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História Começando do zero - Especial Sakura - parte final


Escrita por: AsunnaYuuki

Notas do Autor


Oiii gente, infelizmente eu sou lerda para revisar um capítulo, por isso estou postando hoje ao invés de ontem
Acho que o capítulo tá um pouco triste, por garantia peguem um lenço
Obrigado por comentarem, por acompanhar e favoritar a fic, sou muito grata a vocês :D
Tenham uma boa leitura, desculpe pelos erros ortográficos

Capítulo 44 - Especial Sakura - parte final


Um ano e sete meses...

Infelizmente eu tive que vim para essa droga de grupo de apoio. Agora tenho que ficar ouvindo a Íris disser um monte de baboseiras, íris é quem gerencia esse grupo de apoio. Ela deveria ter uns trinta anos.

- Bom pessoal eu quero que vocês me digam oque estão sentindo. – Íris falava confiante, ela acha que vai conquistar facilmente a nossa confiança, que vamos ser um livro aberto. - Quero que vocês lutem contra si mesmo, me digam oque mais os afligem, conta-me os seus segredos obscuros.

- Como se você pudesse ajudar a gente de alguma forma! – uma garota ruiva fala com raiva. - Você quer fazer tudo parecer fácil, mas não é!

- Acredite tudo que eu mais quero é pode ajudar vocês. – Íris disse segura de suas palavras.

 

Well I was the one who showed you the sky

But you brought it down, down to my thighs

Sadly believed every word

I didn't mean about loving darkness

 

And there it is now, he enters the room

It guts like fish to see how he's grown

So we go out onto the town to mess around

Ooh, get my groove on, mess around

 

- Por favor, conta outra. – a mesma garota ruiva fala enquanto se levantava. - Você deve viver no seu mundo perfeito, você não pode ajudar a gente.

Devo concordar com a garota. Não demorou para o local ser preenchido por discussões, ninguém ali concordava com a Íris.

- Oque te faz pesar que pode nós ajudar? – um garoto indaga furioso.

- Eu pedir um filho para o Bullying! – a Íris fala sem levantar a voz fazendo todos ficarem calados em seus cantos, o seu olhar é distante, provavelmente ela deve está remoendo o passado. - Ele sofria, e eu não sabia de nada. Gostaria que ele estivesse à mesma oportunidade que vocês estão tendo... A oportunidade de viver. – eu tentava absorver essa informação na maior maneira possível. - Se eu pudesse fazer tudo diferente, talvez eu tivesse o meu filho aqui agora. – podia-se notar a dor que ela estava sentindo ao falar de seu filho. – Ele era o meu bem mais precioso, que aquecia o meu coração com o seu sorriso radiante. Quantas vezes eu o ouvia falar sem motivo algum que queria morrer, e eu não levei a serio? Eu achava que ele estava brincando quando falava que queria morrer. Com a correria do meu dia a dia eu não percebi que ele estava se perdendo para depressão. - engulo em seco diante de suas palavras. - Eu deveria ter reparado no que acontecia com ele. Todo dia ele era ofendido e agredido na escola, eu não sabia... Só fui perceber quando não o tinha mais... Antes dele se suicidar ele escreveu uma carta de despedida pra mim... E-Eu notei a sua confusão na carta... Ele estava assustado. – a Íris passa a fitar cada um de nós. - Eu leio essa carta todas as noites; para de alguma forma de eu conseguir forças em tentar ajudar outras pessoas que passar pelo o mesmo que o meu filho passou. – as palavras dela de alguma forma me tocou. - Foi diante dessa carta que eu fiquei sabendo oque ele passou no colégio. Eu gostaria de pode voltar no tempo e segurar firme a sua mão, e disser o quanto ele é importante e amado por mim... Mas não posso... Então eu estou aqui para segurar firme a mão de vocês para disser o quanto vocês são importantes, e amados... Não deixe alguém tirar isso de vocês.

 

Well you were the one who thought it was funny

That half of the world had never seen money

Shimmy-shuffle round, break it all down

It does never come to an end

As long as you can help yourself

 

Depois disso se houve um silêncio, mas que durou por pouco tempo. Aos poucos um a um foram contando sobre as  suas experiências, e os seus temores. Íris de uma forma acabou conseguindo a confiança de todos, que agora se abriam sem receio algum. Eles finalmente parece se sentir seguros ao narrar sobre os acontecimentos da vida deles.

Menos eu.

- Eu estou cansada de ser vista como a vadia da escola. – uma garota loira falava enquanto balançava seu pé freneticamente, deve ser por causa do nervosismo. - Sou chamada de nomes feio todos os dias só por causa das roupas que eu visto, queria disser para eles que as minhas roupas não defini oque eu sou. As pessoas se afastam de mim, e me olham com certo nojo, sempre estive sozinha na escola. – a garota começou chorar copiosamente. -Como posso ter esperanças? Eles tiraram isso de mim... Não quero ser mais caçoada, quero ser aceita.

