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História Combatentes - Um dia de sorte


Escrita por: Jaken-san

Notas do Autor


Notas iniciais: E aí, povo do rio? Como quem é vivo sempre aparece eu estou aqui.
Bem, quero agradecer a docinho da HimeKitsune e linda da Annie, leitora que está acompanhando os meus trabalhos faz um tempo, por ter recomendado Combatentes em outra plataforma, galera! Obrigadas meninas. O capítulo é de vocês!

Como faz muito tempo que não atualizo vale frisar: Atente-se para o início de cada cena, onde contêm informações sobre tempo e espaço. Como é uma linha contínua de narração, mas fica alternando entre várias cenas e as vezes passa um acontecimento posterior é bom notar para não ficar perdido, certo?

Bom, sem mais delongas. Uma boa leitura, soldados!

Capítulo 23 - Um dia de sorte


Alguns dias depois – Costa Rica.

- Você, ao menos, podia ter colaborado! – Sasuke, homem que no exato instante manobrava o carro para retira-lo da vaga do estacionamento, chamava a atenção do amigo impaciente. Naruto não conseguia visualizar os seus olhos, pois Sasuke utilizava um acessório: óculos escuros.

Naruto o encarou mesmo assim e questionava a sanidade do Uchiha mentalmente.

- Ela nem deu ouvidos a você. – Referia-se a Hinata. Combatente que deixou o grupo a poucos dias. – Acha mesmo que ela iria me ouvir, Sasuke?

Naruto tinha razão. Sasuke, homem de raciocínio rápido e meticuloso, no momento que Hinata anunciou sua saída da equipe, tratou de tentar acalma-la, contudo, sua tentativa fora em vão.

- Não iria defender alguém sob suspeita sem provas de sua inocência. – Naruto observou o ponteiro que indicava a velocidade do automóvel. Sasuke fitou-o. Era duro admitir, mas novamente, Naruto estava com razão. Perante ao silêncio do Uzumaki resolveu refletir entorno da nova questão emergente na missão. – Mesmo querendo acreditar que tudo seja um grande equívoco.

Sasuke não desviou os olhos do trajeto ao mesmo tempo que Naruto esfregou um dos olhos. O Uchiha não soube definir como Naruto estava à frente daquela situação. Se existia alguma empatia pela situação em geral ou por Hinata.

Mesmo com alguns dias passados tudo ainda era uma incógnita.  

- Também espero. – Sasuke concordou no exato momento que estacionou próximo ao aeroporto internacional da Costa Rica.  Entreolharam-se rapidamente antes de tomar a inciativa de deixar o automóvel, buscar por Hinata e mais uma vez tentar convence-la a ficar.

- Tem certeza que nem um voo comercial deixou o país antes disto? – Sasuke questionou a Naruto. Aquilo significava que Hinata ainda estava no país.  O loiro afirmou e abriu a porta do automóvel em seguida.

Sasuke o imitou, entretanto, antes de deixar o carro Sasuke sentiu o vibrar do aparelho celular no bolso da calça. Pousou a mão no ombro de Naruto o fazendo cessar e fechar a porta do automóvel segundos antes aberta.

Naruto fitou a tela do aparelho vendo a foto da Haruno claramente tentando contatar o Uchiha. Sasuke escutou o riso fraco, efêmero e mal dado o levando ignora-lo.

- Não tem foto nem minha. – Sasuke estava preste atender a chamada, mas parou para encarar Naruto. – Fiquei magoado.

- Calado. – Sasuke mandou e levou o aparelho nas proximidades do ouvido. – Estou te ouvindo.

Naruto o deixou para observar a movimentação aparentemente normal. Contudo até ver um automóvel suspeito.

- Sasuke, temos que ir. – O Uchiha escutou e afirmou mantendo contato com Sakura.

- Entendido. – Jogou o celular no banco traseiro sem dar explicações ao seu companheiro, afinal tinham que deixar o local.

- Temos que sair daqui. – Naruto o viu dar ré e acelerar destinando em seguida um olhar impaciente a Sasuke.

- Agora diga algo novo. – Naruto satirizou, pois, segundos antes tinha dito a mesma frase. Sasuke, pela primeira vez irritou-se e Naruto não atribuiu importância. Nem mesmo sabia do porquê estava ali.

- Sakura ligou. – Novamente a impaciência. A paciência de Sasuke o irritava. – Estamos na lista da Interpol*.

- Excelente! – Naruto realizou uma falsa comemoração. – Era o que faltava!

- Hinata já deve ter sido detida. – Sasuke estacionou em um local mais reservado e distante. – Vamos examinar a situação.

*

Algumas horas antes – Costa Rica.

- Concordo. – Neji manifestou sua opinião. Sakura negou com a cabeça e Shikamaru a fitou. Era visível a resistência da Haruno, mas diante da concordância de Neji não tinha muito a se debater.

- Está ciente sobre os possíveis efeitos colaterais, não é? – Os esmeraldinos da Haruno seguiram para a face de Neji aguardando um retrocesso na sua decisão.

- Estou. – Shikamaru suspirou aliviado e levou a mãos até a face assim que o Hyuuga se afastou encerrando o assunto.

- Preciso que você corra com isso. – Sakura concordou sem rebater. Já tinha exposto a sua opinião entorno da iniciativa. Entretanto sua visão estava delimitada e Shikamaru alargava ainda mais o seu horizonte.

