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História Como fazer um lobo mau se apaixonar por mim? - A lua cheia chegou e com ela boa parte da minha sanidade.


Escrita por: Koikoi-chan

Notas do Autor


Olá como vão? Bem obrigado aos seus comentários aos favoritos... Obrigado amo vocês.
Eu iria postar ontem mas acabei tendo que revisar algumas vezes e vezes.... Por fim tem a tão esperada transformação... Bem espero que esteja boa, vou entrar em mais detalhes no próximo capitulo. Nesse quem narra ainda é o Derek.
Agora mudando de assunto que viu nosso amado Tyler Hoechlin nosso amado Derek de Super- Homem? Eu vou dizer ele ficou um gata, aquela bunda foi de arrasar kkkkkkk
Chega Boa Leitura pessoal, se não vou ficar falando daquela bunda kkkk É enorme kkkk

Capítulo 30 - A lua cheia chegou e com ela boa parte da minha sanidade.


  Estava tão atordoado que não sabia como meu corpo ainda tinha energia para se enterrar dentro dele, fazendo meu pênis entrar fundo e ser esmagado por suas paredes internas enquanto apenas me concentrava em me movimentar. O ritmo alucinante fazia a cama balançar, os lençóis e travesseiros ou estavam rasgados ou no chão e os sons que produzíamos  geravam uma sinfonia, já o cheiro era um dos pontos mais excitantes... Me fazendo imaginar quantas vezes havia gozado? Não me importava muito com tal dúvida já que existia um enorme incentivo para continuar o que fazia e ele estava embaixo de mim gemendo meu nome alto o bastante para qualquer vizinho ouvir ao mesmo tempo em que se agarrava as minhas costas. Minha pobre pele estava um trapo por conta do trabalho que suas unhas tinham de arranha-la.  

  Não tinha como parar, a cada vez que pensava: -Essa será a ultima. Aquele corpo esbelto cheios das mais deliciosas curvas me convidava a continuar. Tudo nele era desejável e ao mesmo tempo convidativo. – O modo como suas pernas se abriam para me acomodar melhor, a camada de suor que fazia a pele brilhar, o pênis vermelho que pulsava loucamente pedindo por um alívio, as mãos que apertavam todo meu corpo, o peito que subia e descia a cada estocada e o mais lindo de tudo aquilo... A expressão que  fazia por me ter dentro dele. Aquilo fazia com que ganhasse o dia, os olhos fechados aproveitando o prazer que sentia, as bochechas coradas pelo próprio ato e os lábios que se contorciam ao ponto de seus dentes machucaram o lábio inferior.  

Ele era tão lindo que o tesão só aumentava, me fazendo esquecer todo o resto e prestar atenção apenas naquele corpo.  

 Quando por fim chegamos ao esperado clímax, meu corpo se tornou mole e muito cansado. Meu pênis pedia por um intervalo, já Stiles fechava os olhos suspirando por causa do sono, sabia que antes de relaxarmos precisarmos de um bom banho e uma refeição reforçada. Contudo levantar daquela cama estava sendo muito difícil... Quase impossível. Com um pouco de força de vontade apoiei meus cotovelos na cama, inclinando o bastante para ver a bagunça do quarto. –Roupas jogadas, o lençol que jazia solitário no chão e os travesseiros que foram parar quase ao lado do guarda-roupa e alguns estavam rasgados... Tudo na verdade estava estraçalhado no chão. 

-Stiles? – Perguntei meio receoso pelo que iria receber. – Stiles?  

E nada... No começo fiquei preocupado já que ele não me respondia, por isso acabei tentando toca-lo, mas quando meus dedos estavam próximos de sua pele Stiles abriu os olhos. E nessa hora me senti assustado de novo, não havia sorriso ou um olhar gentil tinha apenas uma expressão raivosa misturada com uma assustada. Parecia que ele não sabia o que tinha acontecido. Estava completamente perdido.  

-O que ouve? – A pergunta saiu baixa e rouca ao mesmo tempo. Isso se derivava pelo jeito louco que ele gritou,  mas é melhor ficar quieto. 

