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História Status: (Des)apaixonado - Capítulo 02


Escrita por: Annissima

Capítulo 2 - Capítulo 02


 

 

- Senhorita Hinata, ouvi meu tio dizendo que teria uma baita festa no trabalho dele, hoje. – Começou a dar início ao seu plano, no momento em que ela bateu ponto de saída do museu. Se precisava fazer isso, melhor que fosse logo, do jeito que sua mãe dizia que era preferível arrancar o band-aid do machucado em apenas um puxão. 

- Sim. Será uma festa de Halloween. - Ela se virou para olhá-lo. - Vão fazer uma festa de Halloween para os funcionários. Por que? - Curvou o pescoço analisando o menor. Tinha estranhado tanto o interesse dele, quanto que usasse a palavra 'baita' em uma frase. 

- A Senhorita sabia que eu adoro festas de Halloween? - Sentiu-se um pouco mal por contar uma mentira à moça. Na verdade, odiava essa data que nada mais era que uma festa pagã, segundo sua mãe, uma data capitalista para induzir o consumo de doces, segundo seu pai e uma bobeira sem fim, de acordo com ele mesmo. 

- Para ser honesta, eu não sabia que gostava de festas, em geral - disse Hinata um tanto incerta. Sempre pensou que o menino tinha aversão a tumulto e barulho. Talvez ele tivesse mudado nesse período em que passaram separados. 

- Não gosto de todas as festas, mas gosto muito do Halloween e queria ir nessa, do serviço do meu tio. – Abaixou a cabeça, mirando o chão. -  O problema é que ele vai ficar direto lá, até levou uma fantasia para trocar e tal... - Suspirou simulando sofrimento. – Então, ele não pode vir me buscar e eu queria mesmo ir. E nem é pelos doces e tudo mais.  

- Konohamaru-kun, então é por quê? 

- Ah, eu queria passar mais um tempo com meu tio. Sempre que venho, ele precisa trabalhar e nunca nos divertimos juntos. Isso e porque eu gosto de fantasias e a gente não pode simplesmente se fantasiar em qualquer dia, mas no Halloween tudo é possível. - Fez o melhor o olhar de piedade do seu arsenal. 

Chantagem psicológica pura e simples. Uma das poucas vantagens em ser pequeno era o poder que detinha de tocar o coração dos adultos. Com adultos mais propensos como Hinata, não precisava usar muito de sua lábia. Ela se compadeceu e concordou em levá-lo. O problema é que a festa era à fantasia e ela não tinha nenhuma.  

- Senhorita Hyuuga e aquelas roupas temáticas que vocês usaram quando eu vim ano passado. Lembra? – No tempo em que ele passou sentado matutando sobre como iria agir tinha pensando naquilo. Sabia que ela se agarraria a qualquer desculpa para não ir e precisava lhe oferecer alternativas para cada empecilho que ela levantasse. 

Claro que Hinata se lembrava das tais roupas. Fizeram-na caber em uma roupa curta de nativa porque ela era a única funcionária com cabelos pretos e lisos. Porém, havia as fantasias das demais funcionárias que eram mais comportadas e que ela poderia pegar emprestado. Deu um sorriso de gratidão à Konohamaru e foi em direção ao almoxarifado. Chegando lá, teve a decepção ao descobrir que as caixas que armazenavam todas as fantasias tinham sido atacadas por traças. Só sobraram retalhos de tecidos. 

- E se eu só te levasse? Eu poderia ir e deixar você com Naruto, assim nem precisaria me fantasiar. - Era a melhor saída para a timidez de Hinata. Não gostava de se fantasiar. Nunca foi de sair de casa em casa pedindo doces com as outras crianças. Tinha muita vergonha. Por essa razão, seu primo Neji, sempre dividia sua porção com ela. Caso contrário, ficaria sem doce todos os anos. 

- Não! Eu queria que ficássemos nós três juntos. Sabe, mamãe e papai vivem me deixando com o tio Naruto quando viajam e eu me sinto tão sozinho porque ele também nunca para em casa. – Segunda rodada do seu drama pré-concebido. - Fora meu tio, eu não conheço ninguém dessa festa. Queria mesmo que viesse junto, senão nem vou. Sem a Senhorita não vai ter graça. – Aguardou uns instantes para que suas palavras assentassem na mente da moça e fizesse o efeito que esperava. 

