Em seu quarto e esquecido na própria solidão, lá estava o pequeno isqueiro em sua mão.
Havia fogo em todo o lugar. Havia cinzas em seus ombros. Havia tantas cartas queimadas ao chão.
Havia um espelho em cacos, de tudo o que remanescera de sua alma.
Mas ele gostava de brincar com seu novo amigo. Ele encontrara o prazer e a satisfação naquelas cores de verão, naquela fumaça que o intoxicava, e amava admirar tão belo espetáculo.
Acendia.
Apagava.
Acendia.
Apagava.
Havia água escorrendo de seus olhos, mas ele pouco ligava.
Pois o fogo, agora, era tudo o que precisava.
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