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História Como Esquecer Alguém - Alguém renasceu


Escrita por: GSilva

Capítulo 18 - Alguém renasceu


Fanfic / Fanfiction Como Esquecer Alguém - Alguém renasceu

Capítulo 16 – Alguém renasceu

 

            Nada me tirava daquilo, daquela sensação de que o mundo estava desmoronando. Eu não conseguia pensar em nada além de Larry, no sorriso dele, nos olhos dele, na voz dele. Sabia que se pensasse demais, acabaria piorando ainda mais minha situação, mas simplesmente não conseguia desviar meus pensamentos para outro lugar. Nem mesmo a lembrança de Andrew ou de Lucas me tirou daquele torpor.

            Fiquei sentado na cama durante horas, olhando para o nada, pensando em nada. Com olhos vazios, minha mente vagava entre o caos e o vácuo. Foi o apenas o som de passos que me fez acordar daquilo. Escutei alguém se aproximando do meu quarto, com passos rápidos, e imediatamente me levantei. Um resquício de felicidade passou por mim. Pensei que poderia ser Larry, que tudo aquilo era um pesadelo muito horrível, mas, quando a porta se abriu, o pouco de felicidade que havia em mim se foi. Era a minha mãe.

            — Greg. — Disse ela, entrando. — Você está bem? Você deveria ter ido. O velório foi lindo.

            Desviei o olhar e dei as costas para ela. Eu não conseguia olhá-la, pois sabia que teria que explicar algo se ficasse olhando, e realmente não queria explicar nada. Além disso, vê-la com aquelas roupas pretas de luto apenas me lembrava de que não estava sonhando.

            — Você está bem? — Ela repetiu.

            — Não. — Respondi.

            Nesse momento, meu pai entrou no quarto como quem tinha acabado de correr por uma maratona. Ele estava ofegante, mas não achei que era algo sobre mim.

            — Ele ainda está aqui? — Meu pai perguntou à minha mãe. — Precisamos nos preparar para o enterro. Greg, você vem?

            Alguma coisa na frase dele desbloqueou imagens na minha cabeça. Eu sempre tive uma imaginação muito fértil, conseguindo imaginar cenários, personagens, vilões e situações para histórias fictícias que criava, mas aquela foi a pior visão que já imaginei. Vi Larry deitado dentro de um caixão, as mãos atadas na frente do corpo, tudo impecável, como se ele apenas estivesse dormindo. Vi o caixão sendo selado e colocado em seu lugar na terra. Vi os funcionários do cemitério jogando vários quilos de terra preta em cima dele, do caixão, e estremeci. Em breve, ele seria consumido por vermes, a beleza dele não estaria mais lá, nunca mais sorriria, nunca mais falaria qualquer coisa.

            — Não. — Respondi.

            — Greg... — Minha mãe protestou. — Muitas pessoas perguntaram por que você não foi ao velório. Suas amigas estavam lá.

            — Eu não quero ir.

            — Eu sei. Ninguém quer ir ao velório do melhor amigo. — Ela continuou. — Mas, querido, não é saudável ficar sem essa fase do luto. Você precisa vê-lo para deixá-lo ir.

            — Eu não quero deixá-lo! — Gritei roucamente. Minha voz não ecoou pela casa, ao contrário, pareceu permanecer apenas naquele pequeno cômodo.

            Meu pai se afastou, com um pouco de medo na expressão, e atou as mãos atrás do corpo.

            — Nós entendemos, filho. — Disse ele. — Pode ficar se quiser. Eu, sua mãe e seu irmão vamos no seu lugar.

 

            Dei um pequeno sorrisinho de agradecimento, olhando para meu pai. Era estranho receber o apoio deles em alguma coisa, porque quase nunca concordávamos no mesmo ponto de vista. Eles sempre foram muito autoritários, sempre tentavam me obrigar a fazer coisas que não queria, mas entenderam a minha situação naquele instante. Eles seriam desumanos se não entendessem.

