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História Como (não) ter um Ômega-ABO Universe. - Como (não) ter pesadelos.


Escrita por: TaeTaeMozao e TaeilGermes

Notas do Autor


Desculpa a demora <3

Capítulo 18 - Como (não) ter pesadelos.


Fanfic / Fanfiction Como (não) ter um Ômega-ABO Universe. - Como (não) ter pesadelos.

-Você quer que tudo volte ao normal? Sua vida, seus amigos... Que nada tenha acontecido?

-Eu só quero que esse pesadelo acabe logo!-Um tapa em minha face esquerda.

-Você não enxerga que ele não quer você? Que ele não é seu?

-Ele é meu sim!-Grito e sinto um soco.

-Seu... Me dando maravilhosamente como sempre faz?-Minha boca se contorce em raiva.-Esse filhote nem de longe é seu!

-Cala a boca! Quem você pensa que é para falar assim dele?-Vocifero e sinto mais um soco, desta vez na boca do meu estômago.

-Ele é bem fogoso né?-A voz me pergunta e eu grunho de raiva.

-Eu vou matar você-Rosno enfurecido e tento me desamarrar.

-Para com isso... Me responde, ele já te chupou?

-Eu vou matar você... Nem que seja a única coisa que eu faça de descente na porra da minha vida...-Falo pausadamente e a voz ri alto.

-Você é um covarde de merda! Você não faria isso...-A voz fala e uma luz se acende.-Não faria isso com seu... Irmão.

 

Sou puxado para a realidade num pulo, quase caindo da cama, assustando Ukwon, que acordou com o meu desespero. Um sonho... foi só um sonho... Era o que eu tentava me convencer. Me viro e olho nos olhos do ômega que me analisava preocupado e me lembro das palavras ditas pela voz... A voz do meu irmão... no sonho. As palavras ditas de maneira suja, que retratava Yukwon, fazia meu coração falhar batidas.

Desvio do seu olhar, sentindo um sentimento estranho em mim. Sentindo dúvida. Queria correr dali para bem longe. Correr para os braços de minha Omma e nunca mais sair dos seus carinhos. Queria contar-lhe todos os meus medos, falar para ela sobre esse sonho estupidamente real. O sentimento de estar na presença do meu irmão ainda estava ali. Eu ainda sentia muito bem...

Sinto as mãos de Yukwon vagar de meus ombros até o meio de meus braços. Desfaço o contato me levantando rápido, respirando com dificuldade, sentindo meu coração ainda desregulado e desesperado. Olho para seu rosto e vejo a dúvida ali, estampada na sua face. Se você soubesse como me sinto agora...

 

-Nhyuk... O que está acontecendo?-O loiro me perguntou com os olhos marejados. Fecheis as mãos em punho e mordi o lábio inferior, tentando ao máximo não chorar.

-Kwon...-Sussurro e mordo o lábio mais uma vez. Ele me analisa e sinto que posso desabar a qualquer momento. 

 

Corro para dentro do banheiro e tranco a porta atrás de mim. Se eu estou confuso, imagina Ukwon... Deslizo pela madeira da porta e me sento no chão. Derramando todas as lágrimas que eu queria ter soltado na frente de Yukwon. Talvez ele possa me acalmar como sempre fez... O que isso ajudaria? O motivo do meu choro é o próprio Yukwon!

Sinto que meu corpo já não aguenta mais aquele choro e aquela posição horrível na qual me encontrava, respiro fundo e sinto o cheiro de Ukwon. Provavelmente ele estava do outro lado da porta. Engulo o choro e fico ali, respirando e tentando colocar a mente em ordem. Tentando esquecer as palavras ditas.

 

-Nhyuk... O que está acontecendo?-A voz manhosa e chorosa de Ukwon se fez presente, baixinha e fraca do outro lado da porta.

-Eu estou bem...-Falo depois de pigarrear e respirar fundo.

-Quer conversar?-A pergunta veio com a sua voz mais calma, mas séria.

-Não precisa...-Respondi falhando um pouco a voz. Ah se você soubesse o quanto eu preciso conversar.

-Quer que eu vá embora?-A pergunta veio. Um silêncio se instalou enquanto eu pensava se deveria mandá-lo embora ou não.

