1. Spirit Fanfics >
  2. Como cães e gatos >
  3. Verdades e Consequências, parte 1

História Como cães e gatos - Verdades e Consequências, parte 1


Escrita por: jofanfiqueira

Capítulo 32 - Verdades e Consequências, parte 1


Apesar dos acontecimentos absurdos da noite, toda a confusão entre Jabá, Luiza, Juliana e Lucas, a festa de Joana não acabou. Giovane e Sula insistiram que não havia razão para encerrá-la, o que eu achei justo. A vida da Joana já é um dramalhão mexicano sem acrescentar os problemas alheios. Ainda assim, minha mãe quis ir embora, então pedimos um táxi e viemos para casa, eu, ela e Luiza apenas. Minha irmã se sentou no sofá e deitou a cabeça no colo de Dona Tânia, eu fiquei na poltrona ao lado. Luiza estava claramente abalada, ainda assim, parecia bem melhor do que normalmente estaria. Eu e minha mãe estávamos tentando começar uma conversa com ela quando alguém bateu na porta; era Caio.

-Sinto muito pela demora. – Ele diz beijando a testa da minha mãe. – Eu tive que deixar todo mundo em casa. Como está a Luiza?

Luiza levantou de supetão e o encarou: -Ele vai ficar bem? - Perguntou se referindo a Lucas. Eu senti um misto de pena e raiva. Como ela ainda se importava com aquele cara depois de tudo que ele fez? Depois do que ela soube hoje...

-Vai sim. Foi uma pequena concussão, mas o exame voltou limpo. Ele vai ter uma dor de cabeça terrível por uns dias, mas nada mais.

-Merecia coisa pior. – Digo irritado.

-Fábio! – Minha mãe fala me olhando. – Isso é coisa que se diga?

Caio se aproxima do sofá e senta ao lado de Luiza.

-Querida, se você quiser, nós podemos prestar queixa contra aquele garoto. Ele não podia ter feito o que fez.

-Não quero. – Ela fala. – Eu posso prestar queixas contra o Lucas por me enganar e engravidar outra garota? Ou por se apaixonar por uma terceira?

-Não. Mas o Lucas não te beijou a força, o Jabá sim. – Digo irritado.

-Eu sei que vocês estão tentando me ajudar, mas eu só quero esquecer que isso aconteceu. E eu sei que estão certos, que eu posso prestar queixas, mas eu entendo o Jabá, talvez eu mesma tivesse o beijado com os mesmos propósitos. Ele também foi traído, o beijo não foi nada, só me pegou de surpresa. Agora, se vocês me derem licença, eu vou tomar um banho e dormir. – Ela fala levantando do sofá.

-Você mesma pode prestar queixas. – Caio diz olhando para a minha mãe depois que Luiza deixa a sala.

-Eu vou tentar convencer a Luiza. – Ele senta ao lado dela e minha mãe se encosta em seu ombro.

-A Juliana também acha que não é caso de polícia. Eu não acredito que a minha sobrinha namorava com aquele cara. O Ricardo é muito negligente, e agora ela está com o Lucas, aposto que ele nem sabe de nada disso. Se a minha irmã estivesse viva as meninas não estariam dessa forma, a Bárbara brigada com todo mundo, a Ju perdida, só me falta agora surgir algo sobre a Manu. Eu queria poder fazer mais, mas ele não permite.

Minha mãe me olha como se eu fosse um criminoso. Sinto vontade de dizer a verdade, aposto que o Caio não teria objeções, ele é extremamente cuidadoso quando se trata das sobrinhas, mas...

-Isso não é culpa do Ricardo. Não é simples ser pai Caio, você não...

-Não sei? – Ele pergunta parecendo um pouco irritado. Ele e a Manu compartilham um enrugar de testa, um tom passivo agressivo. – Não ter colocado uma criança no mundo não me desqualifica como pai, eu cuidei das minhas sobrinhas mais do que o Ricardo quando a minha irmã estava viva. Eu estava lá quando duas delas nasceram, ele não. Eu troquei fraldas, levei ao médico, eu..

-Mas você não é o pai delas. Não sabe como é difícil cuidar sozinho de três crianças. E é mais fácil quando você ajuda um pouco e depois vai embora dormir na sua casa, porque a responsabilidade não é sua. Não é culpa sua se algo der errado.