            Por fim, minha mãe e meu pai saíram do meu quarto e ficaram andando pela casa. Eu não quis ver o que estavam fazendo, se estavam se arrumando para o enterro ou se apenas queriam ficar andando de um lado para o outro.

            Continuei no meu quarto até a luz do Sol retornar. Não demorou muito, para falar a verdade. A coloração azulada atingiu minhas paredes, meu teto e meu chão, manchando a minha cama e as minhas cortinas. Fiquei olhando pela janela aberta, para o céu sem nuvens atrás dela, e pensei que tudo estava indo rápido demais. De fato, como minha mãe disse, eu precisava sofrer por ele para deixá-lo ir. Era a única forma de curar.

            Então, pensando nele e nas coisas que fizemos juntos, novas lágrimas surgiram. Me levantei e fui até a janela, apoiando-me sobre o parapeito e olhando para o lado de fora. O mundo parecia o mesmo, as mesmas pessoas desconhecidas fazendo trabalhos desconhecidos, os mesmos alunos desconhecidos estudando em colégios desconhecidos, pessoas que talvez já tivessem passado pela mesma coisa que eu. Eu rezei para que ninguém passasse pela mesma coisa que eu, porque era horrível: toda aquela sensação de vazio, de falta de algo, da noção que nunca mais o veria.

            Foi aí que meu celular tocou.

            Com uma rápida olhada, vi o nome “Andrew” piscando várias vezes na tela. Revirei os olhos. Ele provavelmente iria perguntar por que eu havia faltado ao velório e ao enterro, então ignorei. Deixei tocar, com aquela música que me lembrava do momento mais terrível da minha vida. Até que parou. E recomeçou. Parou. Recomeçou. Parou... Ao todo, mais de cinco ligações ignoradas. Ele provavelmente tinha se desesperado, pensando que algo também poderia ter acontecido comigo, mas eu não conseguia nem raciocinar direito, quem diria falar. Coloquei na minha cabeça que ligaria de volta assim que estivesse me sentindo melhor.

            Com o queixo apoiado nas mãos, fechei os olhos. Comecei a sentir o que o momento realmente me passava: era diferente do vazio, se tratava de algo mais humano, mais... Vingativo. O sentimento que veio era mais forte do que o vazio, como um formigamento que subia por minha corrente sanguínea e se derramava em meus pensamentos, deturpando meu modo de raciocinar. E se aquilo que aconteceu, na verdade, fosse culpa de alguém? E se... Não, o homem disse que foi um acidente. Não tinha porque culpar qualquer pessoa por um acidente.

            Ouvi o carro dos meus pais deixando o quintal, com uma aceleração constante, e me virei para trás. Estava sozinho novamente, naquela casa fria e solitária. Não tinha ninguém por perto, e o mais próximo de contato humano que havia era meu celular. Respirei fundo, olhando para a tela. Com as mãos ainda trêmulas, cliquei em “refazer chamada”, e o telefone começou a discar o número de Andrew.

            — Greg? — Disse ele, atendendo.

            — Oi.

            — Você está bem? Meu Deus, que susto. Pensei que algo tinha acontecido. — Ele respondeu. — Por que não foi ao velório e por que não está aqui no enterro? Seu namorado estava lá e ele parece muito preocupado. Acho que você deveria falar com ele.

            — Eu vou. Eu só... Só queria ouvir a sua voz. — Respondi. — Eu não estou me sentindo bem para ir ao enterro. Pode mandar meus pêsames por mim?

            — Claro. Eu entendo.

            — Obrigado. — Eu disse rapidamente. — E diga ao Lucas que eu estou bem. Só preciso de um tempo. Ainda não superei tudo.

            — Ok.

            — E Andrew?

            — Sim?

            — Você pode vir me encontrar? Tipo, agora? — Perguntei antes que ele falasse qualquer outra coisa. — Eu sei que você está no enterro, mas... Mas eu preciso te ver.