Só aí eu parei pra pensar que eu não sou a única que sofre na escola, que não entende por que as pessoas são tão cruéis. Todos aqui estão procurando novas esperanças, estão querendo ser aceitos pela sociedade que foi tão cruéis com a gente.

 

There it is now, she enters the room

It guts like a fish to see how she's grown

Saw me go blind, step out of line

You know I can't help myself

When you get your groove on I go blind

When you get your groove on I go blind

When you get your groove on I go blinds...

 

- Sakura você que disser alguma coisa para o grupo? – Íris pergunta. – Estamos aqui para te ajudar da melhor forma o possível.

- Não tenho nada a disser. – respondo sem animo algum.

Para mim não é nada fácil se abri com as pessoas, não estou preparada para disser sobre as minhas aflições.

 

So, let me go out into the evil world that you know

Where my baby cries, but I cut the ties

Oh, let me go out into the sinful world that you know

That you really love

 

Just let me be easy to love

Just let me be easy to love

 

| Querida mãe...

As coisas não têm sido fácies pra mim ultimamente, não entendo porque as pessoas têm sido tão cruéis comigo. Tenho vergonha de te contar que sou ofendido e agredido na escola, também não queria vê-la sofrer junto a mim, pois eu sei que te contasse os meus problemas você sofreria. Depois que o meu pai se foi às coisas pioraram ainda mais. Ninguém do colégio parecia compreender a minha dor, eu perdi uma pessoa maravilhosa na minha vida que eu considerava meu herói.

Eu não sou o senhor perfeito, não sou querido, sou apenas eu...

Mãe não aguento viver, tentei sobreviver, mas sou um fraco covarde que não consegue enfrentar os seus problemas de cabeça erguida. Perdoe-me por te dar esse desgosto, não queria parti assim. Eu era apenas uma criança quando você brincava comigo depois de um dia chuvoso. Eu perdi a alegria daquela criança que costumava habitar em mim.

 Você foi aquela que sempre me colocou a cima de tudo. Porque eu não posso voltar a minha calorenta infância?

Lembra quando eu tinha medo do bicho papão? Pois é, descobri que o bicho papão realmente existe. Ele é eles, pode ser você, e pode ser eu. O bicho papão é algo que existe dentro de nós mesmo, ele esta a na espreita esperando uma oportunidade para atacar. Pode ser o mais forte até o mais fraco do ser humano. Estamos condenados a sai magoados, e a magoar alguém, é natureza humana.

Hoje quando você chegar cansada de seu serviço, esperando que eu vá até a porta te saudar como costumo fazer, você estranhara por eu não ter seguido a mesma rotina de todos os dias. Desta vez não vai ser como de costume, porque eu não estarei mais aqui, não vou pode te saudar. Vou está jogado de qualquer jeito no meu quarto, com uma arma de pareia ao meu corpo, vai ter uma poça de sangue embaixo de mim.  Já consigo imaginar você gritando desesperada, e me abraçando com todas as suas forças, sem se importar que o meu sangue esteja manchando a sua blusa que te dei de presente no natal.

Antes deu ir eu sei que me lembrarei de todos os momentos feliz que eu passei do seu lado e do papai. Só que infelizmente eu também me lembrarei das surras, e das ofensas daqueles que eu não fiz nenhuma maldade. Também sei que a senhora vai se culpar por certo tempo, vai achar que tudo que aconteceu comigo foi sua culpa.

Querida mãe você não tem culpa se umas pessoas me magoaram, e me fez  parar no fundo do poço. Sendo que oque você fez foi me encher de amor, graças à senhora eu me sentir a pessoa mais amada desse mundo.

Não quero se um fardo pra ninguém, pessoas querem que eu deixe esse mundo. Talvez seja melhor assim mesmo, não quero  passar o resto da minha vida em um mundo que não compreende que ninguém é obrigado a ser quem não é.

Cansei de ter que engoli que não sou aceito em lugar algum.  Eles me enviam mensagem falando o quanto eu não passo de um monte de lixo que nunca deveria ter nascido. Aprendi que você sofrerá Bullying seja pela sua cor, roupas que você vesti, sua opção sexual, e até mesmo por você ser você mesmo. Isso não deveria ser o certo, mas eles veem isso como sendo o certo. Eles ditam as regras ,e você deve apenas seguir de cabeça baixa.

Não consigo enxergar algum sentido na minha vida, tudo que eu vejo são apenas borrões do garoto que eu um dia já fui. Eu já te disse umas vezes que queria morrer, você me olhou é riu achando que eu estava brincando, eu ri de voltar dizendo que estava realmente brincando, por dentro eu estava me quebrando mais ainda.