- Tudo bem. – Ela se decidiu, enfim, resignada. Até parece que ela seria capaz de dizer não para aquele menininho. Além disso, parte dela queria ir na tal festa desde quando Naruto a tinha convidado no dia anterior. Só ficara momentaneamente insegura e ele não esperou que ela concluísse sua linha confusa de pensamentos. Hinata sabia que ele se vestiria de pirata, já que o ajudara a escolher a peça. Só podia imaginar como ele ficaria lindo vestido na roupa, o que fez surgir mais uma razão forte para ela querer acompanhar a criança. - Mas você vai ter que me ajudar a encontrar uma fantasia e nem sei se vamos achar alguma, assim, em cima da hora e perto das lojas fecharem. 

Fizeram uma peregrinação por todos os estabelecimentos que vendiam artigos para festa. Dentre as que estavam abertas, havia muitas opções para crianças. A fantasia de Konohamaru foi fácil de encontrar. Tinha se decido por ir de tomate por que, em sua opinião, tomates são gostosos, fazem bem à saúde e são alvos de constantes equívocos. Então, isso daria ao garoto à oportunidade de corrigir as pessoas, dizendo que tomate era botanicamente um fruto e não um legume. Essa última vantagem daquela fantasia foi o fator decisivo para sua escolha, já que não perdia uma chance de mostrar que era mais bem informado que muitos adultos. 

Entretanto, não era a sua fantasia o foco da busca. Já passava das 17h:00min e não tinham encontrado nada para a Senhorita Hyuuga ainda. Na verdade, até tinham achado uma fantasia de diabinha que era confeccionada em borracha preta e vermelha. Depois de muita insistência da parte dele, Hinata concordou em experimentar a peça, deixando-o sentado do lado de fora do provador, cuidando de seus pertences. 

A bolsa de Hinata ao seu lado lhe deu a ideia de fazer uma pequena inclusão em seu plano inicial. Prestando atenção se ninguém o via, pegou o celular dela, desbloqueou o teclado apenas deslizando a tela para cima e abriu o aplicativo do whatsapp. Ligeiro, para que terminasse antes dela retornar, enviou uma mensagem à Naruto, tomando o cuidado de apagá-la em seguida e de bloquear o contato do seu tio para o caso dele querer responder a nota dela. Guardou o aparelho de volta na bolsa e no segundo seguinte ela saiu do provador.  

- Nem aqui e nem na China que eu vou usar essa coisa – disse arfando, vermelha e indicando a roupa como se ela tivesse lhe feito uma grande ofensa. - Ela é indecente! - Ele achou que ela ficaria linda na fantasia que era acompanhada de chifres e um rabinho, no entanto, a moça nem se deixou discutir o assunto e ele se conformou em não vencer todas as batalhas. 

Como um último esforço para encontrar a fantasia, foram até uma loja de departamentos, deixando-lhes duas opções. Ou voltavam para a última loja especializada e ficavam com a fantasia de diabinha descartada ou compravam a única que havia na tal loja de departamentos, a qual, de fato, cobriria bem a Senhorita Hyuuga. Konohamaru ficaria com a primeira opção. Uma pena que ela não. 

  

  

  

  

Naruto estava cansado e queria muito ir para casa, especialmente depois da mensagem que tinha recebido de Hinata. 'Um de nós precisa dar o primeiro passo' era o que ela havia escrito. Tinha ficado bastante surpreso com as palavras dela. Não imaginara que ela poderia ter os mesmos tipos de sentimentos que ele. Era isso não era? Ela gostava dele também? Ficou tão desconcertado que passou o resto do expediente de um jeito bem improdutivo. Só pensando no que diria a ela, quando a visse. 

Fez algumas parcas tentativas em sua cabeça. Montava e desmontava frases a fim de deixá-la com o tom perfeito. No entanto, ainda estava preso ali, fingindo prestar atenção no que dizia sua colega de roupa curta de enfermeira safada. A mulher faltava esfregar os peitos na cara dele e ele realmente não estava a fim. Em momentos como aquele pensava porque não havia mais pessoas como Hinata no mundo. Isso certamente o tornaria um lugar melhor para se viver. 

Enquanto devaneava sobre sua vizinha, sua visão captou um mini tomate gritando seu nome, seguido por uma... uma porca rosada desfigurada de vestido vermelho? 

- Tiiio! – O tomate tornou a gritar. 

- Konô, o que você está fazendo aqui? 

