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História Como cães e gatos - 99 problems


Escrita por: jofanfiqueira

Capítulo 20 - 99 problems


Entro na escola e observo que todos parecem cochichar, imagino que aquilo, seja lá o que for, não pode me incomodar. Já tenho meus próprios problemas, sendo a atual situação da Joana o maior deles. O meu perfeito primeiro encontro com Fábio parece agora ter sido anos atrás (embora faça apenas uma semana) no meio de toda a confusão que se instaurou. O tal do Toninho, irmão de criação dela, espalhou para todo mundo que a Joana já foi prostituta, que ela foi presa por prostituição e roubo enquanto morava em Morro Branco. Fiquei sabendo disso ontem à noite, quando Bárbara voltou para casa, ela parecia vitoriosa e aquilo me incomodou bastante. Ter ou não sido prostituta não diz nada sobre o caráter de alguém. Meu pai tem estado irritado, Giovane – pelo que eu soube - tentou bater no Toninho, Eu, particularmente, não sei bem como me sinto, espero que Joana esteja bem, que ela e o Giovane não se percam no meio dessa confusão, mas também estou cansada de mentiras, do quanto as pessoas gostam de esconder as coisas, principalmente de mim.

Encontro as meninas e me aproximo. Luiza parece bem melhor, seu namoro com Lucas está estável novamente. Ela me contou que eles conversaram francamente, que ele jurou que não tinha nada com a Juliana. Não sei se acredito nele, mas Lucas sempre me passou a impressão de ser um cara de caráter.

-Você está bem? – Luiza perguntou me encarando quando me sentei ao seu lado. Isabela me deu um sorriso carinhoso, Carlinha e Bruna continuaram conversando em um tom baixo. Luiza sabe da história de Joana, obviamente, então sei exatamente o que ela está me perguntando.

-Estou sim. Mas e a Joana?

-Ela está arrasada, mas também está uma fera. Ela tem muita vergonha dessa história toda.

-Você já sabia?

-Não. Ela nem mesmo contou ao Giovane. Todos descobrimos graças ao desgraçado do Toninho.

-Espero que eles fiquem bem. Ela e o Giovane.

-Eles estão sim. Acho que eu nunca vi um cara tão apaixonado como o Giovane. – Luiza diz um pouco pensativa. – Ele é leal demais a Joana, acho que lealdade é a coisa mais importante em um relacionamento, mas que a fidelidade.

-E tem diferença? – Carla pergunta nos olhando.

-Claro que tem. – Isabela diz. – Fidelidade é não ficar com outras pessoas, é ser monogâmico. Lealdade é sobre ser amigo, parceiro, ficar ao lado, comprar as brigas, oferecer colo. Só ser fiel não basta.

-Isso é muito bonito e tudo mais, mas não existe de verdade. – Bruna afirma.

-Claro que existe! – Luiza diz. – Estávamos justamente dando o exemplo do relacionamento da Joana com o Giovane, eles são leais um ao outro.

-Mas até quando? Por quanto tempo? Os caras sempre dão um jeito de nos ferrar. – Bruna parece irritada ao afirmar isso, imagino se ela ainda está chateada pela história com Fábio. – Olha a Martinha. Grávida, sem namorado. Coisa boa não tem por trás dessa história.

-A Martinha tá grávida? – Pergunto sobressaltada. – Quem falou isso?

-Você não viu as mensagens no grupo do Whatsapp? – Carla questiona. – Alguém vazou essa história.

-Deve ser mentira. – Afirmo. Juliana teria dito algo, eu sei que a Martinha esteve estranha pelas últimas duas semanas, mas elas pareciam mais próximas nos últimos dias.

-É verdade. – Luiza diz. – O Lucas não quis falar sobre o assunto, mas me confirmou quando perguntei. E a Belinha também falou pro Fábio.

-Belinha e Fábio? – Bruna pergunta com certa ironia na voz. – Seu irmão não perde tempo, perde? Ou será que ela é a tal que ele gostava e não queria nada com ele. – Me sinto irritada com aquela suposição, mas a ignoro. Até que ela aponta para a quadra e eu vejo Fábio e Belinha conversando. – Talvez ela tenha mudado de ideia, eles estão ali conversando tem um bom tempo... e eu disse que ele deveria estar com alguma garota mais assanhada. A Belinha é a maior...