Estava trabalhando em algo.

Sakura o acompanhou com olhar até as costas do Nara sumir no corredor. Depois da possibilidade de um informante era inevitável não desconfiar dos colegas. Negou com a cabeça, pois precisava concentrar-se.

Empurrou a porta do seu improvisado laboratório a fim de retornar a sua nova função.  Não sabia muito bem em o que focar além do trabalho. Os integrantes da equipe estavam dispersos e isolados desde da partida de Hinata.

Sakura sentia sua falta.

Iria ingressar no quarto, quando escutou passos afoitos. Sakura inclinou a cabeça para visualizar a extensão do corredor encontrando Sasuke, o qual vinha em sua direção.

- Está ocupada? – Sasuke questionou sem rodeios e observou o afirmar positivo de Sakura.

- Estou. – Ouviu a rosada reforçar e a encarou fazendo Sakura estranhar. – Algum problema, Sasuke?

O Uchiha cruzou os braços em frente ao peito e permaneceu no mesmo lugar. Era incrível como os tons escuros caiam perfeitamente na imagem de Sasuke. Um silêncio estranho permaneceu enquanto a cabeça do Uchiha criava grilos.

- Está tudo bem entre nós? – O riso perdido de Sakura surgiu. Ela arregalou os olhos rapidamente e os desviou em seguida. O que Sasuke queria?

- Entre nós? – Sakura repetiu um pouco desnorteada, afinal não sabia ao que exatamente Sasuke referia-se. – Está. Por que?

- Não, não é nada. – Sasuke, finalmente recobrou a sua aguçada percepção. Deveria ser mais especifico desde do início, mas algo unilateral estava afetando-o. Porque no final sentimos falta do que se ausenta, afinal. – É que você anda um pouco distante.

Sasuke levou uma mão ao lóbulo da orelha rapidamente, desviou os olhos de Sakura e seu jaleco branco.

- Estou ocupada, Sasuke. – Sakura deu as costas ao Uchiha. Fazia sentido, mas para Sakura havia um fator a mais para Sasuke dar por sua ausência. – Deve estar sentido falta da Hinata já que passavam bastante tempo juntos.

- Possa ser. – Sasuke levou uma mão na parede e Sakura percebendo que a conversa iria prosseguir novamente virou-se e encostou no batente da porta. – A procurei e não achei em canto algum.

- Tomara que tenha mais sorte hoje. – Sakura cruzou os braços. Por um momento havia pensado por outro lado.

– E não acho que a ausência de Hinata faça-me procurar sua companhia.

Então era aquilo. Aquilo que Naruto reclamava tanto em Sasuke: sua capacidade de ser reto e direto em um assunto.  Sakura sorriu no automático.

- Não disse isso. – Defendeu-se rapidamente, mesmo estando ciente do sentido final de sua frase de outrora comportava. – Posso ajudar-te em algo?

Engatou em outro assunto.

- Eu sei, fui eu que disse. – Mas Sasuke retomou a pauta principal. – Um pouco de convencimento meu achar isso.

- Um pouco não. – Sakura o corrigiu. – Bastante convencimento.

Sasuke trincou os dentes a ver um novo semblante da Haruno. Não era o de sempre: suave e belo. Nem o de aflição: tenso e com o cenho franzido. Era um novo: lábios juntos e um olhar furioso na face. Sasuke apenas não sabia o porquê, na verdade tinha uma noção.

- Está bem, bastante convencimento achar que você ocuparia o lugar de Hinata caso ele viesse a ficar vazio. – Sasuke começou, mas parou a ver Sakura abrir a boca e dar-lhe as costas adentrando por completo o cômodo.

Sasuke segurou-lhe pelo cotovelo e Sakura virou para encara-lo.

- Não que entre eu e Hinata existisse algo além de amizade. – Sakura permaneceu quieta. Vendo-o se enrolar. – Mesmo com aquele beijo bastante equivocado e impensado.  Você compreende, não é? O que quero dizer.

Sakura retirou a mão do Uchiha sobre seu corpo e tornou a cruzar os braços. Aquela situação era divertida ao mesmo tempo que cansativa.

- Compreendo. – Sasuke distribuiu um sorriso efêmero. – Parcialmente, pois Hinata é importante para nós dois. É compreensível que com sua ausência venhamos sentir falta dela. Até aí, tudo bem. Apenas não entendo a parte da substituição, afinal Naruto ainda está aqui.

Sasuke estava congelado e Sakura irritada. Para ela, Sasuke vivia mergulhado em um poço de convencimento.

- Pessoa com a qual divido a maior parte do meu tempo. – Sakura prosseguiu a ver que Sasuke já tinha se recomposto. – E não me importo quem você beija ou deixa de beijar.

Sakura bradou e agarrou a porta afim de fecha-la, mas Sasuke bloqueou sua ação colocando a mão sobre a folha da porta. Encararam-se. Sasuke com um sorriso fino no rosto e Sakura visivelmente irritada.

Era novo, mas Sasuke estava gostando de vê-la assim. Deixando de lado o medo de ficar sozinha ao perder as pessoas por impor sua vontade ou ideia.

- Não se importa? – Questionou induzindo-a. Sakura sorriu fino.

- Não dou a mínima. – Sakura respondeu firme e ficou vendo Sasuke passar a ponta da língua no lábio inferior enquanto concordava.

-Ótimo.

