideravelmente agradável


Escrita por: pcymarvel

Notas do Autor


Eu pretendia posta amanhã, ou só no domingo, mas como eu não estou fazendo nada agora resolvi aparecer por aqui.
No momento eu tô tentando me recuperar do Weekly idol com o IKON kkkkkkkkkkkkkkkkkk não sei o que foi melhor; B.I e seu amor pelo Doni e o seu buquê, ou o Bobby com seu ursinho de pelúcia. Se bem que ver o Bobby e June tentando manter o contato visual por 3 segundos foi muito bom.
Vou deixar de enrolar aqui e podem ir ler o capítulo.

Capítulo 3 - Um domingo consideravelmente agradável


O domingo chegou rápido para Luhan, o ômega tinha em mente que talvez não conseguisse dormir muito bem, porém, para a sua surpresa ele praticamente apagou. Provavelmente foi por causa da viagem, estava tão cansado que foi apenas se jogar em sua nova cama que o menor dormiu. 

O começo da manhã era bem calmo, o sol entrava pela pequena fresta da cortina e deixava o quarto um pouco iluminado com a luz da manhã. Estava fazendo um frio extremamente agradável e fazia com que Luhan afundasse mais ainda e se encolhesse em suas cobertas, o ômega não queria levantar e era uma de suas opções dormir o dia inteiro.

Mas como nem tudo que queremos acontece, o celular de Luhan começou a tocar freneticamente para que o menor acordasse e começasse logo seu dia. 

O ômega ignorou o primeiro toque, e 5 minutos depois seu celular já tinha voltado a tocar. Luhan se conhecia muito bem para saber que ele iria ignorar o primeiro alarme e o segundo. Foi apenas com o quinto alarme que o ômega se levantou. 

O chinês se arrastou até a janela e abriu as cortinas, deixando que o Sol iluminasse seu quarto. As janelas de vidro foram abertas e a brisa passou suavemente pelo rosto de Luhan. Seul era simplesmente linda.

Hoje o ômega iria descobrir onde iria estudar e ainda exploraria a cidade, os restaurantes eram os alvos principais de Luhan. O menor iria viver aquele tempo em Seul como se não tivesse sofrido nada em sua infância, era uma nova vida. Pelo menos uma vida boa que, infelizmente, tinha um prazo de validade. 

O apartamento era muito grande para apenas o ômega morar ali. Ficava em uma parte rica de Seul, seu pai dava muito valor ao status da família e, por mais que detestasse Luhan, não iria deixar o menino morar em um lugar qualquer, tinha que ser o melhor. 

As madeixas castanhas de Luhan caíam sobre seus olhos, talvez ele devesse ir cortar elas depois. O menino parecia uma criança no natal, estava visivelmente animado para sair e explorar. Só que o menor teria que tomar cuidado ou acabaria se perdendo. 

Luhan sem dúvida nenhuma se perdia com facilidade, era por isso que seu celular estava devidamente carregado e com o GPS ligado. 

O relógio da cozinha marcava 9:00hrs quando Luhan saiu de seu quarto pronto para conhecer melhor Seul. O coreano do chinês era impecável, teve que aprender assim que o seu pai tinha fechado contrato para o casar com um alfa coreano. O ômega lembrava do quão feliz seu pai ficou ao saber que o alfa, filho de um grande empresário coreano, tinha gostado de Luhan. Um negócio com a Coreia iria melhorar e muito a reputação da família Xiao. 

Com a mochila pronta, Luhan saiu de seu apartamento. Dentro do elevador ele checou se não tinha esquecido nada, fez até uma listinha no celular para ter certeza que levaria o essencial, como o dinheiro. A chave de seu apartamento já estava perdida dentro da mochila. Luhan tinha recebido um e-mail de Lay na noite passada com as informações sobre sua escola, dizendo que o menor precisava passar lá para pegar o material e o uniforme. 

Por sorte os táxis não demoravam para aparecer e minutos depois de sair do prédio Luhan já estava confortável dentro de um carro que o levava para sua nova escola. Ele poderia ter ligado para o Beta que era seu motorista, Lay também tinha lhe fornecido o número dele, mas Luhan achou que fosse melhor não, pelo menos por um dia não queria ficar sobre os olhos de algum subordinado de seu pai. 

O sol deu lugar a uma leve chuva que começou a cair por toda Seul. O ômega encostou a cabeça no vidro e ficou observando a água cair, vendo algumas pessoas correrem para não se molhar enquanto outras apenas andavam como se a chuva não as incomodasse. 