-Você não sabe lidar bem com rejeição, não é Bruna? – Isabela questiona interrompendo-a. As duas garotas se encaram.

-Pelo que sei são apenas amigos, mas ambos são solteiros, então não vejo o problema. – Luiza afirma tentando diminuir a tensão. Eu olho para Fábio e Belinha, eles estão conversando em um tom sério, mas vez ou outra Belinha dá um sorriso. Não gosto daquilo, não gosto mesmo, um sentimento de impotência me invade, eu não posso ir lá sem levantar suspeitas, não posso fazer uma cena, só sei que a ideia do Fábio cercado pela garota linda me deixa aflita.

-Você não iria querer uma ex-peguete do seu namorado como cunhada, iria Luiza? – Bruna pontua.

-O Lucas nunca gostou da Belinha, ela não é uma ameaça. – Luiza responde.

-Quem não iria gostar de uma garota como a Belinha? – Bruna pergunta.

-Beleza não é tudo. – Isabela afirma.

Elas seguem discutindo, mas eu paro de prestar atenção, meus olhos estão em Fábio, observo cada movimento dele, o modo como ele está falando, sua postura, qualquer coisa que me dê uma pista. Embora eu não saiba muito bem que tipo de pista quero encontrar. De repente, eu lembro de Martinha, talvez ela seja o assunto. Penso então na amiga da minha irmã, Martinha frequenta a minha casa desde que posso lembrar, ela e minha irmã são amigas de infância e agora ela está grávida, com apenas dezessete anos. Meus pensamentos são interrompidos pelo sinal, que toca fazendo todos no pátio se moverem em direção às suas respectivas salas.

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-Você tem reunião do grupo de história hoje? – Luiza pergunta. Estamos caminhando pelo corredor em sentido à quadra, temos aula de educação física. Manuela está ao lado dela e parece me ignorar, ela tem feito isso a manhã inteira, nem ao menos respondeu minhas mensagens.

-Tenho sim. – Respondo.

-Ok, eu vou direito pra Forma, você não quer passar lá quando sair daqui? Podemos voltar juntos pra casa.

-Tudo bem. – Concordo.

Chegamos à quadra e Belotto pede para que todos se sentem na arquibancada. Mesmo depois de sentados, boa parte da turma parece desatenta, passaram o dia todo questionando quem seria o pai do filho da Martinha. O interessante é que maioria desses alunos nem mesmo conhecem a garota, mas ficam fazendo piadas sobre o filho dela ser Jesus 2.0 ou uma criança do boto. Belotto pede silêncio mais uma vez, o barulho resiste.

-Ok, eu pedi duas vezes, sem sermão, mas a terceira não vai ser tão simples assim. Eu sei que parece pra vocês que a gravidez da colega de escola é algo que precisa ser analisado, questionado, mas não é. Às vezes, as pessoas se descuidam e coisas como essas acontecem, vocês precisam saber que um filho pode ser um presente quando você deseja um filho, mas que pode ser o fim ou adiamento de muitas coisas para uma garota da idade da colega de vocês. – Belotto afirma. – Essa fofoca toda não ajuda em nada, aprendam a se colocar no lugar do outro, em vez de fazerem questionamentos e comentários curiosos sobre a vida alheia. A única coisa que vocês precisam mesmo ficar sabendo é que sexo precisa ser conversado, porque pode ser bom e saudável mas pode ter consequências indesejadas, principalmente na idade de vocês.

-Não é nossa culpa se ela foi burra e ficou grávida. – Antônio, um garoto da sala, diz.

-Não. Não é. Mas vocês precisam saber que ela está passando por uma barra e que ter um filho já é difícil, ninguém precisa dos comentários maldosos que estão sendo feitos. Já sei como vocês podem aprender. Se dividam em duplas, vamos fazer um projeto que vai valer 30% da nota de vocês, um projeto sobre responsabilidade parental. Vocês vão criar um bebê juntos por uma semana e esse bebê precisa ser bem alimentado, cuidado, trocado...

