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História Como eu era antes de você. - Por que meu coração continua fazendo isso?


Escrita por: lalin

Notas do Autor


Curiosidade não tão importante assim pra vocês: O nome do capítulo foi inspirado em uma parte da letra da música Sick/It Hurts do GOT7. Eu amo essa música mais do que a minha vida!

Estou tão contente com o feedback que essa história vem recebendo!
Obrigada mesmo! ♥
Aproveitem o capítulo <3

Capítulo 5 - Por que meu coração continua fazendo isso?


[Jungkook’s Point Of View]

• Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2016. •

[07:04 A.M]

 

♦ [ I ] ♦

 

Sentado ao lado da cama onde Kim Taehyung está pela segunda vez desde que comecei a trabalhar aqui. Ele está cada vez mais frágil, a qualquer momento pode desmoronar, ainda aqueles guardas não facilitam. Você é tão temperamental, mas... Não pode fazer nada para se proteger. Como sobreviveu tanto tempo nesse inferno?

De repente, meu celular acaba vibrando em meu bolso. Provavelmente é Jimin.

Ao pegá-lo, noto que estava equivocado, eram meus pais que não me ligavam ou enviavam mensagens faz algum tempo.

07h07

53% de bateria.

 

Mamãe ♥:

Olá, meu bebê! Desculpe por não mandar mensagens tão cedo! É que seu pai perdeu seu número... – Enviado às 07:07.

 

Eu:

Era só procurar nos contatos... – Enviado às 07:08.

 

Mamãe ♥:

Contatos? Ah, é pra isso que serve? Bem, de qualquer maneira, suplicamos para que a Jiyeon o passasse para nós! – Enviado às 07:10.

 

Eu:

Mãe, eu não quero falar sobre ela. Ok? Estou trabalhando, então, preciso ir. – Enviado às 07:11

 

 

Desligo o celular, na tentativa de impedir que me importunem hoje.

Passei dias, tentando apagá-la da minha memória, sabendo que nunca houve amor, pelo menos, não se é amor quando apenas uma pessoa está apaixonada. Cansei de amores unilaterais. De uns dias para cá, sinto que estou mais deplorável do que nunca. Permanecer dias e noites nesse casarão me deixa exausto. Inseguro, me questiono sobre o estado de Jimin, será que está tão infeliz assim como estou? Era seu plano todo esse tempo?

 

“Me lembro de seus belos olhos, que me deixaram ir.”

“Tão friamente, como se não fosse importante”.

 

O loiro que estava ao meu lado apenas respirava tranquilamente. Os raios de Sol refletiam de leve alguns fios de seus cabelos, deixando-os ainda mais dourados. Era encantador como ele tinha uma guerra dentro de si, mas nunca demonstrava. Talvez, a morte não seja a real inimiga para ele.

 

Kim Taehyung. Será que eu sou tão importante assim para você? – Penso em voz alta, deixando escapar um suspiro.

                       

Deixo o quarto por um tempo, caminhei até o escritório do Sr. Kim para pedir sua permissão para ir para casa. Eu queria pensar por um tempo, eu precisava disso mais que qualquer coisa. Provavelmente, Jimin já teria se retirado da residência para ir ao seu trabalho. Quando pisei os pés em frente à porta do superior, ouço vozes estranhas. Ele marcou uma reunião e não avisou ao menos Ji Ah?

Dei de ombros, e no instante que iria retornar ao quarto, escutei um grito. Aquilo definitivamente não era uma reunião. Era uma mulher, quem seria? A voz não é da Sra. Kim.

– Por favor, tente convencê-lo! Há uma cirurgia, por que ele não a faz?! – A voz feminina exclamava, suplicava continuamente.

 – Quem deve tomar a decisão é ele. Olha, me prometa uma coisa. Não vá importuná-lo por agora, ok? Eu nunca o vi tão satisfeito com algum empregado da casa. – Disse o homem, ele poderia estar se referindo a mim?

De quem está falando? – Disse com desdém, como se eu fosse um lixo qualquer. – Daquele garotinho “super responsável?” – Ironizou e soltou uma gargalhada exagerada em seguida.

O Sr. Kim disse algo, mas não foi possível ouvir. Foi quase inaudível.

Aprenda uma coisa, Kim Taehyung ainda me ama. E isso nunca vai mudar. – Concluiu a mulher desconhecida, gabava-se como se o loiro fosse um troféu a ser exposto.

 

[Taehyung’s Point Of View]

• Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2016. •

[07:43 A.M]

 

Ah, uma enxaqueca? Dêem-me um pouquinho de paz! Sem doenças, sem recaídas nada.

