História Como fazer um lobo mau se apaixonar por mim? - Porque ele é tão confuso... Fico tão desorientado.

Realmente estava chocado e sem saber o porque de estarmos brigando... Não, diria que estávamos nos matando de um jeito bem maluco e extremamente desajeitado. A briga realmente começou quando por estar sendo chamado de "Magricela" soquei o belo rosto de Derek Hale... Bem no meio do rosto, mas especificamente, quebrei seu nariz. Claro, que na hora que olhei para aquela coisa torta e suja de sangue meu coração apertou e automaticamente pedi desculpas, contudo a merda tinha sido grande demais para haver um concerto.  

 Recebi um olhar que arrepiou todos os meus pelinhos e fez meu corpo tremer de medo. - Eu tinha ficado verde com a intensidade do seu olhar... Chegava a ser fulminante e sem perceber havia recuado alguns passos, além dele querer me matar apenas com suas esferas verdes, um sorriso sádico e muito mau nasceu em seus lábios. O sangue escorria pelo seu rosto manchando seus dentes, o que dava um ar bem monstruoso para ele. - Um verdadeiro lobo mau, com os caninos a mostra e um risinho muito assustador.  

 E então num piscar de olhos estava caído no chão, havia recebido um soco dolorosamente perfeito e digno de um Hale, além de me causar vertigens no momento em que tocou minha bochecha. Sabia que havia cortado a parte interna de minha boca pelo gosto metálico que se espalhou por ela, aquela região começou a doer e latejar a medida que meus dedos a tocavam e foi naquele exato momento, sentindo uma puta de uma raiva que a pancadaria começou. Socos foram desferidos sem a menor das gentilezas, tapas eram dados de uma maneira até cômica, chutes e empurrões foram a consequência da desordem que se semeava em nos dois. Sem esquecer os xingamentos bem criativos que um se referia ao outro de "Pirralho magricela!" Para "Idiota pulguento".  

  Não era o tipo de homem que entrava em uma briga sem motivo, sempre tentava me esquivar delas e quando precisava eu me jogava de cabeça, porém sempre fui meio receoso quando o assunto são "valentões" eles eram assustadores e já tive muitos problemas com eles. Derek quando o conheci era o significado do "ser" valentão, por isso constantemente me assustava e ficava tenso perto daquele enorme corpo, tinha noção que se um dia entrasse em uma briga com ele não iria sair muito bem dela. Pensei que já que era um lobisomem me daria bem, entretanto estava redondamente enganado, aquele cara com seus músculos avantajados e expressão de "Eu vou te esganar" era incrivelmente forte e perfeito no quesito luta... Era uma droga que em nenhum momento meus socos tinham um impacto que queria, ou errava, ou era fraco demais, ou a força que impunha me desequilibrava. Resumindo sou uma vergonha para os lobisomens, nem derrotar um eu conseguia... E olha que estava tentando.  

 E no meio de toda essa confusão recebi um perfeito e audacioso soco em meu pobre e delicado estômago. No momento fiquei confuso e desorientado para depois sentir a dor se espalhando por toda minha barriga me fazendo cair no chão. Eu não estava drogado, mas juro que estava vendo estrelas rodeando a minha cabeça. O ar em meus pulmões sumiu dando lugar a um vontade louca de vomitar e foi o que fiz, não havia comido nada ultimamente e por isso apenas expeli algo transparente e com um gosto horrível, meus olhos nesse meio tempo lacrimejavam deixando que as lágrimas rolassem soltas em meu rosto. 

 Mordi meu lábio inferior com tanta força que podia senti-lo se rasgando, mas não me importava queria reprimir os grunhidos de dor que teimavam em deixar minha boca faltava pouco para começar a gritar, contudo havia tanta raiva, frustação e ódio naquele ambiente que minha cabeça se recusava perder. Existia um demôninho Stiles – Com direto a asinhas e pequenos chifres. - Que gritava em meus ouvidos, para me levantar e dar uma surra no homem que no momento me encarava sem saber muito bem o que fazer.  

Engoli o choro e com certa dificuldade impulsionei meu corpo para frente até estar sentado, em cada movimento que tentava fazer sentia dor, era como se estivesse sendo esfaqueado sem descanso... Parei de morder meus lábios e apoiei uma de minhas mãos na parede e com ela pude me levantar, mesmo que estivesse um tanto quanto curvado e com os braços envolta de meu abdômen me esticar era uma tarefa muito dolorosa, sendo assim, fiquei do mesmo jeito e procurei respirar já que o ar estava sumindo aos poucos. Encarei Derek entretanto era difícil vê-lo por conta de minha visão estar nublada pelas lágrimas que se acumulavam no canto de meus olhos, mordi mais uma vez meu lábio inferior o machucando ainda mais quando tentei andar. Como era difícil andar... 