 Quando eu disse que queria morrer deveria ter sido levado a sério, isso era mais do que um pedido de socorro, eu queria ser resgatado da minha própria escuridão.  Oque eu tenho não é algo só para chamar atenção, acredite pessoas passar pelo mesmo que eu passo todos os dias.

Ajude as pessoas que ainda tem salvação diferente de mim, eu não quero mais ajuda, eu achei a minha salvação. Nessa tarde darei um fim em toda angustia, e medo. Talvez a liberdade só aconteça quando não se tem remorso, angustia, medo, e arrependimento algum. Quando enfim podemos sorrir mesmo estando debaixo de uma chuva... Quando enfim podemos sentir feliz com qualquer coisa...

Agora eu vejo que é  tarde demais, eu não tenho salvação. Sei o quanto você vai ficar desolada ao ver o meu corpo já sem vida no chão, talvez o meu quarto passe a ser o seu quanto por alguns dias, quem sabe meses...

 Um dia qualquer você irá querer mexer nas minhas coisas, ao abri certa gaveta você vai encontrar essa carta, junto a um pen drive.  Só assim você vai saber o quanto eu sinto em te deixar, me desculpe por não ser um garoto forte que consegue superar as coisas na boa. Quero que saiba o quanto eu te amo, e que isso é umas das coisas que nunca vai poder ser mudada.

Eles não vão destruir isso de mim.

Com amor de seu único filho Harold... |

 

 

When you get your groove on, yeah I go blind

When you get your groove on, yeah I lose my mind

When you get your groove on the whole world goes blind

So get your groove on girl, we'll go wild

 

A vida me transformou em uma jovem amargurada, e  insegura de si mesma. Estou sempre a espera de que alguém possa me resgatar sem que me der um sermão, ou diga o quanto estupida eu sou, embora eu seja mesmo uma estupida.

Meu cérebro ainda teima em amar o Sasuke, já que o amor vive no cérebro, e não no coração como alguns dizem. O meu cérebro que é o responsável por mantém aceso a chama da esperança; que um dia o Sasuke vai me olhar com outros olhos.