-Eu vou deixar vocês dois conversarem sozinhos. – Digo ficando de pé.

-Desculpa Fábio, você não precisava ouvir isso. – Caio diz. -Sua mãe tem razão, eu não sou o pai delas, eu não sou pai de ninguém. – Espero ele terminar e me afasto para a cozinha, preciso tomar água, a meia parede me permite ouvir a conversa entre eles.

-Amor, eu não quis dizer isso. Eu sei que você ama as suas sobrinhas, mas você não pode colocar toda a culpa do mundo nas costas do Ricardo, ele está fazendo o que pode. Algumas pessoas podem mais, outras menos. Tem tanta coisa que a gente não sabe, os filhos gostam de esconder as coisas.

Escapo de fininho para o quarto quando a minha mãe fala isso. Conhecendo-a, sei bem que ela poderia simplesmente me obrigar a contar a Caio sobre a Manuela naquele exato momento.

(...)

-Você ainda está chateada comigo? – Pergunto encarando Manuela. Estamos na parada de ônibus perto da casa dela, esperando por Tiago que ainda não chegou e Luiza que havia ido comprar um refrigerante.

-Eu aceitaria sair com você se estivesse? – Ela devolve me encarando. Está usando óculos escuros e eu não posso ver seus olhos, é através dele que eu, normalmente, consigo entender se ela está mesmo chateada ou não. Me aproximo dela um pouco receoso e passo minhas mãos ao redor do seu corpo, prendendo-a num abraço. Então Manuela me beija. – Eu não estou chateada com você, ok?

-Eu realmente sinto muito por ontem. – Afirmo. – Não deveria ter dito aquilo sobre o seu pai e...

-Tudo bem, apenas não faça outra vez. – Fico impressionado com a maturidade de Manuela.

-E a minha mãe diz que você é muito nova para mim. Talvez seja o contrário.

-Nem me fala da sua mãe. Eu tive uma conversa bastante perturbadora com ela ontem.

-Que conversa? – Questiono curioso.

-Olha o Tiago ali. – Ela fala sorrindo. – Conversamos sobre isso depois.

Esperamos por Luiza e pegamos a condução para a praia. Combinamos de encontrar Carlos e o restante do pessoal para passar o dia por lá. Convencer Luiza não foi fácil, mas posso ser insistente na medida que ela pode ser cabeça dura, e vice-versa. Luiza e Manuela sentaram juntas, e eu ao lado do Tiago, na medida que a condução foi lotando eu e meu amigo sedemos nossos lugares para outras pessoas que precisam sentar. Aproveitei a distância de Manuela e Luiza para conversar com Tiago sobre o que aconteceu na praia na noite passada.

-Esse cara merece uma surra. Na verdade, ele e esse outro que beijou a Luiza. – Tiago diz me encarando. Por mais que eu queira bater em ambos, sei que não posso estimular Tiago, ele quase nunca está brincando quando fala em se meter em brigas. Sei que ele é capaz de arrastar o pessoal da nossa antiga escola e criar uma confusão digna de páginas policiais.

-Ele merece, com certeza. Mas o foco aqui é a Luiza. Eu preciso que a minha irmã se anime um pouco, por isso insisti tanto para que ela visse hoje. Você falou para o Carlos convidar a Amanda e a Carol?

-Falei sim. As meninas vão estar lá.  – Tiago garante. – Mas, e você e a lutadora, estão bem?

-A gente vai saber se eu sobreviver ao dia. – Respondo sorrindo.

[POV LUIZA]

Chegamos à praia perto das duas da tarde. Tiago e Fábio caminhavam na frente. Meu irmão estava brilhando de tanto protetor, sua pele excessivamente branca, herança genética do nosso pai, exigia isso. Já Tiago estava de regata, parte os ombros largos a mostra, os braços definidos. Sorri comigo mesma lembrando de um tempo em que eu tremia todo por estar no mesmo local que ele, agora era diferente, eu não era mais a mesma garota que tinha uma queda enorme pelo Tiago.

