1. Spirit Fanfics >
  2. Intersex - A história de Emma - G!P >
  3. Cap 3

História Intersex - A história de Emma - G!P - Cap 3


Escrita por: KikyoArtemis

Capítulo 3 - Cap 3


“Sou ligada ao improviso, à possibilidade de ser surpreendida por uma canção inesperada, algo que não sei ou não tinha noção. Fico no carro ou na residência navegando em minha estação predileta, deixando o coração suspenso pelos próximos acordes.

Não recrimino os comerciais, não censuro os boletins noticiosos, aguardo que venha uma melodia do acaso, potente o suficiente para me despertar lembranças longínquas e me inspirar a cantar alto refrões que não suspeitava recordar. É a adrenalina de reaver a memória amorosa por trás das camadas das idades. Recupero uma reunião dançante, a trilha de uma viagem, um hábito de infância. Exercito um descontrole generoso da vida. Penso que aquela música aparecendo do nada é um sinal de que devo telefonar para um amigo esquecido. A rádio é o interurbano que recebo diretamente do destino.

 

 

Hoje existe um controle excessivo dos ouvidos. Ouvir tudo o que se quer é surdez.

A rádio quebra as obsessões e me abre para a diversidade. Trata-se de um lançamento de um ritmo que nunca descobriria em meus filtros, de uma cantora que jamais tomaria conhecimento, de uma banda que passaria despercebida entre as modinhas.

O que quero mesmo é ser incomodada pelas emoções, ser levada para um destino espiritual que estava dentro de mim e é absolutamente desconhecido para o meu GPS”

 

 

 

 

"Mary, o David está com problemas na passagem de som, August ou Killian já foram pra casa?" Parei em frente a recepção enquanto arrumava minha bolsa, já estava de saída.

 

 

"August está na comics e Killian acabou de passar por aqui com uma linda morena." me olhou estranho, tive a impressão que ela queria me dizer mais.

 

 

"Não acredito que ele ta trazendo vagabundas pro serviço. Ele acha que isso aqui é o que?" falei indignada

 

 

"Ele disse que tá dando aula." sorriu ironica

 

 

"E desde quand.. Deixa! Onde ele está?"

Mary apontou o estúdio e a passos largos fui até lá.

 

 

Quando entrei na sala de mixagem, meu coração atropelou um batida e meu estômago caiu, tipo quando quase escorregamos e o corpo congela naquela posição e temos a impressão que o estômago foi para as pernas. Foi exatamente assim que me senti.

 

 

Killian estava dando aula para uma morena que conheço muito bem. intimamente até. E Regina estava animada, muito animada escutando atentamente tudo que ele explicava. Bati no vidro que separava a sala do estúdio e ambos me olharam. Como esperado, Regina abriu um grande sorriso, e Killian se assustou, levantando rápido e vindo em minha direção.

 

Liguei o microfone do estúdio para que ela escutasse nossa conversa.

 

 

"Emma, eu estou só dando aula para uma amiga." Ele esfregava a mão nervosamente.

 

 

"E a quanto tempo vocês são... amigos?" Cruzei meus braços e o encarei.

 

 

"Nos conhecemos na casa de shows no final de semana. Olha, não estamos fazendo nada demais. Ela precisa aprender urgente algumas músicas e eu estou só ajudando." 

 

 

"Ajudando? E desde quando você ajuda alguém?" me olhou ofendido "David precisa de você urgente. Tivemos problemas com uma passagem de som, eu cuido disso aqui." apontei para o vidro que dividia o estúdio da sala de mixagem.

 

 

 

Killian balançou a cabeça e entrou novamente na sala, desliguei o microfone por não ter a mínima vontade de ouvir suas desculpas para ela. Ele beijou a mão de Regina, pegou o casaco e passou por mim, ainda me olhando ofendido. Com certeza mais tarde eu irei ouvir sobre isso.

 

 

 

Entrei na sala e fui surpreendida pelo perfume daquela morena.
Ela estava em pé ao lado do piano, com a bolsa na mão me olhando apreensiva.

 

"Por que você precisa aprender algumas músicas urgentes?" perguntei

 

 "Consegui um papel em uma peça, e tenho que tocar piano em duas músicas... E não sei tocar." falou séria

 

 

"Não seria mais fácil ter pegado algum papel que você soubesse fazer?" Me arrependi das palavras no momento que elas abandonaram meus lábios, eu estava muito nervosa, sem ter qualquer motivo pra isso.

