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História Common Denominator - Home to Mama


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


- Aproveitem o capitulo
- LEIAM AS NOTAS FINAIS
:)

Capítulo 33 - Home to Mama


Allyson Mallette's POV

  - O que eu mais queria - tomei uma longa respiração - era voltar para a casa, mas agora - dei de ombros -, não sei o que fazer ou o que sentir.

- Imagino. Foram meses. - Christian se sentou ao meu lado.

- Às vezes, eu pensava que nada seria diferente, mas, agora que estou perto de revê-los, tenho medo que aja um oceano de diferenças entre nós. Sabe, eu sei que estou diferente, e tenho quase certeza de que eles também. - Tomei um gole da bebida forte que ele me dera. Não era alcoólica, pois Christian era responsável, mas era ruim e ao mesmo tempo receptiva. - Não consigo imaginar como será. Não sei o que irei falar a todos.

- Eu sei que posso parecer um pouco insensível ao pensar em minha própria pele agora, mas se chegar a Justin chega a nós.

- Não é egoísta. - peguei em sua mão. - Juro que nada chegará a vocês. Nem que eu tenha que bancar a ingrata e dizer que fugi.

- E como você está sobre... Sabe, Justin e toda essa coisa?

Suspirei.

- Eu não sei. Está tudo muito confuso ainda. Essa coisa de sermos irmãos. Parece loucura. - passei as mãos pelo cabelo. - Eu tenho nojo. - sussurrei e ele me abraçou.

- Você pode ficar aqui enquanto não achar que pode voltar, tudo bem? Fique, pense. Quando tiver tudo certo, eu te levo.

- Obrigada, Christian. Muito obrigada mesmo. - o abracei forte e beijei sua bochecha.

- Imagino como tudo deve estar sendo difícil para você. Para você e para Justin. Ele...

- Não me fale dele, por favor.

- Tudo bem. - manejou na cabeça.

Minha cabeça ainda estava uma loucura. Eu finalmente havia conquistado a minha liberdade, e não tinha noção de como seria.

...

Havia passado mais de uma semana, e eu ainda estava enfurnada na casa de Christian. Não sabia como chegar em casa e o que falar para a minha mãe. Estava com medo.

Matthew havia vindo me visitar, e havia sido de imensa ajuda. Doce, prestativo. Eu gostei de recebê-lo, mesmo após aquela sua... Confissão. Ele sabia que eu não podia ter algo com ele. Não conseguiria. Passamos uma ótima tarde juntos.

Por fim, após mais uma de minhas tardes fazendo cosplay de vegetal e pensando, decidi que iria para casa. Tinha saudades de mamãe, de meus avós e primos, e principalmente de Jazmyn. Eu iria voltar para casa hoje a noite.

Pulei da cama, descendo para a cozinha, enquanto tentava pensar em alguma desculpa.

Eu poderia dizer que um maluco me sequestrou e me deixou mofar por quatro meses, mas tinha que ter uma história por trás de tudo.

- Christian! - gritei, esperando por resposta, logo ele apareceu correndo, só com uma toalha na cintura. - Uou! Calma, gatinho!

- Allyson! - esbravejou e em seguida começamos a rir. - O que foi?

- Já sei o que vou falar para a minha família. - sorri orgulhosa.

- E o que seria? - apoiou-se no mármore da cozinha, pegando uma fruta na fruteira a sua frente.

- Eu fui raptada por um grupo de traficantes de mulheres. Eles pegavam jovens bonitas - fiz uma pose -, lindas - fiz outra pose - e gostosas - fiz outra e ele caiu na gargalhada -, para servir de... Hm, acompanhantes pagantes - fiz uma pose granfina -. Mas eu não era tão boa assim. Era uma garota inocente demais e eles não podiam me por nas ruas, então eu servi de empregada. Tive que lavar banheiros, chãos imundos de um bar-beira-de-estrada.

- E eles eram todos turcos. Matem os turcos! - gritou, entrando na brincadeira.

- Oh, sim! E eles tinham aqueles narizes enormes. Eram uns tarados! E... Eles me batiam...

Passamos o resto da tarde criando um cenário de horror ao qual eu, supostamente, fui submetida. Criamos algo extremamente incrível. Se a policia precisasse que eu desse meu depoimento, tudo daria certo. Havíamos criado detalhes para meus dias lá; para cada um deles - ou quase isso. Era uma longa história, e eu estava empolgada para saber se acreditariam nela. Eu e Christian formávamos uma dupla impagável.

- Então, o grande dia será hoje?

- Com certeza. - balancei a cabeça, sorrindo.

