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História Common Opposites - Atração


Escrita por: gyuzizi8

Notas do Autor


ヽ(๏∀๏ )ノ oi lobinhos carinhosos~
olha eu aqui na maior cara de pau para atualizar hehe
eu sei que não venho aqui faz dois meses.. na verdade, eu entrei em um pequeno hiatus.. até avisei na minha timeline...
O negócio é que eu to fazendo 3 semestre em 1 e ta um inferno conciliar faculdade com outras coisas; e como eu sou a pessoa mais desorganizada do mundo, deu nisso.
Eu não queria abandonar Commom e às vezes me dava essa luz de inspiração pra escrever, ai eu aproveitava e finalmente saiu esse capítulo. Tirando isso, eu estava bem sem tempo e desanimada com o rumo do Infinite, então eu fiz essa pequena pausa.
Mas eu já estou de volta e pretendo continuar com Commom ᕙ(⇀‸↼‶)ᕗ
Como semana que vem vai ser recesso, eu vou postar os capítulos triplos que eu prometi, esse daqui é só uma palinha mesmo.
Ai, já falei demais. Tchau e boa leitura. ( ಠ◡ಠ )
(Ignora meus errinhos se achar rs)

Capítulo 20 - Atração


Fanfic / Fanfiction Common Opposites - Atração

Estavam todos reunidos. Já era hora de Sunggyu anunciar aquela coisa importante.

– Meninos atenção! – Todos conversavam entre si após o jantar. Após o líder chamar atenção, os garotos calaram-se.

– Então... parece que teremos uma nova adição à nossa alcateia.

Todos os garotos abriram a boca, surpresos. Woohyun ficou nervoso de repente.

Sunggyu olhou para o alfa e sentiu sua apreensão. Eles meio que se comunicaram com os olhos, Sunggyu sinalizando para ele se manifestar, mas Woohyun negava.

Por fim, o líder limpou a garganta.

– Acontece que Woohyun decidiu fazer parte da nossa família. Eu gostaria que vocês o acolhessem.

– Sério?

– Uau.

Todos começaram a conversar ao mesmo tempo, felizes com a notícia. Os garotos ficaram em volta do alfa e encheram ele de perguntas e parabenizações.  

Woohyun sentiu realmente feliz naquele momento e sorrindo, seu olhar se virou para Sunggyu que retribuiu o sorriso.

Era como se o tempo estivesse desacelerado com os dois se encarando em felicidade. Como somente eles estivessem eles ali, pertencentes àquele efêmero instante, os corações batendo juntos e os pensamentos correndo a cem por hora. Porém, aquilo logo passou quando Woohyun quebrou o contato com os meninos chamando a atenção dele.

A noite passou normalmente e era hora de todos dormirem. Apesar de agora fazer parte da alcateia, Woohyun ainda tinha que dormir no sofá porque não tinha camas disponíveis. Enquanto todos os meninos se retiravam com “boa noite” e afins, Sunggyu esperou no canto da sala para conversar com o alfa.

Woohyun, que já estava arrumando o sofá para dormir, percebeu que o líder o esperava.

– Uh.. hyung? Algum problema?

Sunggyu se aproximou com os braços cruzados, meio hesitante.

– Não. Na verdade, queria te dar as boas vindas.

– Obrigado hyung. Estou feliz de entrar pro bando também.  – Ele agradeceu sinceramente. Quando seus olhos se encontraram, Sunggyu desviou, porque estava com vergonha de repente.

– Sim. Uh.. amanhã é aniversário do Dongwoo. Nós vamos preparar uma pequena festa surpresa para ele. Se quiser nos ajudar…

– Sério? – Woohyun perguntou animado e abriu o sorrisão. – É claro. Será um prazer.

– Tudo bem. – Ergueu a cabeça com um pequeno sorriso no rosto. – Boa noite então Woohyun.

– Boa noite Sunggyu hyung.

