História Como contar pra mamãe que você é lésbica - As manhãs de cada dia

Estávamos brincando... só eu e ela, em casa. De repente, tudo ficou escuro, um abismo se formou e ela tropeçou e caiu na profundidade infinita. Eu não a salvei a tempo.

Acordei assustada, suada e com o rosto molhado por minhas próprias lágrimas, tentei dizer a mim mesma que fora só um sonho, mas eu sabia que não era. Ela se foi, eu a deixei ir.

Depois de me recompor, verifiquei as horas e levantei. Não podia ficar na cama e chorar a eternidade toda. Tentei ser forte, guardar minha dor, mas quanto mais ela se aprofundava em meu coração, pior ficava e eu sabia que uma hora ou outra, eu iria desmoronar.

Tomar café da manhã é uma luta diária, eu não tenho vontade, então a comida não desce. Parece que tento engolir pedras. Fui esperar mamãe no carro. Que se inicie a Tortura.



Eu não estava animada para vigiar Jhennifer, ela parece triste a maioria do tempo. Geralmente quando me sinto triste, eu quero paz e não alguém para me incomodar o tempo todo.

Pensei nisso enquanto eu me trocava e tomava o café da manhã. Minha preocupação estava tão evidente que até papai, que é distraído com tudo notou.

_Você está bem querida?

Minha mãe tirou os olhos do prato para me encarar.

_Estou bem, apenas um pouco preocupada.

Mamãe lançou-me um terno sorriso e perguntou:

_Algo errado querida?

Acho que não deveria dizer, afinal, isso é privacidade de Jhennifer.

_Não mamãe. É... coisa minha.

Ela sorriu com um toque de segredo nos lábios... Oh não... Ela pensa que se trata de um garoto. Mas nem com essa idéia absurda minha preocupação diminuíra.