- Vá se trocar e nos encontramos aqui na sala em meia hora.

Assenti, já subindo as escadas e indo para o quarto de hóspedes, aonde eu estava me escondendo há exatos nove dias. Era muito confortável. Iluminado, com poucos móveis e não tão grande quanto os da casa de Justin, mas grande o suficiente. E Christian havia arrumado algumas roupas para mim. Eram pouquíssimas, já que eu não saia, e eu adorava o modo como ele me paparicava mesmo assim.

Peguei uma calça jeans, uma regata lisa e cinza, e o único par de tênis que tinha ali, o mesmo que eu usara para deixar a casa de Justin.

Junto a menção do nome de Justin, diversos pensamentos sobre ele invadiram minha mente. Os mesmos que eu bloqueava durante o tempo todo. Eu não queria pensar nele. Eu tinha nojo do que ele fez comigo. Se dormir com o cara que me bateu e me estuprou já era ruim, dormir com o meu irmão era o cúmulo de todos os pecados existentes. Se eu ia para o inferno? Ah, eu não tinha dúvidas.

Eu tinha raiva de Justin. Ele me escondera coisas importantes, como o simples fato de compartilharmos o mesmo sangue. E ele deitara comigo sem o mínimo remorso. Ele não pensou em Pattie um segundo se quer. Se ele aparecesse agora na minha frente eu o partiria ao meio, tinha certeza disso.

Uma coisa que ainda não havia passado por minha mente, era que se ele estivesse mantendo contato com Patricia, nós teríamos que fingir ser a família feliz? Nós nos veríamos?

Eu não permitiria isso!

Prendi meus cabelos antes de sair do quarto, e encontrei Christian me esperando na sala de estar. Ele sorriu para mim, e eu peguei em sua mão para que descêssemos.

Assim que sentei em seu conversível, e ele acelerou, eu tive certeza de que estava livre novamente.

Enquanto o carro de Christian corria pela rodovia, aproximando-se da cidade, minha mente vagava próximo ali. Num bairro de classe média, aonde uma linda casa de esquina amarela, com um lindo jardim, e uma doce dona me aguardava. Minha mãe estaria ali. Minha melhor amiga. Meus avós. Todos estariam ali, para mim. Eu teria minha vida de volta. Tudo seria como sempre foi.

De alguma forma, isso me incomodava e reconfortava ao mesmo tempo.

Quando Christian entrou na rua em que eu morava, diversas lembranças me tomaram e eu senti uma coisa crescer tanto dentro de mim, que precisei por para fora. As lágrimas rolavam por minhas bochechas enquanto as casas em padrão apareciam e preenchiam minha mente com memórias. Era como se eu tivesse ido embora há anos. Mas eram apenas meses. Meses que mudaram a minha vida. Meses que provavelmente deixaram-me mais forte. Que abriram a minha visão e minha mente. E que me magoaram profundamente.

Nada mudara, realmente, mas para mim algo havia sim mudado. Eu não sabia o quê. Quando apontei, em meio a soluços, a casa que passei minha infância, Christian freou e me olhou com cautela.

- Tudo dará certo. - murmurou, afagando minhas costas. - Você terá sua vida novamente, pequena.

- E se nada for como antes, Christian? E se eu não conseguir? E se...

- Você nunca saberá se não tentar. - interrompeu-me. - Vá lá, e se não der certo, você pode voltar correndo que nós fugimos, Okay? Eu e você contra o mundo.

- Entra comigo. - pedi e ele negou, rindo suavemente.

- Você não pode ter medo de encarar a sua própria família, Allyson. E eu não posso entrar com você. Você sabe tudo o que dirá a eles.

- Eu não vou conseguir. - murmurei.

- Claro que vai! Você é forte e determinada. Você domou Justin Bieber! Não tem nada mais que não faça. - ri fraquinho. - Entre e encare sua realidade. Tudo vai se encaixar. Qualquer coisa, meu número estar no seu bolso. - piscou.

- Não preciso de papelzinho, tenho o número do meu super herói na memória. Para sempre te encher o saco. - rimos levemente.

Enrolei mais um pouco ali, e Christian não se incomodou. Ele me dava o tempo que era necessário. Quando respirei profundamente o ar para dentro de meus pulmões, e abri a porta, sabia que aquela era a hora. O abracei forte e desci do carro, olhando ao redor. Eu crescera ali, ali era meu lar. Eu adiara demais a minha volta para casa.