-Tá tudo bem? – Manu perguntou me encarando. Eu estava fazendo um esforço enorme na tentativa de separar minha amiga da irmã, no sentido de entender que elas são duas pessoas diferentes e de que o fato de que Juliana e Lucas estão juntos, segundo afirmações de Jabá e o beijo que trocaram na minha frente ontem, não tem nada a ver com Manuela. Além disso, Manuela não é só minha amiga, ela é também a namorada do meu irmão e eu amo o Fábio demais para criar qualquer tipo de clima entre eles.

-Sinceramente, não muito. Mas realmente quero esquecer tudo que aconteceu Manu, quero esquecer o Lucas, a Martinha, esse filho deles, a Juliana, o Jabá. Eu sei que ainda vou ter que lida com eles por aí, esbarrar com o Lucas na academia, com a Juliana pelo fato de que ela é sua irmã, mas eu quero e eu vou superar isso. – Digo determinada.

-Que bom! – Manuela sorri. Normalmente, Manu sorri pouco, exceto pelos sorrisos de ironia que ela costuma distribuir, mas quando ela sorri assim, um sorriso amigo, de suporte, verdadeiro, é sempre muito bonito. – Fico orgulhosa de você!

-Eu também estou orgulhosa de mim mesma. – Respondo.

Nos aproximamos do pessoal. Carlos levanta e me abraça. Em seguida, ele cumprimenta Manuela da mesma forma.

-Você eu não vejo tem tempo. – Ele diz para minha cunhada. – Vai jogar hoje?

-Talvez. – Ela responde sorrindo.

-Eu não vou me machucar dessa vez. – Felipe fala. Fico se entender nada da conversa, e então Carlos me explica que Manu entrou na vaga de Felipe na última vez que jogaram.

-Ok, deixa eu te apresentar ao restante do pessoal. Essa aqui são Amanda e Carol, elas estudaram comigo na minha antiga escola. – As meninas cumprimentam Manuela. – O exibido é o Gustavo também foi da minha turma. – Digo sorrindo para Gustavo que está fazendo embaixadinhas, ele solta um “caluniadora” com um tom de deboche e todos sorriem. –Brenda era da turma do Fábio, assim como Antônio e aquela ali é Lua. Pessoal, essa é a Manuela, minha amiga. – Concluo.

-E minha namorada. – Fábio adiciona segurando Manuela pela cintura e beijando-a no rosto. Manuela cora, mas cumprimenta o pessoal.

Estendo uma canga e sento junto com Manuela nela, ficamos ao lado de Carol e Amanda. Amanda é um anjo, uma das pessoas que eu mais gosto no mundo inteiro. Já Carol é um tipo de encargo que vem junto com a companhia maravilhosa de Amanda. Ao lado de Amanda está Felipe, seu namorado, afinando um violão. Eles estão juntos desde o final do ano letivo anterior, quando eu saí da escola. Eu fui meio que o cupido da relação, já que Felipe é da turma de Fábio. Fábio e Tiago se juntam a Gustavo competindo na quantidade de embaixadinhas. Brenda e Lua permaneceram um pouco mais afastadas. Eu sabia muito bem o porquê daquilo. Não conhecia Lua, apenas sabia seu nome, ela era do terceiro ano, não costumava andar com a turma de Fábio, que é do segundo ano, imagina se iria se aproximar da gente, todas do primeiro ano. Já Brenda, que sempre fora simpática comigo, se manteve afastada por outra razão: é a melhor amiga de Larissa.

-Dizem que as duas namoram. – Carol cochicha.

-Quem? – Questiono.

-Brenda e Lua. – Ela responde como se fosse óbvio. Não digo nada, não tenho paciência para explicar que essa curiosidade sobre a sexualidade alheia é desnecessária, e não quero discutir com as minhas amigas. Não quero discutir com ninguém, talvez esse seja meu novo mantra.

-Altinha? – Gustavo convida. Carlos levanta para jogar. Brenda faz o mesmo, observo suas longas pernas douradas. Bom, se for verdade, sorte da Lua. Penso comigo mesma.

-Eu sei que Carol e Amanda não vão jogar, mas e vocês duas? – Tiago questiona.

-Eu sou horrível nisso. – Falo encarando-o.