E cada um foi dormir mais felizes do que antes.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

Dongwoo tinha ficado muito feliz com a surpresa.

Hoya tinha dado um jeito deles ficarem a tarde inteira fora e só voltaram com a noite chegando. Nisso todos já tinham preparado as comidas e afins onde colocaram numa pequena mesa do lado de fora. Ali, eles desfrutaram da luz das estrelas e do cheiro da natureza.

Quando Hoya levou o ômega de olhos tapados e quando todos começaram a parabenizá-lo, Dongwoo sorriu de orelha e orelha e riu como louco, abraçando e agradecendo. Todos viram que ele se emocionou com o carinho.

Na mesa, tinha um verdadeiro banquete com frutas, pães, carnes e outras comidas que conseguiram fazer. Logo os sete rapazes decidiram aproveitar suas refeições. Estavam todos sentados no chão gramado, enquanto alguns conversaram entre si, outros aproveitavam para comer em volta da mesa redonda.

Sunggyu observava-os. Obviamente, faltava uma fogueira, mas ele não podia se arriscar da fumaça mostrar a localização deles. Ficou agradecido dos meninos não reclamarem sobre isso.

Aproximou-se de Dongwoo e sentou ao lado dele, quem comia atento a seu pedaço de carne.

– Gostou da sua surpresa?

Dongwoo retribuiu a atenção com os olhos brilhantes.

– Claro hyung!! Foi incrível. – Ele soltou sua risada gostosa e o líder se sentiu satisfeito. – Obrigado hyung por fazer isso. Você sabe que realmente não precisava ainda mais de como está nossa situação atualmente.

– Não precisa falar isso. Eu só queria fazer o que fazemos todo ano. Não poderia esquecer do seu aniversário.

– Sim. Obrigado hyung. – Dongwoo abraçou forte o outro ômega que reclamou um pouco, mas retribuiu. O mais novo chorava um pouco e Sunggyu pensou que talvez Dongwoo estava aguentando mais do que devia.

Ele merece uma vida tranquila. Não tendo sempre que se preocupar com seu futuro...

– Você está bem? – Disse com uma voz preocupada.

Dongwoo se afastou assentindo e enxugando os olhos.

– Sim. Só estou um pouco emocionado. Você sabe como eu sou.

Em seus 10 anos conhecendo Dongwoo, Sunggyu soube que o ômega era emotivo, mas raramente chorava em público. Por isso estranhou.

– Tem certeza? – Perguntou só para confirmar e Dongwoo riu novamente.

– Sim hyung!

– Com licença mas você pode não fazer meu companheiro chorar hyung? Não é bom para as crianças. – Hoya se intrometeu rindo e Dongwoo bateu no ombro do outro, com vergonha.

Aquilo pegou Sunggyu de surpresa.

– Crianças? – Disse mais alto que pretendia.

Viu Dongwoo arregalar os olhos por um instante, mas logo se recompôs.

– Não hyung!! Howonie só está brincando. Ele tem esse sonho, mas não é de verdade. – Se virou para Hoya e os dois trocaram olhares cúmplices de mútuo silêncio. Estavam escondendo algo. E Sunggyu sentia que era importante.

Porém decidiu ignorar por enquanto. Aquele pensamento o assustava de alguma forma.

– É mesmo? – Riu, um pouco nervoso. – Howon, não seja apressado hm? Vocês têm a vida inteira.

Hoya, como bom ator, sorriu e contou outra piada para disfarçar a situação.

– Pessoal! – De repente, Myungsoo chamou alto e todos viraram a atenção pra ele.

Um pouco hesitante, o alfa menor se levantou.

– Eu tenho algo a falar.

– Oh... essa é a semana dos anúncios importantes? – Sungjong brincou e todos riram um pouco.

– Pois é Jongie. – Myungsoo sorriu um pouco, mas logo seu rosto ficou sério. Seu irmão observava curioso.

O que ele quer falar?

