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História Com amor, Lua - Capítulo 5, parte 1


Escrita por: Maifal_Skyes

Notas do Autor


OI!
Sim, sou eu dando o ar da minha graça e bem plena as 7 da manhã, mas tudo bem eu to de ferias e isso é o que importa. Demorou bastantinho para escrever esse cap por isso eu espero que vocês gostem!
Nos vemos lá embaixo.

Capítulo 7 - Capítulo 5, parte 1


Querido amigo, 
Sinto que se alguém mais me irritar eu vou socar a cara dessa pessoa. Sério, nunca fui tão perseguida em uma escola a ponto de preferir cabular aula sozinha na merda daquele parque. Até aí tudo bem, pois eu conseguia aprender a matéria com o Nam, mas acontece que ele falou para Yoongi onde eu ficava. E como se não bastasse, sou vista pela escola inteira como a vadia fácil, porque por algum santo motivo de Deus todo mundo ficou sabendo da minha quase transa com o Nam, só que ninguém contou para eles que não fizemos nada de errado. Agora, Min Yoongi sempre está perto de mim para ver se eu não acabo “extrapolando” e bebendo, na verdade eu acho que ele está esperando eu beber para que possa saciar todos aqueles desejos carnais estupidos. Eu, oficialmente, odeio minha vida com todas as minhas forças existentes. 
Estava tudo bem em Seul, eu tinha amigos e não era arrastada para nenhuma festa. Sem ex namorados que me irritassem ou boatos escandalosos. Apenas eu e eu mesma, andando pela cidade e, às vezes, parando em algum café para não encontrar meus pais; ou coisa parecida. Não aguento mais esse tipo de vida na qual todo mundo quer se meter e dar opiniões, completamente dispensáveis aliás. Eu quero minha liberdade de poder fazer a merda que eu quiser sem que eu vire manchete. 
Como a minha vida é um clichê atrás de clichê e também por influência de algumas pessoas que conheci nas festas do Nam, eu comecei a fazer o uso corriqueiro da maconha. Não posso dizer que odiei, mas de início, quando eu realmente experimentei direto do cigarro mesmo e não de um bolinho, foi uma das coisas mais estranhas da minha vida. Talvez tenha sido porque eu tenha visto a parede derreter, ou porque depois eu tomei um daqueles comprimidos de cafeína e tudo tenha ficado pior. Mas realmente faz muita diferença na vida de alguém que está quase saindo socando a cara de todo mundo. Não contei a ninguém sobre isso, até porque seria outro escândalo e eu não quero que mais ninguém entre na minha vida. 
Minha vida está sendo tão conturbada ao ponto de me fazer parecer aquelas adolescentes de filmes americanos que surtam por qualquer coisa que estrague as unhas delas, ou algo do tipo. Eu não vejo a hora para que as férias de final de ano cheguem, assim poderei visitar meus amigos antigos, sair mais com Nam e quem sabe conseguir apresentar minha irmã mais velha a ele. Quase nunca falo dela, por simplesmente ela odiar meus pais e quase nunca aparecer em reuniões de família; no começo ela também me odiava um pouco, mas dois anos atrás ela  se aproximou de mim de novo. Não faço muita questão de ter mais um embuste familiar presente na minha vida, mas ela já é cem por cento independente dos meus pais e ainda mora em Seul, ou seja, assim que eu terminar esse presídio que é apelidado de “escola”, poderei ir morar com ela e realmente começar a viver a minha vida. 
Enfim, ontem à noite teve mais uma daquelas festas de colégio, se não me engano foi na casa da melhor amiga de Yoongi. Sim, aquele encosto conseguia manter uma relação de amizade com uma garota sem transar com ela, por incrível que pareça. Eu já não queria ter ido justamente por saber que ele estaria lá e com certeza tentaria falar comigo de novo, e para falar a verdade eu estou sem nenhuma paciência para aturar esse tipo de ser humano. Porém, como esse universo gosta de conspirar contra mim, Moonie me obrigou a ir com ele com a desculpa de que queria uma companhia legal. Então eu fui, com minhas roupas soltas e meus cabelos lisos como sempre, só que dessa vez decidi passar um delineado só parar chamar a atenção, já que eu venho reparado que eu quase sempre pareço uma morta viva. 
Nem preciso falar como aquele lugar estava. Escuro. 
Apertado. 
Cheirando a drogas lícitas e ilícitas. 
E sem nenhum tipo de comida não suspeita.
Bem-vindo as festas de colegial, amigo; o lugar onde você irá conseguir construir lembranças dos seus amigos dando pt e nunca se lembrará com quem fez sexo. 
Voltando a história. A grande parte do tempo eu fiquei com Nam, bebendo e conversando com ele, apenas me afastei uma hora para tentar achar um banheiro. Lembro que fui para o andar de cima e chequei porta por porta se havia algum, achei um em um dos quartos, só que estava ocupado. Eu deveria ter ido embora naquele momento e procurar outro banheiro, porém uma paciência do além impregnou em minha pessoa e por isso decidi ficar esperando. 