- Ora, eu quis vir na sua festa. – respondeu e olhou de esguelha para quem estava atrás dele. – Posso ir brincar com as outras crianças? 

- Você quer brincar com as outras crianças? – Certo, Naruto começou a achar que poderia estar dentro de um episódio de Arquivo X ou Fringe, porque só isso justificaria seu sobrinho insociável querer brincar com crianças. Konohamaru rolou os olhos para o tio. 

- Sim, eu quero. Posso ir? 

- Claro, mas peraí, quem te trouxe aqui? – perguntou para o nada porque o menino já tinha escapado feito um foguete. Próximo a ele ouviu o barulho e se virou rápido para ver o que era. Pelo que percebeu, a porca rosa tinha tropeçado nas pantufas dos próprios pés e caído em cima da armação de abóbora esculpida que decorava aquela sala. Correu para acudi-la enquanto outras pessoas riam abertamente ou disfarçavam o riso, levando a bebida à boca. 

- Você está bem? 

- Q-Que vergonha! D-Desculpa ter vindo s-sem avisar. – Quem respondeu foi a porca rosada. Ele conhecia aquela voz. 

- Hinata? - perguntou enquanto a ajudava a levantar. - Que fantasia é essa? 

- Ah, essa é a P-Peppa Pig. H-Horrível né? 

- Não, eu só estranhei você vir e fantasiada. Machucou? - Já tinha conseguido estabilizá-la no chão. Ainda assim, mantinha uma mão sobre ela. 

- N-Nem vem, quem acha que isso é coisa para criança?

- Verdade, essa coisa é muito feia mesmo. Pior que o palhaço de IT. Ainda bem que eu sei que quem está embaixo é o completo oposto disso. – Hinata corou com as palavras dele. Era bom que estivesse sob camadas de pelúcia e ele não ter podido ver. Assim como era bom estar escondida e não ter pessoas olhando para seu rosto depois de cair na frente de todos. 

- Então, Naruto-kun, não vai me apresentar sua amiga? – Naruto tinha se esquecido totalmente da chata com quem conversara minutos antes. Irritava que ela o chamasse de Naruto-kun e Hinata sentiu o mesmo, embora não tenha dito nada. 

- Certo. Hinata, essa é a Hotaru,  uma colega de trabalho. Hotaru, essa é a Hinata, minha vizinha, melhor amiga e braços direito e esquerdo. – Essa parte final foi dita com um sorriso doce que ele dirigiu à Hinata. Ela realmente ocupava vários lugares na vida dele e até Hotaru percebeu isso e resolveu tirar seu time de campo, arranjando uma desculpa qualquer para sair dali e achar outro cara que quisesse dar uma olhada para os peitos dela. 

- Desculpa atrapalhar sua conversa com ela.

- Que nada! Eu já estava pensando em um jeito de fugir. Você acabou me salvando. Parece que você sempre faz isso. Vamos sentar lá fora? Aqui está muito cheio. – Pegou-a pela mão e saíram. Konohamaru fazia o esforço de parecer alegre junto com as outras crianças. Pensou que se suportasse mais um pouco as coisas poderiam seguir seu rumo sem ele precisar interferir mais. Deveria ser tratado como heroi ao se oferecer assim em sacrifício. Sorriu e voltou para o pula-pula. 

  

  

  

- Eu pensei que você não quisesse vir. – Naruto falou assim que chegaram em outra sala e sentaram em um sofá que ficava em frente a uma ampla janela. Do lado de fora era visível as crianças que estavam à caça de guloseimas ou travessuras. 

- Não é que eu não quisesse. É que eu não gosto de me fantasiar. Fico com vergonha, mas Konohamaru-kun queria tanto vir.

- Você não acha que ele está meio estranho? Ou normal demais, eu deveria dizer? 

- Ah, vai ver é coisa da idade. Vindo dele, pode até ser uma experiência. Nesse mesmo segundo ele pode estar colhendo informações sobre a gente. Eu me sinto um rato de laboratório perto dele. – Riram juntos porque era bem provável que se tratasse disso. Quando o humor passou, veio o conhecido silêncio que sempre se instalava entre eles. Não sabiam direito quando começaram a ter dificuldade em ficar confortáveis juntos. Talvez tivesse ocorrido em momentos distintos, quando cada um percebeu que estava apaixonado pelo outro. 