Após um “boa sorte, menina” de Chris, meus pés caminhavam sozinhos para o hall de entrada de casa. O tapete dizia “Bem-vindo ao Lar” e eu tinha medo de que não levassem em conta esse dito e me expulsassem. Não sei por que aquelas coisas passavam por minha mente, mas eu temia aquilo. Fechei os olhos, respirei fundo e coloquei meu dedo na campainha. Apertei-a antes que desistisse, e virei de costas, esperando para que a porta fosse aberta. Milhões de sentimentos, passavam dentro de mim. Quando aquela porta foi aberta, minhas mãos tremiam e suavam.

Virei-me lentamente, e não segurei as lágrimas ao ver Pattie ali. Ela mantinha os olhos arregalados, sem acreditar no que via. Corri até ela e choquei meu corpo contra o seu, desmoronando ainda mais. Seus braços passaram ao meu redor fortemente, e seus soluços se misturavam aos meus.

Eu não podia dizer nada naquele momento. Eu apenas queria o conforto dos braços de minha mãe. Minha mãe. Oh, Deus!

- Allyson - ela sussurrou emocionada, apertando-me ainda mais. - Oh, minha menina! - soluçava junto a mim. - Eu sabia que você voltaria.

Ficamos minutos incontáveis ali, até ela me arrastar para dentro. Ao pisar naquela sala, meu coração disparou, e mais memórias me invadiram. Comecei a dar passos lentos pela casa, observando tudo. Nada mudara. Minha mãe não trocara nada de lugar. Aquela era a minha casa. Porém, eu sentia que aquele ali não era o meu lugar. Ao mesmo tempo em que era a coisa certa a ser feita, era a coisa errada. Eu não podia explicar.

- Allyson. - mamãe chamou cuidadosamente. - Aonde esteve? - murmurou, soltando mais um soluço.

Virei-me para ela, ainda em choque.

- Mamãe! - exclamei, correndo para os seus braços, novamente. - Eu senti tanto a sua falta. - eu finalmente achara a minha voz. - Eu senti medo, tantas vezes. Eu... Eu te queria comigo a cada segundo. Eu te amo tanto. Tanto. Tanto. Tanto. - beijei seu rosto, feliz por poder sentir o cheiro de seu perfume mais uma vez.

- Eu também, meu amor. Só Deus sabe o quanto rezei por você. Por favor, conte-me o que houve com você! - pediu e eu suspirei, sabendo que estava na hora de começar a contar a minha história.

- Primeiro eu quero pedir que não envolvemos polícia em tudo isso, tudo bem?

Comecei a lhe contar a história, torcendo para que não me escapasse nada, assim não ficaria perdida se ela me perguntasse algo ou se eu precisasse repetir a história. Meu coração apertava em saber que eu estava mentindo para ela. Era a minha mãe. Eu já a magoado tanto, e mentir novamente era horrível. Assim que acabei minha história de horror, ela chorava e soluçava, e olhando para ela desolada de frente a mim, enquanto eu mentia, fez com que eu chorasse junto. Eu sempre fui chorona, chorava ainda mais de um tempo pra cá.

- Oh, Deus! - ela me abraçou e eu deitei minha cabeça em seu ombro.

- Foi horrível, mamãe. - aquela frase não era apenas teatro.

Realmente fora horrível todo esse tempo longe.

Depois que sai da casa de Justin; depois que deixei aquele mundo, tudo fazia sentido para mim. Era como uma venda tivesse sido tirada de meus olhos. Eu estava tão cega com os encantos de Justin. Aceitei seus maus tratos, suas traições. Eu apenas não queria perdê-lo. Eu era uma marionete em suas mãos, disponível sempre que ele precisasse de sexo. Eu me deixei levar pela luxúria. Claro que eu nutria um sentimento forte por ele, a pessoa responsável pelos meus piores dias e momentos, mas eu estava ligada no modo babaca. Eu nunca reagi a nada. Eu o questionei uma vez ou outra, mas depois... Sexo! Eu tinha nojo de ter prestado aquele papel a ele. E agora tinha ainda mais nojo por saber toda a verdade. Ele sabia o tempo todo que tínhamos laços. Laços maiores que a atração, o desejo, a paixão. Um laço de sangue.

Porém, agora eu teria que ser eu. Ser mais forte e decidida. Eu nunca mais deixaria um homem passar por mim e me tratar como ele me tratou.

- Meu amor... - Pattie murmurou, acariciando meu rosto. - Eu sinto tanto!

- Eu também. - sussurrei, evitando olhar em seu rosto. - Agora, por favor, prometa-me que não chamará a polícia, ou nada disso.

- Filha, não podemos deixar esses homens a solta. Precisamos contar a polícia.