 Seus olhos encaravam todo o quarto buscando alguma resposta para a dor de suas costas ou até mesmo o motivo de tudo estar uma bagunça.  

-Bem... Eu acho que pelo estado do quarto e por estarmos pelados deve perceber o que fizermos, porém se ainda está confuso vou explicar. – Disse me sentando e reparando na bandeja com os pratos e copos no chão. – Nada estava inteiro ali. – Fizemos sexo, na verdade muito muito sexo... Sabe você pela primeira vez estava de um jeito tão lascivo foi... 

 Antes que pudesse completar a frase recebi uma bofetada no rosto, seus cinco dedos relaram em minha pele com tanta força que duvidei que minha bochecha tinha sido arrancada. Não esperava por um tapa por isso minha expressão se tornou confusa.   

-MAS QUE PORRA É ESSA!? – Gritei para ele levando minhas mãos até a pele vermelha. Aquilo ardia pra caramba.  

-Isso é por me bater seu idiota! E a partir de agora não estou falando com você... Por isso saia daqui imediatamente seu pervertido de merda! – Disse alto o bastante para qualquer um ouvir, estava com tanta raiva que saia fumaça de sua orelha. -Saia!  

 Espera... Depois da noite incrível que tivermos, ele só lembra do tapa? Serio isso? 

-Eu não vou sair nada não. – Respondi encarando-o seriamente.  

 Eu entenderia se ele estivesse envergonhado, contudo estava confuso com aquela reação afinal foi apenas um tapa... Porque ficar com raiva por uma ação de um momento tão íntimo? Era a droga de um tapa... Nem doeu.   

-Vai a merda! – Disse me batendo mais uma vez. 

-Quer parar. – Falei encolhendo meu corpo por conta dos tapas que recebia.  

-Seu pervertido. – Gritava levando as bofetadas para os socos e só parou quando segurei suas mãos. -Me solta.  

-Não. – Falei firmemente. – Porque está assim? 

-Como ousa fazer aquelas coisas comigo? – Perguntou tentando se soltar de minhas mãos. 

  Seus cabelos estavam pior que um ninho de passarinho arrepiados e embaralhados, os olhos castanhos brilhavam de raiva fazendo com que se tornassem mais escuros, os lábios se contorciam e não paravam de pronunciam coisas que não entendia... Para não falar que ele estava ainda pelado e seu corpo parecia exalar um odor de... "Quero ser comido." Estava quase quase atendendo esse pedido, mas as acusações dele me fizerem parar com as ideias safadas que surgiam em minha cabeça.  

-Coisas? Você  diz fazer sexo? 

 Ele está me tratando como um estranho... Como se estivesse feito algo horrível, mas foi apenas um bom... Sim bom sexo, nada demais.  

-Me bater é fazer sexo seu tarado? – Perguntou se soltando. 

-Foi apenas um tapa pelo amor de Deus. – Disse assistindo-o colocar os pés no chão e uma das mãos nas costas. 

Parecia estar com dor, não duvidava disso... Ele foi tão elástico e flexivo.   

-Um tapa? Foram mais que um... três em cada lado... Essa merda está ardendo. – Falou me encarando com as bochechas infladas.  - Que merda tá pensando hein? 

-O que? - Perguntei assustado saindo de meu breve e nada casto devaneio. - Nada. 

-Nada? Até parece... Olha pra você excitado mais uma vez... Um pervertido.  

-Eu não sou um... 

-Pervertido? Sim é... Sua mente é polida com safadezas Derek Hale.  

-Olha você que estava me provocando queria o que? 

-Eu te provocado... Eu que te bati? Eu que te fiz ficar naqueles posições?   

-Sabe parecia que estava amando com o seu: “Quero fazer sexo... Quero que me chupe Derek... Quero você dentro de mim fortemente... Ahhh Derek.” – Disse imitando sua voz enquanto ele ficava envergonhado. - Isso para mim é gostar.  

