História Como Acabar Com Um Amor - Epílogo

3 Anos Atrás...

- Eu não aceito isso. -falei por fim sentando no sofá.

- Nós só vamos nos mudar de casa. Não vamos sair fugindo do país. -completa mamãe.

- Mas essa casa é melhor de todas. Eu não quero sair daqui. -já estava saindo algumas lágrimas.

- Okay. Você não vai por bem. Vai por mal e ainda vai mudar de escola. -papai fiz irritado.

- Oi? Repete por favor.

- Isso mesmo. -ele fala na maior calma.

- Tudo bem e já estou me formando aqui mesmo. -falei e andei pelo corredor até meu quarto.

Aquilo era tudo que eu não queria. Sabe uma mudança. Ja estava me acostumando com meus amigos. Tá, isso é muito drama. Mas cara, é muito difícil eu me acostumar com alguma coisa.

                       * * *

Já com malas prontas e mudança no caminhão saí de minha casa e fui no carro com mamãe e meu irmão que também não tinha gostado muito da ideia.

Ao chegar na casa percebi que eram muito melhor que a antiga. Mas ainda assim preferia ela. Sei lá, talvez seja porque eu vivi lá minha vida inteira.

Depois de uns dias, já me ospedada e procurando uma nova escola, estava intedeiada. Já havia revirado todos sites. Então resolvi ligar para o Júlio.

                 LIGAÇÃO ON

- Cocielo? Você tá aí? Pelo amor de Deus. Me responde. É urgente. -falei assim que ele atendeu.

- Siena, o que aconteceu?

- Me ajuda. Tão entrando aqui na minha casa.

- Quem? Ainda Siena. Responde.

- As criaturas imaginárias de tanto tédio.

- Da próxima eu desligo e nunca mais falo contigo.

- Ai, calma. Era só uma brincadeira. E você gosta destas dessas brincadeiras.

- Quando eu faço. Não quando fazem comigo.

- Tá afim de ver algum filme?

- Cinema ou em casa?

- Se você pagar nos vamos no cinema.

- Era o seu dia.

- Era, agora é o seu. Por favor. Eu ainda preciso decidir a minha escola, fazer matricula e várias outras.

- Passo aí as 18h.

                 LIGAÇÃO OFF

Estava determinada a dormir a tarde inteira. Não só essa tarde, as minhas férias toda. Não que eu era aquele tipo de pessoas preguiçosa, era mais por tédio.

E como pretendia eu fiz. Dormi até acordar com o sol se pondo. Fui me arrumar para o cinema. Coloquei um macacão florido e uma sapatilha preta. Acessórios? Pronto. Make? Feita. Cabelo? Arrumado. Bolsa? Aqui.

Desci, avisei meus pais e sai para o cinema que não ficava muito longe. Logo logo o Júlio chegou e escolhemos o filme.

Ficamos jogando pipoca em um casal que se sentou a nossa frente. O amor é lindo.

                          (...)

Depois de uma breve conversa com meu melhor amigo. Eu concordei em estudar na escola em que ele iria.

E as férias se passaram. Cara era o colegial. Não sabe quantas vezes me imaginei. Tá, não era como o esperado.

As pessoas não tem tempo nem pra si, tem vários trabalhos, provas e o professor não ta nem ai pra você. As coisas mudam e muito.

Ao chegar a primeira coisa que eu fiz dentro da escola depois de pegar meus horários, foram procurar por oficinas. Claro me interessei em várias. Ainda era o começo do semestre tinha bastante tempo.

Depois de todas as aulas, bem cansativas e demoradas com apresentações e discussões sobre a vida de professores eu já tinha sido liberada. Não sabe como me senti leve.

Peguei meus fones e coloquei em uma música eletrônica e fui dançando pequenos passos até meu armário. Cocielo estava demorando muito e Jason também. Eram para os dois me encontrarem aqui e vejam só.

Fiquei com meu passos por um bom tempo que resolvi ir para o lado de fora. Era horário de almoço e como eu não era muito acostumada a comer fiquei lá. Comecei a me empolgar e a dançar mais. Quando um grupo de meninas parou na minha frente, apesar de olhos fechados eu sentia a presença das pessoas.

Quando abri os olhos tinha bastante gente. Mais do que podia imaginar:

- Onde você aprender a dançar? -uma das garotas vem até mim.

- Eu não sei dançar. -soltei o riso de leve.

- E eu sou Angelina Joeli. Precisamos no você no nosso grupo.

- Opa, calma aí. Você vai chamar a "nerdzinha" e a "lesada" que todos zoam pra fazer parte de um grupo de dança? -comecei a rir.

- Ninguém está te chamando de nerd ou lesada. -ela insiste.

- Eu ainda não sei se é uma boa.

- Estamos indo dançar agora. Se quiser ir conosco.

E foi aí que eu percebi que nem todos são idiotas e se deixam levar pela aparência. Mas, acima de tudo queinha vida estava prestes a mudar.