-Duvido que você possa ser horrível em alguma coisa. – Tiago diz. Fico um pouco envergonhada, mas tento não parecer. Sei que esse é apenas o jeito do Tiago, ele é assim com todo mundo. Um galanteador nato.  -Manuela, por favor, você é boa nisso, não é? Levanta daí. – Tiago insiste. Manu acaba cedendo e ele estende a mão para ajudá-la a ficar de pé. Apesar do calor, minha cunhada permanece vestida, está usando um short jeans e uma blusa de manga, tudo que ela faz é desabotoar a camisa mostrando um pouco do biquíni preto e de sua pele branca. Ainda mais branca que a de Fábio.

-Ela sempre quietinha ou está envergonhada com a gente? – Carol questiona quando o jogo começa.

-Carol! – Amanda fala em tom recriminador.

-A Manu é introvertida mesmo, mas é uma pessoa maravilhosa.

-Olha, que cunhada mais fofa. – Carol fala me abraçando. – Mas você não acha estranho o Fábio namorar uma amiga sua?

-Não. – Respondo. -Eu acho estranho a Manuela aceitar namorar o Fábio. – Brinco sorrindo.

-Ela parece ótima. – Amanda diz. – E o Fábio olha para ela como um grande bobão.

-Eu não olho para você assim? – Felipe pergunta.

-Olha! – Antônio responde se metendo. Ele e Amanda são irmãos. – Mas só porque você é de fato um bobão.

O tempo vai passando, comemos, jogamos conversa fora. Alguns bebem cerveja, mas há também uma vodca na caixa térmica, não sei quem a trouxe. Entro no mar com parte do pessoal. Brenda anima uma partida de vôlei na água e começamos a jogar. Uma das vantagens do namoro com a minha mãe com Caio é que eu aprendi um pouco de vôlei, o mínimo suficiente para não ser horrível nessa versão aquática e desregrada do jogo, onde todos jogam contra todos e vai perdendo que deixa a bola cair.

Brenda acabou ganhando o jogo, ela é ótima no vôlei, joga sempre com Larissa. Por um minuto, perguntei a mim mesma se não deveria apresentar a garota a Caio, talvez ela tenha futuro. Quando saímos da água Manuela e Fábio estão caminhando de mãos dadas, se afastando de Lua e Antônio, que permaneceram na areia.

-Aonde eles vão? – Pergunto ao amigo do meu irmão.

-Namorar, provavelmente. Mas ele disse que voltariam logo. – Ele me responde sorrindo.

Felipe começa a tocar violão e formamos uma rodinha para cantar junto, aquilo me faz pensar em Lucas. Tiago senta ao meu lado e pergunta se está tudo bem. Respondo que sim, não quero parecer patética, mas ele sabe a verdade, sabe que eu fui feita de idiota pelo Lucas, talvez ele me considere uma idiota. “Você sabe que pode falar comigo se quiser, não sabe?” Ele questiona, e então eu me lembro de como ele foi bacana comigo no dia que descobri que Lucas é o pai do filho da Marta. Então agradeço e tento não deixar os pensamentos negativos me invadirem.

-Luiza? – Uma voz chama sem muita certeza. Levanto a cabeça e vejo Larissa. – Caramba, você está enorme. Nem parece aquela tampinha do ano passado. Está linda.  

-Obrigada. – Digo sem jeito.

Ela cumprimenta a todos e se junta à rodinha. O tempo vai passando e eu me distraio, só quando vejo que Manuela e Fábio estão voltando é que de fato considero o clima que pode se estabelecer.

-Aquele é o Fábio com a garota da praia? – Ela pergunta.

-Por favor! – Carlos diz encarando a irmã. – Por favor, não crie um clima.

Fábio e Manuela se aproximam e eu percebo quando a expressão do meu irmão muda. Ele fala algo no ouvido de Manu. Eles sentam ao lado de Tiago. Fábio coloca o braço ao redor de Manu de forma protetiva.

Felipe para de tocar e alguém sugere um jogo. Me estico para Fábio e pergunto se ele quer ir embora, meu irmão diz que não com uma expressão de quem está dizendo “de forma alguma que vou sair porque ela chegou”.

-Que tal eu nunca? – Antônio sugere. – Eu trouxe uma vodca.

-Nem todo mundo bebe. – Amanda pontua.