-Não disse isso... – Murmurou olhando para o chão.  

-Claro que disse, depois me empurrou e ainda se esfregou... Queria que ficasse como? – Perguntei olhando suas costas e pela respiração ele não estava gostando daquilo. – Além dos "Quero mais. - Mais forte, mais rápido, mais fundo... Mais.". Não me venha dizer que... – Recebi mais um tapa forte no rosto e aquilo estava começando a me irritar.  

-Pervertido! – Gritou se levantando, mas logo caindo no chão. – Merda! 

 Suas mãos tentavam empurra-lo para cima mas seu corpo estava muito cansado para fazer tal atividade, enquanto o mesmo xingava, eu bufava. Estava irritado, contudo guardei tudo o que sentia e fui até ele.  

-Quer ajuda? – Perguntei recebendo um olhar de “Vai se foder.”  

-Merda! Eu não. .. – Antes que pronunciasse qualquer coisa fiz com que ficasse de pé. 

 Suas pernas tremiam tanto que pisar no chão parecia impossível, a cada passo ouvia um resmungo de dor e meu nome ser pronunciado junto com diversas maldições, enquanto seguimos para o banheiro o silêncio reinou até ele parar e ficar como uma estátua ao meu lado.  

-O que foi? – Perguntei encarando-o só que diferente de minutos antes suas bochechas estavam vermelhas. Ele pagava fogo

-Seu desgraçado você não usou a camisinha né?  - Perguntou com uma expressão seria, fazendo seus olhos se fecharem um pouco é as sobrancelhas se juntarem.  

-O que? 

- A camisinha idiota.  

-Não. 

-Eu deveria te matar. – Rosnou para mim.  

-Olha você não me deu tempo de pensar nisso ok?  

-Seu idiota! Agora isso... Ahhh!!!! - Gritou levando as mãos para seus olhos esfregando as têmporas.   

-Isso? – Perguntei olhando para o meio de suas pernas e vendo uma quantidade absurda de um líquido esbranquiçada descer por elas. – Entendi... Bem é apenas... 

-Não diga! – Respondeu se soltando. – Vire-se. 

-Porque? 

-Vire-se.  

-Mas você vai cair. 

-VIRE-SE!  

-Ok. – Disse tirando os braços de sua cintura que estavam ali para ajuda-lo a ficar em pé, acabei fazendo o que mesmo pedia. – Sabe isso é apenas sêmen, então não precisa de tanto drama... Um bom banho sai tudo.  

-Porque não é sua bunda idiota e... – O barulho dele caindo mais uma vez no chão foi mais alto que qualquer outra coisa. – Porra! 

Ele falou palavrão isso não era um bom sinal. 

-Olha a boca. – Disse correndo para ajuda-lo.  

-Vai a Merda! 

 Não liguei nem um pouco para o que era chamado apenas o levei até o banheiro, deixando-o encostado em uma parede enquanto gritava para que saísse e foi o que fiz. Encostei a porta, indo até o guarda-roupa, lá peguei uma toalha e enrolei na cintura a outra deixei apoiada no ombro, também peguei duas cuecas – Uma era para mim e outra para Stiles (Essa tinha vários emblemas do Batman.) Eu que havia comprado, ele ficava bem sexy nela. – Duas camisas e duas calças, depois de ter pegado tudo que ambos precisávamos levei um par de cada coisa para o banheiro abrindo a porta e pendurando no “cabide” que tinha ali, não pude ver Stiles por conta do vidro que separava o chuveiro do resto, mas se continuasse por mais tempo parado seria morto.   

-Sua roupa está aqui. – Disse mas não recebi nenhuma resposta.  

 Sai mais uma vez e fui arrumar a bagunça, primeiro peguei todas as roupas de cama lençóis e fronhas colocando tudo dentro de um cesto de roupa suja que tinha perto do banheiro, depois fui para a cozinha e reparei que não tinha ninguém na casa além de nós dois. – Scott e Isaac devem ter ido passear. – a vassoura me ajudou a retirar os cacos de vidro dos pratos e copos que estavam pelo chão coloquei tudo num saco de lixo e os levei para fora. Demorei quase uma hora limpando tudo e depois de colocar roupas de cama novas me sentei na mesma esperando Stiles sair. -Abri as janelas para arejar um pouco, ar fresco é sempre bom.  