- Mamãe, por favor... Eu só quero esquecer. O que importa é que eu consegui ajuda. Eu fugi.

- Allyson!

- Por favor... - murmurei, apertando suas mãos nas minhas.

- Meu Deus, como eu posso lhe prometer isso? Como mãe, meu dever é denunciar esses sem vergonhas.

- Mamãe, eu lhe imploro. Deixe isso pra lá. - respirei fundo.

Ninguém podia chegar aos meninos, e se eles fossem atrás de verificar essa história eles saberiam que era mentira. Não existe nenhum posto a não sei quantas horas daqui; não existe bar de má índole ao lado dele.

- Me deixe pensar. - pediu. - Agora, eu só quero aproveitar que meu bebê está ao meu lado. - me puxou para um abraço novamente.

Ela passou horas ali, abraçando-me, dizendo o quanto sentiu minha falta, paparicando-me. Eu me sentia como uma criança após se perder de sua mãe, feliz por tê-la achado. Era a melhor sensação do mundo.

- Jazmyn! Ela vai surtar. - Pattie falou, levantando-se.

- Eu quero tanto poder abraçá-la. - comentei.

- Venha, vou fazer algo para você comer.

Aceitei e a segui para a cozinha. Enquanto ela começava a preparar o lanche, tentei puxar assunto e descobrir algo sobre Justin. Descobrir como ele podia ser meu irmão. O por que ela nunca tinha falado nada.

- E como foi tudo aqui? O que aconteceu enquanto eu estava... Hã... Fora?

- Hm... Acho que nada de anormal. - murmurou, colocando um monte de coisas num pão de forma.

- Jura? Foram quatro meses, mamãe.

- Okay. - falou, fechando os sanduíches e os colocando em pratos. - Tenho uma coisa para lhe contar. É algo muito bom! - falou empolgada. Seus olhos estavam brilhando.

- Hm... Me conte então, Dona Patricia. - sorri e me sentei no banquinho da ilha da cozinha. Ela sentou a minha frente e ficou me olhando enquanto eu mordia o sanduíche de salame e queijo. - Mamãe...?

- Ah, sim! - riu. - Primeiro, preciso voltar à minha adolescência.

- Deus! Okay, vamos lá. - ri levemente, mordendo mais um pedaço e tomando um pouco do chá gelado.

Ela começou a me contar sobre uma festa. Uma festa em que ela conheceu - veja só! - Jeremy Bieber. Contou-me tudo. De quando ele lhe batia, até sobre sexo ela falou. Ainda bem que não contou os detalhes sórdidos. E em fim, chegou ao seu filho. Um bebê de pouquíssimo tempo, tirado de seus braços por um homem filho da puta.

- ... e esse menino... Ele bateu a minha porta há dois meses. - seus olhos encheram-se de água. Eu também estava quase chorando. Eu finalmente conhecia uma parte do passado de Justin, aquele cara traumatizado. E agora conhecia ainda mais minha mãe. Sabia que ela era uma guerreira. Passou por tanta coisa e ainda sim está aqui, sendo a melhor pessoa e mãe do mundo.

- Mamãe...

- Eu sei, meu anjo... Deve ser tanta coisa para assimilar assim, mas, por favor, eu preciso que você o aceite. O nome dele é Justin, e é um garoto ótimo. - arqueei uma sobrancelha. - Ele quer ser arquiteto. Está fazendo faculdade e tudo. - seus olhos estavam brilhando novamente.

Justin era um filho da pu... Mãe! Como ele podia mentir para Pattie assim? Deus, ela estava o idolatrando na minha frente e eu não podia lhe dizer a verdade.

- ... eu tinha medo, sabe? Medo dele ter se tornado um outro Jeremy da vida. Jeremy era uma pessoa tão ruim. Ele não tinha coração, não podia amar ninguém. Tinha um gênio horrível. Eu tinha medo de ele ter feito coisas ruins ao Justin.

- E não fez?

- Justin disse que ele cresceu na casa de outra família. Jeremy o deixou com uma família de amigos. Ele o visitava sempre, e quando morreu lhe deixou uma parte da herança.

- E Jazmyn...? - eu precisava ter a certeza, apesar de eu já saber a resposta.

- Aham. - assentiu. - Justin é irmão de Jazmyn e de Jaxon.

- E como ela ficou nesse tempo?

- Foi horrível. Para todos nós. Porém, acho que ela foi quem mais sofreu junto a mim.

- Eu sinto tanto por isso. - lamentei, tomando mais um pouco de chá.

