História Como marido e mulher - 02

    Partimos ainda cedinho, não demorou para estarmos bem longe das fronteiras de Konoha, seguindo pistas de um inimigo desconhecido. Aquilo era bem estranho para mim, mas Sasuke obviamente já estava acostumado com aquela vida de andarilho, sem ter um lugar fixo para ficar, mas agora tínhamos um ao outro, portanto, era como se estivéssemos no nosso lar.

Mesmo estando longe de tudo e de todos, aquela viagem foi muito gostosa; Sasuke e eu ficávamos juntos durante o dia todo (e a noite também), nos aproximamos muito e isso foi ótimo. Só tínhamos um ao outro e não precisávamos de mais ninguém para sermos felizes.

Fico me perguntando como era quando Sasuke vagava sozinho por aí, devia ser uma vida triste. Mesmo que ele passe a maior parte do tempo calado, bem, eu não paro de tagarelar e ele nem reclama, acho até que o alegra um pouco, vez ou outra o vejo esboçar um sorriso discreto e fico imaginando o que se passa pela cabeça dele. Embora já sejamos bastante íntimos, e mesmo que eu consiga desvendar o significado dos seus mínimos gestos, Sasuke ainda é, de certa maneira, uma incógnita.

(...)

Estávamos deitados sobre a grama, minha cabeça pousava no peito de Sasuke enquanto que seu único braço abraçava minha cintura; Embora eu tenha tocado no assunto do braço protéico assim que ele retornou para a vila, Sasuke simplesmente recusou, disse que viveria sem o braço esquerdo como uma forma de punição por tudo de mal que fez no passado. É claro que eu não contestei sua decisão, e também, ele aprendeu a se virar com um braço só, definitivamente não o fazia tanta falta.

As estrelas pareciam estar pertinho de nós, era bem tarde mas eu não sentia sono. Fiquei pensando sobre nós, sobre quando éramos apenas duas crianças e eu não passava de uma criatura irritante. É, realmente os sentimentos de Sasuke mudaram muito, afinal, até tentar me matar ele já tentou; Mas imagino que aquilo não passou de um momento de loucura, Sasuke não estava pensando racionalmente, assim como eu quando coloquei na cabeça que iria detê-lo sozinha.

Sorri baixinho enquanto estava perdida nos meus pensamentos.

– Qual é a graça ? - Sasuke perguntou, tirando-me dos meus pensamentos. Eu jurava que ele estivesse dormindo.

– Ainda acordado ? - Virei-me, ficando de bruços sobre o corpo dele, passei a mão por sua testa, jogando seus cabelos para trás, podendo ver ambos os olhos dele - Pensei que gostasse de dormir cedo.

– Tô sem sono - Ele respondeu. Calmo, tranquilo - Pode me dizer do que estava rindo ?

– Tô lembrando do passado - Sorri e comecei a acariciar os cabelos negros, sei que Sasuke gosta disso - Lembrando de quando entramos para a mesma equipe, aquela época foi ótima.

– Até eu partir - Sasuke desviou o olhar, sei que ele se arrepende do que fez e, provavelmente, se não tivesse se aliado ao Orochimaru não teria feito o que fez quando era adolescente.

– Querido, isso tudo já passou - Lhe roubei um beijo rápido e ele até se assustou, Sasuke não é do tipo grudento e meloso, embora goste de receber carinho - Você se arrependeu dos seus pecados e já foi perdoado por todos eles. Aquilo já passou, finalmente estamos juntos e não devemos pensar no passado, pois agora temos um futuro, não é mesmo ? 

Ele nada disse, mas sua expressão mudou e eu recebi aquilo como um " você está certa ". Pois é, ser esposa de Sasuke Uchiha é, na maioria das vezes, receber o silêncio como resposta. Típico dele. Sasuke diz mais com seus gestos do que com suas palavras, eu aprendi a interpretar seu silêncio, suas expressões e seus gestos.

– Sakura... - Sasuke passou sua mão pelos meus cabelos, retirando os fios (agora cada vez mais longos) que caíam sobre o meu rosto. Meu marido não disse mais nada, foi como se ele simplesmente quisesse apenas olhar para mim, me ver melhor.

O moreno passou a mão delicadamente pela minha bochecha, desceu até meu queixo e passou o dedão pelos meus lábios, deixando-os entreabertos antes de inclinar a cabeça para me dar um beijo. É, Sasuke também sabe surpreender quando quer. Claro que tais demonstrações de carinho acontecem apenas entre quatro paredes, ou, como acontecia no momento, com a lua e as estrelas testemunhando; Sasuke não é do tipo que demonstra carinho ou qualquer intimidade em público, o máximo que fazemos é caminhar de mãos dadas.