O tempo se passava e nada do “irritadinho” sair do banheiro, porém sabia que ele precisava de tempo para se limpar por isso esperei. Fiquei alguns minutos sentado na cama encarando os retratos que ainda estavam ali, me levantei novamente recolhendo todos junto com o violino e o levei para o porão. Aquele lugar estava uma bagunça com caixas e móveis velhos, não me dei ao trabalho de achar um bom lugar para colocar as fotos ou o presente apenas enfiei tudo em algum lugar e voltei ao quarto. A cada passo sentia uma vontade  enorme de dormir,  entretanto meu corpo estava tão grudento que qualquer ideia era descartada.  

 Cheguei no quarto e encontrei Stiles vestido e perfumado procurando algo na pequena mala que trouxe, fui até ele apenas para ficar parado ao seu lado me inclinando o bastante para encarar várias “revistinhas” que o mesmo havia trazido.  

-Bem eu vou tomar banho ok? – Perguntei meio esperando uma resposta mas recebi apenas um bufar de tanto faz. – Qualquer coisa é só gritar.  

Depois de nenhuma resposta segui ao banheiro junto da roupa  que havia pegado deixando-a apoiada no “cabide”, enquanto ia para o box. A toalha que estava enrolada em minha cintura foi colocada na pia, peguei minha escova e pasta junto a um sabonete para só depois ligar o chuveiro. Estava morno mas bastou para me fazer relaxar, comecei a esfregar todo meu corpo tirando aquela camada grudenta, lavei meus cabelos, escovei os dentes e deixei meu corpo brilhante por estar tão limpo... Queria ficar mais tempo lá, mas estava preocupado com Stiles por isso terminei o resto rapidamente e foi igual secar meus cabelos e quando vi estava pronto e vestido.  

  Caminhei até a sala procurando-o, seu corpo estava jogado de qualquer jeito as pernas esticadas no sofá e um dos braços relando no chão já o outro estava em seu rosto, a respiração era lenta e calma chegando a ser serena, os olhos fechados denunciavam que o mesmo estava dormindo... Na verdade tinha apagado porque conhecendo ele não deixaria seu HQ jogado do jeito que estava. Era uma edição especial do Batman e tinha quase certeza se o mesmo vesse aquela pequena dobrinha em uma das folhas iria ter um ataque, por isso recolhi e deixei a mesma sobre a mesa de centro, enquanto a Stiles resolvi não mexer... Sabe não queria ser xingado de tarado mais uma vez.  

 Fui até a cozinha e resolvi preparar um simples macarrão apenas para matar a fome, enchi uma panela com água, óleo e sal e esperei a mesma ferver para depois jogar o macarrão lá dentro e enquanto cozinhava, comecei a preparar o molho. Tomates, temperos e outras coisas a mais e ao passar algumas horas estava tudo pronto então bastava apenas me servir, a comida não era a melhor, mas matou minha fome, pensei em oferecer a Stiles contudo ele dormia tão profundamente que preferi deixa-lo quieto. Me sentei no outro sofá e me estiquei fechando os olhos lentamente ao ponto de assim dormir também. 

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Sentia mãos pequenas e quentes passando em meus cabelos lentamente, seus dedos brincavam com meu fios os massageando aos poucos enquanto sua cabeça caia sobre minha barriga, podia ouvir a respiração ofegante e o sentimento de medo invadir toda a sala. Sem pensar muito levei meus dedos aos seus cabelos afagando-os também, aquele carinho bastou para acama-lo um pouco entretanto ainda tinha aquela áurea negativa nele.  

-Achei que queria distância. – Disse fingindo confusão, contudo sorria para aquela carinha de cachorro sem dono. -Você mesmo disse... Me xingando até usou a palavra pervertido para uma pessoa como eu.  

