Nunca fui muito de escrever, mas isso é para ganhar nota, então vou fazer direito.
Sempre tive uma memória boa, por isso acredito que vou conseguir relembrar as coisas com bastante clareza.
O professor pediu que contasse-mos algo especial que aconteceu em nossas vidas, que gostaríamos de deixar guardadas para sempre em nossos corações.
Então eu decidi que iria contar minha vida a partir do momento que encontrei a pessoa que mudou tudo que eu conhecia, Rose Weasley.
Já tinha ido para Hogwarts, aquele era meu quinto ano, o que me resultava, sem contar a que eu conheci Rose, dezesseis viagens no Expresso e eu posso afirmar que em todas as vezes que eu pisava naquele trem, o céu estava nublado.
Entretanto, aquele dia se encontrava ensolarado, e pela primeira vez havia conseguido uma cabine só para mim.
O que significava que eu podia deitar no banco e dormir sentindo a brisa morna e o sol atravessando a janela.
Talvez, se eu tivesse chegado um pouco mais atrasado, ou tentado procurar alguém para conversar, as coisas poderiam ser diferentes.
Mas eu não era assim, nunca tinha sido, não tinha amigos ou qualquer companhia.
Ser excluído... ser excluído era uma coisa difícil, na verdade era fácil, já que era a única situação que eu estava acostumado, mas parando para relembrar, era um péssimo jeito de viver.
No começo das aulas, na realidade no começo de qualquer interação com a sociedade bruxa nunca tinha entendido a razão de não ter muitos amigos, das pessoas me olharem torto e poucos continuarem a falar comigo após minutos de conversa, mas ficou claro após entrar em Hogwarts.
Eu sou Scorpius Malfoy, Malfoy, filho de dois antigos Comensais da Morte, ninguém queria amizade com uma pessoa dessa.
Então me afastei cada vez mais da sociedade, e no final era quase que automático falar com as pessoas só quando necessário.
Se já tinha chegado até aqui, poderia aguentar mais um pouco de tempo.
Ter esses tipos de pensamentos era normal para mim, pensar muito era normal para mim, por que eu era a única pessoa que falava comigo.
Decidi que era melhor simplesmente ignorar essas preocupações e tentar dormir.
Lembro que no exato momento que alguém abriu a porta da cabine com extrema brutalidade, eu estava deitado no banco, quase adormecido.
Meu corpo pulou entrando em choque com o final da calmaria, caindo no chão entre dois pés.
— Posso me sentar aqui?
A voz era feminina, cocei meus olhos tentando enxergar através da onda de dor que tive por bater a cabeça no chão.
Uma calcinha, estava vendo um calcinha branca.
A menina continuou parada, sem demonstrar estar brava por ter um garoto com a cabeça entre seus pés, vendo sua roupa íntima.
Não conseguia me mexer, responder, ou pensar.
Tinha ido de uma situação para a outra muito rápido.
E então ela se moveu, fiquei triste e aliviado ao mesmo tempo, estático e encarando o teto.
E então a menina sentou no banco, era Rose Weasley.
Lembro do meu coração dar um solavanco, Rose Weasley, a princesa de ouro de Hogwarts.
ROSE WEASLEY!
Os olhos azuis dela esquadrinhavam a cabine vazia.
— O que foi?! — Rose exclamou com a expressão incomodada, ainda olhando tudo envolta, desviei meu olhar.
Ela era a menina mais popular da escola, cheia de amigos, um namorado perfeito, notas perfeitas. Ela era perfeita.
— Só fiquei surpreso por você ter entrado aqui do nada... sem seus amigos.
Gaguejei, tentando esconder o fato de que estava fotografando os detalhes do cabelo dela, que levavam um ruivo tão forte que parecia ser surreal.
— Bom, minha "amiga"... — Rose fez aspas com os dedos deitando sua cabeça para trás e fechando os olhos, parecendo ficar irritada subitamente. — Está muito ocupada beijando meu "namorado" e minha outra "amiga" decidiu sumir, provavelmente sabendo de toda a história.