– Na verdade… – Limpou a garganta, nervoso com toda a atenção e olhou pro lado quando Sungyeol segurou sua mão, tentando passar segurança.

– Na verdade, eu e Sungyeol estamos juntos e pretendemos ser companheiros.

Cada um teve uma reação, uns mais surpresos que outros.

– É isso? Qual é a surpresa hyung? Todo mundo já sabia isso. – Sungjong respondeu atrevidamente e Sungyeol brigou com ele, assim os dois começaram a bater boca e zuar um ao outro.

– Parabéns crianças. – Woohyun disse, sorrindo e Dongwoo se levantou para abraçar Myungsoo e apertar as bochechas dele e de Sungyeol, gritando que estava feliz pela notícia. Isso até o menor reclamar e Hoya tirar o ômega dali porque estava ‘machucando’ o pobre coitado de tanto abraçá-lo.

Sunggyu foi o único que não disse nada.

– Isso… vocês não acham que está muito cedo?

Todos pararam o que faziam e focaram sua atenção para o líder. Ele não tinha uma expressão de feliz.

– Você é contra hyung? – O rosto de Myungsoo se endureceu.

– Não me importo de estarem juntos. Mas acho que ainda é cedo para formarem um laço. Você sabe que o laço é um processo importante e isso precisa ser decidido quando vocês forem maduros o suficiente para saberem o que for melhor de verdade.

– Hyung, nós já somos adultos. Nós sabemos o que queremos e o que seria melhor. – Myungsoo se defendeu.

– Ele está certo hyung. Eu entendo que você quer o melhor para nós, mas eu e Myungsoo já sabemos disso. Já somos crescidos o suficiente para decidir. – Sungyeol debateu igualmente defensivo.

– Eu sei que você é Sungyeol, mas o Myungsoo…

– Quando você vai me parar de tratar como criança??! – Myungsoo gritou e todos se assustaram.

– Yah, Kim Myungsoo! – Sunggyu se levantou bravo e Woohyun resolveu interceder.

– Tudo bem pessoal, já chega. Estamos comemorando o aniversário do Dongwoo aqui, não vamos estragar. – Ele avisou – Sunggyu-hyung, Myungsoo, acalmem-se. Depois vocês podem conversar isso melhor e chegar a um consenso. – O alfa argumentou sabiamente e os dois irmãos Kim decidiram aceitar.

Sunggyu e Myungsoo voltaram a se sentar, o último segurando forte a mão de seu beta.

Woohyun que estava sentado ao lado de Sunggyu perguntou para o ômega se ele estava bem e ele assentiu.

O clima tinha ficado estranho então Woohyun decidiu contar uma história de fogueira daquelas do sul e todos se interessaram. As horas passaram, os lobos ainda comiam e conversavam. Sunggyu apesar de preocupado com uma série de coisas, se interessou pela história que o alfa contava e ouviu maior parte dela. Mas logo foi ficando com sono e seus olhos se fechavam inconscientemente. Estava exausto.

Não tinha percebido, mas logo adormeceu.

Já Woohyun estava agitado e divertindo-se. Ele adorava festas assim e principalmente ser o centro de atenção delas. As horas passaram e ele conversava com Sungjong sobre as árvores do sudoeste do país quando sentiu um peso no seu ombro e olhou para o lado.

Seu coração quase parou quando se deparou com o rosto angelical de Sunggyu deitado em seu ombro. Automaticamente sorriu e o acomodou para que ficasse melhor ali. Tinha até se esquecido da sua conversa com Sungjong e preferiu ficar observando as bochechas brancas levemente rosadas, os cílios longos, a respiração calma e curta, os lábios tão rosados e parecendo tão-

– Talvez seja melhor levar ele para dormir? Ele vai reclamar de dor nas costas amanhã. Você não vai gostar.