O táxi parou e antes de sair Luhan agradeceu e o pagou. O ômega sempre foi muito educado, diferente do pai que apenas tratava bem pessoas de sua mesma classe social. 

A escola era simplesmente linda. O menor queria poder apreciar mais a beleza do local, mas por conta da chuva que parecia aumentar a cada segundo que se passava, ele teve que correr para um local coberto. 

Luhan não sabia muito para onde tinha que ir e ficava olhando para os lados como se tentasse decidir qual seria o melhor caminho a seguir, porém um dos funcionários que estava trabalhando naquela manhã percebeu que Luhan parecia com problemas. 

 

— O senhor está perdido? 

 

Luhan se virou para ver quem estava falando com ele. 

 

— Bem — Luhan coçou a nuca — estou sim, eu sou o novo aluno e vim pegar meus materiais e o uniforme. 

— Ah o chinês, se o senhor seguir direto por esse corredor e virar à esquerda vai encontrar a secretaria e lá tem uma pessoa lhe esperando. 

— Obrigado, acho que estaria perdido sem a sua ajuda. 

 

E como o funcionário tinha lhe dito Luhan seguiu o caminho. Assim que virou a esquerda pôde ver a secretaria, tinham algumas pessoas trabalhando e todas elas pararam o que faziam quando viram Luhan. O menor nem teve tempo de dizer alguma coisa quando uma das pessoas disse "o novato chegou". 

Uma mulher apareceu com alguns papéis em mãos, seus cabelos loiros estavam um tanto que bagunçados e seu óculos escorregava pela ponta de seu nariz, ela tinha um belo sorriso no rosto e foi se aproximando de Luhan. 

 

— Olá — ela disse animada — eu estava pensando em como você seria — ela disse enquanto ajeitava o óculos — sou Kim Seulgi, a coordenadora responsável por você nos seus primeiros dias de aula. 

— É um prazer conhecer a senhora... 

— Não — ela colocou os papéis em cima de uma mesa e prendeu o cabelo com uma liga — não, não e não — Seulgi segurou nos ombros de Luhan — sem essa coisa de "senhora", não sou velha nem nada do tipo, me chame de Seulgi ou de Noona — ela disse com os olhinhos brilhando. 

— Tudo bem então, Seulgi — a ômega era bem estranha. 

— Me espere aqui que eu vou pegar suas coisas — ela disse enquanto se afastava de Luhan — não saia daí — ela gritou antes de entrar em uma sala. 

 

Seulgi era muito energética, isso era uma das coisas que Luhan tinha percebido. Outra coisa era que a menina parecia ser muito atrapalhada, e isso fazia ela ser fofa. Alguns minutos haviam se passado e finalmente Luhan pôde ver Seulgi voltar com suas coisas. 

 

— Desculpe minha demora — Seulgi disse um pouco ofegante — eu acabei derrubando algumas caixas enquanto pegava suas coisas — ela sorriu — eu fiz uma bagunça lá, não conte para ninguém. 

— Pode deixar. — Luhan sorriu para ela. 

— Você está com sua documentação aí? 

— Hm... Sim 

— Então me siga, vamos para minha sala e você assinará alguns papéis. 

 

Luhan assentiu e seguiu Seulgi, que falava animadamente sobre como estava feliz por ter um chinês na escola, como adorava a China e tudo mais. Ao entrarem na sala dela, o ômega percebeu que tudo era muito colorido. Nas prateleiras tinham desde livros à pelúcias, em sua mesa tinha muitas fotos de Seulgi com uma menina. As duas pareciam muito felizes. 

 

— Pode sentar - Seulgi apontou para a cadeira a frente de sua mesa. 

 

Quando o ômega sentou, Seulgi pôs alguns papéis à sua frente. 

 

— Você precisa assinar no final da folha. 

 

Luhan pegou a caneta e começou a assinar, eram 5 papéis e em todos eles tinham a sua assinatura. 

 

— É só isso? — perguntou Luhan assim que terminou de assinar. 

— Sim — Seulgi recolheu os papéis — eu posso te perguntar uma coisa? 

— Pode sim — Luhan respondeu de imediato. 

— Como é a sua relação com seu pai? 

 

Aquela pergunta pegou Luhan de surpresa. Como ele diria que era a relação dele com o pai? Seria algo na categoria "Relação abusiva de poder"? O ômega realmente não sabia como responder. 

Ele podia mentir e dizer que era boa, ou podia dizer a verdade. 

 

— Olha, se isso é um assunto delicado não precisa responder. 

— Não, é que nossa relação é um tanto que — Luhan pensava em uma palavra que se encaixasse — complicada. 