 

 

Regina ergueu o queixo e usou um tom que eu ainda não tinha ouvido dela  "Foi o único papel que fiz o teste e passei." Seu olhar era glacial. "E o Killian estava me ensinando essas músicas, se isso te incomoda, o problema é seu. Vou embora e arrumo outro professor". Assustei-me com suas palavras e principalmente com seu tom, e isso apenas aumentou mais minha ira.

  

"Você não percebe que ele só quer entrar na sua calça? Ou melhor, tira-la!"

  

"Você acha que eu sou tão baixa assim pra dormir com um amigo seu?" Me olhou ofendida  "Você acha que eu sou dessas?" Perguntou com tristeza e indignação em sua voz.

 

 "Ele com certeza acha, já que aceitou te dar aulas." Meu tom era irônico e ela levantou uma sobrancelha desafiadora.

 

 "Eu tô pagando por elas tá! tô pagando, não é nenhum favor não." cruzou os braços

 

 

"E qual a mixaria que você tá pagando? Com certeza ele te deu desconto." Lhe apontei um dedo, sentia meu corpo inteiro queimar de raiva.

 

 

Ela descruzou os braços e apertou a bolsa com as duas mãos contra seu corpo, um claro sinal de desconforto e insegurança. Eu me senti mal, não era certo descontar nada nela, ela não merecia isso. Killian pode dormir com todas as mulheres dos EUA, não me importo.

 

 

Só não Regina.

 

"Olha, desculpa tá." falei passando uma mão pelo cabelo.

 

"Você pede desculpas demais." Ela ainda encarava o chão, seu tom ainda era frio.

 

 

"Porque erro demais, falo coisas sem pensar." 

 

"Então não seria mais fácil não falar ?" Me olhou

Joguei a minha bolsa na poltrona, coloquei as mãos no bolso e me aproximei do piano, ela recuou dois passos ficando ao lado do banquinho.

  

"OK." Soltei o ar e sentei ao seu lado no banquinho, ela me acompanhou. "Deixa que eu te dou as aulas então. Não confio muito nele perto de você." Regina me sorriu e retribui o sorriso. Reabri a tampa das teclas.

 

 

"Eu vou pagar." Me olhou séria.

 

 

"Sim, eu sei" Sorriu animada e depois encarou a bolsa no seu colo.

 

"Mas..." Parecia constrangida.

 

 

"E eu vou cobrar o mesmo preço do Killian." Lembrei das notas muito trocadas que ela pagou as bebidas e do lugar miserável que mora. Ela não tinha muito, não seria justo tirar o pouco que tem.

 

 

"OK" Sua animação era contagiante. Era estranho, em um momento ela é animada, porém insegura. Em outro é segura porém diabólica e com o adicional de uma sensualidade incrível. Não sei qual dessas me assusta mais, ou me atrai.

 

 

"E então? Qual música você tem que aprender?" falei tentando sorrir para ela, evitando olhar seu decote.

 

 

"Smoke gets in your eyes e What are you doing the rest of your life" falou orgulhosa

 

 

"Hum, Ray Connif  e Barbra Streisand dois clássicos. Basicamente são fáceis. Vai cantar e tocar?"

 

 

"Não sei cantar" Era a mulher tímida agora "Por isso não peguei o papel principal, mas vou tocar o piano" abriu as mãos mostrando o instrumento a nossa frente.

 

 

"Particularmente ele é meu instrumento favorito. Comecei a compor nele." Me olhava admirada. Eu sabia que ela queria saber mais sobre mim, estava evidente em seus olhos, então apenas mudei de assunto. "Antes, preciso te explicar um detalhe importante sobre  música."

 

 

"Tenho que anotar?"

 

 

"Não, a prática te ensina." Deus como ela olha! Ela não é de falar, mas compensa com o olhar. E seus olhos chocolates são tão intensos, me sinto presa a todo momento que os vejo.

 

 

"Estou pronta." Seu tom era sensual e fez meu centro pulsar e se contrair.

 

 

"Então vamos lá!" soltei o ar e parei de encarar os lábios dela que eram mordidos por dentes brancos e muito alinhados. "Vou te explicar o que é ritmo, tempo, melodia e harmonia."

