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História Como cães e gatos - Martinha


Escrita por: jofanfiqueira

Capítulo 34 - Martinha


[POV Lucas]

O porteiro me libera e eu subo às pressas. Encaro meu reflexo no espelho do elevador, eu tinha saído direto do trabalho, estava uma bagunça, mas queria ver Juliana direito e não podemos fazer isso abertamente na escola, embora todo mundo saiba sobre a briga com Jabá e o beijo que compartilhamos. Ainda assim, combinamos que seria melhor esperarmos que as coisas se acalmem mais. Saio do elevador e toco a campainha, Juliana me recebe. Fico surpreso com a imagem. O cabelo da ruiva está tingindo de verde nas pontas e ela está usando apenas um biquíni e uma espécie de roupão fino de praia.

-O que você fez no cabelo? – Pergunto. – Está sozinha?

-Estou. – Ela responde me beijando. – Me dê sua mochila. Vamos para piscina!

Juliana guarda minha mochila e me empurra de volta para o elevador. Argumento que não tenho roupa de banho e que não posso demorar ou vou me atrasar para aula. É um longo percurso entre a minha casa e a barra. Juliana fica só de maiô e entra na piscina, tiro a camisa e faço o mesmo.

-Você é maluca, sabia? – Pergunto beijando-a. Juliana sorri. E Deus, como o sorriso dela é lindo. Eu poderia ficar o resto da minha vida apenas olhando-a sorrir.

-Eu sou espontânea. – Ela diz jogando um pouco de água no meu rosto e, em seguida, me beijando outra vez. Começo a beijar Juliana de forma intensa e as coisas vão esquentando.

-Tem certeza de que não vai chegar ninguém aqui? – Pergunto preocupado. Obviamente não vamos passar dos limites numa piscina de condomínio, mas qualquer tipo de flagra aqui seria constrangedor.

-Ninguém nem usa piscina Lucas. Esse prédio tem um monte de réplica do meu pai e da Bárbara. Homens e mulheres de negócios que mal lembrar que existe vida além do trabalho, garotas mimadas que não colocariam o pé numa piscina “coletiva” – ela dá certa ênfase a palavra coletiva e sorri. Juliana é como um sopro de ar fresco, mas, vez ou outra, ela pode ser como um furacão.

-Vou confiar então. – Digo apertando o nosso abraço. – Vai me contar o que fez no cabelo?

-Gostou? – Ela pergunta pegando nas pontas. Eu fiz ontem à noite. Estava cansada do mesmo visual.

-Claro que gostei. – Digo. Realmente ficou bonito, mas não posso negar que é estranho ver Juliana fazer algo assim.

Depois de um tempo, convenço Juliana a sair da piscina. Preciso me secar para voltar para casa.

-Você acha que o Jabá vai para escola hoje? – Será, provavelmente, a primeira vez que veremos Jabá depois da briga na praia. Então a pergunta de Juliana é extremamente justa.

-Não sei. Parte de mim gostaria de que ele não fosse, mas ele ainda é meu amigo, eu ainda me preocupo com ele, não quero que ele se afaste da escola e acabe perdendo o ano. – Sei bem o quanto terminar o ensino médio é importante para Jabá. O pai dele nunca concluiu os estudos, a mãe ficou grávida no ensino médio, o que seria irônico se não fosse trágico.

-E o que vamos fazer com a Martinha? Você falou com ela? Eu não tive coragem...

-Ju, eu já te disse que vai ficar tudo bem, não disse? Por favor, não se preocupa com isso, tá bom? Eu vou resolver. – Uma mistura de culpa e vergonha toma conta de mim, mas tento não transparecer. Encaro o rosto de Juliana, ela é linda, seus olhos verdes, o modo como ela tem uma expressão feroz, mas também pode ser doce, principalmente quando está preocupada com os amigos, algo que ela faz constantemente. Eu nem sei quando me apaixonei pela Juliana, é um sentimento tão antigo e natural que, quando eu dei por mim, ele já estava aqui, me dominando. Quero dizer para ela o quanto e eu sou louco por ela, o quanto eu amo, mas sei que preciso organizar as coisas antes. A notícia da gravidez de Martinha tem sido uma bomba e eu odeio o modo como tudo isso está acontecendo, mas não posso deixá-la na mão. Martinha sempre foi minha melhor amiga.

-Eu preciso saber o que fazer Lucas. – Juliana afirma. Lá está ela outra vez, a expressão feroz. Talvez seja a minha predileta. – Eu não posso mentir para Martinha.

-Você confia em mim? – Pergunto. Ela acena positivamente. – Ótimo. Vou precisar que você apenas faça isso por um pouquinho de tempo, certo? Agora, eu realmente preciso ir para casa Ju, ainda nem estudei para prova de hoje. Sai do trabalho direito para cá. – Digo pegando minha camisa e vestindo-a. A bermuda ainda está um pouco úmida, mas preciso ir embora.