Na hora, eu fique confuso dela estar me contando todas aquelas coisas, porém depois de um tempo convivendo com ela aprendi que Rose sempre fala tudo o que sente ou pensa, não importa para quem.
— Não que você queira saber de tudo isso. — A bruxa jogou o corpo para frente escondendo o rosto nas mãos, se explicando. — Só estou contando que...
"Ela sempre fala rápido assim?" Pensei.
Estava realmente conversando com a garota mais popular de Hogwarts?
Rose Weasley... escutava tanto esse nome, que ele me parecia ser algo de se dizer no cotidiano, como "Bom dia."
Ela parecia ser legal e gentil, mas esse tipo de briga dura pouco e era óbvio que logo ela se resolveria e voltaria correndo para os amigos.
— Você realmente acha?
A garota exclamou de repente com um grande sorriso no rosto, aparentemente, eu tinha concordado com algo durante meu devaneio.
— Ahn, sim? — Respondi incerto.
— Então é isso! — Rose se levantou parecendo inspirada.
— Chega de falsidade, chega deles! Vou me afastar dos meus antigos... — Mais aspas com os dedos. — "amigos".
Concordei com a cabeça mais uma vez, ainda tonto com tudo acontecendo.
— A propósito, quem é você? — Rose inclinou a cabeça sentando-se.
Por alguma razão, ela me lembrava (lembra) um cachorro. Conseguia visualizar as orelhas no topo de sua cabeça.
— Scorpius... — Parte do meu sobrenome quase saiu, mas eu preferi guarda-lo. —... muito prazer.
Estendi a minha mão, arrependendo-me drasticamente quando ela riu debochada.
— Ninguém se apresenta assim, dando as mãos. — Rose falou.
Baixei minha cabeça, provavelmente com as bochechas vermelhas.
— Eu adorei! — A bruxa exclamou erguendo a mão e segurando-a na minha.
Um mínimo sorriso nasceu no meu rosto.
— O prazer é todo meu, Rose Weasley.
Ela segurou em minha mão, a primeira menina a fazer isso.
Uma brisa vinda da fresta aberta na janela bateu em nós, ainda de mãos dadas, jogando os cabelos dela para o lado em ondas vermelhas.
Nossos olhares se cruzaram e me dei conta que não tínhamos nos olhado simultaneamente, era a primeira vez que via os olhos dela olhando os meus.
O vento foi embora assim como nosso aperto de mão, um sorriso surgiu no rosto de Rose e com uma voz animada ela disse:
— Agora somos amigos.
Naquele instante o sol brilhou mais forte.
•••
Após uma semana de aula cada vez menos eu conseguia entender a Weasley.
Rose é uma pessoa difícil de se lidar, ela é o ser mais extrovertido, falador, alegre e irritante que alguém poderia ser.
"A dupla aí, ambos com trabalho extra para daqui duas semanas."
"Isso mesmo, conversem na sala de aula e façam todas as lições de casa para a próxima aula."
"Senhorita Weasley desça de cima da cadeira! Você está de detenção! Vocês dois estão!"
Essas eram apenas algumas das frases que os professores nos dirigiram o dia todo por causa da hiperatividade de Rose.
Agora que tinha a companhia dela a duas semanas inteiras, não sabia se preferia quando era só.
Muitas vezes ela não falava comigo, mesmo tendo excluído seu amigos mais próximos, ela passava grande parte do dia com seus colegas. Me deixando de lado.
— Então, por que você sempre está andando sozinho?
Rose surgiu atrás de mim de surpresa, sentando-se ao meu lado.
Estávamos no Jardim, na orla do rio, as aulas tinham acabado um pouco mais cedo por causa do Pirraça que apareceu em todas as salas jogando bomba de bosta e eu aproveitei para ver o pôr-do-sol.
— Nunca fui de fazer muitos amigos.