Enquanto Belotto continua falando eu tento falar com Manuela, ela está sentada na minha frente, tento chamar sua atenção mexendo meu pé próximo às costas dela, mas Manuela se irrita e me xinga em voz alta. Belotto nos olha com certa repreensão.

-Já temos nossa primeira dupla bem aqui. Duas pessoas que precisam aprender a lidar melhor um com o outro. Fábio e Manuela.

-E como isso se relaciona com Educação Física? – Carla questiona.

-Paternidade é uma maratona. Amanhã eu vou trazer os bebês.

A aula segue e Manuela continua sem falar comigo. Largamos e todos vão deixando a sala, ela sai com as amigas, eu pego minha mochila e sigo pelo mesmo caminho, mas em vez de pegar o acesso à saída, vou até o M.O.F.O, é onde costumamos nos encontrar nas últimas semanas. Espero um pouco, uns vinte minutos, até que Manuela finalmente aparece.

-Eu pensei que você não vinha. – Digo indo em sua direção.

-Eu quase fui embora. Pra falar a verdade, eu comecei a ir, mas voltei.

 Passo minha mão em seu rosto, mas Manuela a retira.

– O que eu fiz de errado? – Questiono.

-O que você estava conversando com a Belinha? – Ela pergunta me encarando. Manuela está bufando de raiva. Passo minhas mãos pela sua cintura, ela resiste ao toque inicial, mas eu me mantenho firme. Tenho vontade de rir daquela ideia, mas não faço isso.

-Você está com ciúmes? Manuela, a Belinha é só uma amiga. Estávamos falando sobre a Martinha e a Olimpíada de História, só isso. Eu te juro. – Digo beijando a testa dela. Manuela se encosta no meu corpo e me abraça.

-Sinto muito. – Ela diz. – Mas as meninas ficaram falando, insinuando coisas e eu sei que não deveria dar ouvidos, mas ela é linda e....

-Tá tudo bem. Você tem mesmo que me dizer quando se sentir mal com algo, com qualquer coisa, mas vai precisar confiar em mim, ok? – Digo encarando-a.

-Eu não queria parecer maluca. É só que todo mundo ao meu redor mente tanto pra mim, eu nem sei mais em quem acreditar.

-Você pode acreditar em mim. – Digo beijando-a. - Eu e a Belinha somos só amigos, e eu sou louco por você.

Me sento trazendo Manuela junto comigo, ela senta em minha perna e nos beijamos novamente.

-Sabe, se você me deixasse dizer as pessoas que estamos namorando, você não ouviria comentários sobre eu estar com outras garotas. – Digo passando minha boca pelo pescoço de Manuela.

-Fábio, você sabe que não é assim...

-Você não acha isso um pouco hipócrita? Você reclama do modo como as pessoas escondem das coisas, mas faz o mesmo. – Não quero pressionar Manuela, embora queira muito assumir nosso namoro, mas me sinto na obrigação de ser honesto.

-Você tem razão. – Ela afirma me encarando. – Mas eu não quero machucar a Bruna.

-Será que as pessoas que mentem pra você dizem a mesma coisa?

-Você está tentando fazer com que eu me sinta ainda pior?

-Não, claro que não. – Deposito um beijo no ombro de Manuela como um pedido de desculpas. - Eu sinto muito.

-Tudo bem, você tem razão. Mas que tal se contarmos apenas pra Luiza por enquanto?

-Vai ser ótimo parar de mentir pra minha irmã. – Digo sorrindo.

-Eu conto ou você conta? – Ela questiona.

-Nós dois podemos contar. Me encontra na Forma às 16h?

-Claro! – Ela responde me beijando. Manuela levanta e eu protesto.

-Aonde você vai? – Questiono.

-Pra casa. Vou almoçar com a Ju, por sinal, já estou atrasada. 

........................x..................

Chego em casa e dou de cara com Jabá, eles estão conversando em um tom tenso e param assim que notam minha presença.

-Eu estou indo pro quarto. Vocês podem ficar à vontade. – Afirmo.

-Não precisa Manuela. Eu tenho que ir trabalhar. – Jabá afirma beijando o rosto da minha irmã, ela permanece imóvel, parece contrariada. Ele passa por mim e sorri, fechando a porta atrás dele.

-Tudo bem? – Questiono.