-Que tal se eu te ensinar geografia? – Juliana pergunta sorrindo. Ela é extremamente sexy e eu mal posso me controlar, toda vez que olho para Juliana eu sinto essa vontade enorme de beijá-la, de a abraçar, de cuidar dela. Faço uma nota mental para nunca dizer isso em voz alta, do desejo de cuidar dela. Juliana provavelmente me daria um sermão, um bem merecido por sinal.

-Eu não acho que o assunto da prova de geografia seja relevo. – Pontuo passando a mão pela cintura dela. Ambos rimos. – Sinto muito Ju, mas eu tenho mesmo que ir. Tenho que estudar, você sabe que as minhas notas não estão boas.

-Sei sim. E eu adoro o quanto você é responsável. É uma das coisas que eu mais gosto em você. – Aquilo me faz sorrir. Juliana me esquadrinha por alguns segundos, como se tentasse decidir entre dizer ou não algo. – Lucas, posso te perguntar uma coisa?

-Qualquer coisa. –  respondo.

– Como os seus pais estão lidando com a notícia da gravidez?

-Eles não sabem. – Respondo.

-Como assim não sabem? – Ela questiona sobressaltada.

-Podemos não falar sobre isso? – Não quero mentir para Juliana.

-Não. Não podemos. Eu preciso que você me explique isso Lucas. Você falou que iria resolver as coisas, mas já faz mais de uma semana e eu não sei muito bem como agir. Nós estamos juntos pra valer? Não estamos? Onde fica a Martinha nisso tudo? E o filho de vocês? – Ela está gritando essas perguntas, o que me deixa assustado.

-Ju, por favor, fica calma.

-Não me fala para ficar calma. Eu quero que você vá embora agora mesmo, ok?

E então meu telefone começa a tocar. Olho para a tela e vejo o nome de Manuela.

......................x....................

[Manuela]

Saio da escola direto para academia. Mal falei com Fábio a manhã inteira, o que ainda me rendeu um “problemas no paraíso?” vindo de Bruna. Não respondi, estou cansada disso, cansada de discutir, de brigar. Gostar de alguém não deveria ser tão trabalhoso, deveria? Além disso, por mais que eu ame o Fábio, não posso deixar de pensar na possibilidade de amanhã ou depois eu ser a Larissa ou a Bruna. Eu posso ser a ex-alguma-coisa que agora não tem importância nenhuma. Talvez nós três possamos nos juntar e montar um clube. Sei que estou sendo injusta com Fábio, mas eu ainda não estou pronta para deixar para lá, ainda não estou pronta para esquecer.

-Sinta-se à vontade para ficar chateada comigo se quiser Manuela, mas o Fábio fez o que fez tentando te proteger. Quer dizer, se um ex-namorado meu desse em cima de mim eu não iria contar para o namorado atual, isso é pedir para que as pessoas arranjem briga, para que se sintam inseguras. E você já é insegura.  – Isabela diz me encarando. Convidei ela para almoçar comigo na Forma, temos um trabalho de literatura para fazer, mas eu não iria conseguir me focar no trabalho até contar o que tinha acontecido. As palavras de Isabela são rudes, mas não me chateiam, apenas talvez a parte de ser insegura.

-Você me acha insegura?

-Uma pessoa segura faria essa pergunta?

-Não, não faria. – Admito. – Mas é que...

-É que você até agora acha que tem algo de errado no fato do Fábio gostar de você e vive procurando alguma desculpa para acabar com o namoro antes que ele acabe, para com isso Manu. Se ele tá com você é porque é isso que ele quer. Você precisa confiar mais em si mesma, precisa se impor mais nessas situações, sabe quantas vezes eu teria corrido da praia quando ela perguntou aquilo? Nenhuma! Eu teria ficado lá e ouvido o que ele tinha a dizer. Eu teria deixado claro que ele estava lá comigo e não com ela. Ou então teria simplesmente ignorado, porque a Larissa pode pensar que vocês estão numa disputa, mas de onde eu vejo não existe disputa nenhuma, o Fábio está com você. Ou você acha mesmo que tem alguma chance de ele voltar para ela?

-Isa, eu sei que tudo que você está dizendo faz todo sentido, mas eu não sei se ele voltaria para ela ou não. Ele namorou com ela por mais de um ano, eles...

-Eles transavam. Era isso que você ia dizer? Acha que isso é a única coisa que importa para o Fábio? Porque se for, cai fora. Acaba logo e segue a vida. Mas pelo que eu vi do Fábio, pelo que eu vi quando vocês dois estão juntos, ele não é esse tipo de cara. Agora me promete duas coisas. A primeira delas é que você não vai mais cair na pilha dessa Larissa, a segunda é que vamos parar de falar um pouco de boy e focar no nosso trabalho.