Virou-se e percebeu que Sungjong estava com uma cara de “pessoa que sabe o que se passa” e Woohyun assentiu. Cuidadosamente tirou a cabeça dele de seu ombro e levantou o corpo do ômega em seus braços, quase se desequilibrando não fosse seu reflexo. Então avisou que já iria levá-lo para dentro e se despediu dos outros.

Entrou na casa e depois foi ao quarto que o líder dividia com Sungjong. Raramente entrava ali, mas o cheiro doce de Sunggyu era dominante no ar.

Suavemente, colocou o ômega na cama e o cobriu com um lençol. Algo sobre aquele momento era familiar. Lembrou-se daquele dia na cabana que Sunggyu estava no cio.

Será que aquilo que foi o gatilho?

Não. Woohyun sabia que não. Ainda tinha vestígios daquela memória remota de quando se tocaram pela primeira vez e aconteceu o arrepio fatídico, no jardim do seu antigo castelo. Era estranho.

Como se reconhecerem como potenciais parceiros quando estavam discutindo naquele momento? Não teve muito contato com o ômega depois disso, apenas visões dele de longe quando ia visitar o norte com seu pai e irmão.

Por fim, balançou a cabeça e decidiu não pensar muito sobre isso. Observou o rosto pacífico do líder dormindo e nessas horas ele parecia inofensivo, livre de preocupações. Sabia que poderia estar sendo um pouco estranho ao vê-lo dormir, mas naquele momento não se importou. Era um momento precioso que ele aproveitaria.

Não sabia como de repente seu coração se sentia estranho e batia nervoso quando estava na presença do outro. Só queria tocá-lo… e ver seu belo sorriso.

Nam Woohyun… você deve estar ficando louco.

Suspirou e por fim se levantou, querendo sair dali antes que se apaixonasse mais ou que Sungjong o flagrasse encarando o seu hyung.

Estava saindo dali quando finalmente percebeu que sua mão estava presa entre as mãos de Sunggyu que as segurava contra o rosto, como se fosse um travesseiro.

– Oh... – Se remexeu desconfortavelmente no lugar e puxou sua mão lentamente tentando não acordar o mais velho. Mas em vão porque isso só fez Sunggyu soltar um resmungo em seu sonho e puxar a mão mais para si mesmo. O ômega tinha mais força que demonstrava e Woohyun quase não caiu em cima do outro por se segurar na cabeceira da cama. Riu por dentro com o bico que Sunggyu tinha feito e com um suspiro, decidiu se sentar no espaço vago ao lado dele.

Woohyun se acomodou um pouco, encostou as costas na cabeceira da cama e ficou olhando para o corpo que se encolhia mais perto dele. Sunggyu não devia estar consciente do que fazia e apenas procurava alguma fonte de conforto ou calor - principalmente pelo cheiro de Woohyun, seu provável alfa, estar perto - mas ainda era algo incrivelmente adorável aos olhos de Woohyun.

Deixou que ele ficasse assim, pois aquilo não o incomodava nem um pouco. Sua mão já começava a formigar por não se mexer, mas o desconforto era válido.

Essa seria provavelmente a única vez que ele ficaria tão perto de Sunggyu novamente. Algo sobre aquela percepção lhe deixou com o coração doendo de repente. Então as palavras que disse a Myungsoo sobre Sungyeol lhe vieram à cabeça. E se talvez Sunggyu também encontrasse outro interesse romântico no futuro?

Aquilo lhe encheu de raiva e Woohyun cerrou os punhos. A ideia de Sunggyu pertencendo a outro alfa lhe dava enjoo. Até a lembrança de que um dia ele poderia ter sido de seu irmão lhe deixava desconcertado. Não conseguiu, não… não queria ver o ômega com outra pessoa de modo algum.

“Uh… talvez… seria melhor descobrir sobre isso melhor? Lentamente…” Aquelas palavras de Sunggyu lhe vieram à cabeça e seu peito se encheu de esperança.

O que ele quis dizer com aquilo?

Será que aquilo quis dizer que ele teria uma chance? Uma chance de conquistar Sunggyu. Uma chance deles ficarem juntos.