Sasuke eu escreverei uma carta para você, em tentativa clara de me libertar. Quem sabe um dia você tem a oportunidade de lê-la. Espero que um dia eu consiga abri os meus olhos, e fazer com que o meu cérebro consiga amar outra pessoa.  Quem saiba eu consiga me tornar única para alguém como você costuma ser único pra mim.

~~~~~~~~ ***********~~~~~~~~

Dois anos e oito meses ...

- Como você está sentindo Sakura? – meu pai pergunta preocupado.

- Como se tivesse arrancado a minhas tripas fora. – respondo fazendo uma careta devida à dor. – Eu vou vomitar de novo. – informo, e a minha mãe rapidamente me entrega um balde.

Minha situação não é das melhores, estou em um quarto de hospital, vomitando em um balde. Perdi as contas de quantas vezes eu vomitei, já estou vomitando apenas um liquido estranho. Não preciso nem disse o quanto estou com o corpo fraco. Tem horas que não consigo distinguir quem é quem aqui, já até chamei o Sasori de mãe.  Por falar em Sasori ele está quase vomitando junto a mim, que garoto nojento, pura frescura por parte dele. Não é ele que tá vomitando a manhã inteira.

- Na verdade eu devo ter vomitado as minhas tripas. – digo fazendo uma careta, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. – Não me lembrava de ter comido isso no café da manhã.

O meu comentário acabou fazendo o meu irmão vomitar. Comecei a rir igual uma hiena, a cara que o meu irmão tinha feito antes vomitar foi hilariante.

- Que bom que  eu passando mal consigo fazer você rir. – Sarori foi literalmente irônico.

- Você sabe ser mais frescurento do que uma criancinha de cinco anos. – informo parando de rir. – Agradeça que eu não vomitei em cima de você, só não posso disser que aquele garoto que esperava na recepção teve a mesma sorte. – se eu já não pagasse mico o suficiente nessa minha vida, eu simplesmente vou lá, e vomito em um carinha que parecia ter saído de um filme de contos de fada.

- Vou ter que compra uma roupa nova para aquele garoto. – minha comenta nada satisfeita, a mesma teve uma briga séria com a mãe do garoto. – Como eu gostaria de ter arrancada mais um pouco do aplique daquela perua.  

- Infelizmente os enfermeiros não deixaram. – meu pai fala consolando a minha mãe. Olha o tipo de exemplo que eles estão dando para os filhos. – Mais oportunidade não faltarão.

- Que saber eu vou é desenhar uma roupa horrorosa para aquele garoto. – minha mãe fala decidida. – Aquela perua vai se arrepender de ter mexido com a melhor estilista, que no caso modéstia parte sou eu. –convencida? Nem um pouco, imagina. – Foi ofender justo a minha filha.

 

Losing friends and I'm chasing sleep

Everybody's worried about me

In too deep

Say I'm in too deep (I'm in too deep)

And it's been two years

I miss my home

But there's a fire burning in my bones

And I still believe

Yeah I still believe

 

Fui obrigada a ficar há quatro dias nesse hospital, hoje era par eu receber alta, mas pelo visto não vai rolar. Assim que os meus pais, e o meu irmão saem do quarto eu vejo uma grande oportunidade de sair dali. Na semana que vem eu vou ter que fazer mais uma quimioterapia, dessa vez vai ser algo mais rigoroso.

Vou até um tipo de jardim que tem naquele hospital, e me sento no banco gélido. Eu estava tão distraída com os meus pensamentos que nem percebi quando alguém se sentou do meu lado, foi fui perceber quando essa pessoa falou comigo.

- Sakura Haruno? – reconheci a pessoa que me chamava na hora, era a Tayuya, a mesma já estudou comigo no meu antigo colégio.

- Tayuya? – me viro em sua direção, e fico surpresa em vê-la. Assim como eu ela possuía um gorro em sua cabeça para esconde a falta de cabelo, ela se encontrava mais pálida do que eu.

- Pelo visto eu não fui a única a ter câncer. – ela comenta.

- Leucemia? - pergunto só por perguntar mesmo.

-Leucemia, e você?

- Também.

Ficamos em silêncio depois disso, eu não me limitei a disser mais ainda. É estranho, ela já me ofendeu tanto no colégio, e está na mesma situação que eu, se brincar até pior. Tayuya era uma das pessoas que adorava zoar com a minha cara no colégio, ela sabia ser bastante perversa quando queria.

 

And all those things I didn't say

Wrecking balls inside my brain

I will scream them loud tonight

Can you hear my voice this time

 

This is my fight song

Take back my life song

Prove I'm alright song

My power's turned on

(Starting right now) I'll be strong

I'll play my fight song

And I don't really care if nobody else believes

'Cause I've still got a lot of fight left in me

A lot of fight left in me

 

- Você ainda não esqueceu não é? – ela quebra o silêncio que reinava entre nós.

- Como eu poderia me esquecer? - respondo com outra pergunta. – Eu ainda me pergunto oque eu ti fiz pra você ter me humilhado tanto no colégio.

- Não me fez nada.- ela fala com a voz falha.

- Nada? – repito a ultima parte que ela falou com desprezo. – Então você simplesmente me humilhava mesmo eu não ter feito nada?  -  fiquei incrédula. - Você é uma enorme vadia, uma vadia das grandes.

- Ei! Quando você começou a usar esse linguajar? – ela fala com a voz esganiçada. – Você não tem o direito de me chamar assim!

- Depois que certas pessoas contribuíram para tornar a minha vida uma merda.  Só falo a verdade, você não passa de uma vadia hipócrita. – tá até eu fiquei supressa comigo mesma, nunca em minha vida eu imaginei disser isso para uma das pessoas que já me zoou tanto. – Viu só, agora se fodeu que nem eu. Você perdeu o seu lindo cabelinho que você gostava de exibir.

- Não precisa me ofender, as suas palavras me machuca. – ela me olha de um jeito amedrontado, do mesmo modo que eu olhava para ela.

- Isso que eu estou te dizendo não é nada perto do que você me disse um dia. – devo ter sido dominada pela irá, eu estava fora de mim. – As palavras machucam mesmo, acostume com isso! Pelo que estou vendo agora não sou a única perdedora.

- Lembrete de nunca zomba de sua cara novamente. – ela dar um sorriso sem graça. – Você acaba levando uma ofensa a sério demais, oque é desnecessário.

- Você deveria fazer um lembrete de nunca disser aquilo que você não quer ouvir para outra pessoa. – digo me levantando. - Machucar alguém e fácil, agora quero ver você conseguir superar oque essa pessoa machucada passou. Não consigo nem sentir pena de você. – falo com certo nojo. – Pelo visto alguém aqui tem que aprender muito. – me preparo para ir embora de lá, não quero gastar o meu tempo tendo que escutar a ladainha dela. - Todos na escola te chamavam de cadela no cio pelas suas costas, eu não era a única a não ter amigos verdadeiros.  – saiu de lá sentindo a brisa daquele dia.

 

“Antes cheia de sonhos, amor, esperança, ela era feliz, mas agora ela é só mais uma pessoa amarga e sem amor, ela é hoje assim porque a vida ensinou a ser desta maneira, as pessoas nascem boas, mas o mundo as destrói.”

- Ainoã Pessoa

Cinco dias depois a Tayuya acabou não resistindo. Ela morreu segurando fortemente uma foto em que ela tirou quando conseguiu fazer parte das lideres de torcida. Ela tinha batalhado tanto para conseguir chegar onde chegou,  o sonho dela era  ser admirada por alguém, coisa que ela nunca conseguiu de sua família. No final a leucemia fodeu com tudo a vida dela.

Pela primeira vez cometi Bullying com alguém, acabei ficando com um gosto amargo na minha boca. Minhas palavras foram tão venenosas, nunca pensei que iria magoar alguém. Como eles conseguem se sentir bem ofendendo alguém? Eu não me sinto anda bem.

Eu ainda tenho que aprender muito.