-Felipe, você precisa começar a namorar com garotas mais velhas. – Antônio fala sarcástico.

-E eu preciso arrumar outro irmão. – Amanda fala encarando Antônio. Todos rimos.

-Que tal o bom e velho verdade ou consequência então?  - Felipe sugere.

Depois de algumas divergências chegamos um consenso. Em vez de usarmos o padrão fundo e ponta da garrafa como indicador, a pessoa que teve que dizer a verdade ou sofrer uma consequência é sempre a próxima a desafiar alguém.

Antônio começa girando a garrafa que para apontando para Carlos. Não entendo o porquê, mas Antônio sorri maliciosamente e antes que ele diga algo Carlos opta por consequência e acaba tendo que virar um copo de vodka.

-Horrível. – Ele diz reclamando do gosto. – Minha vez.

Carlos roda a garrafa que aponta para Amanda. Ela escolhe verdade e a amiga pergunta qual a pessoa da roda que ela já teve vontade de beijar além do namorado. Ela encara Felipe e solta um “eu deveria ter escolhido consequência” e então conta que assim que entrou na escola achava Felipe, Fábio e Tiago igualmente atraentes.

-Claro que eu os conheci de perto e tudo mudou. – Ela fala com um sorriso.

-Igualmente atraentes? – Tiago protesta brincando. – Eu sou pelo menos duas vezes mais bonito que esses palhaços.

 -Você com certeza tem duas vezes mais ego. – Brenda provoca.

Carol roda a garrafa e ela aponta para mim. Minha amiga resolve repetir a mesma pergunta feita a ela. Dou um sorriso nervoso. Quem dá roda eu já quis beijar? Ela já sabia a resposta. E então deve ter percebido isso quando me olhou como quem diz “eu sinto muito.

-Tiago. – Confesso sem conseguir olhá-lo nos olhos. Em vez disso, olho para Amanda e em seguida para Manuela que parece estar se divertindo com o meu desespero. Espero que Tiago faça uma piada, como sempre, mas ele fica calado. É Larissa quem quebra o gelo dizendo que eu poderia conseguir coisa melhor. Todos riem, quer dizer, com exceção de Manuela, acho que minha cunhada não acharia algo dito por Larissa engraçado nem mesmo se ela fosse a reencarnação do Charles Chaplin ou mesmo do Roberto Bolaños.

Rodo a garrafa tentando fazer com que esse momento seja esquecido, substituído pelo próximo mico. Ela para de frente para Brenda que escolhe consequência. Alguns falam para que eu peça para ela contar quem gostaria de beijar, mas sei quais são as intenções do grupo. Então digo para Brenda fazer uma dança sensual. O que acaba sendo muito divertido. O jogo continua. Até que para em Tiago, é Carol quem o desafia.

-Verdade ou consequência? – Ela pergunta maliciosa.

-Consequência. Imagina se eu vou escolher verdade com você. – Tiago responde sorrindo.

-Eu te desafio a beijar a Luiza. – Ela fala arqueando as sobrancelhas. Tiago olha para Fábio e antes que eles possam dizer qualquer coisa Larissa grita “As regras são claras, sem exceções”. Sinto que aquele é momento em que o jogo deveria acabar.

-Vamos logo com isso. – Digo tentando deixar claro que aquilo não tem importância alguma. É só um beijo.

Tiago vira o rosto na minha direção. Encaro seus olhos castanhos. A pele bronze. Sinto meu coração escapar uma batida. É só um beijo. Ele coloca a mão no meu pescoço, o polegar passeando levemente no meu maxilar. E então me beija. Não sei quanto tempo dura, só sei que é um beijo maravilhoso.

-Acho que já chega! – Escuto Fábio dizer e então Tiago recua. Mas não tira os olhos dos meus, nem eu dos dele.

-É sua vez de girar Tiago. – Alguém fala e então voltamos a realidade de forma definitiva.


Notas Finais


Eu sei que prometi babado, confusão e gritaria... mas eu meio que me empolguei demais e o capítulo ficou gigante. Então dividi em duas partes. A confusão e a gritaria estão na parte 2. Sorry.
Me digam o que acham de Tiago e Luiza. Sei que o possível casal já tem alguns apoiadores aqui.
Abraços!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...