-Stiles me desculpe...  

 Fingi não ouvir o que ele dizia, minha mente só bolava mil jeitos para esgana-lo, onde já se viu usar tanta força assim... Ele acha que sou o feito de Adamantium? Eu acho que sim! Para me bater desse jeito, confesso que fui eu que comecei, mas porque o idiota tinha que acertar meu estomago? Meu pobre estomago... Dando uma de super homem, na verdade "super lobo" por isso iria tacar criptônima nele só de raiva... e que se foda o resto.... Vou dar uma de Lex Luthor e botar para quebrar... Eu acho que não estou legal... Olha o que estou pensando.... Dar uma de Lex Luthor? Eu preciso respirar. R-E-S-P-I-R-E!!! 

-Stiles, eu... 

-Fique quieto! - Disse meio gaguejante suspirando quando já estava ficando melhor. Vamos glorificar esse fator mágico e maravilhoso de cura.  

-Me desculpe por isso, mas você começou. - Disse como se aquilo fosse obvio demais. Desgraçado! 

-Não venha com essa não ok? -Naquele momento meu corpo já estava quase todo curado, por isso consegui me movimentar melhor. - Quem começou foi você com a conversa idiota de "Vamos dar um tempo". 

 E lá vamos nos de novo com esse papo....  

-Eu realmente sinto muito... Não era minha intenção bater em você daquele jeito. - Falou sem se importar muito com o que disse, ao invés disso caminhou até mim até estar próximo o bastante para sentir o calor de seu corpo.  - Está doendo? 

Isso era surpreendente, para quer queria um tempo ele estava agindo muito estranho.  

-É claro que está doendo... Que pergunta idiota é essa hein? Você é tão idiota que chega a ser um... - Antes que pudesse terminar de falar fui abraçado com força, meu rosto estava sendo prensado naquele peitoral enorme, enquanto minha cintura era segurada com delicadeza mas ainda sim com certa brutalidade.  - O que está fazendo? Me solta! 

 -Você é tão barulhento. - Disse suspirando e me soltando calmamente para apenas me empurrar em direção a cama e como não estava entendendo nada acabei tropeçando nos travesseiros que se encontravam no chão e cai sentado sobre o colchão. - Não posso esquecer do escandaloso. 

 Como era uma cama King Size meus pés não alcançaram o chão, contudo ficaram se balançando enquanto tentava me ajeitar em cima dela. Derek se aproximou de mim caminhando como um gato, para se ajoelhar no chão e sem nenhuma explicação afastou minhas pernas se encaixando ali. Nesse momento toda aquela situação me deixou confuso... Realmente não entendia mais nada, não havia um pingo de sentido no que ele fazia, além de não ser coerente com suas ações anteriores.    

-O que está... - Estava tão surpreso que não consegui pronunciar nada além de palavras desconexas principalmente quando suas mãos seguraram minha camisa e a levantaram sem cerimonia  deixando meu abdômen a mostra. - O que?  

 Meu rosto estava vermelho e como não sabia o que fazer minhas mãos estavam entre abaixar minha camisa ou soca-lo, mas antes que fizesse qualquer coisa, seus lábios beijaram carinhosamente a parte roxo de meu abdômen - O hematoma aos poucos ia sumindo, mas parecia que Derek nem ligava. - E nesse momento meu corpo e meu rosto pegaram literalmente fogo. A única cor que poderia me descrever era escarlate, um vermelho que cobria todos os meus poros e me deixava desorientado, enquanto tentava respirar sua boca resolveu sem aviso prévio fazer um caminho de meu mamilo até meu umbigo beijando toda aquela região com ternura e consequentemente me deixando extasiado. 

 Levei minhas mãos até seus cabelos e tentei sem muito hesito afasta-lo, entretanto meus dedos optaram apenas por segurarem seus fios na expectativa de mais daqueles beijos, enquanto uma puxava os seus cabelos a outra foi param em minha boca tampando-a. Tinha medo que algum som vergonhoso deixasse meus lábios e não iria faltar muito se ele continuasse com aquele carinho, me sentia tão bem que de repente esqueci o que fazia ali... Era quente, com certeza iria derreter se continuasse com aquilo. 

-Está melhor? - Perguntou passando a língua por seus lábios umedecendo-os. - Quer mais?  