-Nada demais. – Ju responde de forma evasiva. Jogo minha mochila no sofá e retiro a farda, ficando apenas de sutiã. Juliana me observa parecendo curiosa, não é uma coisa que normalmente faço, mas estava morrendo de calor.

-É verdade essa história de que a Martinha está grávida? – Pergunto indo direto ao ponto.

-Onde você ouviu isso?

-É o assunto da escola.

-Meu Deus, agora todo mundo sabe, coitada da minha amiga.

-Então é verdade?

-Sim. – Juliana admite com certo pesar.

-E o que ela vai fazer? Ela vai ter esse filho?

-Não sei. Eu ainda não consegui conversar com ela direito, eu tentei mas ela fica se esquivando, os pais dela estão furiosos, colocaram ela pra fora de casa e tudo.

-Meu Deus! E onde ela tá morando?

-Com a Nanda, amiga da irmã dela. Eu vou lá antes da aula, pegar a Martinha, tentar conversar um pouco, eu nem mesmo sei quem é o pai desse bebê, ela simplesmente não quer me contar. Eu nem sabia que a Martinha estava ficando com alguém, o último cara que ela namorou tem tanto tempo e foi o Jabá.

-Foi por isso que você estava discutindo com ele? – Questiono.

-Não exatamente, mas vamos deixar de falar sobre isso e almoçar? – Ela sugere tentando parecer animada. – Como é que vai o seu namoro?

-Eu tive uma crise de ciúmes por causa da Belinha. – Digo um pouco evergonhada.

-Eles se conhecem?

-Fazem parte do grupo das olimpíadas de história junto com a Martinha.

-Ah... – Juliana diz pensativa. – Mas é bom mesmo ficar de olho, a Belinha é uma sonsa, vivia se jogando pro Lucas só pra me provocar.

-E porque você se sentiria provocado? – Questiono. – Você nunca gostou do cara.

-Ele é meu amigo. E eu tenho ciúmes de amigos. – Ju afirma. – Isso é normal, também sou assim com o Júnior. Além disso, ele namora com a sua cunhadinha.

Concordo com a minha irmã para evitar atritos, mas algo me diz que tem mais nessa história. Pode até ser que o Lucas não esteja mentido, mas ainda acho que ele continua apaixonado pela Juliana, assim como acho que ela sente algo por ele.

(...)

Chego na forma às 15h30. Juliana me acompanhou por grande parte do caminho, seguindo até a casa de Nanda para encontrar com a Martinha. Eu aproveito para treinar um pouco de Jiu-Jitsu enquanto Fábio não chega. Na Forma, assim como na escola mais cedo, todos cochicham, mas o assunto aqui é a Joana. Passo por ela quando estou caminhando para a sala de treinamento.

-Oi... – Digo um pouco sem jeito.

-Oi. – Ela responde com um sorriso um pouco constrangido.

-Joana, eu sei que eu e você não somos tão próximas, mas eu só queria te dizer que independente de qualquer coisa, eu sempre vou te admirar. Você chegou aqui sozinha, sem nada, e tá organizando sua vida, conquistando espaço, mostrando que é competente. Eu fico orgulhosa de ser sua irmã.

Joana começa a chorar e eu não sei muito bem o que fazer. Giovane se aproxima.

-Joana, aí tá você. Meu amor, você tá chorando? O que aconteceu? – Ele pergunta abraçando a namorada. Joana enxuga as lágrimas com rapidez, ela olha primeiro para o namorado, dando um sorriso, seu rosto ainda molhando. Giovane passa mão as maças do rosto de Joana e termina-la de secá-las.

-Não aconteceu nada, nada ruim pelo menos. Eu só estava conversando com a Manuela. Obrigada Manuela.

-Será que eu posso roubar ela um pouco Manu? – Giovane questiona me encarando.

-Claro, eu estou indo treinar. Tchau pra vocês.

Fico feliz de vê-los juntos. Sigo pra sala e encontro-a vazia, começo a me alongar e depois de alguns minutos Fábio entra na sala.

-Você chegou mais cedo. – Digo sorrindo.

-Eu não aguentei de saudades. – Ele fala debochando. Encaro-o com repreensão. – Mal teve reunião hoje. A Ana tá preocupada com a Martinha. 