            — Olha... — Disse ele, prolongando o som das vogais. — Acho que posso sair sem ser notado. E, aliás, eu quero mesmo falar com você. Algo sobre a polícia e sobre Larry. É muito importante para falar pelo telefone, precisa ser ao vivo.

            — Entendi. — Respondi. — Me encontre no parque perto de casa, então. Logo perto da entrada, há um lago. Você me verá assim que chegar.

            — Tudo bem. — Ele disse. — Até mais.

            — Até mais.

 

            Retirei o telefone do ouvido e pensei no que havia acabado de fazer. Foi a primeira vez que o convidei para me encontrar fora do colégio, imaginei o quanto estranho isso poderia ser aos olhos dos outros. Como as pessoas eram tão... Desconfiadas. Se ficassem sabendo, provavelmente, diriam que eu me aproveitei da situação para conseguir ficar com o Andrew. Rezei para que ele saísse sem ser percebido.

            Colocando uma blusa de lã que estava jogada em cima da minha cama, saí do quarto. Não olhei para os lados, para as paredes do corredor; meus olhos miravam o chão constantemente. Continuei assim até chegar ao lado de fora. Minhas cachorras latiam e eu não as mandei se calarem, ao contrário, deixei que latissem. Só Deus sabe como eu queria gritar, e não gostaria que alguém me mandasse calar a boca. Abri o portão sem usar muita força e saí.

            O vento estava gelado, congelando meus ossos e me dando arrepios. Suspirei enquanto passava pela casa do vizinho. Tudo me lembrava dele, tudo. Pensei em nossos momentos a sós, quando passávamos por aquele mesmo caminho para ir ao parque, às vezes tarde da noite. Lágrimas ameaçaram surgir, mas desistiram. Aparentemente, eu já tinha chorado o suficiente por dez pessoas.

            Cheguei ao parque lentamente. Tudo parecia morbidamente parado, com um ar de tristeza, como se o mundo inteiro estivesse de luto por Larry. Talvez estivesse. Talvez o universo tenha visto o quão horrível foi. Continuei andando até chegar perto do lugar que deveria estar evitando:

            O lago.

            Um arrepio sombrio percorreu todo meu corpo, desde a minha primeira célula até a última, revirando-me o estômago. Eu tive uma visão nesse momento, quase como uma miragem: a visão de um garoto encolhido contra a grama, chorando, e outro chegando mais perto para confortá-lo. Depois, vi os dois garotos conversando animadamente. E depois, e depois, e depois. Éramos nós: eu era o garoto que estava chorando, Larry era o garoto que queria me confortar. Lembrei-me de meses atrás, quando conversei com ele pela primeira vez, neste mesmo lugar. Eu estava tão chocado pelas coisas que haviam acontecido entre mim e Andrew, chorando na grama, quando ele se aproximou e tentou descobrir o porquê da minha tristeza. Foi a primeira vez que ele falou comigo, a primeira vez que se aproximou. Senti que nossas vidas mudariam daquele momento para frente, mas, se pudesse prever que isso iria acontecer, teria evitado qualquer contato. Lembro-me que, naquele dia, a única coisa que eu queria fazer quando ele tentou conversar comigo era pular naquele lago e me afogar, para não ter que explicar. Não fiz aquilo naquele momento, mas deveria ter feito.

            Aproximei-me do lago lentamente, passo por passo, com o coração quase saindo pela boca. Fiquei imaginando quanto tempo demoraria a viagem entre o cemitério e o parque. Pensei na oportunidade que Andrew teria antes de me encontrar. E pensei mais. Pensei em Larry, na dor que me dava lembrar-me dele, na voz dele, no sorriso dele.

            Ajoelhei-me no chão assim como fiz quando conversei com Larry pela primeira vez. Um calafrio percorreu todo meu corpo. A terra estava fria, influenciada pela noite que se extinguia e pelo lago tão perto. A massa de água estava a menos de dez centímetros de distância de mim, de modo que pude me inclinar sobre ela. Vi meu reflexo. Eu parecia o mesmo, os mesmos cabelos castanhos, os mesmos olhos tristes. Nada diferente. Aqui ou ali, flores-de-lótus decoravam a água com tons verdes e brancos. Senti outra pontada. Larry já tinha me dito que adorava aquelas flores.