 

O ômega sabia que a relação dele com o pai e a muito mais que uma "relação complicada", mas aquela parecia ser a forma mais leve de se dizer. 

 

— Ele me pareceu ser um alfa bem autoritário. 

— Ele gosta de ter tudo sobre o controle. 

— Eu percebi — Seulgi se levantou para guardar os documentos que Luhan havia assinado. 

— Meu pai é uma pessoa difícil, principalmente quando se trata de ômegas como nós. 

 

Seulgi sorriu quando escutou Luhan se referia a ela como uma ômega também. 

 

— Eu não sou uma ômega, Luhan. 

— Não é? — o ômega a olhou sem entender. 

 

Talvez Luhan tenha se enganado de primeira e Seulgi fosse uma beta. 

 

— Sou uma alfa — Luhan a olhou surpreso com a resposta — Eu sei, não tenho nada de uma alfa. 

 

E realmente não tinha, Seulgi era tudo o que um alfa não seria. Ela era fofa e delicada, olhando por suas coisas poderia ver que a mesma amava pelúcias. 

 

— Isso é uma surpresa — Luhan disse. 

— Todos dizem isso — a risada de Seulgi preencheu a sala. — delicada demais para uma alfa, mas não se deixe levar pelas aparências, Luhan — ela piscou para ele — ela engana os tolos. Na vida é preciso ver além de um rosto bonito, as pessoas nem sempre são aquilo que elas dizem. É preciso saber o que é uma mentira e o que realmente é a verdade. 

— Seguirei seu conselho — respondeu Luhan. 

— Aonde vai quando sair daqui? 

— Andar um pouco pela cidade, quero conhecer mais dela. 

— Então não irei mais te prender aqui — Seulgi disse de forma doce — já que vai sair quer que eu mande levar suas coisas para sua casa? 

— Poderia fazer isso? — Luhan já estava cansado mentalmente só de pensar em levar tudo aquilo. 

— Sim, temos seu endereço então não vai ser um problema mandar entregar lá. 

— Muito obrigado — Luhan disse enquanto se levantava para sair — Foi um prazer conhecer você, Seulgi. 

— O prazer é todo meu — a alfa respondeu — Luhan — ela o chamou antes do mais novo sair de sua sala — tome cuidado, Seul é uma cidade grande e você pode se perder. 

— Não se preocupe — ele sorriu animado — eu vou me cuidar. 

 

A chuva ainda não tinha parado, mas agora ela estava bem mais fraca. Luhan não se importou de se molhar um pouco enquanto caminhava pelas ruas de Seul. Na visão do ômega nada era mais bonito que um dia chuvoso. Para muitas pessoas podia ser melancólico, mas para ele não. Para Luhan, aquilo poderia ser comparado ao primeiro dia de neve. 

O chinês pegou o celular que estava em sua mochila e discou o número de sua mãe. Luhan olhou para cima enquanto esperava a mãe atender a sua ligação. As gotas finas da chuva caiam por seu rosto. 

Não muito longe de onde Luhan estava, mais precisamente no outro lado da rua em um café, se encontrava um certo alfa tatuado observando o ômega de longe. 

Sehun tinha tirado o dia para descansar um pouco antes de chegar segunda e ele ter que enfrentar a fera, vulgo KyungSoo, e não esperava encontrar o ômega que tinha ajudado no outro dia. 

O alfa tinha certeza que ver o menor ali, na chuva, era uma das coisas mais lindas que já tinha visto. Com apenas um guardanapo e um lápis, Sehun se pôs a guardar aquela imagem em um desenho. 

Sehun pensou no que o pequeno ômega iria pensar se o visse ali o desenhando sem sua permissão, muitos pensamentos se passavam pela mente do alfa naquele momento. 

Seu café tinha chegado, mas o alfa ainda desenhava o outro que agora parecia muito animado conversando com alguém pelo telefone, seu sorriso era encantador e Sehun poderia passar o dia observando aquele sorriso. 

Talvez ele tatuasse o sorriso do ômega em sua pele, assim ele poderia o ver todos os dias. Sehun gostava de tatuar coisas bonitas em seu corpo, era por isso que estava cheio de tatuagens. 

O ômega era uma coisa linda aos olhos do alfa, que deveria ser eternizado não apenas em um desenho feito em um guardanapo de um café qualquer. 

Sehun levou a xícara de café ate os lábios, e foi ali, em um domingo que tinha tudo para ser normal, que o olhar do alfa e do ômega se encontraram de novo. Era como se o mundo estivesse em câmera lenta, a leve chuva caía devagar, o som das pessoas conversando se tornou mudo. 

Seria aquele momento o começo de uma nova história de amor? 



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