 

 

Ela me olhava, então continuei "A melodia dessas músicas você fará com a mão direita e harmonia com a esquerda. Essas músicas são no ritmo de Jazz. Vou usar um exemplo pra te explicar melhor." Concordou com a cabeça. "Imagina um navio, o mar é o tempo que o conduz, o chamamos de compasso, quando você bate o pé seguindo a música, isso é o compasso."
Assentiu com a cabeça

''O navio é a harmonia que carrega as pessoas lá dentro de acordo com as ondas do mar. A harmonia é o que você toca no violão, são os acordes. E as pessoas dentro do navio são a melodia. Cada uma delas é uma nota. Melodia é aquilo que você assovia ao lembrar de uma música."

 

Me olhava curiosa  "Se uma pessoa pula pra fora do navio ela é louca. E assim, seria uma nota fora ou, desafinada" me sorriu, havia entendido. "Agora vou mostrar na prática."

 

 

Toquei e cantei What are you doing the rest of your life. Essa música sempre me emocionou, sempre me perguntei quem estaria comigo no restante da minha vida, mesmo que eu tenha optado por ficar sozinha.

What are you doing the rest of your life? -Barbra Streisand.

Terminei a música e ela aplaudiu.

 

"Foi incrível!" Seus olhos brilhavam. "Mas tenho uma dúvida" Se aproximou mais de mim e colocou a mão em minha coxa. "Por que sua perna fica toda hora levantando e descendo?"

 

Respirei fundo tentando conter a excitação que sua mão inocente me causava. "Estou pisando num pedal aqui embaixo. Ele da o sustain. Essa continuidade da nota." Mostrei e sua mão acariciou minha perna. Respirei fundo e ela beijou meu pescoço. "Regina, acredito que eu seja sua professora agora, não seria b..."

 

Me beijou, e fui inconsequente aceitando e retribuindo. Em poucos minutos ela já estava sentada em minhas pernas enquanto eu atacava seu pescoço.

 

 

"Senti tanta falta disso". Gemeu de forma sensual, e a dor em minha intimidade já estava me incomodando, eu estava muito excitada.

 

Levantei com ela no colo e a coloquei sobre a caixa  do piano. Sei o quanto era anti ético fazer aquilo ali, porém estávamos apenas nós, e ambas queríamos tanto. Deus! Estou pior que o Killian.

 

 

"Te desejo tanto Emma" Sussurrou em meu ouvido enquanto eu atacava seu pescoço.

 

 

Tirei sua blusa social lilás e joguei no banquinho. Parti para sua saia, repetindo o processo. Sorri quando vi ela rindo baixinho.

 

 

"O que foi?" perguntei.

 

 

Ela me olhou com olhos tão intensos e brilhantes que não percebi o suspiro que saiu da minha boca. "Emma, como você consegue usar vestido?" apontou a protuberância no meio das minhas pernas.

 

 

"Não fico o tempo todo assim... Animada." 
Ela me sorriu e sem cerimônia pegou no meu membro sobre o tecido vermelho do vestido.

 

 

"Então é minha culpa que você está assim?" Deus! Que voz sensual é essa? Grave e rouca, confiante e enigmática. Realmente encontrei minha maldição.

 

Segurei sua cintura e colei nossos corpos "É totalmente sua culpa". Ela iria falar algo, mas a beijei. Sua mão me enlouquecendo. Retirei meu vestido e ela encarou meu short de pressão.

 

 

"O que é isso?" testas franzidas me olhando

 

 

"Short de pressão. Ele evita que algo seja notado" Tenho certeza que corei.

 

 

"Deve estar doendo agora" Abaixou meu short e cueca no processo, me libertando, arfei com a liberdade. "Você se limita demais."

 

 

"As vezes é necessário." sussurrei

 

 

"Não se limite comigo" me puxou para mais um beijo enquanto me acariciava. Eu não disse nada. Nós tivemos uma noite incrível juntas. E se posso fazer isso de novo sem conseqüências, por que me limitar não é? Desci meus lábios para seu seio, o chupando por cima do sutiã. Ela retirou a peça e tive contato direto com a pele macia.
Ansiosamente ela me puxou para mais perto, para um beijo. Gemi quando nossas línguas começaram a explorar mais e meus dedos se perderam nos cabelos escuros de Regina.

