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História Como Eu Era Antes de Você - Uma Nova História - Capítulo 05 - Voltar a Viver


Escrita por: jolovesym

Capítulo 5 - Capítulo 05 - Voltar a Viver


Já eram 12h e eu ainda estava no hospital. Pedi a Camila que fosse ao Castelo tomar um banho e descansar. Não me importava de ficar ali, como acompanhante de Will. Toda a raiva que tinha daquele homem tinha ido embora quando tudo aquilo aconteceu. Era quase inacreditável que, de uma hora para outra, Will, aquele homem orgulhoso e altivo, estava numa cama de hospital, paraplégico. Não poderia jamais sentir ódio dele nesse momento, pelo contrário, meu coração se compadecia por Will. Eu só queria que tudo não passasse de um sonho e que ao acordar, poderia viver minha vida sem sentir esse aperto que estava sentindo.

- Senhorita Clark? – A enfermeira apareceu de repente, me tirando dos meus pensamentos.

- O senhor Traynor precisa de um acompanhante nesse momento, precisamos dar algumas doses de remédios fortes para que sua recuperação comece da melhor forma, a cirurgia exigiu muito dele, ele precisa de alguém ao seu lado. – Ela me pegou de surpresa. Eu seria a última pessoa que Will iria querer ao lado dele nesse momento. Permaneci em silêncio. – Por favor, senhorita Clark.

- Tudo bem.

Precisei vestir algumas roupas para entrar no quarto do Will, o estado dele era realmente delicado e todo cuidado era pouco. Ao entrar no quarto, lá estava ele, entubado, os aparelhos faziam barulhos que me deixavam apreensiva. Fiquei ao lado dele todo o tempo, apertei sua mão para que ele soubesse que tinha alguém com ele. Naquele momento, olhando para Will, meu coração bateu mais forte. Eu não poderia estar tendo sentimentos por alguém tão rude e orgulhoso. Balancei minha cabeça tentando fugir desses pensamentos.

Após os enfermeiros aplicarem os remédios que Will precisava, voltei para a recepção e encontrei Camila, agora com uma aparência melhor.

-  Louisa, querida, obrigada por ficar aqui com Will. Stephanie já está vindo para me fazer companhia. Por favor, vá para casa e tire o resto do dia para descansar.

- A senhora tem certeza que não quer que eu fique? – Perguntei.

- Não querida, você já me ajudou demais, eu agradeço por tudo o que fez. Agora vá, descanse.

 

Camila pediu para que seu motorista me levasse em casa. Durante todo o trajeto não consegui pensar em nada além de Will. Antes de sair do hospital, liguei para casa avisando que já estava indo embora. Quando cheguei, alguém estava me esperando.

- Lou! Que bom que chegou! – Patrick me abraçou.

- Oi Patrick. – Falei, desanimada. Não acreditava que teria que suportar Patrick depois de passar por uma noite tão conturbada.

- Não vai vir aqui me dar um abraço? Um beijo? - Ele me olhou surpreso ao me ver tão fria com ele.

- Patrick eu não estou bem, estou cansada, estava com minha chefe no hospital, depois nos falamos. – Falei enquanto começava a subir pelas escadas.

- Lou, você não vai descansar! – Patrick me segurou pelo braço. – Você nunca tem tempo para ficar comigo, nunca mais foi ao meu apartamento. O que está acontecendo?

- Patrick, não estou com tempo de discutir com você. Eu trabalho, eu não fico por aí correndo e participando de esportes idiotas. – Encarei ele, meu rosto fervia de raiva. Já não suportava mais a presença dele.

- O que está acontecendo com você? Você não é assim, estamos juntos há muito tempo, eu te conheço. – Ele disse me forçando a descer os degraus que subi.

- Olha Patrick, não, você não me conhece. E se conhecesse, saberia que quando eu estou cansada, eu preciso de um tempo para descansar. Depois a gente se fala. – Tirei suas mãos de mim e subi as escadas correndo. Entrei em meu quarto e tranquei a porta. Porque eu sentia repulsa só de estar perto de Patrick? Era assim que o amor acabava? Ou eu simplesmente nunca me apaixonei por ele? Eu não queria saber. Deitei em minha cama e ainda escutava Patrick discutindo com mamãe sobre mim. Ela provavelmente estava tentando acalmá-lo dizendo para voltar outra hora. Mas eu não quero vê-lo outra hora. Eu não quero vê-lo nunca mais.

 

Acordei assustada, olhei no relógio e eram 02h da manhã. Não havia nenhuma ligação e nenhuma mensagem. Será que eu deveria ligar para Camila e perguntar se precisava de algo? Estava muito tarde. Provavelmente Stephanie estava com ela. Eu queria não pensar nele e em como essa paraplegia causaria estragos em sua vida, uma vida perfeita. William Traynor agora precisaria aprender a viver novamente.