Olhou para baixo, para aquela face serena. Não conseguiu se conter e acariciou suavemente a bochecha dele.

– O que eu vou fazer com você? – Disse baixinho, só para si. Woohyun estava começando a admitir que gostava de Sunggyu. Já sabia disso por dentro, mas agora parecia que era mais profundo que pensava.

O que fazia com que ele gostasse tanto de Sunggyu? Provavelmente era sua admiração com a figura de líder dele, com seu coração bondoso que perdoou Woohyun apesar de tudo, seu sorriso discreto quando observa seus maknaes brincando, seu lado inteligente, seu jeito resmungão ou talvez pelo seu olhar tímido quando seus olhos se encontravam. Porque sim, Woohyun costumava notar essas coisas de tanto fitar o mais velho, talvez perdido demais em sua paixão que ele mesmo não notava.

Quando estavam lutando ou às vezes a beira do rio depois de uma caça, aqueles eram momentos preciosos que seus olhos só viam o ômega e não perdiam um instante de cada movimento dele.

Ah... eles estava perdido. Mantendo uma paixão secreta - nem tanto assim - pelo ômega, quando o mesmo só sabia afastá-lo quando tocavam sobre esse assunto.

Olhava pra baixo, ainda observando enquanto esses pensamentos rondavam sua mente. Num impulso forte que lhe veio de repente, abaixou-se silenciosamente e deixou um suave selar na testa de Sunggyu.

Um ato tão simples, mas que fez seu coração bater mais forte. Talvez fosse o medo de acordá-lo, a adrenalina em seus sistemas de fazer algo proibido ou sua grande atração que estava o confundindo-o.

Sem percebeu, dormiu, mas com um sorriso no rosto.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~

Sunggyu acordou no dia seguinte normalmente, levantando-se da cama e indo fazer suas necessidades matinais. De repente, parou.

Tinha uma sensação estranha, como algo estivesse faltando, ou melhor, alguém. Que enquanto dormia, sentiu-se aquecido, mas agora só tinha o vento frio o incomodando.

Balançou a cabeça, espantando tais pensamentos e voltou a fazer sua rotina matinal.

Chegou na cozinha e se deparou com Dongwoo cozinhando e Sungjong o ajudando a preparar o café da manhã. Os cumprimentou e sentou-se à mesa, beliscando um pão.

– Então hyung… como foi a noite? – Sungjong riu sapecamente e Dongwoo lhe deu uma cotovelada.

– Fica quieto. – Sussurrou e o menor deu de ombros.

– Huh? O que quer dizer? – Perguntou o líder, totalmente alheio.

Dongwoo e Sungjong se entreolharam.

– Não é nada hyung. É que Sungjong apenas está falando sobre ontem depois da festa quando Woohyun-goon levou você para seu quarto.

– Uh? Ele levou? – Sunggyu perguntou confuso.

– Sim e eu cheguei no quarto e encontrei vocês dormindo abraçadinhos. – Sungjong provocou e Sunggyu se engasgou com a água que tomava, tossindo feito louco. Dongwoo rapidamente foi até ele e deu tapinhas em suas costas.

– Sungjong! – Repreendeu. O mais velho parecia que ia sufocar, estando vermelho de tanto corado.

– Ehh… o quê? Eu não disse nada demais. Foi apenas o que eu vi.

– O que você disse? Por que ele estaria deitado na minha cama?!!! – Sunggyu perguntou exaltado.

– Bem… não sei. Ele deve ter dormido depois que foi te levar. Quando é assim você deve ter grudado nele enquanto dorme, como sempre faz comigo às vezes. – Sungjong deu os ombros e cruzou os braços.

Sunggyu suspirou e cobriu o rosto com as mãos.

Qual é o meu problema?

Seu rosto ainda estava levemente rosado, resultado da sua vergonha só de pensar a cena e de ser pego abraçando o alfa pelo seu companheiro de matilha.