~~~~~~~~ ***********~~~~~~~~

 

Quatro anos...

- Oque é beleza pra vocês?  - Íris questiona, é cada coisa que ela pergunta.

- É quando alguém é muito bonito, a ponto de todos apontarem a sua beleza e personalidade. – uma garota morena fala cabisbaixa.

- Oque é algo feio pra vocês? – fala sério, a íris vem com cada uma.

- Eu, eu sou feia. – uma garota loira disse erguendo a sua mão, ela tinha um físico que me pareceu bem frágil, era tão magra que parecia que iria ser derrubada por um único sopro.

- Porque você é feia?- Íris volta a questionar.

- Porque as pessoas dizem isso o tempo todo. – a garota responde com a voz um pouco embargada.

- Oque eles dizem e a verdade? – como eu odeio esses questionamentos.

- Logico que sim, olha só pra mim. Não está vendo o tanto que sou feia. - a garota se levanta e aponta pra o seu corpo todo, uma forma de demostrar para nós os seus defeitos.

- Só porque eles dizem isso, eu não sou obrigada a concordar não é mesmo?  – tá agora fiquei surpresa com as palavras de Íris, pois eu penso totalmente o contrario.  - Mais uma vez oque é beleza pra vocês?

- As pessoas populares do meu colégio, todos os veneram como se eles fossem às pessoas mais bonitas do mundo.  – um rapaz de estatura media respondeu.  – Não existe ninguém que tem mais beleza que eles.

Ele diz isso porque nunca viu o Sasuke, e os outros, eles são os mais bonitos do mundo. Espera no que eu estou pensando? Que se foda-se quem é mais bonito, e quem é mais feio. Foda-se a sociedade hipócrita também. Como eu gostaria de gritar em plenos pulmões um foda-se a tudo, mas me contento em grita apenas em minha mente por enquanto.

- Vocês concordam com isso? – Íris hoje tá cheia de questionamentos, eu hein.

- Em partes. – respondo, resolvi me abri nessa bagaça.

- Porque em partes. – se a Íris fazer mais uma pergunta eu não me respondo por mim.

- Porque provavelmente os populares do colégio dele não são mais bonitos do que o do meu antigo colégio. – falo dando de ombros e solto uma risada sem humor.

- Como você tem a certeza de que os do meu colégio não são os mais bonitos?- outro rapaz pergunta, esse era mais alto.

– É assim pra eles. – informo. – Eles se acham mais perfeitos do que os outros, eles ensinaram a gente  ver  eles assim. Os populares colocaram isso nas nossas cabeças, talvez eles também querem escapar de algo como nós, ou não. – as coisas pareceu ficar claras em minha cabeça. -Tudo oque dissemos às vezes se tornam igual. Como do tipo sou feia, não sou perfeita, eles são os populares porque são os bonitos... Sempre estamos dizendo isso, mas ninguém é melhor do que os outros, no fim somos  todos iguais. – quero me convencer disso, é oque eu preciso para superar, abaixo a minha cabeça. - Eu caminhei pelos corredores sendo ignorada, torcendo que alguém me notasse nem que seja por apenas dois segundos.  Eu cheguei achar que era especial para eles... Mas nunca fui... – falo tristemente apertando fortemente a minha mão, não tive coragem de erguer a cabeça. - Se você faltar não vai fazer falta alguma para eles, porque ninguém deles vai sentir a sua falta.  – fui firme para não chorar na frente de todos. - Olho-me todos os dias no espelho, e não consigo deixa de apontar os meus defeitos. Aqueles defeitos que eu já sabia que tinha, mas as pessoas sempre fazem questão de me mostrar. – dou uma risada sem humor. – Tudo que eu não preciso é que alguém aponte os meus defeitos.