Naruto lembrou-se das palavras dela na mensagem e resolveu que era chegada a hora de dar aquele primeiro passo. Com cuidado, retirou a parte de cima da fantasia de porquinha, afastou alguns fios de cabelo que cobriam o rosto bonito. Ficou perdido com a sensação de deslizar o dedo sobre a superfície das maçãs do rosto dela. Entorpecido com o toque macio da pele da amiga. Ela ruborizou e isso apenas destacava a linda cor de seus lábios, incitando em Naruto o desejo de prová-los. E foi o que fez. 

Se aproximou e Hinata fechou os olhos. Quando as bocas dos dois se juntaram em um beijo, sentiram a conexão se formando, as peças se encaixando e todo o amor que sentiam sendo expresso de uma forma física. Pegou-a pela cintura e tentou colocá-la em seu colo, mas a estrutura da fantasia não permitiu, fazendo-os se separarem do beijo e, de testas coladas, rirem daquilo.  

- Naruto! - Um homem que Hinata não conhecia entrou na sala. - Hum...Foi mal aí, mas seu sobrinho está estranho.  

Não precisou dizer mais nada. O casal correu até onde haviam deixado Konohamaru e o viram em um canto, encolhido com os joelhos a esconder o rosto, puxando os cabelos com força e se balançando para frente e para trás.  

- O que aconteceu? - Fora Naruto quem perguntara ao homem que o tinha chamado. Hinata já estava perto do menino e tentava o tirar dali. 

- Cara, eu acho que foi no pula-pula. Algumas crianças caíram por cima umas das outras e ele começou a gritar que não eram para tocar nele e essas coisas malucas. 

- Meu sobrinho não é maluco! - A voz de Naruto saiu fria como Hinata nunca ouvira. Ele se aproximou do menino encolhido e o carregou. - Vamos, Hina. - Saíram do edifício e foram de carro até a casa de Naruto.  Hinata foi no banco de trás com o garotinho. Ela o fez deitar com a cabeça em seu colo e cantava canções suaves enquanto passava os dedos pelos fios de cabelo dele. Aos poucos, o tremor no corpo de Konohamaru foi sumindo. 

Chegaram em casa, Naruto o colocou em um pijama e ficou com ele, no quarto. 

- Tio, me desculpa. - Foi a primeira coisa que o menino disse. - Eu não consegui me controlar e estraguei tudo. Foi muito rápido e não lembrei de nenhum dos exercícios para me acalmar.

- Você não tem do que se desculpar. Essas coisas acontecem e você não estragou nada. 

- Estraguei sim. Eu sempre faço isso. Estrago tudo. Ano passado, eu tive um treco e estraguei o ano novo. Agora, de novo... - Ele apertava o travesseiro que tinha nos braços. 

- Konô, você sabe que tem um problema e se esforça muito para ficar bem. Ano passado foram os fogos de artifício que te assustaram. Não foi culpa sua. - Sentou ao lado do sobrinho, na cama. - Eu sou seu maior fã, sabia? Tão pequeno e é mais forte do que muitas pessoas que conheço. A gente sabe que é difícil, Vamos sempre ficar do seu lado. 

- E-E a Senhorita Hinata? Ela viu aquilo... Deve achar... 

- Eu acho... - Hinata vinha trazendo uma caneca de chá quente, em mãos. - que você foi muito corajoso em entrar naquele brinquedo. Antes das crianças caírem você estava bem, não é? - Entregou a caneca ao garoto e ele assentiu. - Só de você não ter desistido e de ter tido a iniciativa de ir já me mostra que você é forte como seu tio disse. 

Conversaram mais um tempo, os três, sentados na cama que o menino ocupava quando vinha ficar com o tio. Era um caminho longo a ser percorrido e Konohamaru teria que continuar com suas visitas à psicóloga infantil. O que podiam fazer era dar apoio. A maior parte do trabalho caberia ao próprio garoto. Depois que ele dormiu, Naruto e Hinata saíram do quarto e foram até a cozinha. 

- Fico triste por ele ter que passar por isso. 

- Eu também. Só que aí eu lembro como ele estava pior ano passado e sinto esperança. Ele está melhorando. Aos poucos, mas está. - Pegou a mão dela. - Agora, sobre nós. Como você disse na mensagem, dei o primeiro passo e não quero que fique só naquilo que aconteceu no escritório. 

- Espera. Que mensagem? 