-Não estrague Der. -Pediu fechando os olhos quando meus dedos tocaram em suas bochechas. 

-Mas é ver... – Antes de pronunciar qualquer coisa mãos tampavam minha boca.  

-Me desculpe por mais cedo ok? Eu agi como um histérico sem controle... Não sei mas acho que é por causa dessa lua.  

-Não precisa se desculpar... – Disse beijando sua mão que ainda estava sobre meus lábios assistindo-o ficar vermelho e se afastar.  – Desculpe também pelos tapas sabe... 

-Hmm... Em relação a isso... Bem é só não fazer tão forte tá? - Pediu com um sorriso muito bobo para dizer tais coisas.   

-Isso quer dizer que agora posso bater em sua bunda á vontade? – Perguntei segurando a risada por ver a expressão irritada nascer em seu rosto novamente.  

-Cala a boca idiota. – Respondeu se levantando e se sentando no pequeno espaço do sofá. – Só quando eu quiser... - Sussurrou as palavras timidamente enquanto inclinava suas costas sobre meu abdômen.  

-Vou esperar você pedir então... -  Disse com um sorriso sacana, seria muito bom ter aquela experiência de novo, porém por hora melhor ficar quieto. -  Mudando de assunto que horas são? 

-Bem são quatro horas da tarde. - Respondeu fechando os olhos e aproveitando o carinho que ainda fazia em suas bochechas.   

-Está com fome? 

-Sim um pouco.  

-Bem tem macarrão lá na cozinha, enquanto come vou ligar para Scott. - Disse me sentando no sofá podendo assim beija-lo. Foi apenas um selinho entretanto arrancou um sorriso animado daquele rostinho lindo.   

-Hmn... - Resmungou se levantando e indo até a cozinha.  

 Estiquei meu corpo o bastante para me levantar e ir pegar o celular, com ele nas mãos fui ao lado de fora a procura de sinal e depois de estar alguns metros distantes da casa consegui o que queria. Os números foram discados rapidamente e a espera foi curta, do outro lado da linha ouvia a voz baixinha de alguém parecia uma espécie de suspiros era difícil decifrar.   

 "Alô, quem é?" Perguntou ele.  

"É o Derek idiota." Respondi suspirando.  

"Derek, o que quer?" Perguntou de novo só que agora mais ofegante...  

"Quero saber onde vocês estão? Afinal daqui a pouco Stiles vai.... Mas que merda é isso?!" Gritei distanciando o celular de minha orelha apenas para encarar o aparelho sem acreditar no que ouvia. "Scott não me diga que..." 

"Sim... eu ligo... Depois." Respondeu desligando o seu celular e me deixando com o som do bip. 

  O que tinha ouvido era incontáveis gemidos de Isaac, sua voz estava alta o bastante para escuta-lo dizer coisas que deixavam minhas bochechas rosadas.  

-Derek? - Chamou Stiles ao lado de fora do hall da casa chacoalhando a mão para que o encarasse.  

-Já vou. -Gritei para ele, tentando tirar aqueles sons de minha mente.  

  Caminhei até Stiles o bastante para ver a expressão cabisbaixa dele, os olhos caídos e um sorriso triste em seus lábios, as mãos apertavam a camisa com força a ponto de rasga-la e quando o castanho de seus olhos me encararam pude perceber que ele não estava bem. Minhas mãos automaticamente tocaram em seu rosto para depois puxa-lo para um abraço apertado, afagando seu cabelo.  

-A comida estava tão ruim assim? - Perguntei sentindo seus cabelos fazerem cocegas em minhas narinas pela posição em que estava. Recebi uma negativa fazendo os fios castanhos toparem com meu rosto. - Você derramou tudo no chão? Não... Então o que foi?  

-Quero ficar abraçado. - Sussurrou apertando seus braços envolta de minha cintura. - Eu não quero ficar preso Derek... Eu não gosto disso... Odeio isso... Posso sentir minha pele queimando a todo momento, estou tão irritado e com raiva que quero brigar por motivos idiotas... Não sei o que está me dando.  