 

Eu preciso de mais

 

Evidentemente, Regina também, ela quebrou nosso beijo e gemeu "Emma"

 

 

Lentamente deslizei minha mão para baixo, ao longo das coxas lisas. Quando as pontas dos meus dedos alcançaram a borda de sua roupa interior, Regina tornou a me beijar, mais faminta, mais excitada.

 

Provocando movi a ponta dos dedos para o interior de suas coxas, fazendo ela levantar os quadris ligeiramente. Em seguida, empurrei a calcinha de lado com uma mão e gentilmente corri meu dedo médio ao longo da fenda molhada.

 

 

Ouvi Regina suspirar e acariciei o ponto pungente firmemente antes de passar para baixo, na sua entrada e empurrar para dentro.

 

 

Regina gemeu antes de se afastar da minha boca, descansando a cabeça contra meu ombro. Senti unhas cravando em minhas costas quando acrescentei um segundo dedo e estoquei, dentro e fora.

 

"Você tem camisinha?" Regina perguntou um pouco ofegante.

 

Retirei-me de dentro dela e peguei minha bolsa na poltrona, retirando dois envelopes. Ela me olhava como um predador encara sua presa.

Quando voltei ela enlaçou meu pescoço, me puxando para um beijo guloso. No processo nossas intimidades se tocaram, ela estava tão quente e molhada, rapidamente me afastei e coloquei o preservativo antes de fazer uma besteira.

 

 

Deslizei a ponta ao longo de sua intimidade e ela jogou a cabeça para trás, mexendo o quadril devagar. Coloquei em sua entrada e empurrei lentamente. Tão apertada, tão quente. Ela começou a fechar as pernas um pouco e se afastar, segurei sua cintura.

 

"Tá tudo bem?" Apenas concordou com a cabeça e deitou sobre meu ombro enquanto eu entrava e saia lentamente dela. Suas unhas judiavam das minhas costas e eu percebi que ela apertava os dentes.

 

"Está tão gostoso." falei e Regina levantou a cabeça me encarando, entrei mais fundo e ela apertou os olhos, deixando a boca aberta. "Você me enlouquece." falei e beijei-a.
Ela sorriu e agora estava mais relaxada.

 

Comecei a bombar com mais força, o barulho de sexo preenchendo a sala.

Senti que eu não duraria muito, incrível como minha resistência some com ela.

 

 

Seus gemidos eram baixos, controlados, queria dizer que a sala era a prova de som e que estávamos apenas nós naquele andar, porém  não consegui formular uma frase que fizesse sentido. Senti falta dos seus gemidos libertos daquela noite em sua casa.
As paredes dela começaram a se fechar em torno de mim, nossos corpos começando a suarem.

 

"Você tá perto?" perguntei ofegante e ela acariciou meu seio por cima do meu sutian. Nunca havia experimentado essa sensação durante o sexo. Sua boca atacava meu pescoço em desespero.

 

Então, Regina colocou a testa em meu ombro e tremeu, agarrada a mim, gozando em silêncio enquanto eu estocava com força.

 

Ela desceu a boca para meu seio direito, a sensação foi tão única, senti meu corpo inteiro responder e pulsar. Sensações incríveis mesmo sobre o tecido, que não resisti, liberei dentro do látex enquanto estava tendo o melhor orgasmo da minha vida. Só então notei que eu estava gemendo seu nome, isso me assustou.

 

 

Afastei-me rápido indo até a lixeira, quando retornei ela me olhava confusa.

 

"Vou terminar de te dar a aula. Tenho um compromisso daqui a pouco". Não consegui olhar em seus olhos.

 

Ela assentiu com a cabeça e desceu do piano, vestindo suas roupas. Fiz o mesmo, meu compromisso era ler Charles Buckowski com uma xícara de chá ao lado da lareira, ou talvez um chardonnay com brie.

 

A vida é curta e cheia de mistérios, e apenas entendemos parte dela. Isso porque vemos apenas através do espelho.

E ninguém quer ceder, pois ceder é compreendido como falta de personalidade, e é exatamente isso que eu não queria “ceder”. Realmente fazer sexo com ela era realmente bom, mas jamais passaria disso, sexo.