Respondi vago, não queria falar que era por causa dos meus pais.
Rose tinha levado a sério o assunto de deixar os amigos para lá, havia ignorado o ex-namorado, Nathan, e as duas ex-melhores-amigas, Annie e Katherine desde o momento que colocará o pé para fora de nossa cabine no expresso.
Ambos deitamos na grama ao mesmo tempo.
— Sempre estou rodada de pessoas, mas assim que deixei de andar com os meus ex-amigos, não importa com quem eu esteja, me sinto sozinha.
— Isso passa. Essa coisa de solidão, passa.
Comentei olhando para a copa das árvores, com algumas folhas mais claras por causa dos raios de sol.
— Não conseguiria ser como você, sabe? Sem ninguém para conversar, enlouqueceria se fosse.
Concordei com um "Uhum", apoiando minha cabeça em meus braços.
— Ei, posso fazer uma pergunta pessoal? Bem pessoal? — Rose virou seu corpo para minha direção, dei de ombros desconfiado. — Você já beijou, Scor?
— QUE? — Tentei puxar ar, mas ao mesmo tempo o soltei, o que resultou em um grande engasgo. — Eu... eu...
— Nossa então você não tem amigos nem fora da escola.
Rose riu, o sol estava batendo na pele branca dela, fiquei preocupado que ela se queima-se.
— Bom, não é como se eu fosse exatamente uma pessoa cativante.
Respondi parando de encara-la e fechando os olhos.
— Onde eles estão indo?...
Rose se sentou subitamente, avistando algo, e quando me dei conta, ela já estava em pé.
— Vem Scorpius.
A bruxa estendeu a mão para mim, segurei-a e segundos depois já estava sendo puxado atrás de Rose.
— Me explica o que estamos fazendo?!
— Perseguindo o Nathan e a Annie. Agora, silêncio.
Minha expressão mudou completamente, foi difícil para eu aprender que com Rose passamos de brisas para tufões em milésimos de segundos.
Após longos minutos, nos escondendo a cada instante atras de uma árvore, Rose colocou o braço na frente de meu tórax me parando.
— Nathan realmente vai a trazer para cá?
A bruxa perguntou a si própria, apontando para o longe, logo à frente tinha um casal, que eu julgava ser Nathan e Annie, ambos abriram duas portinholas de madeira que se projetavam do chão ao lado de grandes barris e entraram ali.
— O que tem de mais aqui?
Perguntei olhando em volta, havíamos ido para trás do castelo, o Sol estava tão baixo no horizonte que mal podia enxergar as coisas.
— Vamos esperar os dois saírem de lá.
Ela se sentou decidida na grama, encostada em uma árvore qualquer.
— Rose, vamos nos meter em problemas se continuarmos aqui. Sem dizer que eu não quero perder o jantar...
A bruxa resmungou um "Pode ir se quiser" e escondeu o rosto nos joelhos, ela definitivamente estava chateada,
Após segundos tentando decidir o que eu faria, sentei do lado dela, suas costas tremiam um pouco. Até hoje não consegui chegar a conclusão se ela estava chorando ou não.
Dobrei meus joelhos para junto de meu tórax e coloquei minhas mãos sobre eles.
— Obrigado. — A ruiva sussurrou com a cara abafada, senti um pulo dentro do meu peito.
Mesmo estando irritado 99% do tempo que passamos juntos eu não conseguia evitar, toda vez que Rose aparecia me pedindo algo, eu esquecia o significado da palavra "não" e só conseguia falar "sim".
•••
— Scorpius acorda!
Alguém me chacoalhou, fazendo-me voltar à tona.
— Professor, por favor não me dê mais trabalho! — Exclamei abrindo os olhos.
— Que professor?! Sou eu, Rose. Eles já devem estar prestes a sair, espera aqui, O.K?
Assenti voltando à realidade, lembrando-me de onde estava.
Agora já estava tudo completamente escuro, só a luz da varinha de Rose brilhava feito um vagalume enquanto ela corria até o alçapão onde o casal estava.