-Prometo. – Respondo forçando um sorriso. – Mas você sabe que, talvez, a gente precise falar de boys neste trabalho, certo?

-Claro que não precisamos, vamos escolher uma autora! – Ela diz sorrindo.

-Ok, então... nosso trabalho. Precisamos escolher um autor que não esteja dentro do plano de aula, falar um pouco da biografia, do estilo, apresentar alguns trabalhos. Alguém em mente?

-Que tal Hilda Hilst?

Confesso que não conheço e Isabela me conta o pouco que sabe sobre autora, decidimos então que ela será o foco do nosso seminário e marcamos e até mesmo começamos nossa primeira etapa de pesquisa antes da minha aula começar.

Assim que dá duas horas eu me despeço de Isabela, esvazio minha cabeça e entro na aula. Precisa ser assim, meus problemas devem ficar do lado de fora do dojo, cumprimento o instrutor e me alinho junto com os outros alunos. Permanecemos sentados enquanto ele demonstra a técnica que iremos treinar. Sou a única garota de uma turma de dez alunos. Estamos aprendendo um arm-lock da guarda, uma técnica avançada. Sou a única da turma que consegue fazer com perfeição depois da explicação. No final da aula, o mestre pede para que eu espere.

-Acho que você está pronta para mudar de turma. – Ele diz me encarando.

-Tem certeza?

-Você está muito na frente dos alunos do fundamental. Está na hora de ir para a turma avançada. Acho que você vai se sair bem. Só precisamos saber se o seu pai vai permitir.

-Claro que vai! – Respondo animada. – Obrigada!

-Continue assim Manuela. Você é muito boa nisso e hoje estava ainda extremamente concentrada.

Deixo a sala extremamente animada e dou de cara com Luiza que está saindo da aula de balé.

-Você aparece animada. – Observa me encarando. Seguimos juntas para o vestiário e eu conto a minha cunhada sobre a novidade.

-Isso é incrível, Parabéns Manuela. Eu nunca perguntei, mas Jiu-Jitsu é algo que você quer fazer profissionalmente?

-Não sei. Que dizer, eu amo Jiu-Jitsu, mas eu quero me manter aberta para outras coisas. Uma carreira no esporte significa abrir mão de muitas coisas, eu vi o que o vôlei fez com o meu pai, com meu tipo, não sei se quero algo assim para mim.

-Mas você é mil vezes mais concentrada do que eles. Não acho que corre tanto esse risco. – Luiza fala me incentivando. Agradeço o incentivo e a convido para tomar um sorvete. Vamos para a lanchonete que fica do outro lado da forma, já que a interna não serve lanches hipercalóricos.

-Você vai mesmo me fazer perguntar sobre o Tiago não vai? – Questiono encarando Luiza. Ela cora de imediato.

-O que você quer saber? – Ela pergunta sorrindo.

-Tudo!

-Eu não sei muito bem dizer.... ele é um gato, ele beija bem... ele é o melhor amigo do meu irmão. – A esse último detalhe ela dá uma ênfase de desencorajamento,

-O Fábio não vai se importar se isso for te fazer feliz.

-Ele vai sim. Ele pode acabar aceitando, mas é claro que ele vai se importar. – Luiza diz sorrindo. – Mas eu não sei no que isso vai dar ou se eu estou pronta para... – Ela para e eu sigo seu olhar, Martinha acaba de entrar na lanchonete. A garota pede uma água e toma um gole às pressas, ela nos vê, parece muito pálida.

-Eu acho que ela não está bem. – Digo. Levanto e vou na direção de Martinha. Pergunto se ela precisa de ajuda, e então ela desmaia.

Martinha acorda alguns minutos depois, mas ainda assim insisto em leva-la para o hospital. Luiza fala que deveríamos chamar Jéssica, mas Martinha recusa. Então seguimos para a urgência mais próxima. Assim que a grávida é levada para atendimento eu me sento ao lado de Luiza que parece em choque.

-Você está bem?

-Eu devo ser a pessoa mais sem sorte do mundo. Já pensou nisso? Quer dizer, essa garota tinha que passar mal na minha frente? Eu tinha que trazer ela no hospital? Toda vez que eu acho que estou me afastando, me livrando dessa história, alguma coisa me puxa de volta.  –Olho para Luiza sem saber o que dizer. – É, eu sei que estou sendo egoísta Manu, você pode dizer isso se quiser... mas eu preciso ser egoísta por alguns minutos é uma questão de sobrevivência, de sanidade... mas agora eu já coloquei para fora, pode deixar que eu vou ligar pro pai da criança, outra parte da minha penitência.

-Não. Eu faço isso. Você fica aqui. – Me afasto de Luiza e telefone para Lucas. Conto o que aconteceu, em que hospital estamos e ele diz que está a caminho. Assim que desligo uma enfermeira retorna e pergunta quem está acompanhando a Marta, me apresento e a mulher me encara com desconfiança.

