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História Com amor, Lua - Capítulo 3


Escrita por: Maifal_Skyes

Notas do Autor


Oier!
Voltei com mais um cap, espero que gostem.

Capítulo 5 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Com amor, Lua - Capítulo 3

Querido amigo, 
Depois daquele episódio todo na festa, eu comecei a ganhar mais popularidade na escola. As meninas patricinhas começaram a falar comigo, “a garota que fez Yoongi mudar de caráter”, e Namjoon nunca esteve tão grudado comigo. Mas uma coisa que realmente me surpreendeu foi que Nam vinha conversar não por interesse do amigo dele, e sim por puta e espontânea vontade; acho que ele gostou de mim como amiga ou coisa do tipo. Começamos a sair juntos, não como um casal e sim como amigos normais. Isso foi bom porque quanto mais eu ficava com Nam e falava com ele, menos Min assombrava meus pensamentos e conturbava meu sono. 
Pouco a pouco, a chama que ele conseguiu acender um pouquinho, foi se apagando e diminuindo drasticamente. Não que eu estivesse começando a gostar do Kim Namjoon ou coisa do tipo. Só estava ocupando a minha cabeça com alguma coisa que realmente me fizesse bem e que não ficasse me forçando a fazer alguma coisa, bem, não mais. Porém ele ainda me arrastava paras as festas e queria porque queria que eu ficasse bêbada pela primeira vez. Eu sempre recusava. Mas uma coisa que sempre despertava meu interesse nessas festas eram o narguilé e as drogas que circulavam, sejam nos famosos brownies ou em pequenos comprimidos. 
Ontem foi a primeira vez que eu fiquei drogada, da maneira mais ingênua e idiota o possível. Nam, ou Moon como eu comecei a chamá-lo, me levou em uma festa dos amigos mais velhos dele, para ser mais precisa universitários. Se eu achava que as festas de colegiais uma bagunça, as de faculdade eram piores ainda; mas tudo era legalizado porque teoricamente todos lá deveriam ser maior de idade. 
Como eu não gosto de chamar muita atenção, me poupei de ir com aquelas roupas vulgares e indecentes que muitas meninas usavam. Por conta disso, as pessoas que se aproximavam para falar comigo, muitas vezes não queriam brincar comigo ou me levar para o quarto; apenas conversar. O que me protegeu também desse tipo de sacanagem foi o fato de eu ter ficado junto com o grupinhos do Nam o tempo inteiro, só me distanciei uma hora que eu estava com fome e tinha ido pegar alguma coisa para comer, péssima ideia. No meu caminho tentando achar comida, um homem me ofereceu uns doces que ele e o amigo estavam vendendo. Eu não queria pagar para comer em uma festa que eu já havia pago a entrada, então tentei ficar barganhando com um deles. Me fazendo de menina má e essa tipo de coisa, foi repugnante, quase tive que mostrar o decote para conseguir um único bolinho. 
Quando eu voltei para onde Moon estava, ele simplesmente riu da minha cara e me chamou de “pequena criança”, minha ficha só caiu quando eu fiquei chapada. Não foi a melhor das minhas experiências, mas também eu não odiei. Tenho pequenos fragmentos de memória daquela noite, e uma delas é a volta para casa, mais especificamente para a casa do meu amigo. Não sei como fui parar magicamente no carro de um dos universitários no banco de trás deitada no colo de Nam. Só sei que eu não dormi na minha casa aquela noite; o que só deixa as coisas mais estranhas. Nem preciso comentar o susto que eu levei ao acordar com as minhas roupas amaçadas e minha pouca maquiagem borrada, na casa de outra pessoa, outro homem. 
- O que aconteceu? – lembro de ter perguntado isso logo ao acordar. 
- Você não podia ir para casa do jeito que estava, sério. – ele riu mostrando aquela covinha que eu sempre me esquecia – Sabia que você precisava se soltar, mas não sabia que chegaria a esse nível. – sentou na cama ao meu lado e fez um breve cafuné em mim, observando atentamente o brilho do meu cabelo com os pequenos raios solares que invadiam o quarto. 
Ficamos nisso por um bom tempo, não nos falamos, só olhamos um a cara do outro. Muitas vezes pensei em abrir minha boca para falar algo, mas quase nenhuma das coisas que eu pensava fazia sentido em minha cabeça. Eu me perdia cada vez mais nessa amizade suspeita que estávamos construindo pouco a pouco. Não nos confiávamos plenamente, só agíamos de acordo com a humanidade que tínhamos.
Talvez, eu precisaria de alguém que me fizesse esquecer de tudo o que passei com Yoongi. Alguém que me fizesse sentir segura e que eu pudesse confiar. 
- Por que você é tão fechada, Lua? – quebrou o silêncio depois de alguns minutos. 
- Como assim? – perguntei com pouco caso. 