Ele me olhava de uma forma tão lasciva que por um momento pensei em responder "Sim", mas precisava resolver alguma coisa... O que era?  Minha mente rodava com ideias malucas tentando raciocinar o que deveria fazer. Merda! O que era que tinha que ser resolvido? 

-Stiles, o que foi? - Perguntou soltando a minha camisa e deslizando com a ponta de seus dedos pela minha cintura, aquilo só me fez suspirar e pensar o quão bom era ter aquelas mãos em mim. Elas eram ótimas mãos. Dei graças a todos os deuses que meus dedos impediram que sons vergonhosos saíssem de meus lábios, minha vontade era gemer de uma vez, contudo minha parte racional clamava pela resposta de algo que não lembrava o que era.  

 Fechei meus olhos quando seus dedos subiram por debaixo de minha camisa e não sei se foi de proposito ou algo do tipo, a ponta daqueles "odiosos dedos" tocaram em meus mamilos, me fazendo pular na cama e apertar meus lábios com força, fiquei tão corado que podia sentir a fumaça saindo de minhas bochechas. E mais uma vez ele repetiu aquilo só que agora com um pouco mais de força esmagando meus pobres e sensíveis mamilos, aquelas coisinhas rosas pareciam estar gritando para serem tocadas já que imediatamente ficaram eretas. Apertei desesperadamente seus cabelos tentando escapar do tesão que sentia, como não respondia ele fez questão de voltar aos beijos só que dessa vez sua língua teve uma ótima participação. - Ele não se importava se minha roupa atrapalhava seus carinhos apenas continuava.  

-Pare... Pare Derek. - Disse manhoso como se quisesse que continuasse. Mentalmente eu estava xingando meu corpo. - Hmn... Pare de me provocar...  

-Mas quero apenas me desculpar... - Disse com um sorriso que fazia um bom tempo que não via, era amoroso e ao mesmo tempo gentil. Tinha os caninos fofos e vocês saber como sou gamado por eles.   - Os beijos vão curar suas feridas.   

-N-Não vão não...Só pare com isso. - Pedi empurrando sua cabeça enquanto ainda tampava minha boca (Ela realmente não queria me ajudar hoje.) Por mais que meus dedos tentassem empurra-lo para longe Derek continuava ali. Parado como uma pedra. - Mas que saco se afaste de um vez. - Com um pouco de força de vontade usei meu pé para joga-lo em qualquer lugar que fosse bem longe de mim, contudo isso não teve nenhum efeito já que o mesmo segurou minha perna e sorriu como se estivesse ganhado uma disputa. - O que acha que está fazendo? Solte... 

 E antes de poder xinga-lo de muitos nomes feios, senti sua boca dar um pequeno e delicado selinho em minha panturrilha e mesmo que usasse uma calça fina - Já que era um pijama. - Senti o calor do beijo, não foi igual ao que recebi no abdômen mas como aquele, me aqueceu totalmente. Que inferno! 

-Me desculpe... - Pediu subindo para minha coxa e apoiando o rosto nela, mas especificamente a bochecha.  - Eu realmente fui um idiota.  

-Você está tão estranho... - Respondi levando mais uma vez meus dedos até seus cabelos, ficando corado quando seus belos olhos verdes me encararam brilhantes. 

-Eu não quero dar um tempo Stiles.  

Assim lembrei... Precisávamos resolver isso... O maldito do tempo.  

 Franzi as sobrancelhas confuso quase fechando meus olhos, enquanto curvava a cabeça tentando entender o que diabos estava acontecendo, contudo não conseguia compreender absolutamente nada. Primeiro ele queria um tempo até nos matamos por isso, agora ele não quer mais... Isso é tão confuso... Ahhhh, o que será que esse ser grudento quer? Me matar? Isso é bem possível.  

-O que está dizendo? - Perguntei tentando ignorar seus dedos que passeavam por minha perna despreocupadamente. 

-Quero dizer que não quero mais um "tempo", não quero ficar longe de você. - Dizia enquanto distribuía beijos pela minha perna.  

-Mas você... Nos brigamos por conta disso, olha nosso estado... O que está... - Realmente ele estava sendo incoerente com o que dizia. Tão confuso... 

-Stiles eu percebi que eu sou idiota. 

-Eu percebi isso primeiro... 

-Posso falar? 

-Não sei... Estou meio receoso com o que pode vim de... 

-Stiles! 

-Ok, fale.  

