História Colors Never Seen (Imagine BTS) - Disappearance And Relapses

O sinal pra subir tocou e nada do Namjoon e do tae, comecei a ficar preocupada, eu já passei por isso, várias e várias vezes, e sei como doi ouvir a pessoa desdenhando da gente, to mal por fazer com ele o que fizeram comigo, to mal por fingir sentir algo que eu não sentia, to mal por gostar dele e não ter assumido enquanto tive tempo. Subi pra sala e tentei prestar a atenção ao máximo na aula, mas não deu, enquanto o professor explicava mandei mensagem pra (sua prima).

Mensagem on: 

Eu: Prima o Namjoon te ligou?

Sua prima: Não, nada ainda, vou tentar ligar pra ele, já te retorno.

Eu: Okay.

Mensagem off.

Mensagem  para Tae<3 on:

Eu: Tae.....
Eu: Me desculpa.
Eu: Eu não queria falar aquilo.
Eu: Nem sei porque eu falei.
Eu: Realmente, tenho o cérebro pequeno kkkk
Eu: Me responde....
Eu: Precisamos conversar e esclarecer as coisas
Eu: Só não faz nenhuma burrice
Eu: Te adoro ta ♡

Mensagem off.
 
Ele não visualizou às minhas mensagens, e entrou a ultima vez de manhã cedo, espero que ele esteja bem, queria sair daqui e ir procurar por ele, mas meus estudos são mais importante; Será que são mesmo?.- sinto alguém me cutucar e olho na mesma direção.

Jeon: É proibido celular, vou contar pro professor mocinha.- disse sorindo.

Eu: Oi jeon.- disse meio cabisbaixa.

Jeon: Ta tudo bem __________? a propósito, tem problema te chamar assim?

Eu: Não, não, tudo bem, até prefiro que me chame assim e não eu não to bem...

Jeon: Qual é o motivo da sua preocupação?  

Quando ele me perguntou isso eu lembrei do Namjoon falando que eles eram amigos, e não acho que vale a pena envolver-lo nesse assunto, quanto menos pessoas souber, melhor será, até porque, não a nada demais.

Eu: Um amigo, acabamos brigando, eu me estressei e falei merda, acabei chateando ele e agora ele sumiu.

Jeon: Isso acontece, relaxa, ele ta bem.- disse segurando minha mão.

Eu: Não, não acontece, não tem como relaxar, isso sempre acontece comigo, eu machuco os meus amigos com as merdas que eu faço, eu não aguento mais.- disse soltando nossas mãos.

Jeon: Ei, nada do que aconteceu é só sua culpa, el....-foi interrompido pelo professor.

Professor: O assunto de vocês parece bom, até parece bem mais interessante que a minha aula, dividam com a gente chefs?.- meu deus que mico, Deus posso virar um coelho?

Jeon: Perdão chef, é que minha colega de classe está com problemas familiares, só estava tentando consolar-lá.

Professor: Chef _________, lembre-se, os seus problemas você deixa em casa.

Eu: Perdão chef, isso não vai se repitir.

Professor: Assim espero.- disse e voltou a dar sua aula.

Depois dessa chamada de atenção, quis morrer, não gosto de ter toda atenção pra mim, isso sempre me sufoca, fiquei quieta até o fim da aula, Jeon me chamava atenção às vezes, mas eu nem dava moral, nada contra ele, mas eu não queria me prejudicar novamente, felizmente depois de duas horas, o sinal para o fim da aula tocou, peguei minha bolsa rapidamente e sai da sala, ouvi Jeon gritar meu nome, mas não olhei pra trás, preciso saber aonde o tae se meteu, to ficando brava já, minha prima não me responde, não liga nem nada.

Vou até a sala dela, mas todos já haviam ido embora, me irrito mais ainda, que porra tá acontecendo?! Vou até a sala do Namjoon e me deparo com um grande nada também, decido ligar, mas só chama, ligo no do Namjoon e nada, checo as mensagens que mandei pro tae e nada de vizualizar.

Eu: Quer saber, vou embora, cansei.- disse pra mim mesma, que no caso estava sozinha no corredor.

Saio porta a fora da faculdade, fico parada pensado em como vou voltar pra casa, geralmente o Nam me dá uma carona, mas agora não tenho ninguém, podia ir de metro, mas mal sei andar por aqui então prefiro ir de táxi, entro no site de pedir táxi e chamo um que está mais próximo de mim. 