Huh? Jungkook não está aqui ainda? ­– Digo em voz alta, sem querer.

– Estou, hyung. – Uma voz atrás de mim diz, faço um sinal para que se aproxime. Mas ele não o faz, apenas fica distante.

Ya, te fiz alguma coisa antes de vir parar aqui? – Indago curioso, na tentativa de descobrir a razão para todo aquele arsenal dramático.

– Não, só... – Antes de finalizar a fala, a porta foi bruscamente aberta.

Quem foi o responsável?! – Grito raivosamente, fazendo o menor se assustar comigo.

Baby, é assim que você trata sua namorada? – Falou manhosa, chegando mais perto e entrelaçando suas mãos em minha cintura. – Por que não me ligou? Senti sua falta. – Fez uma voz fina e alisou meu rosto levemente.

– Você. Me. Enoja. – Resmungo, empurrando-a para longe. O mais novo via aquela cena com uma expressão triste.

– O que?! É assim que me retribui depois de ter ficado do seu lado? Quer dizer que vocês dois estão juntos?! – Apontou para Jungkook e deu um cutucão nele. O garoto permaneceu imóvel. – Fui traída o tempo todo? – Exagerou a mesma, estava furiosa e não pôde disfarçar.

– Acalme-se... – Jungkook quebrou o silêncio e a fitou com os olhos trêmulos. – Não há nada entre eu e ele. As relações que mantemos são de trabalho, nada além disso. Ele nunca te traiu ou coisa assim. Pelo contrário, está sempre falando de você e o quanto é boa para ele. – Mentiu, olhando fixamente para mim, após isso, sorriu e retirou-se do cômodo.

Ela novamente riu, dizendo o quanto foi boba achando que eu poderia gostar de alguém como ele. Já que estamos em “níveis diferentes”, e não pude nem ao menos impedi-lo de ter dito aquelas bobagens. Estava em prantos, pensando em milhares de formas para me livrar dela.

♦  [II] ♦

Depois de um período de tempo, vejo o menor adentrar o quarto, desconcertado com o que havia acontecido. Tentei contá-lo toda a verdade, mas...

– Jungkookie... – Balbuciei, droga! Justo agora?

– Precisa de alguma coisa. Sr. Taehyung? – Disse formalmente. Ah, como eu odiava isso!

– Nós somos amigos, não aja assim. – Ordeno, naquele momento, nossos olhares se encontraram.

– Sou apenas um empregado, preciso agir como tal. – Disse num ar descontraído, com um sorriso amarelo no rosto.

– Você causou tudo isso, eu sou o culpado?! – Reajo, vendo-o tentar se controlar diante a mim.

– Deveria ter me contado sobre sua namorada. – Atreveu-se, de uma forma inacreditável, como nunca tinha visto antes. Me encarou de uma forma desafiadora e provocante.

Resolvi jogar o seu joguinho, agora... Vamos ver quanto tempo pode aguentar isso.

É assim que se trata o seu chefe? Garoto insolente. – Grito, notando o mesmo contendo-se para não recuar.

– Me perdoe, Sr. Taehyung, não sei onde estava com a cabeça. – Sarcasticamente, disse ele.

– Não é o suficiente, ajoelhe-se. – Exijo, percebendo o quanto ele estava indo a loucura.

– Oh, recordei-me que tenho que trazer seus remédios. Com licença. – Ignorou-me e mais uma vez, deixou o quarto.

 

[Jungkook’s Point Of View]

• Sexta-feira, 29 de fevereiro de 2016. •

[09:13 A.M]

 

Vou até a cozinha, com passos lentos, quase como uma tartaruga. Jogar com você vai ser mais difícil do que eu pensava, Kim Taehyung. Realmente, eu precisava trazer as medicações, mas. A falta de coragem para voltar naquele cômodo me assola. Respiro fundo e sem hesitar, pego a bandeja de remédios e volto para o quarto.

Após deixar a bandeja de remédios próximo ao superior, ele toma os mesmos rapidamente e prossegue com a “brincadeira”.

– Então, ainda não me pediu perdão. E aí? – Fala de uma forma insensível, bem-vindo de volta, velho Kim Taehyung.

– Ah, é que, durante a minha vinda até o seu aposento... Acabei machucando meus dois joelhos. Olha que encrenca, não é mesmo? Desculpe, hoje não vai dar. – Rio de nervoso, ouço ele bufar na minha frente e deixo um riso bobo escapar.

– É uma pena... – Comemoro por dentro ao ver que desistiu. – Há uma coisa que eu preciso... Não, que eu quero. – Sorriu de uma forma cativante, se aproximando de mim em seguida.

