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História Come Back Home - Imagine Yoongi - Yoongi


Escrita por: Ojima

Notas do Autor


Eu sei, faz muito tempo que não atualizo, não dou notícias, sumo do nada e já chego causando impacto, não me matem, por favor.

Acontece que eu passei por um bloqueio TERRÍVEL!!!!! E todas as vezes que escrevi e reescrevi esse capítulo, eu não conseguia aceitar. Depois de tanto editar, essa foi a única versão que eu consegui fazer ficar boa. Me desculpem, talvez eu seja um pouco perfeccionista demais? Não sei...

Enfim, me desculpem pela ausência, obrigada pela atenção e tenham uma boa leitura. 📚

Capítulo 2 - Yoongi


Eu não podia acreditar que S/N fora capaz de fazer isso. Como pôde? Eu a amo tanto... Por quê?

Logo hoje que eu iria tentar me redimir com ela por passar tanto tempo fora. Eu queria muito que nosso relacionamento voltasse a ser como no início. Como nos anos passados.

Agora que pude pagar a lua de mel que não tivemos por conta da nossa condição financeira apertada na época de nosso casamento. Sinto-me tão tolo. Ela me traiu sob meu próprio nariz, merda. Havia comprado passagens para voarmos hoje pela madrugada até o Havaí, e se não fosse tão idiota ela iria adorar.

Deparar-me com aquela cena me deu um misto de raiva, decepção e nojo. Raiva por ela estar na cama com Seokjin, que sempre quis tirá-la de mim; decepção porque nunca pensaria que S/N seria capaz de algo do tipo e nojo por estarem fazendo isso sobre a cama em que eu durmo.

Ah, eu queria gritar, colocar minha raiva para fora, socar a cara daquele idiota, discutir com aquela mulher. Mas nada disso melhoraria o que sinto ou amenizaria meu vazio interno.

Encarar S/N e ver o pavor em seus olhos fazia-me querer abraçá-la e dizer que estava tudo bem. Mas eu estava instável demais para isso, meu coração estava partido demais para sequer dirigir minha palavra a ela, que logo estava de pé e começava a vestir-se. Eu não queria ver seu corpo ou cair em seus encantos novamente. Eu não poderia cometer o mesmo erro duas vezes seguidas.

—Amor, não faz assim, volta aqui... Vamos conversar...

Dou-lhe as costas e sigo até a porta principal, eu precisava tomar um ar. Precisava de um tempo para raciocinar, deixar que as engrenagens na minha cabeça rodem. Mas então sou impedido de prosseguir por S/N, que segura meu pulso com firmeza. Meu corpo amolece, minhas pernas bambeiam e uma lágrima solitária escorre por meu olho, porém a seco rapidamente. Quero desabar e jogar em sua cara o quanto o que ela fez me afetou. Encaro seus olhos tristonhos e recomponho-me.

Apenas o que faço é balançar minha cabeça em negação. Seu aperto afrouxa e livro-me do mesmo rapidamente, mirando Seokjin vestido no pé da escada, ele sorri, confrontando-me de maneira irônica.

— Xeque-mate — move seus lábios em palavras silenciosas.

Saio da casa e bato a porta o mais forte que consigo. Caminho até o carro sob os pingos d’água frios que escorriam por minha pele, misturando-se com as lágrimas que tanto lutei para segurar. Encolho-me ao ouvir um estrondo. Trovões. A chuva se intensifica e entro no veículo, logo o deslocando pelas ruas movimentadas de Seul.

Beber, eu preciso beber.

Paro em frente a um bar qualquer, necessito afogar minha raiva em um bom drinque. Desço apressado, entrando na espelunca e dirigindo-me até um dos diversos bancos vazios, escoro meus cotovelos sobre o balcão de madeira envernizada. Não demora até que a loira que secava alguns copos coloque um deles em minha frente.

— E então, o que vai querer? — Olha-me sugestiva, com uma de suas sobrancelhas arqueadas. Encaro seus olhos esverdeados e passo a língua entre os lábios.

— Quero três doses de Soju...

Já não fazia idéia de quantos shots havia virado. Minha noção esvaiu-se há cerca de meia hora atrás, não sei ao certo, porém não me importo com o tempo, não tenho pressa em voltar para casa. Rio com escárnio, escondendo meu rosto em minhas mãos sobre o balcão e relembrando aquele momento maldito, o qual nunca sairia de minha memória.

A loira sorri simpática quando miro meus olhos em si, questionando se eu queria algo a mais. observo atentamente cada movimento seu. Fito suas orbes esverdeadas e me perco em seu brilho, logo movimentando minha cabeça em negação.

— Bem, acho que já vou. — Digo enquanto pego uma nota em minha carteira, colocando-a sobre o balcão e fitando a bela moça antes de cambalear de vez para fora do estabelecimento.

A chuva cessou, já não sentia as gotas frias colidirem contra minha pele. Onde vou agora? O que eu faço? Coloco minhas mãos em minha cintura e encaro o céu nublado de maneira pensativa.

— Quer saber? Eu vou nessa viagem! — Sorrio com a idéia e sinto minha cabeça girar. — Não posso dirigir nesse estado. — Uma idéia brilha em minha cabeça e sorrio.

— Yeoboseyo Yoongi-hyung? — Namjoon diz ofegante. — Seja breve, estou um pouco ocupado.

— Namjoon-ah! Me desculpe por atrapalhar seja lá o que você esteja fazendo. Mas nós dois vamos viajar daqui a cinco horas para o Havaí, ajeita suas malas. Ah, eu tô muito louco, nem sei onde eu me enfiei. Sei que enchi a cara em um bar e não posso voltar para casa agora, me ajuda. — Atropelo minhas palavras ao tentar me explicar. Ouço o outro bufar do outro lado da linha.