 Empurrou a porta contra a parede. Viu o sorriso de Sakura abrir instantaneamente.  Segurou no jaleco branco da rosada a puxando para perto em seguida. Arcou o rosto para baixo ao entrelaçar a mão nos fios róseos rente a nuca induzindo Sakura elevar o rosto ao puxar delicadamente os fios para baixo.

Era quente, era macio e queimava. O último não sabia bem o porquê, mas não importava porque era bom. E Sasuke era apegado a coisas boas. Logo a língua enroscou na sua e segundos depois o lábio inferior de Sakura escapou dos seus, todavia Sasuke retornou a captura-lo.

Sakura abriu um olho durante o contato mais profundo. Não sabia definir se aquilo era o inferno ou o céu, mas podia ficar nele por um bom tempo independente de qual fosse. Por isso passou uma mão sobre o ombro másculo para apoiar-se e chutou a porta, para que, essa fechasse. Nada e ninguém iria atrapalha-los.

Sasuke alarmou-se com o baque gerado devido a pancada na porta. Desvencilhou dos lábios da mulher, Sakura mordeu o lábio inferior assim que Sasuke deixou de fitar a porta para olha-la.

- Pensei que fosse...

- O Naruto. – Sakura concluiu e Sasuke concordou.

- Isso. – Sakura fechou os olhos ao perceber que novamente iria ser beijada, mas os abriu ao notar a demora de Sasuke.

- O que foi? – Inquiriu instantaneamente. Sasuke retirou as mãos da cintura de Sakura e afastou.

- Você está ocupada. – Riu a ver Sakura arquear a sobrancelha e sorrir em seguida.

- Sai fora! – Brincou e abriu a porta para Sasuke.

- Isso ainda não acabou.

- Eu não disse que acabou. – Sakura manifestou alto devido a distância que Sasuke abriu. Iria atrás de Hinata.

- Sei que não, fui eu que disse. – Sasuke repetiu e Sakura revirou os olhos.

Sasuke era um convencido, mas um convencido com razão.

*

- Conseguiu? – Shikamaru apoiou as mãos nos ombros de Tenten que desviou os olhos da tela do computador. Negou e Shikamaru suspirou.

- Não sabia que tinha tanta ruiva importante assim. – Tenten manifestou derrotada e regressou olhar algumas fotos afim de identificar a mulher que tinha visto anteriormente.

- Tomara que a identifique, caso contrário iremos partir para pessoas civis. -  Shikamaru sentou-se ao lado da morena. Tenten já estava no seu normal. – A busca será bem maior.

- Nem brinca! – Tenten o viu mexer no celular e sorrir. Shikamaru tinha uma liderança nata e Tenten apreciava isso no Nara. – Você viu a Temari?

Perguntou minutos depois olhando para a tela do computador. Shikamaru buscou pelos olhos castanhos e o semblante levemente animado que sustentava esvaiu-se.

- Hoje ainda não. – Emboçou o celular. – Ela está cansada. Deve estar dormindo.

Os fios castanhos um pouco bagunçados davam um ar de leveza a Tenten e seu sorriso fino compreensivo forçado não o ajudava a crer que Temari estava cansada. Na verdade, ambos estavam evitando-se e Shikamaru estava ciente disto.

- Não acha que vocês trabalhando juntos. – Tenten virou a cadeira para encara-lo. – Rende mais?

Tenten intrometeu-se. Shikamaru a encarou enquanto articulava uma resposta convincente e irrefutável, pois caso contrário Tenten não se conformaria.

- Estamos trabalhando juntos. – Shikamaru arrumou a postura. – Temari está cuidando das coordenadas e eu de qualquer outra coisa.

- Sei. – Tenten disse da forma mais irônica que conseguiu fazendo Shikamaru tossir e constranger-se enquanto ela sorria fino. Iria manifestar algo, quando o que procurava apareceu.

- É ela! – Agitou-se ao reconhecer a mulher. Shikamaru olhou para tela do computador rapidamente. – Mei Terumi, presidente de uma das maiores fundações de cunho socioambiental do planeta.

Tenten o olhou. Aquela informação não fazia sentido algum ainda mais os contatos que a mulher estabelecia com organizações da iniciativa privada, bem como estatais.

- Mei apareceu duas vezes, certo? – Shikamaru levou a mão no queixo tentando ligar as informações. – Demonstrou ligação com o a Hozai e também com o exército já que ela estava na cúpula, onde você a viu pela primeira vez.  O que ela pretende?

Shikamaru questionou na esperança de receber um retorno coerente e resolutivo, entretanto apenas encontrou uma mulher impaciente.

- Não faço ideia. – O desapontamento de Shikamaru apenas não era mais visível, pois já esperava tal resposta. Tenten, na maioria das vezes, apenas explodia as coisas e não ocupava a função de cabecear a equipe. Isso pertencia a outra mulher. – Já que a identifiquei estou saindo fora. Chame a Temari, ela vai dar uma resposta melhor que a minha com certeza.

Tenten sorriu e afastou-se deixando Shikamaru reflexivo. Tenten tinha razão: a resposta de Temari seria bem melhor. Sorriu de canto e esfregou o centro da testa. Na primeira oportunidade iria retomar a parceria com Temari.

*

- Temari. – Escutou seu nome, mas não se virou. Quem quer que foste poderia esperar. Escutou a cadeira ao seu lado ser arrastada e percebendo que o indivíduo havia sentado ao seu lado nem mesmo assim cedeu atenção.