O que uma pessoa semi bêbada e semi tonta, esperando na porta de um banheiro suspeito poderia causar? Merda. Tá certo que não foi minha culpa, mas eu não queria lembrar do garoto sinistro e que eu nunca tinha visto na vida saindo do banheiro e me olhando como se eu fosse algum tipo de comida muito interessante. Ele avançou para cima de mim e como eu não estava entendendo que merda estava acontecendo, não consegui nem me defender direito. Eu fui puxada para dentro daquela cabine e forçada a ficar com o tronco colado na pia de mármore, eu temi pelo o que poderia ter acontecido a seguir, temi que eu provavelmente não conseguiria lidar com isso depois sozinha. Não preciso nem falar sobre o quanto a pessoa estava alterada e nem sobre o quanto ela me enojava. 
Quando senti suas mãos percorrerem pelo meu corpo e indo por baixo de minhas roupas, lágrimas silenciosas escorreram por meu rosto e foram de encontro a superfície fria. Provavelmente meu rosto estava inexpressivo e apático, como se eu fosse apenas um brinquedinho desse garoto. De repente aquela Lua guerreira e de personalidade forte havia se resumido a uma garotinha indefesa que não poderia fazer nada. Na realidade, eu poderia ter reagido, poderia ter gritado por socorro; mas tudo parecia tão assustador que até respirar errado me causava um calafrio horrível. Ele, obviamente, não ficaria apenas me “tocando”, o menino tirou meu shorts e afastou minha última proteção e brincou um pouco mais comigo. 
No momento em que ouvi o zíper dele abrir, eu sabia que precisava fazer alguma coisa, eu não queria aquilo para mim. Rapidamente meus olhos percorreram a pia, mas qualquer visão ficaria limitada com alguém do dobro da sua altura pressionando sua cabeça contra uma pia. Achei um copo que parecia ser de acrílico que era usado para guardar escovas de dente e afins, com uma força que eu nem sabia que tinha, peguei o copo e me virei de frente a ele. Sua feição demonstrou raiva e surpresa ao mesmo tempo, vi ele levantar uma de suas mãos em minha direção. Me esquivei de seu ataque e quebrei o copo em sua cabeça, fazendo com que alguns cacos de vidro voassem sobre o ambiente. Pensei que tinha vencido e que poderia correr e fugir dali o mais rápido possível, porém ele me puxou e me jogou no chão, ficando em cima de mim. Minha cabeça latejava e parecia que eu vomitaria a qualquer momento, eu estava uma merda; fora que eu não tinha mais fôlego e nem força o suficiente para conseguir revidar novamente. E de novo eu me encontrava naquela situação, com um cara louco em cima de mim querendo me estuprar e sem aparentemente nenhuma chance de conseguir sair dessa ilesa; pelo menos não mais. Me debati como se estivesse levando um choque e gritei mais do que minha garganta pode me prover, mas como ele era muito maior que eu foi ridiculamente fácil conseguir conter uma garotinha. 
Por alguma sorte muito grande do destino, o menino, cujo rosto até agora não faço a mínima ideia como é, foi tirado de cima de mim com brutalidade. Eu tinha fechado meus olhos então só consegui ouvir o barulho dos socos e de alguém xingando. 
Eu conhecia muito bem essa voz, e nunca pensei que ficaria tão feliz em ouvi-la. É a primeira vez em dois anos que eu sou grata por ter conhecido ele, Min Yoongi. 
Logo abri meus olhos e tentei me levantar, porém minhas pernas fraquejaram; tudo o que eu tinha presenciado havia ficado em evidência. Acabei chamando a atenção dele por conta disso, seus cabelos pretos colados na testa e sua respiração ofegante denunciava o quanto ele tinha se esforçado. Min caminhou até o canto em que eu estava e se agachou a minha frente, vi seus olhos marejados e prestes a desabar; consequentemente os meus também ficaram assim. Não falamos nada de imediato um com o outro, ficamos apenas estudando as nossas reações a tudo aquilo. 
- O que aconteceu, Lua? – perguntou com a voz trêmula, provavelmente não queria deixar cair a máscara de garoto malvado. 
- Eu não sei, foi tudo muito rápido. – o respondi encarando o vazio enquanto estava abraçando meus joelhos. Parando para pensar agora, essa foi uma das piores respostas que eu já dei na minha vida. 
- Você conhecia ele? – se aproximou um pouco mais, estava tão inerte em meus pensamentos que nem me importei com tal ato. 
- Não… 
Foi a única coisa que consegui falar antes de desabar em lágrimas na frente de meu inimigo, meu orgulho não era parâmetro naquela hora. Em vez de agir como um babaca imaturo, ele me pegou no colo e passou por meio de toda aquela multidão. Sentir seus braços me rodeando novamente foi um sensação muito boa, parecia que com ele eu poderia ficar para sempre confortável e segura. Nem havia percebido quando ele tinha me colocado no banco do passageiro e rumava em direção a minha casa, que por sinal era perto da dele. Não dissemos nada durante o caminho, porém ele demonstrava que estava ali sempre quando Yoongi segurava minha mão a todo farol fechado. Um turbilhão de pensamentos se passava pela minha cabeça e um deles obviamente não poderia ser de sua autoria. 
Estaria Min Yoongi fazendo isso por que me ama, ou para poder se aproveitar de uma situação delicada? 


Notas Finais


Então, é isso eu realmente espero que tenham gostado porque eu até que gostei de escrever ele. E sem contar que ele é bem importante para a trama da história, Talvez a parte dois saia ainda hoje (se eu acordar antes das 17:00).
Kissus ^*^


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