-Não é pra menos.

-Você tá treinando sozinha.

-Achei que alguém da turma estaria aqui, mas quando cheguei não tinha ninguém.

-Você pode me ensinar. – Ele sugere com um ar malicioso no rosto.

Fábio tira o tênis e subimos no tatame, começo a explicar o básico sobre a luta.

-Agora vem aqui. – Digo ajoelhando no chão. – Você se deita e eu vou te mostrar como abrir a guarda do adversário. – Sento com os joelhos dobrados e passo as pernas de Fábio entre as minhas. – A forma mais simples é essa. Você pega na faixa ou na cintura calça do adversário... – digo segurando no cinto de Fábio. - Daí apoia a ponta do cotovelo na coxa dele, afasta um pouco o corpo e força. – Explico desarmando a guarda de Fábio.- Agora é sua vez.

Invertemos nossas posições e Fábio coloca suas mãos na cintura da minha calça, ele segura firme por cima do botão. Já fiz aquilo várias vezes na luta, mas o toque de Fábio não tem o mesmo significado. – Ele apoia os cotovelos nas minhas coxas abrindo-as, desarmando a minha guarda, enquanto eu exerço força no sentido contrário, puxando-o de volta pela camisa. Fábio cai por cima de mim, nossas bocas próximas, nos encaramos por alguns segundos e então ele me beija.

-Fábio? Manuela? – A voz de Luiza ecoa pela sala. Me separo de Fábio e fico de pé no susto. Fábio se senta no chão, permanece calmo.

-Feche a porta. – Ele afirma. A irmã faz o que ele pediu.

-Luiza, eu posso explicar... – começo a dizer.

-Pode, mas não precisa. – Fábio fica de pé e pega na minha mão, aquilo faz com que eu sinta certa segurança. – Eu e a Manuela estamos juntos. – Ele afirma. Os olhos de Luiza passam do irmão para mim.

-Eu queria ter contado, mas eu não sabia como. – Começo a falar me aproximando de Luiza. – Eu não queria obrigar ninguém a mentir por mim, não quero magoar a Bruna.

-Vocês acham que mentir é uma solução pra evitar magoar alguém? Fábio, você tem meio milhão de defeitos, mas nunca foi de correr dos seus problemas. – Ela fala recriminando o irmão.

-Não foi culpa dele...

-Luiza, eu entendo que você queria me aconselhar, mas isso é algo que eu e a Manuela vamos decidir juntos, ok? Não você. Agora, talvez você pudesse ser um pouco menos problematizadora e tentar ficar feliz por nós dois.

-Fábio! Me deixe falar sozinha com Luiza. – Digo. Fábio me olha, mas não se move. – Por favor. – Insisto encarando-o, ele deposita um beijo entre meus cabelos, solta minha mão e sai da sala.

-Eu sinto muito. – Digo me aproximando de Luiza.

-Eu não estou chateada a ideia de vocês juntos. Não é isso. Na verdade, um tempo atrás, quando o Fábio me falou que estava interessado em você, eu queria muito que vocês dois tivessem funcionado. Você é minha melhor amiga Manu, e é uma garota incrível, qualquer pessoa iria ficar feliz de te ter como cunhada. O problema é que vocês estão mentindo e se a Bruna descobrir vai ficar ainda mais chateada, eu estou chateada com a mentira de vocês.

-Você tem toda razão, mas eu ainda preciso de tempo. Nós dois estamos tão bem, essas três semanas têm sido maravilhosas, só nós dois, sem a pressão do mundo exterior, sem Bruna, sem nossos pais vigiando. Você acha que pode ficar bem com isso? Só por mais um tempo?

-Eu posso tentar. Eu não sei o que você viu no idiota do meu irmão, mas estou feliz por vocês. – Luiza diz me abraçando.


Notas Finais


Voltei. Obrigado pelos desejos de melhora, estou me sentindo um pouco melhor.
Espero que tenham gostado do capítulo. Talvez vocês estejam cansados dessa coisa da Martinha por causa da novela, mas prometo que o rumo aqui é outro e que vai ter relevância para Fabiela e também para o perfil da Juliana que planejei aqui na fic.
beijos!


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