Sabia que não era Shikamaru, já tinha habituado ao perfume que ele usava e o aroma do momento diferia do usual.

- Vou ter que te chamar de irmãzinha para me dar atenção? – Os olhos verde água desviaram da tela luminosa encontrando outro par tão verde quanto o seu. Era Gaara. – Posso fazer esse esforço.

- Estou ocupada como pode ver. – Voltou a fitar a tela. – E pelo que me recordo você estava ocupado demais para ligar informando que estava vivo.

Era Temari ali e não qualquer pessoa. Gaara trincou os dentes. Era obvio que Temari não iria esquecer da afronta que tinha feito no primeiro dia que se reencontraram.  Observou o seu rosto e nada parecia diferente do habitual. A mesma feição, a mesma concentração.

- Desculpe-me por isso. – Gaara manifestou reflexivo. – Naquele dia não sabia que se importava tanto assim comigo.

- Nunca disse que não me importava, Gaara. – Temari o fitou. Era evidente o quão fraco era o vínculo entre os dois. – Mas você sempre foi um garoto difícil.

- Você também nunca facilitou. – Sorriram. Era difícil manter o contato visual. –Apenas vim aqui para dizer que foi bom ver alguém quebrando tudo por mim.

Olharam-se novamente. Gaara sabia que Temari não fazia nada sem pensar e que muito menos deixava os sentimentos dominarem a razão. E foi por conta deles que Temari havia perdido a paciência para com a situação que envolve Hinata.

- Tem coisas que nunca mudam, não é? – Temari virou-se na cadeira, encarou Gaara e em sequência observou o ferimento.  – Me precipitei para algumas coisas e estou terrivelmente atrasada para outras.

Referia-se sobre a questão do agente duplo e o abandono do vínculo familiar. Precipitou-se ao apontar o informante e estava atrasada para resolver tudo com Gaara.

- Você é humana como eu. Erramos bastante, mas acertamos umas também. – Gaara sorriu. – Mesmo você errando bem pouco desconfio que apenas sua aparência seja similar à de um terráqueo.

- Não viaja, Gaara! – Temari riu com a brincadeira do irmão. Ele não conseguia tratar assuntos seriamente. – Fico agradecida por de alguma forma alguém me compreender.

- Não sou apenas eu, Temari. – A Sabaku o encarou. – Até mesmo Hinata lhe daria razão. É apenas uma questão de acerto, pois com certeza tem alguém repassando informações.

- Isso é preocupante. – Temari manifestou sobre a questão do informante e iria prosseguir, quando uma notificação apareceu na tela. – Interpol?

Gaara fitou o visor e seus olhos quase saltaram para fora a ver uma foto de Sakura na lista de procurados internacionais.

- Isso é um péssimo sinal! – Gaara adiantou-se enquanto Temari tentava reagir a nova informação. Clicou no vídeo extra detidos no setor de informações e viu Sakura no volante do Camaro preto usado na operação ocorrida em Bangladesh.

- Vou procurar pelos outros. – Temari começou a inserir palavras chaves e em sequência faces conhecidas foram surgindo. Todos os membros da equipe estavam na lista da Interpol. Como aquilo tinha acontecido, visto que estavam utilizando nomes falsos? E como eles constavam como codinomes?

Tanto Temari e Gaara chegaram a uma conclusão não especificadamente como aquilo havia acontecido. Se entreolharam no exato momento que Sakura chegou com uma xícara em mãos.

- Então, conseguiu alguma coisa? – Temari e Gaara a encararam assim que Sakura viu sua foto na lista da Interpol. O sorriso fino foi se desmanchando e Sakura apenas faltou cuspir todo o liquido que estava em sua boca. – Sasuke! Ele foi para o aeroporto.

- Ele é o de menos agora. – Gaara manifestou. – Hinata deve ter sido detida. Estar na lista da Interpol significa que estamos lidando com gente poderosa.

- E se Hinata também está significa que ela não é uma informante. – Temari concluiu ao mesmo tempo que Sakura realizava uma ligação. – Preciso confirmar algo, mas se o inimigo for quem eu estou pensando nós já éramos.

*

Os pés impacientes batiam ao esperar na fila para fazer o check-in. Os olhos treinados passaram das unhas para o monitor pertencente a outra fila.

- Próxima. – Escutou a funcionária chamar. Era sua vez. Hinata iria esticar o passaporte, quando novamente os olhos pairaram no monitor anterior. Manteve os lábios unidos a ver sua foto na lista de procurados.

- Droga. – Saiu da fila puxando sua pequena mochila que não se adequava ao estilo de roupa fino e elegante para com qual ela usava habitualmente.  Desta vez não era diferente e por isso o salto alto batia no chão ao se movimentar discretamente. Hinata olhou para trás e viu a funcionária murmurando algo no telefone. Estava encrencada.

- Já não bastava tudo? Procurada internacionalmente? Tudo o que eu sempre sonhei. – Ironizou e apertou o passo assim que a segurança se movimentou e de longe reconheceu agentes da Interpol. Novamente a casa tinha caído para Hyuuga Hinata.