Alguém: __________. - Virei pra direção de onde vinha a voz e era o Jeon, fiz uma cara bem desanimada, que saco, ele não entende que não quero assunto com ele?!

Jeon: O que você está fazendo aí parada?, Observando a paisagem?.- Disse sorriso pra mim, ele é  muito lindo mas agora não dá.

Eu: Não to com saco Jeon, pode me deixar sozinha?.- Disse séria.

Jeon: Nossa. não,eu não posso!

Eu: Olha, eu não quero ser grossa e acabar te passando uma má impressão, então acho melhor me deixar sozinha, caso contrário não irei te responder.- disse olhando para o lado.

Jeon: Que bicho te mordeu ____________? Tá tão estranha.-disse colocando a mão no meu ombro, na mesma hora me afastei.

Eu: Me poupe da sua preocupação, você nem me conhece, porque não me esquece? Não quero nada com você, quer saber mesmo o problema? Eu não estou bem, e um desconhecido fica tentando me ajudar sem saber como, e mal sabe que isso tá me irritando pra caralho, não bastou ter me feito passar a maior vergonha na frente da sala?.- disse e ele não respondeu só ficou me encarando.- Seu amigo Taehyung sumiu por minha causa, levando  consigo minha prima e seu namorado, que me deixaram aqui sozinha e outra eu não sei andar por aqui e eles ao menos recebem minhas ligações.- falei tão rápido que fiquei sem ar, o olhei e ele estava sem graça, tá, eu podia ter pegado mais leve, mas sla.- Pronto, já sabe o meu problema, agora pode ir embora?

Jeon: Bom, me desculpa por tentar ser gentil com uma pessoa que eu senti necessidade em ser, pelo jeito você não sabe, mas eu sei como é ser excluído, te vi sozinha na aula e fui falar como você pra não te deixar só, eu sei muito bem como é ter problemas e não saber como resolver-los, nem sempre eu fui essa cara cheio de amigos e com à autoestima lá em cima. Não ouse achar que eu estou querendo algo a mais que amizade com você, porque não estou e me desculpe novamente por ser gentil com você. Você não vai sair do lugar se continuar com esse mal humor por todo lugar que você vá. Ia te oferecer uma carona, mas já vi que não precisa, até mais.-disse indo para o estacionamento.- E antes que eu me esqueça, não guardo mágoas, então falarei com você normalmente, só não me venha com desculpas, porque se você estivesse realmente arrependida, já teria se desculpado.- virou novamente e saiu andando.

Eu realmente mereço ouvir tudo isso, eu não sou assim. Sinto que não tenho mais controle sobre mim mesma, o que eu estou fazendo?!Cagada atrás de cagada, não vou falar mais nada pra ninguém, cansei de magoar todos que são legais comigo.

Meu táxi chegou, entro dou o endereço pro motorista e sigo em silêncio. Da faculdade até minha casa demoro umas meia hora, paguei o taxista e desci, peguei minhas bolsas e entrei no meu prédio, o senhor Lee estava tão entretido com o jogo, que decidi não incomodar. Apertei o botão e um minuto depois entrei no elevador, ouvi uma voz e segurei a porta.

Alguém: Obrigada, oi __________.-disse me abraçando.

Eu: Oi amiga, pensei que não voltaria mais.-disse retribuindo o abraço.

Vizinha: Pois é, houve uma tempestade e bloquearam a estrada, por isso só vim hoje.

Eu: Ah sim, pensei que tinha abandonado a mimau.

Vizinha: Nunca, ela é minha vida. E você, como foi seu final de semana sem mim?.- disse dando um soquinho no meu braço.

Eu: Foi corrido, agitado, etc. E se estou bem? Acho que não.

Vizinha: Acho? Quer compartilhar?

Eu: Acho que já envolvi pessoas demais na confusão que é minha vida, gosto muito de você pra te envolver nela.

Vizinha: Você é estranha, eca.- disse sorrindo.- E é por isso que amo sua companhia, to farta de pessoas normais.- conversamos até chegarmos no nosso andar, a ____________ entrou e pegou a mimau, estava cansada da viagem, por isso não ficou muito tempo.

