História Como as coisas mudam de repente - 1.

Dois meses atrás

Narrador pov.

-Mia vamos embora! -Alana tentava tirar sua filha do beco. -Bill me ajude.

-EU NÃO VOU! -Mia gritava.

-Ela com certeza ingeriu alguma merda. -Bill falava desesperado. -Que merda de filha nós tivemos.

Alana larga o braço da filha.

-Não xingue minha filha, seu canalha de merda!

Mia via tudo embaçado e se arrepende de ter provado o LSD. Os pais começaram a discutir e Mia cai no chão e tudo fica preto.

......

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Atualmente...

Mia Dalton pov.

O despertador ao meu lado toca. Estico o braço e dou um murro até ele parar, levanto a coluna e coço meus olhos tentando me acostumar com a claridade por conta que esqueci de fechar a cortina noite passada. Levanto e vou até o banheiro esbarrando em roupas e sapatos. Tomo meu banho e visto uma roupa, passo a maquiagem preta de sempre e desço as escadas.

Na cozinha, Frankie comia um cereal e digitava em seu celular o o polegar. Eu esbarro na cadeira dele de propósito e bagunço o cabelo dele.

-Bom dia. -Falo colocando uma torrada na torradeira. -Conversando com quem?

-Cida. -Ele fala e depois me olha rindo.

-Quatorze anos e já flertando. Na sua idade, eu comia areia. -Falei dando uma mordida na torrada pura. Frankie e ri e digita de novo. -Cadê a mãe?

-No quarto. Ela tava chorando ontem a noite.

-Não é para menos. O papai se separar dela do nada. 

-Não foi do nada, Mia. Você sabe de quem foi a culpa.

Ele fala e eu suspiro alto saindo de lá com pressa. Até o Frankie me culpa. Não que eu seja santa nem nada, mas eu não fiz nada. Eu sempre fiz (e ainda faço) o que fiz naquela noite. Na noite da briga. Para meus pais, ter uma filha que fuma, bebe e vai para festas é uma merda. Mas eu sou assim, e agora, que toda minha família me culpa pela briga deles, que ver a briga deles quando eu fugir ou me matar.

-Mia? -Alguém me chama e eu olho para trás, Chandler corria em minha direção com a mochila nas costas e dois livros na mão. Ele finalmente chega perto de mim e sorri. -Por que está indo a pé hoje?

-Minha família me odeia até para isso. -Começamos a andar.

-Por que vocês estão assim? Sua família era perfeita dois meses atrás.

-Até que me viram numa festa. -Eu falo e Chandler ri. Nós dois sabemos como eu sou em festas.

***

O primeiro período de aula acabou, e agora, eu, Emily e Sam estamos indo para o refeitório, onde aqui na escola chamamos de Praça de Alimentação. Como sempre, estava lotada, sentei na mesa mais afastada e esperei a galera voltar com suas bandejas cheias e eu pegar metade da comida.

-Mia, pega a maçã. -Valerie fala e eu nego, pegando a torta de chocolate. Sam e Emily sentam na mesa.

-Cade o Chandler? -Pergunto.

-Diretoria. Explodiu um negócio na aula de química. -Sam explica e Chandler aparece.

-Só falar no diabo que atrai. -Emily fala e todos começam a rir e Chandler pega minha torta.

***

Depois da aula, eu voltei a pé com o Chandler. Mas eu não queria entrar em casa então fui para casa dele. Sua mãe e seu pai viam um filme e Grayson fazia uma tarefa no chão.

-Licença. -Falo entrando e limpando s pés no tapete.

-Oi Mia. -Gina fala empolgada. -Como vai sua mãe?

-Tá levando. -Falo meio sem graça e Chandler percebe.

-Ok né. Vem Mia. -Ele me puxa e subimos as escadas indo para o quarto dele. Me jogo na cama e fico o olhando arrumar o quarto rápido antes que eu perceba as cuecas no chão.

-Eu já vi cara. Não precisa guardar. -Falo e ele bagunça tudo de novo sentando na beirada da cama.

Não falamos nada, não precisávamos. Éramos melhores amigos desde a sexta série e nos conhecemos bem. Eu sei que ele sabe que eu estou triste, e eu sei que ele está preocupado se algo que aconteceu naquela noite se repita. No final, colocamos Blood Bank para tocar e ficamos conversando até eu me tocar e ir para casa.