-Nesse momento a única coisa que realmente me importa é seu bem estar e para mim te deixar era uma forma de manter você seguro... Eu me sinto mau pelas coisas que te fiz, na verdade me sinto culpado, mas por mais que pense eu não conseguia chegar em nenhuma conclusão além de te deixar, minha mente diz para fazer isso... Na verdade minha parte racionou está quase me obrigando a faze-lo, então porque meu coração não permite seguir em frente? - Perguntou quase para ele mesmo levando seu rosto para meu peito e encostando-se nele, enquanto suas mãos apertavam minha cintura. - Porque ele não permite Stiles? Eu não entendo... Eu quero te fazer feliz, te deixar seguro, mas eu não consigo! É tão frustrante! Que olha o que aconteceu com esse quarto? Merda! Eu estou tão confuso... Eu quero muito solta-lo, realmente eu quero te soltar, mas minhas mãos se recusar em fazer tal coisa... Nesse momento meu corpo quer apenas ficar aqui te abraçando.... Isso seria errado? - Dizia pressionando sua testa com força em peito, em nenhum momento olhou para mim continuou a encarar minha camisa e me apertar como se fosse sumir. - Seria egoísmo meu não deixar a pessoa que amo ir embora?  

 Suas palavras doíam mais que seus socos. Eu conseguia me manter firme numa briga com ele, mesmo que apanhasse muito e até perdesse, receberia socos, empurrões e até mesmo chutes que iria revidar, contudo suas palavras eram o oposto. Elas me tornavam um fracote que estava louquinho para fugir, me deixavam impotentes então a única coisa que conseguia fazer era passar as mãos envolta de seu pescoço trazendo seu rosto e corpo ainda mais perto de meu peito. Meus dedos seguraram com força sua blusa enquanto apoiava meu queixo em seus cabelos, precisei respirar profundamente para poder falar.  

-E-Eu realmente não sei o que dizer... Posso concluir que você é o "Número 1" no quesito confusão... é indeciso, ultimamente nem um pouco confiante e seu alto estima parece que se evaporou... Sem dizer que tenho que aguentar essa mudança estranha de personalidade, uma hora vem com o papo maluco de "Dar um tempo", depois decidi "Que é um idiota e não quer mais esse tempo". Sinceramente você me deixa desorientado. - Quanto mais dizia menos sabia o que estava fazendo. - Na minha opinião você tem que seguir seu coração. Sabe porque? Bem eu irei te responder... Primeiro porque a pessoa que vós fala te ama muito e odiaria viver longe de seu lindo lobinho, segundo porque eu estou feliz mesmo com tudo o que está acontecendo... Ficar perto de você faz meu dia florescer e terceiro eu me sinto muito seguro, eu sei que meu Sr.Hale irá me proteger de qualquer lobo mau que tente fazer mal para seu lindo príncipe. - Disse sorrindo ao perceber que ele ria contra minha roupa. - Sabe se suas mãos não querer me soltar então não me solte, vou adorar continuar sendo abraçado... E não me importa se for egoísta e me quiser apenas para você, afinal eu sinto a mesma coisa então estamos quites, sendo assim, acredito que o melhor a se fazer é permanecer ao lado desse maravilhoso, gostoso e esplendoroso rapaz que sou. 

-Então não preciso te soltar?  

-Não precisa. - Respondi roçando meu nariz em seus cabelos enquanto sentia o doce aroma. - Se quiser ficamos assim para sempre. 

-Eu gosto da ideia. - Disse se afastando o bastante para encarar meu rosto. - Sabe eu realmente amo você Stiles.  

 Posso dizer apenas que meu coração pulou em peito loucamente como se fosse explodir, podia ouvir o perfeito "TUM...TUM." Que o mesmo fazia, o som ritmado e constante que tomou conta do quarto e me encheu da mais pura vergonha queria poder me esconder em seus braços, contudo a intensidade daqueles deslumbrantes olhos verdes me impediam. 

 Era assustador saber que com pouquíssimas palavras eu conseguia perdoa-lo sem ao menos pensar, podia estar confuso com a conclusão dessa conversa porém teria que admitir que estou muito contente, afinal não vamos dar um tempo... O que é maravilhoso, segundo ele disse coisas lindas. Quero que ele seja muito egoísta daqui para frente, se isso for faze-lo nunca mais me soltar.  

-Eu também te amo Derek. - E antes que pudéssemos pular de felicidade,  Scott aparece sorridente e dizendo um glorioso: 

-Estou em casa, meus queridos! -  Eu realmente não entendo como ele pode ser tão filha da p****!