– Hyung, vocês estão namorando? – Sungjong perguntou e Sunggyu arregalou os olhos de surpresa.

– É claro que não! – Até Dongwoo se surpreendeu com o súbito grito. – Nós… nós somos apenas amigos e agora companheiros de alcateia. Não tem mais nada, além disso, entre a gente. – Defendeu ferozmente.

– Tá bom. – Sungjong respondeu e ergueu os braços em rendição. – Já entendi. Não está mais aqui quem falou.

As coisas ficaram por assim mesmo depois disso, mas Dongwoo sabia melhor. Ele olhou para Sunggyu com aquele olhar de que sabia que não era só isso, porém o mais velho fingiu não notar e voltou a comer seu café da manhã.

ʕᵔᴥᵔʔ ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ~ ʕᵔᴥᵔʔ

Para dizer que Sunggyu ficou pensando sobre isso era um eufemismo. A tarde inteira ficou se perguntando porque eles dormiram na mesma cama e como ele iria encarar Woohyun depois disso.

Não viu o alfa de manhã pelo mesmo ter saído para caçar e ele e Myungsoo almoçaram mais cedo para treinarem.

Sunggyu não teve coragem de chegar no alfa e perguntar então apenas ficou encarando ele e Myungsoo lutarem da varanda, junto com Sungjong e Hoya. De vez em quando, Woohyun lançava um olhar para ele, mas os seus olhos logo se desencontravam.

No final da tarde, depois que os treinos acabaram, os meninos entraram para tomar banho e comer. Sunggyu ia fazer o mesmo, quando percebeu que Woohyun não tinha entrado. Ainda em sua forma de lobo, o alfa foi em direção à floresta.

– ONDE VOCÊ VAI? – Sunggyu gritou antes dele ir e Woohyun se virou.

– Apenas dar uma volta na cachoeira. – Ele disse através do link de lobo. Sunggyu mordeu os lábios, mas logo se decidiu.

– Espere aí. Eu também vou.

E ele se transformou, seguindo Woohyun.

Os dois lobos, o alfa marrom e o ômega branco, correram pela floresta adentro. A noite já estava chegando e o vento batia no pelo deles, mas sem os incomodar. Woohyun corria rapidamente, mas Sunggyu não ficava para trás.

Quando pararam na cachoeira, os lobos beberam um pouco da água do rio.

Woohyun sentou-se à margem da cachoeira e Sunggyu sentou ao seu lado. Querendo chamar a atenção do outro que olhava para a lua no momento, Sunggyu o cutucou com o focinho.

– Por que você quis vir aqui? – Perguntou, quando o alfa tinha se virado.

– Eu gosto de sair pela floresta quando estou cansado. Parece que revigora minhas forças. A natureza, as árvores, o mato, a água… parecem me ajudar a ficar melhor.

– Ainda assim… é perigoso sair sozinho assim. – Sunggyu debateu, preocupado.

– Você sabe que eu costumo sair a noite né? Era porque antigamente eu costumava caçar nesse período, mas agora como eu caço de manhã, eu raramente saio nessa hora. Além disso, eu sei me cuidar, não se preocupa hyung.

– Não. Não é assim. Você agora é parte da alcateia. É claro que vou me preocupar. A partir de hoje não saia mais sozinho. Quando quiser vir, apenas me chame.  

Sunggyu não deve ter visto, mas Woohyun ficou um pouco sem graça.

– Obrigado. Eu gosto.

– Uh?

– Eu gosto desse companheirismo. Não é como se na alcateia do sul não tínhamos isso, mas é que aqui… parece mais íntimo. – Como o líder não disse nada, Woohyun continuou. – Você deve saber já que foi um príncipe um dia. Você é respeitado, mas ainda é algo distante. O único no qual eu permitia ser próximo era o Howon.