-Não...-Falei e ouvi seu suspiro e um soluço.-Volte a deitar, por favor... Foi  um pesadelo...-Falo e escuto seu fungado baixinho e um "uhum" em resposta.

 

Seus passos foram ouvidos e o barulho da cama também. Fiquei ali, sentado mais um pouco, encarando o teto e sentindo aquela sensação estranha mais uma vez. Era como se meu irmão estivesse ali, me observando, me julgando e rindo de mim.

Sem que eu perceba, me vejo debaixo do chuveiro. A água gelada caindo-me sem parar e meu queixo batendo.Termino o banho e pego uma toalha, me seco e enrolo-a na cintura, escovo os dentes e me perfumo. Encaro o meu reflexo no espelho e vejo o homem que me tornei. A quem estou querendo enganar? Ainda me sinto uma criança.

Tomo coragem e saio do banheiro, encontrando um Ukwon dormindo com os olhos apertados, agarrado ao edredom e com um bico nos lábios. Olho para seu rosto dormindo e um sentimento de estar sendo enganado surge dentro de mim. Vou até o guarda roupas e pego uma cueca junto a uma calça de moletom. Visto as peças e desço para a cozinha. Ligo a cafeteira e coloco os ingredientes para fazer um café bem forte. Olho no relógio da parede da cozinha e vejo que está BEM cedo.

Fico olhando para as gotas de café que começavam a cair na chaleira de vidro e me sinto perdido. Os sentimentos que me assombravam na infância voltando como um fantasma que cisma em ficar no seu pé. Assim como meu irmão... Esse sim é um fantasma pelo qual eu luto para fujir. Eu nado contra a correnteza de sentimentos ruins sobre aquele ser. Ele sim me fez sofrer... Minha vida só melhorou depois que ele foi embora, mas parece que tudo sempre tem que voltar. O passado não consegue ficar no seu lugar, no passado... Ele tem que vir e estragar tudo. Agora que eu acho que as coisas estão indo bem...

 

-Está em meio aos seus devaneios?-A voz rouca e sonolenta me fez dar um pulo.

-Estava vendo o café...-Falo sem me virar, olhando o café pronto na cafeteira.

-Você me deixou preocupado... Está mesmo tudo bem com você?-Perguntou-me quando eu me servi da bebida quente e forte.

-Estou bem...-Falo e ando até a bancada, me sentando na mesma.

-Quer conversar?-Olhou-me com os olhinhos magoados, com uma xícara igualmente grande à minha em mãos.

-Café faz mal ao bebê...-Falo e ele me analisa com a expressão confusa.

-Amorzinho...-Ele fala e faz um bico de que ia chorar nos lábios. Ele praticamente corre em minha direção colocando a xícara de lado para me abraçar.

 

E ali estava. Poderia acontecer qualquer coisa na minha vida que me fizesse ter o pensamento que Yukwon estava me enganado, mas era só estar em seus braços ou tê-lo nos meus que percebo que não passa de uma imaginação de minha cabeça. Seu corpo estremesse quando eu o circulo com os braços, puxando-o mais para perto de mim. Sentindo seu cheiro e sua pele quente em contato com a minha.

 

-Eu tenho medo de te perder...-Ele sussurrou com o rosto no meu peito. Estremeci com suas palavras e ele me apertou ainda mais.

-Ainda é cedo... Desculpa se te acordei...-Mudo de assunto, não querendo falar sobre.

-Está tudo bem...-Ele fala e ronrona quando eu começo o carinho em seus fios.

 

O restante do "começo" da manhã foi assim, um Ukwon manhoso que não me soltou um segundo se quer do meu corpo.

 

( > y < )

 

-Estou nervosa!-Alana fala retocando sua maquiagem mais uma vez. Reviro os olhos por escutar sua voz e tento me concentrar na coreografia que estava repassando.

-Minhyuk relaxa... Você está dançando isso sem parar.-Jaehyo fala e eu encaro seu rosto sorridente em minha direção. Sorrio de volta e respiro fundo.

Minhas mãos estavam trêmulas e sentia que iria infartar a qualquer momento, do meu lado, Ukwon estava cantarolando uma música infantil enquanto arrumava seu cabelo. Só ele mesmo para continuar calmo numa situação dessas.

-Está nervoso bebê?-Ele pergunta me olhando pelo reflexo.

-Sim...-Sussurro para ele que sorri aberto e se vira para mim.