 

 

Duas semanas se passaram e Will teria alta do hospital nessa manhã. Esses dias permaneci na recepção colocando todo o trabalho em dia que deixei acumular. Camila sempre me dava notícias dele mesmo sem eu pedir. No fundo ficava feliz, além do mais, não sabia como explicar, mas nutri um afeto por William, mesmo me tratando tão mau desde que eu o conheci. Levantei cedo, eram 6h da manhã quando sai da cama direto para o banheiro. Tomei um banho quente, escolhi a melhor roupa que comprei para usar na recepção, arrumei meus cabelos e até passei uma maquiagem leve. Eu não sabia o porquê daquilo, mas hoje veria Will. Meu coração estava feliz, ele estava bem, apesar de sua nova limitação. Desci as escadas sorridente, não sabia como controlar minha alegria.

- Bom dia filha. Está tão bonita hoje. Algum motivo para estar tão arrumada? – Mamãe não perdeu a oportunidade.

- Bom dia mãe, não tem motivo especial. Hoje só quis me arrumar um pouco mais. – No fundo sabia que tudo aquilo tinha um motivo.

- Vai sair com Patrick depois do trabalho? – Me perguntou.

- Não mamãe, aliás, ainda bem que me perguntou sobre Patrick, quero lhe dizer algo que decidi nesses últimos dias. – Olhei para ela e percebi que ela já sabia o que eu iria dizer. Não tinha mais como fugir desse assunto, eu terminaria com Patrick assim que possível.

- Lou querida, não tome nenhuma decisão precipitada, são sete anos de relacionamento. Sete anos que vocês construíram juntos. – Começou a falar, sua voz estava embargada. Mamãe não queria de forma alguma que eu terminasse com Patrick, mas eu sabia o motivo, ela não queria que a vizinhança falasse da nossa família novamente. Quando Treena engravidou de Thom, aconteceu a mesma coisa, mamãe ficou arrasada. Mas eu não poderia me submeter a isso só para preservar a família dos boatos de pessoas fofoqueiras da cidade.

- Mãe, não comece por favor, eu não estou feliz, não com Patrick, eu preciso ficar só, pensar em mim. Eu simplesmente não quero mais estar com ele, espero que entenda minha decisão.

- Patrick é um bom moço Lou, ele te ama.

- Em uma relação os dois precisam estar apaixonados  para existir felicidade no relacionamento. Eu não o amo mais, mamãe.

- Mas você pode amá-lo novamente, se olhar para ele de uma forma diferente. Você anda tão ocupada, quase não tem tempo para si mesma...

- Mamãe, já tomei minha decisão. Assim que possível, eu irei terminar com Patrick. Já vou porque quero chegar cedo. Bom dia.

Sai da cozinha sem nem mesmo olhar para trás, esse assunto de Patrick me deixava com o estômago revirado. Queria chegar cedo para esperar William retornar do hospital depois de tanto tempo.

Quando cheguei a recepção, o Castelo ainda estava vazio. Organizei todos os assuntos da recepção e fiquei aguardando a chegada de Camila junto com Will. Ela havia me pedido para organizar um café da manhã na Granta House para recebê-lo. Essas duas semanas foram muito corridas para ela e Stephanie, então me deixaram encarregadas de algumas coisas do Castelo além da recepção. Stephanie me conhecia desde que comecei a trabalhar aqui e ela confiava muito em mim, por isso Camila me tratava tão bem e também confiava em mim. No dia anterior deixei tudo organizado para que as funcionárias da casa preparassem o café, como Camila havia recomendado. Tudo feito com muito amor para a chegada de Will. Durante essas semanas Steve precisou ir a Londres resolver algumas pendências da empresa de Will. Ele não havia retornado então o café seria apenas para a esposa e o filho. Também conferi o quarto de Will. Quando entrei de novo me lembrei de como ele havia sido estúpido comigo e como agora estava tão vulnerável com sua situação. Olhei novamente aquele porta-retratos, lá estava ele na foto, sorridente, lindo, incrivelmente atraente. O quarto tinha sofrido alguns ajustes para que Will se locomovesse. Graças a Deus os quartos da Granta House ficava no primeiro andar. Will tinha organizado um escritório no segundo andar, mas Steve iria resolver isso quando voltasse. Eu não sabia como Will estava, como ele tinha reagido sobre sua paraplegia. Eu não fui ao hospital durante essas semanas.

- Senhorita Clark. – Eleonor estava me olhando na porta do quarto.

- Sim? – Respondi, disfarçando meu espanto com sua chegada.

- Eles chegaram.

Meu coração parou. Fiquei alguns segundos sem reação, estava gelada, estava nervosa. Olhei novamente para trás e Eleonor ainda me observava, certamente aguardava alguma resposta minha.