 

 

 

Agimos como se nada houvesse acontecido. Fui sisuda durante toda a aula, mas notei que as vezes ela me olhava de canto, e sorria para si mesma.

 

Fiquei admirada no quanto ela é persistente. Aprendeu o primeiro solo após várias tentativas falhas, sem nunca demonstrar qualquer sinal de cansaço... Mesmo após o que fizemos.

 

 

"Por hoje é só. Daqui a pouco a equipe de limpeza chega." Falei e ela acenou com a cabeça "Você estacionou no prédio ou lá fora" perguntei me levantando do banquinho.

 

 

"Vendi meu carro pra vir pra essa cidade e vim de metrô pra sua produtora." Deu um ênfase em "sua", e um brilho diferente passou por seus olhos. "Ao menos não pago pra estacionar." brincou.

 

Olhei o relógio na parede, ela pegaria o horário de rush.

 

 

"Te dou uma carona." Precisávamos conversar e era o mínimo que eu poderia fazer após... o que fiz com ela nessa sala. Sei que nós duas queríamos, mas sinto que me aproveitei dela.

 

 

Ela retirou algumas notas amassadas da carteira e duas moedas e me estendeu. Acredito que era o pagamento.

 

 

"Olha, é... Você disse que estará em uma peça, então, deixa esse valor pra comprar o meu ingresso, OK?" ela sorriu muito, mas muito animada. Sua respiração até mudou. Foi a única desculpa que achei.

 

 

"Mas da quase pra comprar dois ingressos." Ela olhou para o dinheiro. Quanto o desgraçado do Killian cobrou dela?!

 

 

"Então junta com o da próxima aula e compra dois. Terei que levar minha amiga Ruby mesmo." Ela me sorriu mais animada. Um sorriso genuíno.

 

 

E tenho certeza que se Ruby escutar que irá a uma peça de teatro, sorriso será a última coisa que habitará seu rosto.

 

 

Saímos do estúdio e fomos a recepção.

 

 

"Mary, por que você ainda esta aqui?" Perguntei sabendo a resposta, com certeza estava esperando o David, como se eu não soubesse sobre o relacionamento dos dois, acham que me enganam. Ninguém me engana.

 

Ninguém.

 

 

"Esperando por uma chance de jantar a luz de velas com você Emma." brincou, e de relance vi Regina fuzilando-a com os olhos.

 

"Não será dessa vez meu bem." brinquei pegando no queixo de Mary.

 

 

"Ainda não desisti, meu amor." Mary retrucou e ouvi Regina bufar.

 

 

"Tenho que ir Mary. Até amanhã." Andei, por reflexo olhei para trás e notei Mary assustada, acho que Regina disse algo a ela.

 

Apertei o botão do elevador e esperei Regina.
 

Ela parou ao meu lado e não disse nada, e foi assim até estacionarmos em frente ao seu prédio.

 

 

Retirei o cinto e a encarei.

 

 

"Precisamos conversar." falei, ela encarava timidamente a bolsa no seu colo, como uma criança a espera de uma bronca. "Regina, não estou preparada para um relacionamento agora. Não quero nenhum tipo de compromisso e..."

 

 

"Eu sei." me interrompeu  "Eu quero ser apenas sua amiga. Não tenho muitos amigos aqui nessa cidade e você parece ser tão legal que pensei em uma amizade entre nós." sua frase parecia ensaiada, muito ensaiada.

 

 

"Amigos não fazem sexo em cima de um piano." falei e ela sorriu diabolicamente, deixando pra trás aquela postura frágil e assumindo uma pose sedutora com um simples cruzar de pernas, respirei fundo para me conter.

 

 

"Ficamos tão bem nesses momentos juntas que acho um desperdício não aproveitarmos." me sorriu, aquele sorriso que fez meu membro contrair. 
Pensei em uma forma de rejeitar essa oferta sem ofende-la, meu telefone tocou.

 

Olhei para a tela e bufei

"David não me deixa em paz" olhei para Regina, ela estava apreensiva, e me olhava preocupada, alternando seu olhar entre mim e o celular.

 

 

"Vou ir então. Obrigada pela carona." Saiu do carro rápido e entrou em seu prédio sem olhar para trás.

 

 

O que aconteceu?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...