 

Belief in the breeze

The smoky morning haze

The sun on her face

and the touch of lovers' hands

The pain that comes today

Is here, then goes away

 

 -Muitos que cometem Bullying fazem isso por diversão pra pode rir, fazem isso nas custa de alguém que eles sabem que não tem força para revidar, nem devemos revidar correto? Ninguém deve se sentir excluído, se sentir que não são especiais. – finalmente ergo aminha cabeça, e vejo pessoas como eu, cansadas de sofrer por algo que magoa. - Então você de alguma maneira tenta se machucar pra não sentir essa dor no peito que as palavras deles te causaram... – coloco a minha mão esquerda no rumo do meu coração, tentando de alguma formar arrancar aquela dor. - Só que acabamos ferindo quem realmente se importar conosco. – lembro do olhar triste da minha família ao me ver sofrer. - Eu sei que a dor é angustiante, mas vale a pena desistir?  Vale a pena fazer a sua mãe chorar junto de você? – eu acabei fazendo a minha mãe chorar, isso me matar por dentro.

And we are homeward bound

And I

I want this more than life

I want this more than life

I want this more than life

- Ela que sempre está lá para alegrar os seus dias, tentar demostrar o tanto que você é única pra ela. Vale a pena fazer o seu pai se sentir de certa forma preocupado com você? –  meu pai estava com medo de me perder, pela primeira vez eu pude ver medo em sua face alegre. - Para ele você sempre será aquela menininha, uma princesa. No caso dos garotos um grande garoto. – solto uma risada baixa, por não saber uma definição melhor pros garotos, os outros também rir. -O seu irmão também não quer que você sofra. – meu irmão me ver como um frágil cristal, uma preciosidade que ele esperou por longos nove meses nasce para chamar de irmãzinha.  - Vocês podem viver brigando, mas ainda são irmãos... Ele não vai querer que alguém te machuque.

 

To touch something real

Will help your wounds heal

Like the sun on your face

The dreams of starry nights

 

- Eles sempre estão lá tentando te alegrar, mas nem sempre notamos os seus esforços para nós fazer feliz, só queremos notar o qual injusto as outras pessoas são com a gente. – meus olhos estão cheios de lágrimas, oque acabou embaçando um pouco a minha visão. - Se alguém de alguma forma te diminuir, ou fazer você se sentir tão péssima a ponto de tentar conter a vontade de chorar... Por favor...não desistam.  Não deixe eles tirarem o seu brilho, todos nós somos especial.

Todos começam a bater palmas pra mim enquanto se levantavam de suas cadeiras, pela primeira vez depois de anos, vindo nesse grupo de apoio, me sinto bem.

 

And we are homeward bound

And I

I want this more than life

I want this more than life

I want this more than life

 

- Bullying não é só uma brincadeira, para fazer uns rir. É algo que acaba matando alguém de alguma formar, não deixe a existência de alguém acabar dessa forma. Seja amigo de alguém pelo que ela é por dentro, de quando ela te faz sorrir mesmo que o seu dia seja o pior de todos. – não quero ser como a Ino, ou a Hinata muito menos como a Kin. – Não tente se convencer que você um dia vai ser alguém igual aqueles populares que te ofende, pois eles não são tão legais assim.  Sejam melhores que eles! -finalizo o meu digamos discurso.

Pela primeira vez eu saio daquele grupo de apoio me sentindo leve, e com mais um pouco de esperança.

 

I want this more than life

 

Na volta para casa acabei fazendo o meu pai parar o carro, pois eu vi dois animais indefesos jogados na rua para a sua própria sorte, um cachorro e um gato ambos com a pelagem amarelada. O engraçado era que os dois pareciam que sobrevivia aos movimentos da rua juntos, dava para se notar na formar em que os dois estavam perto um do outro para não sentir frio.

- Sakura oque aconteceu? Você está se sentindo bem querida? – minha mãe pergunta, mas não respondo apenas desço do carro sendo seguida  por ela, e pelo meu pai.  O Sasori tinha ficado em casa naquele dia, ele resolveu ficar para estudar pra uma prova que ele teria que fazer amanhã.

Me aproximo calmamente deles, de alguma forma me sentir feliz do lado deles, senti que eu poderia dar um lar para eles. Percebi que não se tratava de um cachorro, era uma cadela...

Pode ser estranho, mas eu conseguir notar certo medo, e esperança no olhar deles. Medo das pessoas ruins que existe nesse mundo, esperança de que alguém passe por eles e tenham uma mínima compaixão para tira-los das ruas. Eles apenas querem um lar, algo para pode chamar de seu.

- Quero leva-los para casa. – informo para os meus pais, sabendo que eles não me negariam esse pedido. – Eu acabei de me sentir querida por eles... – sussurro bem baixinho, só para mim mesma, mas eu sei que aqueles dois bichinhos indefesos me escutaram.

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Quatro anos e três meses...

Nesse meio tempo eu acabei aprendendo coisas novas, me sinto um pouco mais feliz, mas infelizmente eu ainda tenho algumas recaídas.  Acabei fazendo uma lista de coisas inusitadas que eu já fiz, e de coisas insustáveis que quero fazer.

