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História Como (não) ter um Ômega-ABO Universe. - Como (não) ir embora.


Escrita por: TaeTaeMozao e TaeilGermes

Notas do Autor


O capítulo ficou um pouco longo e o final tá bosta, mas é que eu vou atualizar mais tarde <3
Obrigada pelos comentários <3

Capítulo 23 - Como (não) ir embora.


Fanfic / Fanfiction Como (não) ter um Ômega-ABO Universe. - Como (não) ir embora.

-Minhyuk... Eu acho melhor eu ir para a casa de meus pais...

Sabe aquela sensação de estar morrendo aos poucos com uma noticia ruim? Aquela que dá um aperto no peito e faz a alma pesar? Pois então, essa é a dor que eu estou sentindo neste exato momento...

Ainda olhando aqueles olhos escuros, pensei em amarrá-lo na cama, em trancá-lo, ou, em até mesmo, forçá-lo a ficar aqui, comigo. Ukwon estava com um medo palpável de mim. Era perceptível, suas mãos trêmulas e lábios comprimidos. Seu corpo estava encolhido agora, como se fosse um filhote machucado. E o culpado sou eu... Eu não. Você Voraz!

Levanto da cama e vou até o guarda roupas. Pego uma cueca e uma camisa, visto-as e pego um jeans, vestindo também. Ukwon me observava, calculando meus passos e me medindo com seus olhos amedrontados. Mal sabe ele que quem está com mais medo aqui sou eu...

-Você não quer mesmo me contar o que aconteceu?-Perguntei calmo, cansado realmente e indisposto para ter uma briga agora.

-Eu só preciso ir para a casa de meus pais...-Ele fala tremulando sua voz, mostrando-me seu medo.

-Você... Está com medo de mim?-Perguntei me apoiando no batente da porta.

-Minhyuk... Eu quero ir...-Ele falou com a voz embargada, abaixando sua cabeça em seguida.

Andei apressado em sua direção na cama, abraçando seu corpo em seguida. Kwon se assustou e começou a chorar ainda mais, me causando uma onda de desespero. Levei minhas mãos até seus cabelos, fazendo carinho em seus fios. Ukwon chorava cada vez mais, me preocupando e me deixando com mais medo. 

Eu não sei como reagir, nunca tinha visto Ukwon tão ferido assim. Ele nunca tinha chorado desse jeito na minha frente. E ainda mais, ele está chorando por minha causa, por uma coisa que meu corpo fez e eu não sei... Voraz, cadê você?

Ukwon já estava mais "calmo", eu acho que ele só estava parando de chorar porquê estava sem forças para o ato. Apertei seu corpo contra o meu um pouco mais, sentindo seu cheiro misturado com o meu em seu corpo. Ukwon me abraçou de volta, forte e apertado, me fazendo aprofundar minha cabeça em seu pescoço ainda mais. Suas mãos passeavam por meus braços quando nos separamos, seus olhos encaravam os meus e seu narizinho avermelhado me fez ficar temeroso com o que sua boca me falaria assim que ele parasse de morder o lábio.

-Você ainda é o Minhyuk né?-Ele perguntou com medo. Assenti e beijei sua testa. Ukwon respira fundo e olha dentro dos meus olhos, me causando um arrepio.-Você vai entender... Sabe... Meus motivos...-Ele fala pausado, como se estivesse calculando as palavras para me dizer.

Mordo o lábio sentindo a vontade de chorar me consumir... Sinto-me pequeno, sinto como se estivesse sendo abandonado para morrer... E eu não posso fazer nada.

-Isso é sério?-Perguntei, a voz trêmula.-Você vai me deixar sem ao menos eu saber o motivo?-Pergunto e ele vira o rosto lentamente, como se as palavras que eu disse doessem.

-Pergunta para o Voraz...-Ele me diz angustiado, voltando a mirar meus olhos.-Eu só quero que me deixe ir...-Ele fala e eu nego com a cabeça.

-E o nosso filhote?-Pergunto perdendo um pouco da paciência.-Isso é definitivo? Você vai e a gente não vai ter mais nada?-Pergunto e ele continua me analisando, neutro.-Você vai me abandonar? A gente tá terminando? Você vai voltar pra mim um dia? Você me ama?-Faço a última pergunta e vejo ele engolir seco. 

-Eu só preciso ir...-Ele fala e se solta de mim, levantando.

Meu corpo travou, minha mente entrou em pane. Ele não gosta de mim? Ele não me ama? Então é isso? Ele vai me deixar por isso? Olho para os lençóis desorganizados na cama e fico imaginando que tudo o que passamos... Tudo o que vivemos... Ah não! 

-Você estava comigo por dó?-Eu pergunto, sem me virar para vê-lo. 

-Eu acho que a gente tá confundindo os sentimentos...-Ele fala com a voz baixa. Me viro e olho para seu corpo agora vestido.

Ando em passos pesados e rápidos em sua direção, vendo seu corpo travar. Pego sua mão e coloco no meu peito, perto do coração e encaro seus olhos. Com raiva.

-Você sente isso?-Pergunto com a voz carregada em raiva, mas ainda sim, saiu calma.-Você sente o quanto eu estou nervoso com isso? Você sente apenas de estar aqui na minha presença que eu estou sofrendo com essas palavras de merda que você falou? Eu te amo! E não, não é confusão! Eu sempre te amei, desde o dia em que te vi, quando você se mudou para a casa em frente à minha.-Falo e ele fica ali, me olhando, assustado.-A gente não está confundindo nada... Pelo menos eu nunca confundi nada Yukwon! Quem confundiu aqui foi você!-Falo e aperto sua mão com a minha.-Me diz que não me ama agora! Me diz! Fala o que você realmente quer de mim...-Falo e ele baixa sua cabeça, mas eu seguro seu queixo, com a mão livre, obrigando-o a me olhar.