Seu rosto estava tão próximo do meu, nossas testas se colaram uma na outra. Que tipo de magia é essa?

Volto à realidade e me afasto dele. O vi com uma expressão de reprovação. Não irei ceder, não agora.

– Não disfarce, você quer isso mais do que qualquer um. – Sorriu de canto, seus olhos me torturavam aos poucos.

– Quero o quê? – Disfarcei, fingindo que não sabia de nada. Vejo que ele sorri com a minha resposta.

– Vá, não preciso de você aqui. Estou bem. – Disse frio. Mantenho minha expressão e saio do quarto assim como o mesmo pediu. Preciso ser profissional, é isso.

 

♦ [III] ♦

 

Pude ouvir a voz rouca do “patrão” me chamar. Eu estava atento para não cometer erros ou ceder a ele. Abro a porta vagarosamente e me deparo com aquela garota que causou todo esse problema, eles estavam juntos, abraçados, ambos sorridentes. Meu rosto ardia, mas. Por quê?

– Precisa de alguma coisa... Sr.? – Digo educadamente com um sorriso no rosto, disfarçando tudo o que eu sentia por dentro.

– Ah, minha princesa quer uma água. Faça isso por ela, por favor. – Disse ríspido. – E traga um copo de suco para mim, ok? – Acrescentou, beijando-a após isso. Não doeu... Não mesmo.

Pela milésima vez, deixei aquele quarto e fui até a cozinha. Eu queria gritar, socar a cara dele, matá-lo.

Respiro profundamente e pego um copo d’água e um de suco, os seguro firmemente e carrego até o quarto, entregando-os em mãos para a garota e o superior, nossas mãos se tocaram, mas não deixei que isso me abalasse.

– Estou indo embora mais cedo hoje. Para compensar ontem, estou tão exausto. – Digo me espreguiçando, causando desconcerto na mulher ao lado dele que o encarou profundamente pedindo por respostas.

Deixei-os sozinhos e saio do casarão, finalmente, um pouco de paz! Vou até o ponto de ônibus e espero por um tempo. O próximo viria em cinco minutos, então, aguardei pacientemente no banco, conectei meus fones e desliguei-me do mundo.

Quando percebi que o ônibus se aproximava, fiz um sinal para que parasse. Ao subir um degrau da escada, uma mão me puxa com força para trás fazendo com que eu parasse de frente com o responsável.

Era o mais velho, ele estava bem a minha frente mesmo eu não acreditando. Um dos motoristas estava aguardando no carro que estava bem atrás do ônibus. Não que isso importe, mas onde está a tal... Queridinha dele?

– Por que você é assim? – Pergunta, e eu fico paralisado a sua frente.

– Sou assim com todo mundo. – Respondo cabisbaixo.

– Não, você não é. – Contrariou o mesmo, me segurando pelo braço.

– Talvez, você nunca tenha percebido. Eu trato meus amigos assim. – Tento me soltar, mas falho.

– Amigos? – Disse incrédulo. Era inacreditável como conseguia ser tão cínico.

– “Nós somos amigos” – Repito o que havia dito para mim há algumas horas.

– Você não entende mesmo, não é? – Disse de uma forma agressiva.

–... – Calei-me, o que ele queria dizer com aquilo?

– Eu não quero ser seu amigo! – Exclamou, dando ênfase na palavra "amigo".

– Volte para casa, ainda não se recuperou. – Ignorei-o novamente. Não estava psicologicamente preparado para lidar com isso.

– É assim? Vai fingir que não ouviu nada? – Senti a frustração presente em seu olhar.

Simplesmente, fui covarde e soltei-me rapidamente do garoto e adentrei o ônibus. O motorista estava quase perdendo a paciência e eu não queria esperar o próximo. Desta vez, eu não ficarei do seu lado, Kim Taehyung. Me perdoe, por favor.

Sentei-me no banco e mergulhei em meus pensamentos, Taehyung... Você pensa que pode me tratar como lixo em uma hora e na outra ser bom comigo? Posso até ser gentil com você, mas não sou imbecil.  Sei que está blefando sobre tudo o que me disse, você tem a sua namorada. Não se deve brincar com os sentimentos dos outros quando já tem alguém.

Mesmo se estivesse sozinho, não teria chance nenhuma. Eu e você somos apenas colegas.

Nada irá acontecer entre nós dois, nada mesmo.

[360 DAYS LEFT]


Notas Finais


O que acharam?
Comentem com sugestões ou o que devo melhorar.
♥ Eu não mordo ^3^ ♥
Tenha um bom dia!


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