-Ei isso é normal... Vai ver que amanhã vai estar melhor. - Disse continuando com o afago.  

 Ele havia me dito que a culpa não era minha, mas porque sentia cada vez mais esse sentimento ocupar meu corpo. Não queria que ele se sentisse assim ou sofresse com a transformação, o pior de tudo era que quando o lobo tomava conta você não via mais nada em sua frente.  

-Me desculpe por fazer você passar por isso... Sei que é difícil, entretanto o garoto que está em meus braços é forte, corajoso e extremamente capaz de superar qualquer coisa por isso se anime um pouco ok? Você não combina nem um pouco com essa tristeza toda.  

-É a primeira vez que diz isso... - Resmungou me abraçando mais forte me fazendo notar as pontas de suas orelhas se tornarem vermelhas.  

-Acho que devo falar mais certo? O que acha de um grande... Eu te amo Stiles. 

-Hmm... - Murmurou e me apertou mais. Se continuasse tinha certeza que quebraria minhas costelas.  

-E eu... Cadê as palavras fofa? 

-Eu te amo Derek Hale. - Disse por fim me encarando com uma expressão gentil. - Feliz? 

-Muito.  

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A noite se aproximou rapidamente, o azul claro se tornou um preto azulado que reluzia por conta das estrelas que brilhavam no céu. A lua cheia apareceu por entre as nuvens inchada e grande, derramando uma luz sinistra entre as árvores e a casa. Onde estávamos tínhamos uma visão privilegiada da esfera acinzentada que complicava ainda mais a situação em que se encontrávamos. Algumas horas antes começamos a preparar o lugar apenas eu e Stiles – E para uma pessoa que estava triste minutos atrás se mostrava animada para escolher as correntes, Scott e Isaac até aquele momento não davam sinal de vida, mas depois do telefonema de mais cedo sabia que demorariam por algumas horas.  

As correntes eram grossas, resistentes e foram presas na parede, aquele lugar havia sido usado a muito tempo, porém nunca deu problema. - Quem ficava preso ali nunca saia se você não quisesse. - Stiles por outro lado se mostrava empenhado para sua transformação, se arrumou com a sua "roupa da sorte" que se resumia a uma camisa velha de alguma banda de rock, uma calça preta rasgada em alguns lugares e um par de chinelos do Batman, tinha uma badana amarrada em sua testa. - "Dizia: Eu tenho a força". - Não sabia de onde aquilo tinha vindo, entretanto pouco me importei já que estava rindo pelo jeito que o mesmo estava sentado no chão esperando para ser amarrado.  

 O espaço em que estávamos era um cômodo a parte da casa, lá você podia encontrar de um tudo, além da porta que impedia a saída para o restante dos cômodos. - Era feita de um material extremamente resistente. - Por isso se Stiles arrebentasse as corretes não tinha como sair dali, o teto por outro lado era feito de vidro o que fazia a vista do céu bem presente mesmo tendo algumas lâmpadas espalhadas. Comecei a amarra-lo minutos depois apertando com força as correntes envolta de seu corpo, vendo seus pelos se arrepiarem pelo contato frio além do desconforto da posição.  

 O mais perturbador era os sentimentos, o primeiro a tomar conta do lugar era medo, depois vinha o nervosismo, tinha a irritação, a raiva e até mesmo dor tudo se misturava e fazia uma gororoba de coisas negativas e ruins. O silêncio de ambas as partes não parecia ajudar muito com a atmosfera sufocante que aquele cômodo se tornava, se dissipou apenas quando Stiles começou a conversar.  

-É serio sobre aquele negócio da âncora? – Perguntou chamando minha atenção.  

-Sim é... – Respondi sentando em sua frente. -Porque? 

-Bem Scott sempre ficava calmo quando estava perto da Alisson, ele dizia que ela era uma espécie de âncora para seu lobo interior.– Disse sorrindo ao lembrar de algo. – Então eu posso ficar calmo perto de você né? Afinal eu sei que é minha âncora desde o momento em que conheci... Por isso irei ficar bem.  