- Você sempre acha que está bem sozinha e que não tem nenhum problema não ter amigos ou alguém para confiar. – suas palavras atravessaram minha alma como uma flecha, não acredito que em tão pouco tempo de amizade ele conseguiria fazer uma leitura assim de mim – Se você der uma chance para mim, eu juro que eu posso fazer com que você seja a Lua que Yoongi me disse. – ele olhou nos meus olhos com a expressão mais calma e apaixonada que alguém poderia fazer. Eu sabia o que ele queria fazer e eu não o deixaria tocar no meu ponto fraco e brincar comigo como ele bem entendesse. Virei o rosto para a janela, a luz batia em minha face de uma maneira suave. Tentei lutar contra mim mesma para não desabar na frente dele, as palavras dele tocaram no fundo das minhas lembranças. 
- Eu não sei se ainda posso confiar em alguém, Nam. 
- Lua, mesmo você não admitindo, você ainda confia nele e ainda o ama. – pegou meus cabelos com as duas mãos e começou a trança-los – Acha que eu não sei o motivo de ter deixado o cabelo crescer? – naquela hora meu coração tinha falhado uma batida, não havia como ele saber disso. A não ser que Yoongi tivesse contato isso a ele só para poder fazer jogo sujo. 
- Escute, se eu amo ou não o seu amigo é problema meu. Agora eu quero saber, o que mais ele te contou? – se assustou com a minha mudança repentina de timbre. 
- Não muita coisa, é difícil fazer com que ele fale. – fez uma pausa – O que importa, Lua, é que esta não é você.
- E quem é você para me dizer quem ser? Se estou assim é porque eu mudei como todas as pessoas mudam. – falei pegando meus sapatos e procurando minha bolsa – Eu preciso ir, tchau Moon. 
Antes de deixar o cômodo senti ele sorrir brevemente, sacana como sempre. Nam e eu morávamos no mesmo bairro quase, mas em uma parte mais antiga onde as casas eram mais tradicionais e fofas. 
Andei a passos calmos, na verdade em algumas partes do percurso eu até saltitei por algum motivo que eu não sei. Acho que foi pelo fato de Rap Monster estar preocupado comigo de uma forma que fazia tempo que alguém o fez. Eu sei que eu mudei bastante nos últimos dois anos, mas não é como se na época que eu namorava Yoongi eu saísse sorrindo por aí espalhando amor para as pessoas. Depois dele, eu aprendi que não devo confiar em qualquer pessoa e que não devo ficar me apegando de mais a alguém, que eu não sei se vai ser leal. 
No meio do caminho, um vento bem forte começou e como qualquer outro clichê de historinha, eu não tinha casaco. Senti estar sendo observada durante todo esse tempo, olhei para o lado e vi o parque e uma pessoa, mais especificamente, Min Yoongi. 
Voltei minha cabeça para frente na hora e firmei meus passos com pressa, mas por algum motivo infeliz do destino ele também começou a correr do outro lado da rua, porém como ele é mais rápido que eu e o sinal da rua que eu precisava atravessar fechou, ele me alcançou. 
O vi me observar atentamente e fazer uma cara de decepção, provavelmente pelo cheiro do cigarro que estava impregnado ou pela minha cara pós festa. Quando o sinal abriu de novo, eu tentei sair correndo, mas, como sempre, ele segurou minha mão e me olhou pidão. Como eu odiava aquele olhar, com aquele olhar ele mudava tudo, tudo mesmo. Fazia as pessoas se sentirem comovidas ou culpadas, faziam tudo o que ele queria. Como um cachorrinho que acabou de perder o dono. Eu odeio esse olhar. Eu odeio Min Yoongi. 
Por que Yoongi? Por que não pode simplesmente aceitar que “nos” acabamos? Eu terminei, eu acabei, eu coloquei um ponto final. Só estou cansada de ser perseguida e ser mantida como refém. 
- O que quer? – perguntei sem nem mesmo olhá-lo, meu tom entregou o quão mau humorada eu estava. 
- Onde esteve? Você não é de ficar saindo? – também respondeu no mesmo timbre que eu. 
- Por que as pessoas ficam tentando me dizer o que fazer?  Escute, Yoongi. Eu não sou mais sua, por que fica correndo atrás de mim? Cresça, por favor. – bati meu ombro no dele e sai de seu aperto. 
- Lua... – falou e me fez virar, novamente eu percebi os meus erros. Sempre me esqueço que ele tem tantos sentimentos quanto eu, por mais que fosse um cretino – Eu sinto muito. – foi a única coisa que disse quando se virou e cursou seu rumo na direção oposta. 
Quis chamá-lo e continuar a conversar com ele, mas não parecia ser a coisa certa a se fazer. Sabe, mesmo que ainda haja algum resquício de sentimento entre nós, não valerá a pena arriscar de novo. Tanto eu quanto ele sabemos que ainda somos imaturos de mais para ter alguma coisa séria, principalmente eu. 
Eu odeio ele por entrar na minha vida e fazer uma bagunça, mas gosto dele pelas emoções que ele me transmitia. 
Com amor, 
Lua. 


Notas Finais


Então, é isso espero que tenham gostado!
Não se esqueça de comentar e favoritar ^*^
Conheça minha outra história:
Sinopse:
"Olhei para baixo e passei a língua por entre os lábios. Eu realmente iria desistir de tudo o que eu havia construído? Naquele momento, eu me tornei a lágrima que antes havia em meus olhos. Fui escorregando lentamente lembrando de todo o caminho que aquela lágrima fez contornando minha face, até eu mergulhar inteiramente na banheira, fechar os olhos e desaparecer completamente como a lágrima."
https://spiritfanfics.com/historia/o-lado-bom-da-vida-6075006


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