- A culpa não foi sua, querida.

Ela nem imaginava.

- Você deve estar cansada, não?

- Na verdade, eu gostaria muito de ver a Jazmyn.

- Amor, deixe para amanhã. Estamos no meio da semana, ela já deve estar dormindo. - comentou, mordendo o seu sanduíche.

- Tem razão. - suspirei.

- Amanhã, depois das aulas, ela passará aqui. Passa todos os dias.

- Depois da aula? Mas ela não tem treino?

- Não mais. Jazmyn saiu da equipe.

- Saiu?! - falei alto.

- Eu não sei, ela não me contou. Ela vem aqui depois de levar Jaxon para o treino, nós almoçamos juntas e ela me fala sobre o dia e me faz companhia.

- Eu fico feliz que ela tenha ficado por perto e não te deixado sozinha, como eu deixei.

- Allyson...

- Eu quero dormir. - a interrompi.

Não queria mais escutar que a culpa não era minha porque era. Todos sabemos disso. Eu podia ter ido embora antes, eu podia! Eu fui egoísta, e não merecia que ela me consolasse.

- Ah, claro! - ela sorriu. - Seu quarto. Ele está do jeito que deixou, não mudei nada. - falou, levantando-se.

- Obrigada. - sorri, agradecendo após ver meu quarto. Nada havia mudado.

A parede principal era coberta de pôsteres, de cima a baixo, e no centro uma TV e um DVD. Minha cama estava perfeitamente arrumada, em cima dela as prateleiras de livros enfileirados por ordem alfabética - arrumado por Beth, maníaca por arrumação. Num canto do quarto, perto da porta havia as araras com minhas roupas, pois eu não tinha um guarda-roupa, e uma penteadeira. As maquiagens estavam do jeito que eu deixei na manhã em que... Parti.

Havia uma única coisa de diferente em todo o quarto. Na porta da suíte do quarto, estava um pequeno mural de fotos em formato de coração. Aproximei-me, respirando fundo, e observei cada uma delas. Comecei a chorar a ver meus amigos ali. Nós torcendo, eu e as meninas, eu e meu grupo dançando. Fotos que não eram tiradas por mim. Passei meus dedos por elas.

- Jazmyn que fez. - mamãe contou.

- Eu havia falado para ela que queria fazer um. - respondi, passando a mão pelo rosto, secando as lágrimas.

- Amanhã você poderá agradecer a ela. - sorriu, vindo até mim e beijando meu rosto. - Tome um banho e daqui a pouco venho te por para dormir.

Não discuti, apenas assenti e a vi sair. Permaneci mais alguns minutos observando as fotos e então entrei em meu banheiro.

 

Meus pijamas estavam apertados! Meus pijamas mal entravam em mim. Eu havia engordado muito nesses meses. Deus!

Abri minha caixa de calcinhas e sutiãs, e acabei optando por uma camiseta enorme que eu tinha, que talvez fosse de um tio meu; era de uma universidade de Nova York.

- Ally - minha mãe entrou no quarto.

Ela também havia tomado um banho, e estava em seu pijama.

- Pronta para dormir, minha menina?

- Mãe, você não precisava...

- Precisava sim. Quero mimar muito a minha menina. - me abraçou.

Eu deitei na cama e ela me cobriu, beijando minha testa.

- Mamãe...? - chamei.

- Oi?

- Você pode dormir comigo? - perguntei, e ela sorriu abertamente.

Pattie deitou-se comigo, e me abraçou. Apoiei a cabeça em seu peito e respirei fundo enquanto ela acariciava meus cabelos.

- Eu te amo. - a apertei mais.

- Eu também, meu anjo.  


Notas Finais


Estou sem computador. Vejam como a autora que vos fala é uma puta azarada, hein? Eu estava toda feliz, pensando que nessas férias eu ia poder postar pra caralho, ai em menos de vinte dias de férias, a merda para de pegar! Agora, minha mãe disse que não vai arrumá-lo por um bom tempo, então, estou aproveitando o tempinho que tenho aqui na casa da minha amiga para postar. O capitulo tá ruinzinho, mas em fim......

Sobre Forbidden Love: O próximo capitulo eu tinha apenas no computado e não no celular, então desculpem, mas não terá capítulos lá por um bom tempo.... A boa noticia é que não perdi nada que tinha, pois foi uma placa que queimou...

De qualquer jeito, desculpem-me, e espero que eu possa postar logo o próximo para vocês. Obrigada por cada comentário, cada favorito e a cada pessoa que foi me ameaçar por capítulos novos, eu realmente amo vocês!


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