*

- Ei! Um pouco de convivência social faz bem, sabia? – Invasão era pouco para definir o que Tenten estava fazendo. Neji chegou a cobrir o rosto com o lençol a vê-la entrar pela porta. Era certo que o carinho e admiração pela Mitsashi tinha dobrado de tamanho a um tempo, mas no momento queria descansar e repensar nas palavras que tinha dito a Hinata.

- Já ouvi algo relacionado. – Respondeu mesmo assim e Tenten permaneceu encostada na porta aguardando pelo restante, contudo apenas recebeu o silêncio como continuidade.

- Parece que andamos uma casa no jogo de adivinhação que é essa missão. – Tenten tentou anima-lo com a informação, mas apenas recebeu um sinal de joia com o polegar. – Ah, qual é?  Nem quer saber o que é?

- Não. – A resposta veio e agora em um dialeto mais familiar. Aquele característico tom rude e seco estava presente. Neji estava apresentando um comportamento estranho desde da partida da prima.

- Podíamos sair que tal? – Tenten aproximou-se e sentou-se no lado vazio da cama. – Não apresento interesse. – Levantou a sobrancelha a receber tal resposta. Deitou-se ao lado do Hyuuga e puxou o lençol vendo as costas nuas logo em seguida. Mordeu o lábio inferior a pensar na possibilidade da total nudez do homem. – Estou parcialmente vestido se quer saber. Não perca o seu tempo.

Antes mesmo de espiar o restante por debaixo do lençol a informação atingiu seus ouvidos. Tenten revirou os olhos.

- Estraga prazeres. – Neji sorriu, virou-se para encara-la e manteve o olhar por um determinado tempo. Tenten franziu o cenho a perceber a profundidade do contato ocular. – Está tudo bem?

- Perfeitamente bem. – O braço masculino esticou para baixo do travesseiro da Mitsashi, desceu para a nuca e a puxou para perto e para cima de seu corpo rapidamente.

- Não está nada bem! – Tenten sorriu a ver as írises tão próximas a suas. – Demonstração de afeto repentina? Tem algo terrivelmente errado.

Brincou, mas Neji não sorriu. Tinha algo mesmo anormal levando em consideração a personalidade fechada predominante do homem.

- Você vai ser a minha garota? – Neji questionou e retirou a mecha de cabelo importuna que caia em sua face. Para Tenten, aquilo era prova suficiente para saber que algo estava errado, mas ouvir coisas do gênero a deixava leve.

- Prometo que vou pensar no seu caso com carinho. – Neji negou e sentiu os lábios em seguida. Era incrível como Tenten quebrava climas românticos, mas aquilo também não importava. Nada importava agora.

**

- Não, Sasuke! – O Uchiha escutou, suspirou e apoiou a cabeça no volante. Mais uns segundos e iria sair no soco com Naruto. – Você chama atenção de mais. Deixa que eu vou.

Já fazia uns bons minutos que tinha adentrado aquela discussão: Quem iria procurar por Hinata e quem permaneceria no automóvel para sair dirigindo velozmente caso fosse necessário. A disputa estava acirrada.

- Ah! E você não? – Naruto puxou o óculos da face do Uchiha e colocou na sua.

- Eu sou um loiro normal, com traços comuns, de bronzeado típico. – Sasuke afirmou positivo.  Quanta modéstia! – Agora olha você! Parece que saiu de revista de modelo e por cima não é nada comum nessa região do mundo. Obviamente chama atenção. Branco feito papel, parece que nunca viu ferro na vida! Anêmico.

- Cai fora! – Sasuke perdeu o restante da paciência que tinha e Naruto sorriu vitorioso. De certa forma, mesmo sendo duro admitir, Naruto tinha razão. Sasuke chamava muita atenção. – Quinze minutos.

- Vou procurar o máximo que puder. – Naruto abaixou na janela e Sasuke negou esperando pelo prosseguimento. – Se ela não foi detida provavelmente não esteja mais aqui.

Bateu no teto do carro e partiu rumo ao aeroporto. Sasuke suspirou e passou a mão na face. Mesmo não acontecendo absolutamente nada sabia das possíveis encrencas que Naruto podia gerar e por isso já se arrependia.

- É capaz de um entregar o outro para a Interpol. – Concluiu em voz alta. Referia-se a Naruto e Hinata e o tanto que se “amavam”.

*

Era estranho e novo vê-lo agir de modo mais sério consigo. Ino o avaliou de longe. Gaara estava de braços cruzados, seu ferimento já não era grave e por alguma razão a seriedade tinha invadido o corpo do Sabaku.

Ambos olhares se esbarraram e Ino o viu desviar e dizer algo a Temari, a qual concordou e depois rumou para outro cômodo deixando Sakura sozinha ao celular.

A Yamanaka cruzou os braços, quando Gaara aproximou-se. Desde do dia da discussão entre os primos algo tinha desestabilizado a relação entre os dois.

- Algum problema, Gaara? – O ruivo jogou-se ao lado de Ino no sofá. Os olhos azuis o viu negar com a cabeça.

- Nenhum. – Era obvio que tinha algo errado. Ino revirou os olhos ao perceber que teria que tomar a iniciativa e ter a primeira discussão de relação. Não que eles fossem um casal!

- Dar razão a Temari te incomodou? – Foi direta e reta. Gaara a fitou nos olhos e Ino esperou pelo retorno.

- Não exatamente isso, mas não precisava atear mais fogo na confusão. – Ino franziu o cenho. Tinha dado razão a Temari e continuava pensando do mesmo modo. Não exatamente que fosse Hinata a ser agente duplo, mas que havia um informante e esse precisava ser desmascarado.