Coloquei fazer um filme no topo de coisas que quero fazer. Mas não falo em atuar em um filme, eu quero dirigir um. Eu quero criar algo que possa trazer emoção, alegria, arrancar risos, até mesmo lágrimas. Quero criar algo único que alguém irá adorar.

- Oque você acham da gente passar na sorveteria antes de ir pra casa? – Temari indaga.

Tínhamos ido dar um volta, pois estávamos no maior tedio.

- Por mim tudo bem. – sorvete sempre é bem vindo.

- Oba sorvete! – Tenten gritou eufórica, a mesma começou a dar pulinhos de alegria, oque era algo que se tornou raro vindo dela.

A Tenten sempre foi a mais animada do grupo, embora depois do que houve com ela, a mesma tenha ficado um pouco distante. Só agora ela está voltando aos poucos do que ela era antes. Infelizmente eu, e a Temari estávamos certas a respeito do namorado da Tenten, na verdade agora é ex-namorado.

- O sorvete vai ser por minha conta. – Temari anuncia alegre, a mesma está feliz porque os irmãos dela chegou de viagem.

 Durante esse tempo  que passou eu comecei a valoriza muito a minha amizade com as meninas. Foram elas que me ensinaram oque é amizade de verdade, devo tudo a elas.

- Sakura. – escuto alguém gritar o meu nome.

Me viro e olho confusa pra pessoa que me chamava, Tenten e Temari também viraram estranhado oque acontecia ali. Era uma garota magra, pálida e cabelos escuros que me chamava. Bem lá no fundo algo me dizia que eu conhecia essa garota de algum lugar.

- Como você sabe o meu nome? – pergunto ainda confusa com essa situação.

- Eu sou a Kin, você se lembra de mim? – oque? Não pode ser ela não parece nada com aquela Kin debochada e segura de si. –Você estudou comigo.

- Me lembrei de você agora, eu não estava te reconhecendo. – digo indiferente mesmo, vai que ela tem a intenção de me humilhar de novo, se ela fizer isso vou jogar spray de pimenta que o meu pai me deu nos olhos dela.  A Temari, e a Tenten encarava seriamente a Kin, eu contei muito sobre oque eu sofri no passado para as minhas amigas.  Conhecendo bem as minhas amigas, eu sei que elas estão a prontas para avançar na Kin.

- Eu também não estava te reconhecendo. – ela disse sem graça.

- Oque você quer? Que eu me lembre não somos amigas nem nada. – digo friamente indo direto ao ponto.

- Eu só... Eu. – ela tentou formular uma frase mais gaguejou feio. Irônico, antes quem gaguejava era eu não ela.

- Olha eu preciso ir. – digo me virando sendo acompanhada das meninas. Dane-se oque ela tem pra me falar, ainda tive a decência de conversar come ela.

Não preciso ter que bate sempre de frente com um passado, que só não me fez bem. Não sou amiga da Kin, para ficar de papinho com ela.  Só falei com ela por educação mesmo, pois não aprendi a ser malvada que nem ela.

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Cinco anos...

“Você está completamente curada Sakura”

Aquela foi a noticia mais boa que a minha madrinha poderia me dar, depois de anos sofrendo com a leucemia finalmente eu estou curada. Vejo como um milagre divino, minhas chances de melhora era baixas.

Com essa noticia os meus pais não demoraram a decidir voltar para o nosso verdadeiro lá, onde tivemos que largar tudo para que iniciasse o meu tratamento.

- Acho que não estou me esquecendo de nada, devo ter pegado tudo. – falo comigo mesma, uma mania boba que tenho. 

Não se engane em achar que eu estou apavorada em voltar para onde vive o Sasuke Uchiha, esse tempo serviu para eu me dar o devido valor.

Eu dediquei parte do meu tempo para uma pessoa, por um amor não correspondido.  Dormia tarde da noite, apenas imaginando nós dois juntos, a minha imaginação nós tornavam perfeitos.  Eu relia, e relia as nossas mensagens trocadas, um sorriso bobo nunca largava os meus lábios.

Amor para algumas pessoas se resume a beleza, se você não é belo ou bela o suficiente acaba sendo ignorado pelos famosos populares.  Eu amei o Sasuke apenas pela beleza, ou por ele ser tão popular? Essa é uma pergunta que pelo incrível que pareça eu não sei a resposta  ainda.

- Pelo menos as minhas amigas também vão se mudar para o mesmo lugar que eu. – tá eu tenho que parar de falar sozinha, é estranho até mesmo pra mim.

