12 de março de 2018, segunda-feira
A expectativa era tanta que eu mal consegui dormir 3 horas seguidas, o frio na barriga, as mãos suando, não colaboraram muito. Este é o primeiro dia de 4 anos, o primeiro dia com novos amigos (e velhos também) Vinicius e Amanda vão comigo hoje no carro que eu ganhei do meu pai. Eu não conaigo levantar, muito menos dirigir.
- FILHA ACORDAAA, NÃO ESTÁ ANSIOSA PARA O PRIMEIRO DIA? - diz minha mãe super ansiosa enquanto entra no meu quarto.
- Bom dia pra você também, mãe.
- Bom dia meu amor, vamos, levanta, quero te ver bem bonita para o primeiro dia - disse ela enquanto encara minhas olheiras. - E passa uma maquiagem nisso aí.
Eu amo muito a minha mãe, ela sempre comemora tudo que eu conquisto, eu sempre pensei que a mãe de todo mundi era assim, mas não é. A maioria das mães dos meus amigos não se importam muito com o que eles conquistam e quando é relacionado a escola, faculdade, a maioria simplesmente diz aquela frase que eu nunca ouvi de minha mãe mas que a maioria das pessoas já ouviu "Isso não passa da sua obrigação.". Não é só por isso que eu a amo, claro, ela é incrível e me faz sentir incrível também. Tomo café da manhã com minha irmãzinha, minha mãe e meu padrasto e vou direto para a casa do Vini.
- Sabe que eu vi ontem lá na Universidade? - disse vini antes mesmo de entrar no carro. - Quero que você adivinhe.
- Num sei, homem ou mulher?
- Homem.
- Pedro, Mateus...? Não sei, diz logo - insisto - Você sabe que eu sou ansiosa.
- Carlos.
Posso jurar que meu coração parou por 3 segundos, lembrei que ele estudava lá, não sei o curso, não falo com ele obviamente.
- Não pode ser, não aceito, tomara que ele estude em turno diferente do nosso.
- Tomara. A Amanda conversa com ele, deve saber em qual turno ele está.
Penso sobre tudo que aconteceu comigo enquanto vou para a casa da Mandy (Apelido da Amanda). Eu não queria que eka mantesse contato com ele, mas também não acho certo que ela tome minhas dores, cada um segue a sua vida como preferir.
- Chegamos, fala pra ela descer aí, miga.
- Sim more, mandei a mensagem já....
- Oi seus lixinhos - Mandy sempre nos cumprimenta assim.
- Oi, amore.
- Oi, estranha.
Depois de conversar muito durante 45 minutos, decidimos comprar algo para nos tranquilizar antes da aula: Vodca. Compramos em uma distribuidora, eu faço isso desde os 15 anos então sou bem acostumada. Mandy bebe as bebidas do pai escondida desde os 14 e Vini sempre sai comigo, sempre bebe mais que eu. Paramos na garagem da universidade e abrimos a vodca.
- A gente num vai beber tudo isso, né? - Vini é o mais responsável.
- Claro que não.
- Por que não? - digo, mas eles apenas me encaram - to brincando gente rsrs.
Bebemos até a metade da garrafa, agora é hora de nos separar, cada um faz um curso diferente e eu torço em segredo para que a bebida me ajude a socializar com novas pessoas. Saio correndo para a sala, percebo que todo mundo já entrou, o sinal já bateu, escuto um barulho, sinto algo caindo.
- Menina, sua chave caiu.- disse ela. - Prazer, meu nome é Raquel.
- Prazer Raquel, meu nome é Giovana, mas pode me chamar de Gih e obrigada por devolver a chave.- Digo sorrindo.
A Raquel era linda e precisava ser minha amiga, ela tinha os cabelos longos, era gordinha, vestia roupas pretas e tinha olhos super azuis.
- Por nada, qual é o seu curso?
- Administração e o seu?
- Também, isso significa que vamos ser amigas? - Disse ela. - Você é nova aqui, né?
- Sou sim, você é veterana?
- Sou, esbarrou na pessoa certa, se quiser eu te apresento todo mundo aqui.
Entramos na sala.
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