Provavelmente o jantar estava prestes a acabar ou já tinha acabado. Se alguém nos pegasse aqui...
Mais minutos se passaram e alguém se projetou do chão, um cara, Nathan.
Não consegui ouvir a conversa e nem ver a expressão dos dois brigando, mas enxerguei Nathan apontando para mim.
E de repente Rose estava empurrando seu ex-namorado para dentro do sótão novamente, trancando as portinholas e se jogando em cima das mesmas.
— Mas que merda! — Exclamei correndo até ela.
— Vamos... me ajude a colocar esses... barris aqui.
Aparentemente, Nathan e Annie não gostavam de ficarem trancados dentro do sótão.
Continuei arrostando-a, sem reação.
— Vai Scorpius!
— Não grita meu nome! — Sussurrei bravo, indo até os barris, eles estavam mais pesados do que eu imaginava.
— Vão saber que sou eu.
Outros estrondo nas portinholas, Rose realmente estava se esforçando.
— Já sabemos que é você, Malfoy! — Uma menina berrou, senti todo meu corpo congelar, ela tinha falado meu sobrenome.
Rose iria descobrir quem eu era.
— Wingardium Leviosa! — Gritei, erguendo um dos barris, a ruiva rolou para o lado no momento em que coloquei-o em cima das portas.
Rose arrancou sua varinha e exclamou.
— Engorgio!
O barril triplicou de tamanho, assim como o sorriso de Rose.
Weasley segurou meu pulso e me puxou para longe do sótão, que, felizmente, era tão afastado das entradas do castelo que os gritos dos dois demorariam a serem ouvidos.
Assim que a bruxa parou de correr, virou-se pra mim com um rosto sorridente.
— Meu deus, você viu a cara dele quando caiu?
— Você não vai parar de falar comigo?
Indaguei confuso, ela me olhou mais confusa ainda.
— Malfoy, eu sou Scorpius Malfoy, filho de ex-Comensais da Morte.
O semblante de Rose ficou terno, os olhos azuis brilhando intensamente.
— Eu já sabia Scor. — Ela colocou a mão sobre a minha bochecha.
— Você sabe que temos que tirar eles de lá, né?
Falei trocando de assunto, seu sorriso sumiu.
Ela ficou parada olhando para o chão por tanto tempo que achei que ela tinha travado.
— Era nosso lugar, ok?
A voz dela veio mínima, os olhos cheios de lágrimas brilhando contra as estrelas. Não havia percebido toda essa raiva nela.
— Foi o lugar do nosso primeiro encontro, primeiro beijo, pedido de namoro... primeiro tudo. Ele não tinha direito de trazer outra aqui!
Rose abaixou a cabeça e encostou a mão no tronco de uma árvore, nunca tinha visto-a tão triste assim, ela era sempre tão genuinamente alegre...
— Isso não é motivo para poder prender os dois lá dentro! Nós temos que soltar eles!
Weasley balançou a cabeça passando a mão no rosto.
— Eu não posso me meter em problemas, a escola mal me aceitou...
Pela primeira vez em minha vida, senti um fogo dentro de meu tórax, um fogo que se alastrou tão forte e rápido que quando retomei os sentidos, estava socando o tronco da árvore ao meu lado.
— Eu entendo que você está irritado, Scor! Mas...
— Não me chame de Scor! — Exclamei.
— Foi minha primeira vez! — Rose berrou, tão alto, que não consegui me conter de olhar envolta. — Ali, exatamente naquele lugar, foi minha primeira vez, com as mesmas velas que ele está usando com ela, mesmo incenso, mesmo dia. Mesmo tudo.
Eu não sabia como lidar com essa situação, nunca tinha visto um amigo meu sofrer, nunca tive um amigo.
Mas fazer todas essas coisas erradas e não conseguir falar um "não", aquilo quase me esmagava de tanta raiva.