– É. – Sunggyu respondeu. – Sim, eu sei, mas depois que eu me descobri ômega, as coisas mudaram pra mim. Os alfas do norte não eram tão legais. Eles apenas me tratavam cordialmente por ser o príncipe, mas eram mais frios que amigáveis.

Woohyun abaixou a cabeça, culpado.
             – Desculpa. É claro que as coisas não seriam as mesmas... eu.. nem sequer posso me comparar em como você deve ter se sentido.

– Sim. Depois que descobri meu status, as coisas mudaram drasticamente. As pessoas se afastaram e ficaram mais frias,  ainda mais meus pais. – Ele tinha um olhar distante e Woohyun abaixou a cabeça, querendo consolá-lo, mas não podendo fazer nada. – Mas… felizmente eu me aproximei de Dongwoo que era meu colega de turma e Myungsoo me apresentou o resto dos meninos, e depois eles se tornaram meus grandes amigos. Foi por muito pouco que eu não os perdi também-

– Hyung, se não quiser falar nisso, tudo bem. – Woohyun o cutucou com focinho, chamando-lhe atenção, já que Sunggyu estava ficando pensativo demais.

– Não. É que… de repente, as memórias vieram. – Ele riu pra disfarçar. – Nós.. estávamos caçando, na verdade, ensinando o Sungjong a caçar, apenas por brincadeira. E então quando ouvimos gritos e barulho… eu não pensei em nada mais, simplesmente pedi para eles recuarem.

– Hyung… – Woohyun o olhava com pena.

– A rixa com os humanos estava acontecendo com bastante intensidade. Quase como estamos agora… e naquele exato momento, eu lembrei das palavras do meu pai: “Se um dia acontecer algo de ruim, busque sobreviver em primeiro lugar.”

– Ele disse isso? – Woohyun rosnou, revoltado com as palavras.

– Uhum… – Sunggyu olhou quase humorado para o lado, como se a revolta de Woohyun fosse banal. – Mas é claro, quando ele me disse isso, ainda tinha a plena convicção de que eu me tornaria um alfa. Para ele, contanto que meu sangue e meu status estivessem intactos, o Norte sobreviveria.

Woohyun sabia que os nortenhos eram frios, mas não imaginavam o quanto. Seu pai era rígido e impiedoso quando tinha que ser, mas ainda era um bom pai. Boohyun deve ter sofrido a mesma pressão que Sunggyu sofreu, isso não tinha dúvidas. A diferença era que Boohyun de fato se tornou um alfa.

Por isso ele não tinha interesse na liderança. Uma pessoa quando experimentava o poder, perdia sua compaixão e Woohyun não desejava isso. Sabia que era necessário o líder ser o mais forte e confiável para a alcateia, mas chegava a ser cruel o modo como jogavam esse fardo em cima de seus filhos também.

– Posso imaginar o que você deve estar pensando. Você odeia meu pai por dizer isso, certo? – Sunggyu se virou, com um pequeno sorriso nos lábios.

– Bem… eu não posso falar nada. O meu não era nenhuma flor que se cheire também.

– Sim. Mas foi ele que me fez estar vivo hoje. Ele me moldou para ser alguém forte. Nossas orientações nortenhas sempre são vistas como frias e cruéis, mas elas são necessárias. É assim que eu tive força de liderar os meninos até hoje e felizmente estamos seguros ainda.

Woohyun reconhecia. Era mais uma coisa sobre Sunggyu que veria com outros olhos. Talvez sua pré-concepção sobre o mais velho foi profunda demais e agora finalmente podia enxergar Sunggyu como ele era, apesar da onde ele veio ou seu status. Nas vezes que o encontrava nas raras festas políticas que envolviam os reinos do norte e sul, ele raramente notava Sunggyu a não ser na festa que seu irmão e ele ficaram noivos. E também quando eles se reencontraram naquele dia fatídico depois que ele fugiu do sul. Mal imaginava o que o ômega escondia tal história e como estariam tão conectados futuramente.