 

            Eu era diferente. Larry tinha dito isso. Ele me amava. Larry tinha dito isso.

            Andrew era só mais uma peça no jogo. Ele era o peão de Alexia. Todos nós o protegíamos a todo custo. Mas Larry... Larry era diferente.

            Larry não teve culpa. Ele não sabia onde estava se metendo. Amar pode ser perigoso. Ele descobriu isso da pior maneira.

            Lucas era o meu amor, minha paixão construída por olhares e sorrisos, cuidadosamente moldada para ser meu alicerce. Ele me amava e eu o amava. E sentia falta dele. Eu queria ficar com ele para sempre.

            E foi assim, pensando em todos eles, que eu me aproximei mais da água e, sem pular ou fazer qualquer alarde, deixei meu corpo cair. A água cercou minha visão rapidamente e eu fechei os olhos, deixando-a me consumir. O mundo se tornou um reflexo gelado e leve de tristeza e solidão. Continuei descendo, afundando, com plantas enroscando-se aos meus pés e com a luz do Sol se extinguindo. Quando meus pés tocaram o fundo do lago, abri os olhos. Eu não conseguia ver nada além de uma luz opaca mais acima. Minhas mãos não alcançavam mais a borda do lago. Não tinha saída. E foi aí que me lembrei de algo muito importante:

 

            Eu não sabia nadar.

 

***

 

            Primeiramente, a água encheu as minhas vias respiratórias, depois, me puxou para baixo. Eu não conseguia alcançar nem dez centímetros acima, e o topo da massa de água estava a mais de um metro. O desespero começou a tomar conta de mim. Eu me debatia e me debatia, tentando alcançar a superfície, tentando achar o ar – até mesmo tentei agarrar numa alga ou coisa parecida para me puxar para cima, mas as raízes não sustentavam meu peso. Teve um momento que apenas fiquei rodopiando pela água, tentando gritar enquanto estava submerso, desperdiçando mais oxigênio ainda. Já tinha tido aulas de segurança pessoal e sabia o que fazer num caso de afogamento, então, abri os braços; mas, tecnicamente, eu teria que abrir a boca também para o ar me estabilizar e me puxar para a superfície, e isso era algo que eu não conseguia fazer. Meus pulmões já estavam cheios de água. Não havia como boiar.

            Diversas imagens passaram pela minha mente. A maioria era de Andrew e Larry, mas Lucas estava lá também. Eu vi os três, sorrindo para mim, com os braços abertos. Uma imaginação, é claro. E então vi Larry, quero dizer, o vi como nunca tinha visto antes:

            Estávamos sozinhos no Colégio Vargas. Tudo estava vazio. Não havia alunos ou professores, funcionários ou espiões. Ele estava no centro do pátio de entrada, com os braços abertos, esperando por um abraço, e percebi que aquilo não era normal porque nunca tinha visto-o daquela maneira. Ele estava usando um terno e uma calça social, mas os cabelos continuavam bagunçados. Seu sorriso parecia brilhar. Foi aí que percebi: aquilo não era uma lembrança. Realmente, era ele. Eu estava com ele. Estava perto dele.

            — Mas que roupas são essas? — Perguntei, me aproximando e sorrindo. Ele sorriu de volta.

            — Eu disse que nunca fui muito o que aparentava ser. — Respondeu ele. Sua voz parecia a mesma. — Você também está diferente.

            Olhei para mim mesmo quando o ouvi dizendo aquilo. De fato, eu estava com roupas diferentes: um terno e uma calça social, roupas parecidas com as dele. Levantei meu olhar para encontrá-lo me admirando com os olhos.

            — Você está lindo. — Disse ele.

            — Você também está. — Respondi.

            Olhei em volta, franzindo o cenho. Estava tão quieto, de modo que eu podia ouvir meu próprio coração – se ele estivesse batendo.