- Ah sim, claro. Já estou indo para a recepção. – Andei depressa até a recepção, eles ainda não haviam entrado, certamente porque estavam colocando William na cadeira de rodas. Camila ficou uma semana escolhendo a melhor cadeira de rodas motorizada para Will, ela queria facilitar tudo para a sua chegada e adaptação. Ajeitei minha camisa e minha saia, sai detrás da mesa e me posicionei ao lado para recebê-los. A porta se abriu e lá estava ele. Will sentado em uma cadeira de rodas, vestindo uma camisa branca e uma calça de moletom azul. Seus cabelos estavam bagunçados. Não, definitivamente não se parecia com aquele William que vestia paletó e gravata e intimidava as pessoas. Ele tinha o olhar fixo para o chão.

- Bom dia senhora Traynor. Bem-vindos de volta. – Will continuava olhando para baixo, sem nenhum tipo de expressão no rosto.

- Bom dia Louisa, que bom estarmos de volta em nossa casa. Vejo que está tudo em ordem por aqui.

- Bom dia senhor Traynor, é muito bom tê-lo de volta ao Castelo. – Me atrevi a dizer. Queria ver alguma reação de Will, se ele me odiasse naquele momento eu não me importava, queria que ele apenas reagisse, mesmo que fosse negativamente contra mim.

- Will meu filho, comprimente a senhorita Clark, ela esteve com você nos primeiros dias no hospital. Inclusive ficou ao seu lado para que recebesse as primeiras doses de seus remédios. – O rosto de Will agora expressava surpresa, porém continuou em silêncio. Olhei para e ela e ela me pedia pelo olhar que falasse alguma coisa.

- Não tem problema senhora Traynor, preparamos um café da manhã maravilhoso na Granta House, espero muito que a senhora e o senhor Traynor aproveitem. Acredito que estejam cansados.

- Obrigada Louisa. Will e eu agradecemos.

O olhar dele estava distante. O que estava passando na cabeça do William Traynor? Como ele reagiu ao saber do que aconteceu? Eu apenas assenti e voltei a me sentar para organizar meus afazeres do dia. Camila pediu que todas as visitas ao Castelo até o próximo mês fossem canceladas, devido ao estado de saúde de Will, ela não queria que as pessoas ficassem vindo especular, além do mais eles um das famílias mais ricas da cidade. A hora simplesmente não passava, já havia tomado várias xícaras de café. Estava tentando me distrair organizando as fichas das últimas visitas do Castelo quando o telefone da recepção tocou:

- Castelo de Stortfold.

- Olá Louisa, sou eu, Camila. Você poderia vir até aqui em casa? Preciso conversar com você.

- Sim senhora Traynor, já estou indo.

O que Camila queria comigo? Organizei minhas coisas na mesa e fui até a Granta House, pelo menos poderia saber como Will estava se sentindo agora que estava de volta.

- Senhora Traynor?

- Aqui Louisa. – Ela estava sentada na sala de estar. – Sente-se querida. – Me sentei me questionando porque ela continuava me tratando tão bem. – Louisa, como você percebeu, Will não está bem, ele não se conformou com o que aconteceu. Desde que soube da paraplegia mal fala conosco, mal se alimenta.

- Senhora Traynor, o que os médicos disseram? – Perguntei.

- Eles disseram que por hora precisamos esperar. Daqui algumas semanas Will poderá iniciar a fisioterapia. Depois de alguns meses eles poderão dizer se é reversível ou não. Já contratamos o fisioterapeuta para cuidar de Will, ele é um de seus melhores amigos e deve chegar na segunda semana do próximo mês. Ele precisa terminar alguns trabalhos e organizar sua mudança temporária para cá. Pensamos em nos mudar de volta para Londres, no entanto, não acredito que seja o melhor para ele, entende? Ficar no ambiente onde sua vida funcionava perfeitamente, perto de Alicia.

- Ela soube...

- Não. – Camila me interrompeu. – Eu não avisei a ninguém de Londres, exceto os amigos mais próximos, foi a única coisa que Will conseguiu pedir até hoje.

- Ele falou algo sobre aquela noite?

- Não. No entanto eu toquei no assunto, pedi que esquecesse Alicia. Sei que não deveria falar sobre isso nesse momento com ele, mas meu ressentimento por ela é maior, não quero que ela cause nenhuma dor, mínima que seja, ao meu filho.

- Sinto muito por tudo isso, senhora Traynor.

- Eu também Louisa, eu também. Bom, chamei você aqui porque andei conversando com Stephanie. Pedi a ela que me dissesse qual das meninas do Castelo poderia ser acompanhante de Will nesses próximos dias até Nathan chegar. Ela me falou que você sempre foi muito atenciosa e carinhosa com os visitantes do Castelo. E eu não vou ter tempo de fazer entrevistas com cuidadoras ou enfermeiras. Até porque é algo temporário.