 Apenas sorri alegremente e comecei a pensar em como alguém naquele estado podia falar coisas tão lindas, ele era realmente fofo.  

-Assim acaba com meu coração.  

 O silêncio voltou e com ele o início do desespero.  

  A lua cheia era um foco para qualquer lobisomem basta se concentrar nela, usa-la como eixo, entretanto no momento da ira a mesma passava despercebida. A transformação começou pela mudança de seus olhos; os castanhos se tornaram amarelos se estreitando como pequenas fendas encarando-me com ousadia, depois veio o aumento dos pelos faciais e com eles o alongamento dos dentes que rasgavam suas gengivas para arrumar espaço, suas unhas se alongavam também o bastante para fazer um estrago. - Ambos estavam afiados como navalha. - Stiles começou a se contorcer nas correntes tentando a todo custo se soltar, contudo cada girar ou pressão que fazia contra elas, as mesmas se tornavam ainda mais resistente forçando o corpo descontrolado permanecer no chão.  

 Havia um turbilhão de coisas acontecendo dentro dele, era como um febre se espalhando aos poucos, fazendo o corpo ter espasmos e mais espasmos deixando sua pele quente ao ponto de derreter, os músculos travavam uma luta interna se impondo ao ponto de tornar seus braços duros como pedras, os pés com um certo impulso saíram do chão fazendo-o se levantar. Com um rugido seu corpo se inclinou para frente fazendo força contra as correntes, o barulho de "ferro" contra "ferro" se tornou ainda mais presente ficando para trás apenas por conta do grunhido que saiu de sua garganta. Os cabelos caíram sobre seu rosto tampando seus olhos e me impossibilitando de observa-los, mas o que me deixava fora de eixo era a raiva e ira que tomava seu corpo. 

 Stiles nunca foi uma pessoa que nutria sentimentos negativos ou mas precisamente sentia ira, raiva e irritação por qualquer coisa, o mesmo sempre procurava enfrentar situações difícil com positividade e era isso que me fazia admira-lo... Achava-o incrível por não se abalar por qualquer coisa, seguir sempre em frente não importa o que aconteça, porém nessa noite havia um ser na minha frente que não fazia jus a Stiles Stilinski... Eram totalmente diferentes. Quanto mais olhava para aquele corpo que se contorcia ao ponto de machucar sua pele tornando-a vermelha, me sentia um completo inútil. As manchas se tornaram roxas por conta dos movimentos enfurecidos dele e a partir do momento em que pude encarar as esferas amarelas meu corpo entrou em choque.   

 Ele me olhava de um jeito indiferente como se fosse uma presa ou um empecilho para que ele saísse dali. E aquele olhar não me agradava principalmente o que veio com ele os sons ferozes que deixavam sua garganta. - Rugidos que ecoavam pelas quatro paredes e faziam o pelo do meu corpo se arrepiar. Ao mesmo tempo que processava tudo aquilo o sentimento de raiva se tornou ainda mais forte quando a luz da lua banhou o aposento, a mesma se tornava imersa fazendo o ser a minha frente berrar ferozmente, enquanto tentava mais uma vez se soltar. Por conta da pressão das correntes e o raspar brutal em seu corpo, feridas começaram a aparecer em sua pele fazendo com que o sangue manchasse sua roupa, nesse momento sua respiração se tornou ofegante e sua força se elevou a outro nível, as correntes trincavam e se esticavam a medida que seu tronco se impulsionava para frente porém não notava nada disso a única coisa que vinha em minha cabeça era a cor vibrante do sangue.   