            — Onde estamos? — Perguntei.

            — No colégio. — Ele disse.

            — Sim, mas onde estão os outros?

            — Se foram. Esse é o nosso momento. — Disse ele, puxando-me pelo antebraço. Eu quase tentei me afastar, até sentir seu sorriso se extinguir. Alguma coisa não parecia certa. — Pena que não podemos ficar juntos.

            — Como assim? — Perguntei. — Nós já estamos juntos.

            — Não. Não estamos. — A voz dele soou séria. — Não está na sua hora, Gregory.

            — O quê?

            — Você tem que voltar.

            Tentei segurar no braço dele, mas meus dedos atravessaram sua pele como se ele nem sequer estivesse lá.

            — Larry!

            — Você tem que...

 

            Senti uma pressão absurda sobre meu peitoral e tive vontade de vomitar. Levantei-me rapidamente, sem pensar em nada, e um líquido nojento começou a sair por minha garganta. Engasguei e continuei a tossir até limpar minhas cordas vocais.

            Olhando em volta, percebi que estava de volta ao parque e Andrew estava ao meu lado. Ele segurava as minhas costas e eu estava deitado contra seu tórax. Quando consegui unir os pontos, pensar na imagem de Larry, na água e na tosse, percebi que Andrew tinha salvado a minha vida.

 

***

 

            Ele me abraçou vorazmente após meu ataque de tosse, apoiando o queixo nos meus cabelos.

            — Que merda, Greg, o que você queria fazer? — Perguntou ele, apertando-me.

            — Eu... — Hesitei. Minha garganta ainda parecia queimar de dor. — Eu não sei. Eu... Eu queria ficar sozinho.

            — Droga. Você quase se matou!

            — Me desculpe. Eu senti que conseguiria esquecer tudo se entrasse na água. — Respondi, falando a verdade.

            Por um tempo, ficamos parados, com ele me segurando e eu me segurando nele. Seus braços tremiam de susto ou de frio, apesar de eu ter apostado mais na primeira opção. Eu não queria assustá-lo, deixá-lo com medo de me perder definitivamente, apenas não sabia o que estava fazendo. Eu estava cego pela perda e pelo luto, mas tudo bem, porque renasci.

            — Me desculpe. — Repeti, me levantando.

            — Fique deitado, você ainda não está bem. — Ele rebateu. Eu não acatei a seu conselho. Ele se levantou também e ficou na minha frente. Vi seus cabelos molhados pingando, suas roupas encharcadas e senti uma pontada de dó por fazê-lo passar por aquilo.

            — Eu estou bem. — Respondi. — Muito obrigado. Sério, eu não sei o que estava pensando.

            — Você não estava pensando, esse é o problema. — Ele rebateu.

            Eu desviei o olhar. Não conseguia olhar diretamente para ele, não no estado em que estávamos. Já tinha passado por muita coisa com ele, por desavenças e brigas, mas ainda não suportava vê-lo estressado comigo. Ele pareceu entender que eu não gostei muito de seu jeito e então se aproximou.

            — Desculpe. É que eu não suportaria te perder. — Disse ele.

            — Eu entendo.

            — Realmente, acho que você é a única pessoa que me entende. — Ele respondeu.

            Andrew me encarou por um longo instante, mas não se aproximou nem fez menção em querer chegar mais perto. Eu queria chegar perto dele, abraçá-lo, como sempre quis, mas mantive minha posição.

            — Na verdade, eu tenho algo superimportante para falar. — Disse ele. — Sobre tudo isso.

            Senti a seriedade na voz dele, em sua ausência de sorriso ou entonação.

            — O que houve? — Perguntei.

            — Se lembra que eu disse que precisava falar com você sobre algo envolvendo a polícia? — Ele perguntou. Eu assenti. — Então, é sobre a investigação da morte do Larry. Todos achavam que foi um acidente, pelo modo como o carro bateu, mas não foi. A perícia disse que os freios foram sabotados. Não foi um acidente. Ele foi assassinado.



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