- A mensagem que você me mandou, no fim da tarde. 

- Naruto, eu não te mandei mensagem. 

- Como não? - Pegou o celular do bolso da calça. - Olha aqui. - Virou o visor para ela. 

- Eu não mandei essa mensagem. - Pensou por alguns instantes e, vendo pelo horário do envio, descobriu. - Foi Konohamaru-kun enquanto eu provava uma fantasia. Então, o que ele queria era juntar nós dois. Viu o que eu disse? Ratos de laboratório. 

- Em outra ocasião eu ficaria bravo com ele. Só que no fundo eu fico feliz que ele tenha feito isso. Caso contrário, até quando nós dois íamos ficar nos enrolando? - Contornou o balcão e a beijou novamente. - Amo você, Hinata. Como vizinha, amiga e mulher. Eu te conheço melhor do que qualquer um. Sei de todos os seus gostos e dos seus desejos. Vou fazer tudo para te fazer feliz.

 - Eu sou apaixonada por você nem sei há quanto tempo. - Colocou os braços em torno do pescoço dele e correspondeu ao beijo. 

Do alto da escada, Konohamaru, que sentira sede e fora buscar um copo de água viu tudo. Aquele também era seu primeiro passo. O primeiro passo para se desapaixonar. Doía um pouco em seu coração, a perda daquele primeiro amor. Pelo menos estava feliz por não ter estragado tudo tão completamente, a ponto de atrapalhar seus planos. Uma parte de si estava contente por aquele casal. Ainda achava que seu tio não era grande coisa. Contudo, não conseguia imaginar alguém que não ele, que fosse cuidar e protegê-la tão bem quanto Naruto. Voltou para o quarto em silêncio. 

 

 

 

Acordou com o sol batendo em seu rosto. Dormira demais, devido o cansaço do dia anterior. Ouviu conversas animadas, vindas do andar de baixo. Foi ao banheiro, tomou banho, escovou os dentes e desceu. Na cozinha, tomando café da manhã, estavam a senhorita Hinata e o tio. De costas para ele e de frente para o casal, havia uma criança de cabelos compridos. Suspirou. Não estava no clima de lidar com outra criança. Ia tornar a subir quando Naruto o viu. 

- Até que enfim acordou, Konô. Vem comer alguma coisa! - Droga! Agora ele teria que ir. Arrastou os pés no chão, sem vontade nenhuma de socializar. 

- Konohamaru-kun, eu ainda não te apresentei à minha irmã, Hanabi. Das outras vezes, ela estava na casa dos nossos avós e vocês dois nunca se encontraram. - disse Hinata sorrindo, com a mão unida à de Naruto sobre a mesa. O garoto fez a volta e ficou diante da menina. Ela era linda! Quase uma miniatura da Hyuuga mais velha, com o diferencial que possuía cabelos mais escuros, olhos astutos e brincalhões e (nossa!) estava acontecendo outra vez. Mãos suando, coração disparado, borboletas no estômago... 

É, Senhorita Hinata, eu terminei de me desapaixonar por você no mesmo segundo em que comecei a me apaixonar por Hanabi-chan, pensou antes de sentar e iniciar uma conversa com a menina que, para sua alegria, tinha a sua idade.

O melhor de tudo era que, dessa vez, poderia contar esse segredo à mamãe e ao papai quando voltassem. Iria aproveitar e perguntar até quando pretendiam esconder dele que sua irmãzinha ou seu irmãozinho estava à caminho. Sabia o tempo todo que a viagem deles era para comemorar essa novidade. Adultos. Achava que nunca os entenderia.

 

 


Notas Finais


E foi isso! Espero que tenham gostado.

Ah, se fosse fácil pra gente se desapaixonar tão rápido quanto Konô seria bom! ^^

E se para juntar duas pessoas fosse fácil assim, eu teria tido muito sucesso como casamenteira.

** Agora falando sério, TOC é uma coisa bem difícil de administrar para quem o tem. Não é brincadeira. Quem tem esse transtorno precisa conviver se policiando diariamente contra a repetição. É bem sofrido. Se conhece alguém que possua, tenha paciência. Existe tratamento para amenizar o quadro, mas a pessoa provavelmente terá que travar uma batalha a vida toda. Vamos ajudar como pudermos. ^^

Obrigada à quem leu. Vou responder os comentários do último e agradeço demais por eles! :)

Tenham um ótimo feriado!!! <3


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