- Apenas queria que as coisas fossem esclarecidas. – Ino de imediato demonstrou irritação. – Não acho que tenha dado corda a discussão.

- Mas também não fez muito esforço para finda-la, não é? – Ino estalou a língua no céu da boca e Gaara, pela primeira vez, mostrou insatisfação com a Yamanaka. Então era por isso a mudança singela, entretanto perceptível do modo que Gaara se relacionava com ela.

- Não posso fazer nada se você prefere levar tiros toda vez que haja uma operação invés de descobrir quem é o culpado de tudo isso. – Não era exatamente uma provocação ou algo do gênero. Ino apenas dizia o que achava. Gaara juntou as sobrancelhas instantaneamente ao verificar a falta de familiaridade com aquele lado de Ino, contudo notou que aquele jeito duro e firme era a sua maneira de expressar-se sentimentalmente.

- Então tudo isso é preocupação comigo? – Ino inflou as bochechas e cruzou os braços ao captar a mudança no tom de Gaara. Aquela conversa já não se tratava de uma discussão.

- Está equivocado! – Ino colocou os pés descalços no tapete e levantou-se. – Minha cabeça está a prêmio e você acha que vou me preocupar com você?

Ino referia-se a nova enroscada da vez: Interpol. Gaara sorriu e esfregou o lábio inferior com o indicador. Ino o olhou por cima. Era obvio que o desempenho da equipe era prejudicado com o vazamento de informações e isso de fato era uma questão relevante, contudo não era apenas isso.

Gaara sabia e Ino também. Devido a isso os pensamentos retrocederam ao assunto principal.

- Será que Hinata já está sob custodia da Interpol? – Gaara questionou reflexivo. Aquela pergunta Ino não poderia responder. A Yamanaka cruzou os braços e sentou-se no braço do sofá.

- Espero que não. Tomara que hoje ela tenha um pouco mais de sorte.

*

Aeroporto Internacional – Costa Rica

Começar a correr a denunciaria, caminhar pelo saguão também não era uma opção viável: havia homens de terno demais perambulando. Hinata via-os procurando por alguém. Usava uma revista para cobrir a face, fingindo entretenimento e leitura, quando na verdade observava terceiros. Estava sentada em uma cadeira qualquer ao lado de pessoas comuns aguardando o voo. Em sua cabeça uma questão pertinente ressoava feito badalar de sinos. Uma não, na verdade duas questões:

Primeira: Como iria locomover-se para fora do ambiente sem chamar muita atenção. Porque querendo ou não Hinata tinha uma aparência agradável.

Segunda: Por que aquelas situações apenas ocorriam com ela?

Falta de sorte. 

Foi deste modo que ele a viu. Sentada, de pernas cruzadas e praticamente enfiando o rosto na revista. Naruto verificou os transeuntes e a segurança reforçada. Negou com a cabeça ao arrumar o óculos no rosto. Era mesmo um idiota e estava rezando para conseguir sair com a Hyuuga do lugar. Antes Sasuke preso do que ele, não é? Amigos, amigos cadeia aparte.

Caminhou até Hinata sem chamar a atenção, sentou-se ao lado da Hyuuga e acertou uma cotovelada discretamente. Os lábios da Hyuuga curvaram-se para baixo em descontentamento com o estranho folgado/espaçoso ao receber uma cotovelada. E o pior de tudo era que nem ao menos poderia tirar satisfação.

Naruto vendo que a Hyuuga não reagia suspirou. Teria que tomar uma iniciativa mais agressiva. Foi então que decidiu pousar a mão na perna de Hinata e realizar uma leve carícia.

Naruto não podia ver o seu semblante, mas o imaginava. Os olhos arregalando-se, a boca se abrindo devido a surpresa, a revista sendo abaixada com brutalidade e o rosto furioso virando-se para si rapidamente.

Tudo o que ele imaginou aconteceu. Hinata estava pronta para falar umas verdades, quando reconheceu o seu assediador.

- Isso é assedio. – Falou entre dentes e empurrou a mão do Uzumaki para longe. Este permaneceu sereno e tanto ele como Hinata forçaram um sorriso a um bisbilhoteiro.

- Isso é mesmo importante? – Naruto a viu menear positivo e revirou os olhos por de trás do óculos escuros. – Temos que sair daqui imediatamente.

- Me diga algo novo? – Hinata levantou a revista novamente e Naruto resolveu lustrar o sapato, quando um agente da Interpol passou nas proximidades.  Naruto acompanhou os pés do agente por um determinado tempo até constatar que estava longe o suficiente.

Agarrou a mão da Hyuuga ao levantar-se abruptamente assustando-a. Hinata compreendeu a situação e segurou a alça da mochila. Iriam sair.

A sensação do flagrante começou a incomoda-la a cada olhar desconhecido que pairaram sobre os dois. Fazer o que se formavam um belo casal? Hinata inflou as bochechas e se livrou da mão do Uzumaki, a qual até o momento permanecia junto a sua.

- Me dê o óculos! – Hinata ordenou. Caso alguns daqueles oficiais a vissem o reconhecimento seria imediato. Naruto a olhou confuso e após assimilar o pedido retirou o óculos escuros da face.

- Estamos chamando muita atenção. – Disse para si próprio enquanto Hinata tentava manter o óculos, de medida superior a sua face, no rosto. Contudo o acessório não permanecia.