-Veja pelo lado bom, estamos lindos descalços...-Ronronou me abraçando. Sorrio com seu comentário e aceito seu abraço. 

 

O próximo grupo a se apresentar seria o nosso e tudo estava certo, Clóvis estava relaxado, seu terno impecavelmente alinhado combinava com o de Jaehyo, que estava deslumbrante. As gêmeas estavam vestidas também de preto, com vestidos longos e simples. Já eu e Ukwon, estávamos de branco, com uma camisa folgada branca e uma calça de malha na mesma cor. 

Tudo estava certo e eu começava a me acalmar. Não vimos a mãe de Ukwon hoje então acho que ela não vai vir, meus pais também tinham dito que viriam, mas até agora nenhum sinal deles. Talvez seja melhor assim, pelo menos eles não vão me ver falhar.

A apresentação do palco acabou e a coxia nunca foi um lugar tão aterrorizante como estava sendo agora. As pessoas que estavam no palco foram muito bem aplaudidas e eles deixam o mesmo satisfeitos. Zico estava no meio deles e o sorriso que esbanjava era calmo e despreocupado.

 

-Boa sorte...-Ele falou me dando um meio abraço. Saindo correndo logo em seguida.

 

Sorrio e vejo as gêmeas subirem ao palco. Fico observando as duas se posicionarem de estrategicamente longe uma da outra e recitar os poemas que Jaehyo escolheu.

"Duvida da luz dos astros,

De que o sol tenha calor,

Duvida até da verdade,

Mas confia em meu amor."

 

Alana recita graciosamente e sorri, dando a deixa para Alina.

 

Amor quando é amor não definha

E até o final das eras há de aumentar.

Mas se o que eu digo for erro

E o meu engano for provado

Então eu nunca terei escrito

Ou nunca ninguém terá amado.

 

Assim que elas terminam, as luzes se apagam e uma chuva de aplausos se faz presente. Elas correm para fora dali, Clóvis e Jaehyo sobem ao palco. Ukwon segura minha mão e andamos juntos.

Nos posicionamos e a luz se acende novamente. As pessoas que estavam sentadas nos encaram e olho para Ukwon, que me encarava sorrindo. Olho para a dupla de pinguins e Clóvis senta na banqueta preta com o violão no colo. Jaehyo senta-se ao seu lado e pega o microfone nas mãos.

As gêmeas surgem com violinos em mãos e ficam em pé atrás dos meninos. Todos olhavam em expectativa para a cena. As notas começaram a sair e meu coração se acalmou quando elas ganharam ritmo e força. Era Kansas, Dust in the wind.

Meu corpo começa a se movimentar minimamente, assim que encontramos a nota para o início da coreografia. Meu corpo balançava a medida em que as notas iam ficando mais extensas e a coreografia saia de mim naturalmente. A voz de Jaehyo dando um novo ar para a velha música me fazendo sentir sensações boas inundar meu corpo. Viro-me de frente para Kwon e sincronizadamente damos passos até estarmos colados. Nossos corpos se movendo num ritmo bom e nosso contato visual não quebrado. Era como se só existisse nós dois ali, e mais ninguém no mundo, todos morreram para mim. A medida que a música corria, nossos corpos rolavam e dançavam pelo palco.

Estava completamente à vontade com o palco e o que fluía em minhas veias era a vontade de dançar ali à note toda. Até meus pés se cansarem, ou até Ukwon desistir de dançar comigo. Tomei seus braços e ficamos abraçados, eram as últimas melodias e nossos corpos iam de um lado ao outro lentamente, aproveitando a lenta da melhor maneira do mundo. E assim acabou a nossa apresentação. 

Ukwon me abraça forte e sorri largo quando todos começam a aplaudir. Volto ao mundo real e abraço seu corpo com o meu. Os outros vem e reverenciamos juntos. Sorria como um bobo, Ukwon não soltava a minha mão e comemorava feliz igualmente à mim. Todos estávamos eufóricos. Rolo meu olhar pelas pessoas e encontro meus pais, nos aplaudindo felizes e os pais de Ukwon, da mesma maneira... Mas o que me chamou realmente a atenção foi o Alfa que estava com um sorriso extremamente enigmático, aplaudindo e fitando Ukwon. Espera! Esse ai é meu irmão?


Notas Finais


Reviso logo mais.~


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