Quando ela saiu, tirei minha roupa e fui direto pro banheiro, não demorei muito, vesti meu pijama  e fui pra cozinha preparar algo, terminei e sentei no sofá, comecei a procurar algo na tv, coloquei no canal de desenho por falta de programas interessantes, olhei pra minha bolsa e peguei meu celular, não havia nenhuma mensagem, me deu um aperto no coração, de tanta raiva, coloquei no modo avião e joguei longe.

Nesse momento, meu cérebro começou uma briga com o meu coração, porque eles sumiram?! Vários pensamentos vieram a tona, eu só queria saber o que aconteceu. Comecei a chorar, fiquei desesperada e como num passe de mágica eu estava no banheiro procurando uma gilete, sim, uma gilete, procurei e procurei, nada.

Eu sabia que tinha jogado tudo fora, pra evitar que eu me machuque, mas não desisti tão fácil, fui correndo pra cozinha.

É como se, não fosse eu assumindo meu corpo nesse momento de recaída, eu não penso em nada, a não ser na grande frustração que sinto, que a cada minuto vai aumentando, eu me segurei o máximo que pude, mas fica difícil, quando tudo faz com que eu me sinta frustrada, eu fico cega, fico querendo sentir dor física, é tudo culpa minha então eu preciso sofrer. Acho uma faca e volto pro banheiro, meu cérebro está dividido em metades, razão e emoção, elas começam uma briga pelo meu corpo, uma tenta salvar-lo e outra ferir-lo, pensei em pedir ajuda, mas não quero incomodar. 

A emoção vence, me fazendo tomar uma grande decisão, fiz o primeiro corte, não tão fundo, fiz o segundo e mais uns quatro, larguei a faca no chão e na mesma hora me senti um lixo por não obedecer a minha razão, por se deixar levar pela emoção, um ódio repentino.

Fico jogada no chão sangrando, a troco de que?! De nada. 

Tudo foi embora, a culpa, a tristeza, a dúvida, tudo, fiquei até melhor, mas em seguida vem o arrependimento me fazendo sentir-me pior novamente, tive à conclusão de que de qualquer forma, me machucando ou não, vou continuar mal. Levanto e lavo o braço na pia, jogo álcool, arde muito, mas não quero pegar uma infecção nem nada então. Muitas pessoas já me perguntaram o porque disso tudo se eu não tenho a intenção de me matar, eu faço pra me aliviar, mas infelizmente acabou virando um vício, cada um alívia a sua dor do jeito que bem entende, uns usam drogas, outros bebem, uns jogam pratos no chão, outros gritam e eu, bem eu me corto. Seco e deixo exposto, vou pro quarto, pego meu celular e deito na cama, coloco o fone e fico pensando em tudo.

Não fazia muito tempo que eu tive uma recaída, mas eu nunca sei lidar quando ela vem, pelo menos não quando estou sozinha, tenho depressão desde os 13 anos, e mesmo depois de passar por muitas coisas, eu ainda não me acostumei, agora que sou adulta e tenho responsabilidades, depois que passa me sinto mal, quando mais nova, achava realmente que era coisa de adolescente, achava que quando eu crescesse tudo ia passar, mas não, só piorou.

Minha primeira psicóloga disse que se eu continuasse me martirizando, quando chegasse perto dos meus 25 anos estaria morta, bom, não acho que seja verdade, eu já tive vontade de me matar, mas nunca tive coragem, por mais que eu viva desejando a morte eu não quero morrer, é algo muito engraçado, eu vivo triste, mas no fundo eu ainda tenho esperanças de que um dia irei melhorar e ser feliz de verdade, eu nunca acreditei em psicólogos, depois da minha primeira consulta só fui em mais uma psicóloga não fui mais em nenhum, eles são como robôs, dizendo sempre a mesma coisas, dizem pra você se amar que tudo vai passar, mas não te ensinam como e nem por onde começar, só repetem o disco: SE AME, SE AME, SE AME, SE AME, SE AME, SE AME, SE AME, SE AME, SE AME. 

Viver é para os fortes e por eu ter sido fraca, mereço sofrer pro resto da vida. 

"Há quem muito é dado, muito será cobrado". 

Talvez eu seja linda como todos dizem, talvez eu seja forte, guerreira, esperta, inteligente, boa pessoa, humildade, gentil, bondosa, sincera, etc, Mas nada disso valerá, se eu não acreditar.