Foi no exato momento que o óculos escuros encontrou o chão que um agente os observou. Era uma questão de tempo. O Agente estava próximo demais para reconhece-la assim que Hinata se levantasse visto que tinha abaixado para recolher o objeto. A situação não era diferente com Naruto, homem que se virou para ver o que Hinata estava fazendo. ´

A detenção já não era duvidosa, era certeira. Contudo, os olhos azuis fitaram a lente do óculos enquanto Hinata levantava-se e no reflexo pode ver a imagem do agente.

Era uma questão de tempo: o que iria fazer? Tinha que pensar rápido e agir de modo compatível.

Hinata sentiu uma mão pousar em seu ombro e outra segurar em sua nuca. Não conseguia raciocinar ou projetar o que estava acontecendo. E por qual motivo o rosto do piloto inconsequente estava próximo demais? Aquilo apenas podia ser um grande pesadelo e mesmo que fosse por algum motivo Hinata fechou os olhos.

Terceiros, incluindo o agente, puderam visualizar o beijo cinematógrafo. Alguns, incluindo o agente, desviaram a atenção da cena ao mesmo tempo em que outros assistiram por mais alguns segundos a provável despedida ou reencontro de amantes.

Naruto não podia afirmar se a experiência estava sendo ou não ruim e talvez fosse por isso que se demorou mais do que o devido. Para ter certeza que o beijo tinha constrangido o agente o suficiente ou pelo fato que iria ser baleado em seguida.

E talvez a opção mais remota: a mão da Hyuuga o segurava pela camisa afim de impedi-lo de afastar-se.

Contudo o ar acabou e a sanidade voltou. Enquanto Naruto procurava pelo agente Hinata arrumava o batom que excedia o limite de seus lábios um pouco atônita. O Uzumaki não obteve tempo de manifestar nada e parou com sua avaliação quando Hinata tomou a dianteira seguindo para a saída, agora, totalmente desbloqueada.

Algo tinha chamado a atenção dos agentes.

- Isso era realmente necessário? – Assim que atingiram a calçada da rua asfaltada e o mormaço do calor fez Hinata espremer os olhos a discussão começou. Naruto escutou e negou desacreditado. Ela não devia dizer algo como “Obrigada”.

- Vi em um filme que as pessoas ficam constrangidas a verem outras pessoas se beijando. – Naruto explicou, Hinata riu de nervoso e parou no meio da rua.

- Ah! E que filme era esse? – Naruto era uma prova a sanidade de qualquer ser. Ele levou a mãos até a cintura.

- Vingadores 1 ou 2, não sei. – Hinata revirou os olhos ao ouvir tal informação. – Não te beijei lá para você ficar chamando atenção no meio da rua.

- Calado! – Hinata ordenou. Seu rosto estava vermelho e os sentimentos não eram os mais positivos no momento.

- Onde está Sasuke? – Naruto questionou enquanto andava no encalço da Hyuuga. Olhou o automóvel estacionado e aparentemente sem o Uchiha no interior. Hinata ainda incomodada com o ocorrido de a pouco freou os pés e encarou o loiro de óculos escuros.

- Não vá comentar nada do que aconteceu aqui. – Mandou. – Com ninguém, entendido?

- Hoje é o seu dia de sorte. – Naruto respondeu no mesmo tom. – Porque também quero que isso morra aqui.

- Ah, mas sinceramente. – Ambos olharam para o lado. Direção da onde veio o som e puderam ver Sasuke finalizando uma corrida e sorrindo mais do que o costume.  Era evidente que ele tinha visto a cena.

- Passa a chave! – Naruto ordenou sem paciência antes que Sasuke o provocasse. – Não foi seguido?

- Não! – Hinata franziu o cenho. Ver Sasuke sorrindo tanto era estranho. Sasuke sentou-se no banco detrás, visto que Naruto tinha decidido dirigir. Hinata hesitou em entrar no automóvel. Regressar para aquela casa após todo o ocorrido não lhe parecia atrativo, contudo lembrou-se da Interpol e ingressou no automóvel ficando com o banco de passageiro.

Naruto começou a dirigir. Pelo retrovisor Sasuke podia ver as sobrancelhas loiras unidas. Naruto estava furioso. Inclinou a cabeça para ver Hinata constatando o estado de irritação da Hyuuga.

Não parecia certo provoca-los. Chegava a ser infantil, contudo alguém devia isso muito a ele. E Naruto merecia pagar por todos momentos de constrangimento, pelos quais ele tivera que passar.

Para a sorte de Sasuke esse dia havia chegado. Minutos se passaram em completo silêncio até que o sorriso tão incomum do Uchiha se transformou em um riso baixo. Era inédito vê-lo daquela maneira. Naruto suspirou e o olhou pelo retrovisor. Estava irritado a nível extremo a ponto de jogar Sasuke pela janela na primeira provocação.

- Calado! – Hinata assustou-se com o tom elevado de Naruto mandando o Uchiha ficar quieto antes mesmo de manifestar-se.

- Hoje o dia está mesmo imprevisível, não acham? – Sasuke começou. – Tive que negociar com um garoto de rua para ajudar-me chamar a atenção da segurança para outra ala.

- Não precisa fazer introdução. – Hinata bradou e Sasuke calou-se. – Foi apenas uma estratégia impensada.