Quando eu era criança eu cheguei a ganhar um peixinho de presente dos meus pais. Lembro que quando eu fui escolher esse peixinho, eu procurei escolher o mais bonito, oque todos queria ter, oque é sempre buscado. Então foi isso, eu comprei o peixinho mais bonito, para uma semana depois eu te que enterra-lo no jardim de minha casa. Chorei muito naquele dia.

 A boniteza daquele peixinho não o salvou da morte. Eu tinha escolhido um peixinho doente, mas a beleza dele não fez eu perceber isso. Só fui perceber que ele estava doente quando ele não era mais tão bonito... Quando não era mais querido, mas já era tarde demais pra ele.  Na outra semana eu ganhei um outro peixinho para substituir aquele que perdi, tratei de escolher um mais bonito ainda. Pouco me liguei para os outros que juguei serem normais demais... Serem até mesmo feio...

Oque eu quero chegar diante disso tudo? Simples, eu também cometi o erro de enxergar primeiramente a beleza, passei tempo demais em buscar de ser bela, para de alguma forma causar inveja a alguém. Eu tinha um modo de ver as coisas da mesma forma que o Sasuke, e os outros viam.

- Você pegou tudo? – minha mãe pergunta, eu apenas confirmo com a cabeça. – Vou te esperar lá embaixo, assim que seu pai descer as malas dele ele veem pra pegar as suas malas. – ela sai de meu quarto, mas não sem antes de me dar um beijo na cabeça.

 Prendo o meu cabelo calmamente, ainda não acredito que meu cabelo cresceu tanto assim. Aquela mascara capilar que a Temari me deu é milagrosa mesmo, ainda mais juntando com os truques que a Tenten sabe fazer para o cabelo crescer mais rápido. Eu mudei gradativamente durante esse ano. Só agora percebo que não sou mais aquela garota que usava aparelho e se vestia estranho.  Digamos que até estou nos padrões que a sociedade impõem, embora eu não quero mais saber se estou ou não nesses padrões.

Muitas pessoas que não são satisfeita com alguma parte do corpo faz algo para mudar. Passei a chama-las de pessoas que não consegue enxergar além de sua aparência. Você pode operar um nariz se você não gosto do formato que ele tem.  Podem fazer várias pardas no seu rosto, me arisco até disse que pode ficar depender de plásticas. Mas isso não muda oque você é por dentro, aquele fantasma de sempre querer está bonita de uma forma sempre vai te seguir para onde quer que vai. Tem aquelas que viram outras pessoas para agradar uma sociedade que só gosta de apontar os nossos defeitos.

 Uns são tão depende de uma aparência, tudo porque tem medo de não ser aceito. Essas pessoas  procuram sempre mudar a sua característica apenas por não se sentir bem, ou porque acredita que vi conquistar as pessoas assim.  Eu não quero ser igual essas pessoas.

- Tudo vai dar certo. – digo pra mim mesma para logo então soltar um longo suspiro. – Não vou deixar eles em abalarem mais. – pego minha bolsa eu desço pra sala.

Hoje eu sei que não sou mais dependente de Sasuke Uchiha, essa é a única certeza que eu tenho.  Esses cinco anos me serviram para notar que eu tenho que me amar primeiramente antes de amar outra pessoa. Por esse motivo eu consigo voltar para a minha cidade natal sem medos.

 

“A lição que eu aprendi, é que as pessoas não Hesitam em te usar, principalmente quando há sentimentos, e um coração envolvidos no meio.”

- Miss Depressão (myriam Vital)

 


Notas Finais


Gostaram do capítulo?

A Sakura foi um pouco menos depressiva nessa parte, teve a Kin, no próximo capítulo ela vai aparecer muito

O gato, e a canhorra mencionados são o Abóbora, e a Lassie ( não sei se vocês lembram que tem animais nessa fic kkk). Os dois realmente existem, sim gente eu tenho um Abóbora e uma Lassie na minha vida!!
O Abóbora nesse momento está tentando pegar uma cigarra, quem ver nem pensa que ele está doente. Os dois foram encontrados mesmo na rua, mas não foi desse jeito que foi mencionado no capítulo. Não vivo sem eles, inclusive estou triste porque o Abóbora tá doente, não quero perder ele como perdi o Caipirinho, também o Caiprinho existiu ( essa é a minha criatividade para dar nome a gatos, meu tio tem mais criatividade ainda kkkk)
O próximo capítulo vai ser o ponto de vista do Sasuke, então não vai ser u capítulo de choro, vai ser algo mais rebelde radical ( pelo menos eu tentarei né kkkk)
Então é isso pessoal, até a semana que vem, bjs ^^
músicas mencionadas

https://www.youtube.com/watch?v=xo1VInw-SKc

https://www.youtube.com/watch?v=4cIKUgC60OU

https://www.youtube.com/watch?v=Qi3u0N_ZNEM


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