Sunggyu encarava sua frente, com seu pensamento em outro lugar e não percebeu que Woohyun agora o fitava fixamente.

– Eu realmente te admiro hyung. – Ele disse e Sunggyu se virou, um pouco envergonhado com o comentário repentino do outro.

Instantaneamente, quando seus olhos focaram-se um no outro, era como se estivessem sob um feitiço e que nada mais no mundo existia a não ser eles dois.

O coração de Sunggyu acelerou. Os olhos amarelos do lobo marrom penetravam sua alma, desnudavam seu ser. Já fazia um tempo que Sunggyu estava assim, como se o destino conspirasse para que ele se atraísse a Woohyun cada vez mais. Seu ômega interno gritava para se submeter. Esse dilema lhe atormentava até naquele momento em que sustentavam seus olhares.

Amedrontava tanto que nem percebeu Woohyun chegando perto, tão perto que suas respirações se misturavam no ar. O alfa se transformou de volta em humano e segurou o rosto de Sunggyu, que também ficou em sua forma humana sem perceber. Segurou tão suavemente, como se sua face fosse quebrar ou como se ele fosse desaparecer a qualquer momento. Woohyun estava nervoso, não negava.

Seus dedos acariciaram a pele suave da bochecha de Sunggyu e este fechou os olhos. Interpretando como um sinal verde, Woohyun se aproximou e juntou seus lábios. Conseguia escutar seus corações batendo acelerados no mesmo ritmo.

O pequeno selar fez Sunggyu se arrepiar inteiro. Aquilo parecia tão certo de repente.

Sendo um pouco mais corajoso, Woohyun aprofundou o beijo, pedindo entrada com a língua e Sunggyu concedeu sem hesitar. Suas mãos foram para nuca do alfa e Sunggyu soltou um suspiro alto quando Woohyun segurou sua cintura. Eles se deitaram lentamente, sem quebrar o beijo

Sunggyu estava sentindo seu corpo queimar todo, o calor do corpo em cima do seu fazendo com que ele ficasse tonto, o vento batendo contra suas peles nuas, o fazendo arrepiar. Quando se separaram, seus olhos estavam fixados nos do alfa e o tempo tinha parado.

Respiravam o mesmo ar e Sunggyu estava sentindo o desconforto de excitação na barriga, mas também uma faísca de ansiedade pelo o que estaria por vir.

Suas bocas não demoraram a se juntar novamente, dessa vez o próprio líder juntou seus lábios, segurando a nunca dele e puxando seus cabelos como se quisesse devorá-lo inteiro, como se quisesse fundir seus corpos em um e estavam tão próximos que sentia o bater do coração do alfa junto ao seu. Suas bocas exploravam sedentas uma a outra, suas salivas se misturando, as línguas se enrolando, os lábios mordendo provocadoramente, um misto de sensações, mãos acariciando a cintura e as costas alheia. Nenhum dos dois queriam parar, nenhum queria ceder.

A luz da lua os iluminava, abençoando a paixão que investiam um no outro.

Novamente, por causa do ar, eles se separaram por segundos, que serviram para que seus olhos se encontrassem.

Entorpecido na grandeza da reciprocidade, Woohyun queria mais. O olhar e a expressão no rosto de Sunggyu pareciam compartilhar de tal desejo.


Notas Finais


Esse capítulo é bem importante pro rumo da história ;3
Além de falar um pouco do passado do Sunggyu, esclareceu certos mal-entendidos do tema central da fanfic e ainda deu uma dica topzera pros capítulos futuros~~ kk agora pra identificar é com vocês ;)
Ahh.. importante também: MUITO OBRIGADA POR ACOMPANHAREM E PELA PACIÊNCIA. VOCÊS SÃO OS TOPS DOS TOPS DOS LEITORES!! Não desistam de mim ok? T.T

Bjs meus lobinhos e fiquem ligados na próxima semana!! ∩(︶▽︶)∩ (Eu não prometo, mas é quase certeza kkk)


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