- Queria vê-la resolver a situação sozinha. – Naruto rebateu e em consequência reativou a discussão. E Sasuke? Ficou de plateia. Hinata cruzou os braços e negou contrariada. Por mais que tentasse não conseguia pensar em nada eficaz.

- Iria dar um jeito. – Arrematou novamente a discussão e Sasuke suspirou.

- Continuando. – Tanto Naruto como Hinata viraram para trás para fita-lo. O Uchiha estava impossível. – Paguei uma nota para o garoto e de brinde vi uma cena memorável. Naruto, se eu não morrer nessa operação vou iniciar um negócio de clarividência.

Sasuke referia-se ao fato de dizer, anteriormente, que Naruto e Hinata acabariam envolvendo-se um com o outro.

- Qual é, Sasuke! – Naruto bagunçou o cabelo loiro com uma mão enquanto Hinata tentava entender qual era a relação da clarividência na conversa.

- Gaara, está me devendo 200 pratas! -  Sasuke comemorou o ganho da aposta que fizera com o Sabaku antes de toda a confusão acontecer.

- Tenha piedade, Sasuke. – Hinata pediu. – Já basta o que aconteceu.

- Não fale como se fosse a pior experiência da sua vida. – Naruto defendeu-se sem necessidade. Por que estava tão preocupado, afinal?

- Não disse que foi a pior. – Hinata rebateu e Sasuke afirmou.

- Estão progredindo bem, não acham?  A relação amorosa. – Interferiu na conversa entre Naruto e Hinata recebendo um olhar fulminante da Hyuuga.

- Progredindo bem mais rápido do que a sua com a Sakura. – Hinata o viu desmanchar o sorriso e depois olhou para Naruto. – Não concorda, Naruto?

- Concordo. – O jogo tinha virado. Ver Naruto e Hinata discutindo já era assustador, mas ver ambos se unirem era algo horripilante. – Se Sakura esperar alguma iniciativa desse cara vai morrer e reencarnar cinco vezes.

- Ei! Não sou eu o assunto em pauta aqui. – Sasuke defendeu-se rapidamente ficando em silêncio assim que visualizou a residência. – Antes de descer quero desejar todos os meus votos ao casal.

Sasuke desceu do automóvel e foi seguido por pares de olhos, mas por algum motivo o Uchiha regressou até o automóvel. Naruto e Hinata entreolharam-se. Sasuke arqueou até a janela do carro para fita-los

- Mais uma coisinha. - Passou o dedo sobre o próprio lábio. – Você está de batom Naruto e o seu está borrado, Hinata.

- Some! – Disseram em uníssono. Sasuke prestou continência e seguiu o seu rumo. Definitivamente aquele não era o dia de sorte de ambos.

De repente Sasuke resolveu ficar engraçadinho, estavam na lista da Interpol e não obstante tinham se beijado.

Como dito: puro azar.

*

- Preciso de total sigilo. – Pediu, rente ao celular enquanto verificava a porta encostada. – Teria como?

Shikamaru aguardou a resposta da pessoa com quem mantinha contato.

- Estamos a um passo. – Informou e esfregou os olhos. – Não, ninguém desconfia. Isso ficaria entre nós.

Novamente aguardou o retorno, afirmou positivo e sorriu a conseguir o que desejava.

- Manteremos contato. – Encerrou a ligação e guardou o aparelho no bolso. Tudo era muito arriscado. Caso alguém viesse a descobrir seria sua ruína.

- Shikamaru! – Olhou para porta por onde Temari adentrava demonstrando seriedade.  – Estamos na lista da Interpol.

- Como isso foi acontecer? – Shikamaru questionou retoricamente a encarando em seguida. – Eu e Tenten conseguimos informações novas.

- Certo. – Temari observou a tela do computador e depois a anotações sobre a mesa. – Estou preste a descobrir a verdadeira coordenada. Mais algumas horas e...

Temari parou de informar, quando viu que Shikamaru não lhe cedia atenção ao receber outra notificação do sistema. Estava concentrado no monitor e perplexo com algo.

- Temari. – Shikamaru a chamou, virou-se para olha-la. – Veja isso aqui.

A Sabaku puxou uma cadeira e sentou-se ao lado do Nara. Sua expressão de surpresa a ver o conteúdo era evidente.

- Ah, droga! – Murmurou. Aquela informação mudava tudo. Era a peça que faltava. 


Notas Finais


HAHAHA Rindo aqui porque aposto que ninguém esperava um capítulo assim.
Marcamos um gol para o Sasuke? Porque desta vez não foi bola fora. E o que dizer sobre Naruto e suas referências cinematográficas? Prefiro não comentar. HAHAHA.

Parece que a ruiva misteriosa foi identificada. Para quem não lembra dela Mei Terumi é uma Kage (Não lembro de qual nação) Lembra quando o tio Madara estava enfiando o espadão nos Kages? Então é aquela ruiva. HAHAHAHA.
E não a Karin :p

Interpol*: Policia internacional. Vai pensando que vai cometer crime aqui no BR e fugir para outro pensando que vai ficar tudo okay? Hum, vai nessa. Gente, como assim o nome dos Combatentes está na lista da Interpol? Só assim mesmo para Hinata voltar, não é?

E por fim: O que Shika e Temari estavam vendo no computador? Mais uma questão, menos resposta.

Isso é tudo pessoal! Beijos <3


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