— Vamos... — Rose segurou minha mão, me puxando. — Talvez consigamos pegar o final do jantar se nos apressarmos. Prometo que você não vai se meter em problemas.
Retornamos a correr para a entrada de Hogwarts.
Rose era estranha, ora ela era minha melhor amiga, ora passava reto por mim nos corredores.
Assim que avistamos um corredor aberto para o interior do castelo Rose me parou e virou séria para mim.
— Quando disse mais cedo... que me sentia sozinha perto de todo mundo que não fosse meus antigos amigos... eu estava mentindo. Não me sinto sozinha perto de você. Você realmente é um bom amigo.
Soltei um sorriso, Rose parecia prestes a virar, mas olhou novamente para mim, com uma expressão diferente.
— Seus olhos.
Ela sussurrou, meu rosto se contorceu em duvida.
— São ternos. — A bruxa completou, assim que viu meu semblante confuso.
— Seria um bom motivo para te beijar.
Congelei.
— O que temos aqui?! — Uma voz rígida exclamou.
"Qualquer um menos a diretora, qualquer um menos a diretora, qualq..."
— McGonagall! — Rose virou-se para a mulher alta andando até nós.
— O que dois jovens fazem aqui fora essa hora? O jantar já acabou! Espero que tenham uma ótima explicação.
— Nós... — Comecei gaguejando, tentando encontrar uma desculpa.
— Eu! Eu o chamei aqui, queria falar com ele, a culpa é minha diretora!
— Senhorita Weasley, trate assuntos românticos em horas adequadas. Detenção sábado que vem para os dois... e menos 20 pontos para a Grifinória, por pessoa! Já para os quartos.
Um lamento saiu de minha boca, McGonagall encarou-me feio antes de sair andando.
— Aí, me desculpe Scor! — Rose virou-se para mim.
— Não, eu... Não! — Comecei, sem perceber que havia começado, respirei fundo, a raiva que eu tinha sentido a pouco renascendo.
Entrei no corredor para ter certeza que McGonagall não estava mais lá.
— Eu não posso me meter em problemas Rose! — Exclamei enfurecido. — Sou filho de dois Comensais da Morte, meus pais mal se mantém no mercado de trabalho, todos da escola me odeiam por causa deles. Tenho que ter minha ficha limpa! Eu nem sei com o que vou trabalhar quando sair daqui! Quem me aceitaria?
Balancei a cabeça, sabia que ia me arrepender de falar aquilo tudo.
— Eu nem quero ver o que vai acontecer quando seu ex-namoradinho sair daquele sótão!
Encarei ela, Rose parecia sem fala, a bruxa apenas me encarava com a boca aberta e as mãos paradas estendidas no ar.
— Você é muito legal Rose, mas acho que nós simplesmente não combinados como amigos, você é... como fogo. E eu não sou nem uma brasa.
— Então você está se afastando? Talvez seja por isso que não tem amigos!
Aquilo me acertou como um soco.
— É Rose, estou me afastando.
Virei-me indo em direção a Grifinória, sem olhar a expressão de surpresa que eu sabia que residia no rosto da bruxa.
Assim que dei o primeiro passo, sem motivo algum, minha varinha se estatelou no chão, rolando para trás.
Virei agachando-me rapidamente para alcançar o objeto, entretanto Rose teve o mesmo pensamento.
A mão dela segurou a varinha e eu segurei ela.
Os olhos dela me encararam, grandes, azuis e redondos, com a mesma expressão intensa do dia que nos conhecemos e por alguns segundos, apenas nos encaramos.
E sem avisos as velas do corredor apagaram-se, deixando só a luz da lua iluminando-o, atravessando os olhos de Rose, que ficaram cristalinos.
Weasley soltou minha varinha, eu soltei a mão dela, cada um virou em direções opostas – com o destino mútuo – e seguimos o nosso caminho.
Talvez esse momento, apenas talvez, fosse um aviso de que as coisas estavam prestes a mudar.
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