Claro que retribuí o beijo enquanto fazia carinho nos cabelos dele e, vez ou outra, dava leves puxadas. O clima foi esquentando bastante, Sasuke apertava minha bunda e eu já podia sentir sua ereção. Era certo transar no meio do nada, sobre a grama, com a lua e as estrelas como testemunha ? Bem, certo ou errado, já era tarde demais para voltar atrás.

– Eu preciso de você, Sakura - Ele sussurrou no meu ouvido e começou a dar beijos insanos no meu pescoço. Aquilo ficaria roxo, mas só o Sasuke iria ver mesmo, então eu não precisava perturbá-lo com " Sasuke, vai com calma, o pessoal do hospital vai ver isso ".

Tratei de me livrar da minha blusa e da dele, expondo aquele corpo extremamente definido que eu adorava passar as mãos e arranhar de leve, fazendo-o gemer baixinho pra aumentar o meu tesão. Sasuke passou a mão pela minha barriga e subiu até chegar nos meus seios, apertando-os ainda por cima do sutiã preto. Ah, como eu gosto quando ele faz isso.

Distribuí beijos belo peitoral dele e fui descendo até chegar em sua calça, a retirei na velocidade da luz, deixando-o somente com a cueca boxer preta que já tinha bastante volume na frente. Sasuke já estava pra lá de duro. Passei a mão pela região, arrancando gemidos do meu marido, eu percebia pelo olhar de Sasuke que ele já não se aguentava de desejo. Precisávamos um do outro.

Sasuke me puxou para baixo de si, invertendo as posições e tirando a minha calça bege. Foi distribuindo beijos e carinhos por todo o meu corpo, ele é bom nisso; Sasuke me toca de forma carinhosa e rude, é difícil de explicar, só posso dizer que é gostoso. Retirei meu sutiã, Sasuke nunca consegue fazê-lo sozinho de primeira, acho que sutiãs não foram feitos para serem abertos por homens, o moreno sempre se atrapalhava para desabotoá-lo. Assim que me livrei da peça íntima, Sasuke abocanhou um dos meus seios, chupando-o e dando leves mordidas que me deixavam arrepiada.

– Sa-su-ke... - Não pude conter um gemido que ia ficando cada vez mais alto. Sasuke consegue me fazer perder a cabeça.

Ele foi descendo com os beijos até retirar minha calcinha numa velocidade tão rápida que, quando me dei conta, já estava nua. Pois é, ele podia ser desajeitado para tirar sutiãs, mas a mesma regra não era aplicada às calcinhas, Sasuke é mestre em tirá-las.

Fiquei de joelhos e tratei de me livrar da cueca dele também, logo me deitei novamente e deixei minhas pernas abertas, de forma que ele pudesse se posicionar. Sasuke ficou por cima de mim e me deu um beijo na bochecha, o beijo foi descendo até ele chegar no lóbulo da minha orelha, o mordeu e depois passou a beijar meu pescoço.

Segurei em seu membro ereto e o coloquei na minha entrada, foi a deixa para ele me penetrar devagar. Suspirei alto e soltei um gemido, os movimentos dele foram se intensificando e não demorou para que nossos quadris já estivessem se movimentando de forma sincronizada, como se fosse algo ensaiado.

Todas as nossas noites eram especiais, era como se fosse a primeira vez, com exceção de que eu não sentia mais dor durante o ato como aconteceu na noite em que perdi minha virgindade com Sasuke. Nossos corpos tão juntos, como se fôssemos um só. Um momento de extrema intimidade compartilhado apenas por nós dois. Aquilo era... Mágico.

Suados e cansados, chegamos no limite. Senti o líquido quente me preencher enquanto o corpo de Sasuke caía sobre o meu. Não me importo com o seu peso sobre mim, na verdade, nunca me importei; Meu corpo estava parecendo uma gelatina, eu estava tão feliz e satisfeita que não conseguia sentir mais nada além de um prazer imenso e indescritível.

Ele saiu de dentro de mim e nem se deu ao trabalho de se vestir, eu também não estava me importando com isso; Sasuke pousou a cabeça sobre o meu peito, sua respiração ainda estava ofegante, mas foi se acalmando aos poucos. Beijei sua cabeça e acariciei seus cabelos suados enquanto Sasuke acariciava meu seio esquerdo.

– Sasuke ? - Eu o chamei.

– Hum....? - Era óbvio que Sasuke já estava quase dormindo.

– Eu te amo - Sorri e continuei minhas carícias pelos cabelos e rosto dele. Senti que ele sorriu.

– Eu também te amo - Ele falou com a voz embargada de sono, era raro ouvir um " eu te amo " vindo dele, mas não era uma coisa que nunca acontecia. Isso me deixa muito feliz.