 A cor, o cheio e a textura todos eles me faziam lembrar da noite em que Stiles quase morreu em meus braços e aquilo me deixava paralisado e com medo. Me sentia sufocado vendo aquela cena, os machucados, o jeito descontrolado que se debatia, os rosnados e principalmente os olhos que não lembravam a pessoa gentil que aquele garoto era. Eu um lobisomem forte e destemido estava tendo um ataque de pânico numa hora tão delicada, minha respiração estava ofegante, minha visão turva e não percebi que meu corpo havia se encostado na porta. Levei uma das mãos a meu peito apertando minha camisa tentando ao máximo me acalmar, mas a visão do sangue pingando do chão me dava surtos fortes de náusea se não fosse pelo apoio em minhas costas teria caído no chão e desmaiado lá mesmo, mas um rosnado um tanto dolorido me chamou a atenção.  

 A corrente apertava seu pescoço forte o bastante para asfixia-lo e pelo desespero dele percebi que na verdade o mesmo não conseguia respirar. Tentei me mover mas minhas pernas me impediam de fazer tal ato e com certa força de vontade consegui caminhar até ele. Só não pense no sangue Derek... Não olhe para ele. Estava perto o bastante para sentir sua respiração bater contra meu rosto e os olhos se tornarem ainda mais escuros, seu corpo tentava com ainda mais força se soltar e as garras tentavam chegar a minha pele. Sentia uma forte áurea assassina sobre ele e aquilo me fazia se sentir ainda mais tonto. 

 Minhas mãos tremiam com aquela aproximação, entretanto consegui tocar em seu pescoço sentindo a temperatura extremamente alta de sua pele, meus dedos foram até as correntes tocando nas manchas roxa enquanto ouvia os seus rosnados raivosos. - Com certa força puxei uma trinca de trás dele fazendo aquela corrente cair sobre o chão e o pescoço se tornar livre para se movimentar e foi nesse momento que recebi a mordida mais dolorosa da minha vida. Seus dentes rasgaram minha pele como uma faca afundando-se em nela para depois puxar, levando consigo um pedaço de meu ombro o sangue manchou minha camisa e ao invés de sair dali meus olhos encontraram imediatamente os seus.   

 Não havia um pingo de consciência nele ou um modo de estar controlando o que fazia, ele parecia uma fera raivosa e pronta para me matar se continuasse em seu caminho, porém quanto mais olhava para as esferas amarelas mais meu coração doía e como um ato de loucura o abracei. Minha boca foi para sua orelha enquanto meus lábios sussurravam o seu nome.  

-Stiles? - Claro que não tive resposta apenas mais uma mordida se ela contasse e mesmo com a dor se alastrando pelo meu corpo o abracei mais forte.  

  Eu queria apenas meu precioso Stiles... Queria que ele parasse de seu machucar... Era pedir muito? Não me importava com os machucados em meus ombros ou com suas garras arranhando minha barriga e que naquele momento as correntes velhas haviam arrebentado... Eu queria que tudo se fodesse e fosse a merda. Na verdade era pedir muito para Stiles voltar ao normal? Que aqueles lindos olhos me encarassem com carinho e não com raiva, que seus lábios me beijassem e não arrancassem uma parte do meu corpo, mas acho que pedir aquilo era muito... Afinal a culpa dessa merda toda é minha.  

 Porém a cada arranhar/soco que suas unhas desferiam em meu abdômen rasgando minha roupa junto de minha pele, me sentia aliviado em saber que ele não iria machucar mais ninguém... Sabe ele iria chorar muito se machucasse alguém, então acho que deixa-lo estravar comigo não vai ser problema né? Só espero que no momento que acordar não chore... Eu odeio vê-lo chorar... Sei que vai me xingar por não ter me defendido, vai até me bater mas eu não ligo contanto que fique bem e mais calmo... ser seu saco de pancada é o de menos.  E quando tudo aquilo terminar irei dizer a ele o quanto... O amo. - Direi muitas vezes.  

  Espero que lá no fundo ele me perdoe por faze-lo passar por tudo isso... E sendo assim vou deixa-lo me ferir o quanto quiser... Afinal mereço tais machucados e o olhar indiferente... Mereço o pior dos castigos por transforma-lo nisso...Ainda me perguntou o porque dele ter se apaixonado por mim... Logo por mim... Porque?  

 

 

 

  


Notas Finais


Espero que gostem ;)


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