- Ah... – fiquei sem ter o que dizer.

- Louisa, sei que é pedir muito, além do mais, já fez muito por mim quando estive no hospital com Will, mas preciso de sua ajuda novamente. Você poderia ficar com eles nesses próximos dias, até Natan chegar. Eu gostaria de passar o dia com meu filho, mas estarei viajando nos próximos dias para visitar Georgina e Steve ficará em Londres até Nathan se mudar.

- Senhora Traynor, eu... eu sinto que não sou a melhor pessoa para cuidar de seu filho nessa situação. E também ele não gosta muito da minha presença...

- Por favor Louisa, são apenas alguns dias. Will não é mais aquele cara orgulhoso que você conheceu, ele é muito mais do que aquilo, ele é um homem frágil, que precisa de ajuda.

- Tudo bem senhora Traynor. Eu farei o que estiver ao meu alcance para ajudar seu filho a se recuperar.

- Obrigada Louisa. Stephanie me falou que não me decepcionaria com você. Seu horário nas próximas semanas vai ficar um pouco diferente, e pode voltar a vir com suas roupas, não precisa vir vestida assim, tão formalmente. Gostaria que fosse ver como Will está. Vou ao escritório do Castelo, preciso resolver algumas pendências. Fique à vontade Louisa.

- Obrigada senhora Traynor.

Ali estava eu, sentada no sofá, perplexa porque agora seria a companhia de Will. Como ele iria reagir? Como eu poderia ajudá-lo? Porque em menos de um mês a minha vida mudou tanto? O que eu sentia por Will? Apenas um afeto ou meu coração está batendo forte porque sinto algo a mais por ele? Eu não conseguia parar de pensar. Tudo conspirava para que eu ficasse perto dele, mesmo que eu não quisesse. Mas eu quero. Quero? Ah meu Deus! Que confusão em minha cabeça.

- Senhorita Clark, precisa de ajuda?

- Obrigada Eleonor, estou bem. – Fui pega de surpresa. Mas me tirou dos meus pensamentos e me trouxe a minha realidade. Eu precisava entrar no quarto de Will. Me levantei do sofá, com as pernas bambas e segui até a porta do quarto de Will. Bati a primeira vez, ele não me respondeu. Bati a segunda, ele não me respondeu. Meu Deus, o que eu faço agora? Preciso entrar e ver se ele está bem. Com coragem e coração batendo mais forte, abri a porta aos poucos e entrei. Will estava em sua cadeira, de frente para a janela, observando toda a vista que ela proporcionava.

- Senhor Traynor, precisa de algo? Está tudo bem? – Ele continuou em silêncio. Me aproximei aos poucos até estar lado a lado com ele. Fiquei observando a vista, era realmente muito bela. Olhei para o lado, Will olhava fixamente para a janela.

- A vista é incrível. Deve ser muito bom acordar com ela todos os dias. – Ele continuou em silêncio. – No inverno deve ficar ainda mais bela, não é mesmo? A neve caindo, as montanhas coloridas por apenas uma cor.

- O que você quer? O que faz aqui? Eu não pedi companhia.

- Me desculpe, Will. – Me atrevi a chamá-lo assim, me perguntei de onde estava vindo tanta coragem. – Sua mãe pediu para que te fizesse companhia. Você está bem? Precisa de algo?

- Sim. Preciso que saia daqui, que me deixe em paz, eu não te conheço e você não me conhece. SAIA DAQUI! SAI DAQUI! Me deixa em paz, some daqui.

Seus gritos ecoavam na minha cabeça, tudo rodou, eu queria ajudar Will, mas não sabia como. Por um momento me senti perdida. Will continuava gritando quando recuperei meus sentidos, percebi que ele me olhava com ódio, eu não sabia o que fazer, o que dizer. Me ajoelhei e comecei a chorar. Nesse momento Will parou de gritar e ficou me observando. Eu não conseguia parar de chorar.

- Will eu preciso te ajudar, sua mãe confiou em mim, eu me sinto péssima pelo que aconteceu, eu estava lá, eu vi você naquele hospital, sei que não me conhece, eu também não te conheço, mas me deixe te ajudar, você é melhor do que isso, eu sei que é. – Falei chorando. Will continuava me olhando. Seus olhos pareciam perdidos, olhavam para a janela novamente. Ele se virou e andou com a cadeira até sua cama.

- Estou cansado. Me ajude a deitar. – Aquilo me pegou de surpresa. Por um momento achei que estava fazendo aquilo em vão, apesar de que não foi proposital. Eu queria apenas que ele percebesse que eu estava ali para ajudá-lo.

 



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