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História Como Foi Seu Dia? - .day 18


Escrita por: arthbyun

Notas do Autor


eu amo esse capitulo
ps: o capitulo sera uma mistura entre o presente e o passado

Capítulo 19 - .day 18


 

Eu engoli o choro. Aquele nó em minha garganta, tão apertado, me sufocando. Eu fiz meu coração acreditar que eu o amava, eu fiz todos acreditarem que eu o amava.

"Não precisa mais chorar, tá: Eu estou aqui com você." Ele me abraçou forte, acariciando meu cabelo desgranhado pelo vento. Tirou sua jaquete, jogando por cima dos membros ombros e ajeitando seu corro vermelho na minha cabeça, tapando minhas orelhas, jã geladas.

De repente, aquela raiva que, por anos, ficou guardada,, voltou com tudo. Minhas mãos tremiam freneticamente, agarrando diversos objetos de uma unica vez. Eu estava fora de mim. Meu celular estava quebrado no chão, a televisão rachada e os quadros da parede, assim como outros objetos de vidros, estilhaçados pelo tapete.

"eu vou te levar para minha casa, minha mãe não vai se importar. Vou limpar o sangue das suas mãos e fazer alguns curativos" Ele dizia baixinho, virando a esquina de sua casa, ele dizia tudo baixinho e com aquele sorriso meigo que eu tanto amava.

Eu estava soando. Minhas roupas completamente molhadas, com cinco graus lá fora. Eu berrava palavras sem nexo, nem mesmo podia decifra-las. Havia uma enorme guerra acontecendo em meu subconsciente, minha mente implorava para que eu parasse, mas minhas mãos insistiam em desobedecer. Eu apenas via sangue, muito sangue manchando minhas paredes violetas. Sangue pintando minha camiseta branca e respingando no assoalho.

"o que você aprontou dessa vez, hein? Suas roupas estão tão sujas. Eu vou te empretas uma camiseta e uma cueca para dormir. Vou colocar suas roupas na lavadora, amanhã te empresto um moletom. Não precisa se explicar. Está tudo bem. Minha mãe está fazendo chocolate quente, ok? Não, pode ficar aqui até o fim da semana" Ele passava a esponja pelas minhas costas, enquanto a ãgua quente enchia a banheira. Jack era quem me dava motivos para continuar, mas tamb~em me impedia.

Ninguém entendia como eu funcionava. Me sentia uma máquina sem manual, ou com um manual em chinês. Eu não tinha vontade de sair de casa, eu comia, dormia e no final do dia eu bebia meus remédios, um por um. Eu tinha medo das pessoas, medo que elas me machucassem, assim como meu pai fazia. Me maltratassem, assim como minha mãe fizera um dia. Em poucas vezes no mês, eu tenho surtos de energia, como gosto de chama-los, é nesse pequeno periodo que eu vivo a vida de uma pessoa normal. Quando eu digo normal, é que não tenha pensamentos suicidas todos os dias, que quando acorda escuta diversas vezes, gritando, me mandando fazer coisas. Coisas ruins. E eles s´se aquietam lá pelas duas da madrugada, quando eu consigo dormir. Mas então, eles continuam provocando-me em meus sonhos, em forma de pessoas.

"Isso, olhe para mim. Pode dormir, eu estarei te abraçando o tempo todo. Ignore essas vozes, foque só na minha fala. Escute bem o que eu vou dizer agora, isso é apenas sua mente tentando se autodestruir, você não pode deixar isso acontecer, terá que lutar contra você mesma. Mas, eu estarei a todo momento, lutando ao seu lado" Ele beijou meus cabelos molhados e me entregou uma caneca grande de chocolate quente.

Andei até meu banheiro, sentindo os pequenos cacos de vidro perfurarem meus pés, causando uma dor aguda, mas prazerosa.Abri meu ármario atrás do espelho da pia, analisando cada comprimido existente naqueles potes coloridos e entiquetados. Um sorriso amarelado estava estampado em meus rosto, acompanhado de um par de olhos vidrados. Segurei firmemente três dos pequenos frascos firmemente, despejando todo o conteúdo na minha palma. Eles eram pequenos e coloridos.

"Vocè poderia ter morrido. Nunca faça isso de novo. Você nem imagina como eu ficaria sem poder te ver todos os dias. Sem poder te abraças todas as noites. Te ver encolhida dentro dos meus casacos. Annie, nunca pense na possibilidade de me deixar sozinho aqui."

Minha garganta ardia como brasa. Meu estômago reviravam rejeitando a grande dosagem de calmantes. Minha cabeça começou a pesar, como uma placa de chumbo. Doia demais. Um som agudo começou a soar dentro dos meus ouvidos, me fazendo cair de joelhos no chão frio, tapando as orelhas, numa tentativa falha de abafar o som. Minha boca secou e minha respiração estava pesada, fraca e falha. Eu não conseguia mais enxergar, estava tudo tão escuro, apenas via vultos fracos de luz. Nunca senti um desespero tão forte, eu só queria chorar e gritar, tirar todo esse peso das minhas costas. Antes que tudo fosse tomado pela completa escuridão mãos pequenas agarraram minha cintura. Em questão de segundos, eu não senti mais ses toques



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