-Qual sua idade? – Ela pergunta.

-Quinze.

-Você é a única pessoa com ela?

-Não.- Luiza diz. – Eu sou maior. Qual o problema? Está tudo bem com o bebê? – Fico admirada com a firmeza com a qual minha cunhada mente para a enfermeira.

-O bebê está bem, a mãe é nossa preocupação, mas só vamos saber depois dos exames. Precisamos que alguém fique com ela na sala porque ela menor de idade. E também precisamos preencher uma ficha, ela não está com condições de falar nada.

-Vamos lá. – Luiza diz. Eu pergunto se posso acompanhar e depois de um pouco de insistência e ela permite dizendo que vai abrir uma exceção porque a urgência não está muito cheia. Entramos no quarto, é um leito coletivo. Outras duas pessoas estão na sala, mas cada cama tem sua própria cortina. A enfermeira que nos guia abre a primeira cortina e encontramos Martinha desacordada recebendo um soro e tendo sangue colhido por um enfermeiro. Fico impressionada com o modo como Luiza responde às perguntas, ela sabe que Martinha está grávida de nove semanas, e ainda informações suficientes para preencher a ficha da garota.

Depois de quase meia hora Lucas chega. Ele entra no quarto e fica surpreso ao ver Luiza. Explico para ele que, ao menos por hora, está tudo bem com o bebê e que a Martinha está com infecção urinária, o médico tinha acabado de dar o diagnóstico e explicado que a doença é perigosa para gestantes pois pode causar aborto, nascimento prematuro, risco de morte pós-parto. Na fase da gravidez que a martinha está o aborto é, obviamente, o maior dos riscos.

-Obrigado por tudo. Vocês podem ir, eu fico com a Martinha. – Lucas diz.

Luiza levanta da cadeira, está claramente desconfortável com a presença do ex-namorado.

-Me dá notícias, ok? – Digo passando a mão no ombro de Lucas.

-Pode deixar.

-Luiza... – ele começa a dizer, mas a expressão de ira no rosto da minha cunhada parece o desestimular, mas então ele respira fundo e a encara novamente. – Eu sei que isso deve ser difícil para você, então eu só queria dizer que... bem, eu agradeço muito, de verdade.

-Eu não fiz por você. – Ela responde deixando a sala.

Deixamos a urgência e Luiza me olhou, seus olhos cheios de lágrimas. Dei um abraço apertado na minha amiga e garanti a ela que tudo vai ficar bem. Sei que vai. Luiza é forte, ela mostrou isso hoje quando passou por cima dos seus próprios sentimentos e ajudou a Martinha. Se ela conseguiu fazer isso, consegue fazer qualquer coisa.

-Você foi incrível lá dentro. – Digo.

-Obrigada Manu, mas agora só quero ir embora daqui antes que eu comece a chorar de verdade.

Luiza abre a mochila para tirar a carteira e solta um “Droga!”, pergunto o que foi e ela me conta que a bolsa de martinha está dentro da sua, a bolsa com documentos e carteira da garota. Ela havia guardado na confusão. Me ofereço para voltar sozinha, mas Luiza diz que vai junto.

Caminhamos de volta para o hospital e usamos nossos ainda não arrancados adesivos de acompanhantes para acessar o corredor dos quartos. Encontramos a cortina fechada, a voz de Lucas soa chateada dizendo : “-Eu não posso mais fazer isso Martinha”. E então Luiza me olha pedindo para que eu faça silêncio.

-Mas você prometeu! – Ela afirma. Sua voz contém certo tom de choro e pesar.

-Eu sei, mas isso foi antes de...

-Antes de que Lucas? – Ela questiona.

-A Ju e o Jabá nem estão mais juntos. Nós estamos juntos.

-Mas isso não muda o fato de que eu traí a minha amiga, muda? Ela vai me odiar se souber.

-Martinha, a Juliana te ama e ela nunca poderia te odiar. Nunca. Não importa o que aconteça.

-Mas você sabe que não é só isso... é principalmente isso, mas não é só isso.

-Você não pode ficar com medo de como o Jabá vai reagir. Ele não pode fazer nada contra você Martinha. Além do mais, é o filho dele, ele tem todo direito de saber. – Lucas diz. E então todas as peças se encaixam e gritam “é óbvio!” na minha cara. Jabá é o pai do filho da Martinha, mas porque Lucas... nem tenho tempo de pensar. Luiza abre a cortina e Lucas e Martinha nos encaram surpresos.  


Notas Finais


Espero que gostem! Nos próximos capítulos as motivações da Martinha vão ficar mais claras. Luiza e Lucas terão um momento da verdade e teremos mais foco em Fabiela.


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