— Sabe me dizer o nome do bar? Já vou te buscar... — Sinto uma ânsia e não ouço o fim de sua frase, botando tudo para fora em questão de segundos.

Quando olho para a tela do meu celular, a ligação já havia sido encerrada. Perambulo pela calçada com minha visão turva, eu realmente não estava bem.

Passado pouco menos que 30 minutos eu já estava largado em um canto qualquer, quando vejo o carro de Namjoon estacionar ao meu lado, sorrio e me levanto cambaleante para cumprimentá-lo. Chegando próximo ao veículo, o vidro se abaixa revelando meu amigo carrancudo, que apóia seu braço na janela do carro.

— Então, você vem ou não?

— Tô indo. — Desfaço meu sorriso e reviro meus olhos, dando a volta no veículo, logo entrando no mesmo e me sentando no banco do passageiro. — Olha, me desculpa por isso, eu tô muito mal. — Ele mira seus olhos atenciosos em mim. — Porra, a S/N me traiu com o idiota do Seokjin, e eu já tinha deixado tudo no jeito para irmos para o Havaí... Não quero deixar de ir nessa viagem, seria um desperdício de dinheiro. — Encosto minha cabeça no banco do carro e encaro o teto do mesmo.

 — Calma, S/N te traiu?! Você tem certeza? — Assinto e o encaro, vendo pena expressa em seu olhar. — Está explicado o porquê de você estar nessa situação tão... — Sem terminar a frase, ele arranca o carro e dá partida, seguindo pelas ruas desconhecidas em silêncio.

Namjoon estaciona na calçada de minha casa e diz que me esperaria do lado de fora. Desço lentamente e caminho até a porta da frente, que com certeza estaria trancada, mas por sorte havia trago minha chave.

E se ela estiver acordada? Tomara que não. Balanço minha cabeça em discordância e suspiro raivoso ao errar o buraco da chave pela terceira vez.

— Namjoon, eu vou precisar de ajuda. — Murmuro para que me escute, e viro em sua direção.

Ao abrir a porta de casa, espero que o maior entre e encosto a porta atrás de mim. Procuro por qualquer vestígio de S/N, e acabo por encontrar sua cabeleira negra sobre o braço do sofá. Ela havia dormido.

— Aish, por que não consigo sentir raiva de você? — Sinto eu coração se acelerar na medida em que me aproximo da mesma, encarando seu rosto sereno. — Não.

Volto para trás em passos largos e silenciosos, subindo as escadas e seguindo em direção ao meu quarto para arrumar minhas malas. E ao chegar lá encontro Namjoon sentado na cama e mexendo em seu celular.

— Com quem você está falando? — Lhe indago com a voz baixa.

— Yuna. — Responde alheio a situação, enquanto continuava a digitar algo no aparelho em suas mãos.

Resolvo pegar a mala que estava sobre o grande armário e arrumar logo minhas coisas. Camisetas, casacos, calças, bermudas, shorts, chinelos, tênis, escova de dentes e todos meus documentos. Pego tudo o que eu tenho, a final, "antes prevenir do que remediar", não é mesmo? Chamo meu amigo, que me ajuda carregando meus pertences até seu carro enquanto tomo um banho frio para ver se fico um pouco mais lúcido, apesar do efeito do álcool ter passado parcialmente.


Com tudo pronto, nós partimos em direção ao aeroporto internacional de Seul. Minhas mãos suam, sinto a adrenalina em meu corpo e as palpitações em meu coração. Já havíamos passado 30 minutos até chegar no nosso destino, e é impossível esconder minha ansiedade. O fato dessa ser minha primeira viagem de avião, e a falta de S/N aqui comigo são os motivos da minha ansiedade. Não, para, não pensa nela agora, não estraga essa viagem, não agora.

Descemos do carro ao chegar em nosso destino, passamos por todas as etapas necessárias e partimos até o portão de embarque. Quase surto ao ver a aeronave em minha frente, aquilo era enorme, não acredito que vou montar nisso.

Olho para baixo enquanto subo as escadarias até a entrada do avião, e sinto minha visão embaçar levemente, eu não posso passar mal agora, não posso mesmo, mas é tão... E se isso cair no meio do vôo? Nada de pensamentos negativos, não quero que pensem que sou um homem medroso. Levanto minha cabeça e sigo minha caminhada como se nada pudesse me afetar. Passo pela porta e procuro pelo meu assento, onde permaneceria pelo resto da viagem.

Reparo nos detalhes, nos rostos desconhecidos que me acompanhariam pelo vôo. Namjoon se senta ao meu lado e ri da minha cara, provavelmente mostrando meu desespero.

— Esqueci que você tem medo de altura, quer um comprimido para dormir? Qualquer coisa que acontecer eu te acordo. — Ele sorri ladino, estendendo-me uma cartela de pequenos comprimidos brancos.

Apenas concordo e tomo aquilo seco mesmo, e pouco mais de 10 minutos da nave decolar sinto-o começar a fazer efeito.

Encaro o céu noturno a minha frente, as luzes da grande Seul que eu deixava para trás e meus pensamentos vão em S/N, a qual me desculpo mentalmente a falta de aviso sobre essa viagem. Mas então a culpo pela situação que me encontro, a final, seríamos nós dois nesse avião se ela não tivesse feito o que fez. Fecho meus olhos e deixo que o sono me domine.


Notas Finais


Me digam o que acharam, e me desculpem novamente pela ausência.

Obrigada por tudo.

~XOXO


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