-Eu quero ir embora...-Ele fala me olhando nos olhos, me deixando ver o turbilhão de sentimentos que estava escondido ali.-Me solta que eu vou embora Minhyuk...-Continuou firme, mordendo o lábio e fazendo cara de choro.-Eu... Não... Te amo.-Ele conclui e eu solto seu corpo, entorpecido com as palavras dele. Entorpecido com o poder que elas causaram em mim.

Me apoiei no guarda roupas, colando a testa na madeira gelada, sentindo a angustia me corroer e me consumir aos poucos. Eu já estava começando a definhar e ele estava ali, arrumando suas coisas com calma. Como se eu não existisse. Como se a minha presença não valesse nada para ele.

Em minha mente eu gritava por Voraz, queria que ele tomasse o controle para si e não me devolvesse a consciência nunca mais. Mas ele não me respondia, ele nem se quer me deixava senti-lo. Era como se ele também estivesse morto. A cada tentativa, sentia minhas esperanças morrerem e meu corpo se consumido pela tristeza ainda mais.

-Eu vou ao menos poder ter contato com meu filhote?-Pergunto quase em sussurro.

-Eu não posso negá-lo disso...-Ele responde choroso. Mas ainda sim, firme.

 -Quer que eu te leve?-Perguntei.

-Jaehyo já está lá na rua me esperando...-Ele responde e sinto sua mão em minhas costas.-Eu sinto muito Nhyuk... Mas é preciso...

-Adeus Yukwon...-É tudo o que minha boca fala. De forma ríspida e sofrida.

Sinto a mão de Ukwon sair de minhas costas e escuto seus passos até a porta de entrada. Depois, só escuto ela se fechando. Ukwon levou consigo mais do que suas roupas e nosso filhote. Ele levou consigo toda a minha felicidade e vida... Deixando-me apenas a carcaça, as migalhas, os restos. Sentia meu corpo afundar, a medida que escorregava ao chão, o rosto coberto por lágrimas e a gritante vontade de matar meus próprios sentimentos rondando-me.

Chorava de raiva, ódio e tristeza. Fui enganado da maneira mais odiosa que alguém poderia fazer. Ukwon estava comigo por dó... Enquanto eu me dava por completo à ele eu recebia apenas sua compaixão e dó... Cômico.

Olhei ao redor, para aquele quarto bagunçado e vi uma pasta clara em cima do criado mudo. Levantei e peguei o objeto, que tinha o emblema da empresa do meu pai. "Lee's Seguros" em dourado, naquela pasta creme. Estranho...

Sentei-me na cama e coloquei o objeto em minha frente. Não era o contrato de seguro do meu carro, até porque, ele fica na casa de meus pais. O que poderia ser? Um contrato de seguro novo? 

Abri a pasta e me deparei com um contrato e um projeto. Mas eram de uma nova empresa, e não a do meu pai. Li atenciosamente cada palavra daquilo e notei que era de uma empresa de vendas, só que meu nome estava ali, como sócio e presidente da empresa. Gelei ao ver a minha assinatura ali, junto com a do meu appa e a da minha omma. Estava datado no dia de hoje. Me fazendo descrer de tudo. Eu tenho uma empresa de venda de carros, perdi meu namorado e meu filhote e o Voraz me ignora... Ótimo! Mas que porra.

Fecho a pasta correndo e levanto, vou para a sala e pego as chaves do carro, saindo de casa e dirigindo até a casa de meus pais. O dia não tinha como ficar menos estranho... Eu sei que tomaria multas por excesso de velocidade, mas quem no meu estado de espírito liga?

Já estava escuro e o frio que apossava à noite me fazia ter arrepios por estar sem agasalho. Estacionei o carro na frente da casa de meus pais e andei em direção a entrada. Nem precisei bater, meu appa já me atendeu com um sorriso gigantesco.

-Como vai filho?-Ele me pergunta, fazendo meu olhos se encherem. Neguei com a cabeça e meu pai logo me deu passagem para entrar. 

Entrei na casa onde passei a minha infância e avistei minha omma, sentada na sua poltrona, fazendo uma espécie de costura. Corri em sua direção e me fundei em seus braços. Ela, sem saber o que estava acontecendo, me acolheu, passando as mãos por meus cabelos enquanto me abraçava de volta. 

E ali no colo dela eu chorei. Chorei e coloquei todas as minhas feridas à mostra. Solucei e balbuciei palavras, esperneei e fiz birra como uma criança mimada. E minha omma simplesmente me acolheu e me disse palavras de conforto. 

-O que aconteceu com meu filhote?-Ela perguntou doce, quando meu choro cessou.

A olhei nos olhos e mordi o lábio. Eu nem sabia por onde começar.

-Voraz... Ele estava hoje aqui...-Gesticulei com as mãos, indicando meu corpo. Minha boca estava estranha, eu não conseguia falar direito.-Ele fez algo para o Ukwon... Sumiu e meu filhote me abandonou...-Falei e ela franziu o cenho.

-O que?-Meu appa pergunta, me trazendo um copo d'água. Bebi com calma e senti minha boca melhor. Lhe devolvi o copo e comecei de novo.

-O Voraz assumiu hoje... Ele veio aqui na casa de vocês e fez algo que eu não sei...-Meus pais se olham e continuam em silêncio.-Ele fez alguma coisa com Ukwon e agora não me responde mais...-Falo e travo, sentindo meus olhos arderem mais uma vez.

-O que aconteceu filhote?-Minha omma pergunta e eu engulo seco.

-Ukwon me deixou...-Falei e fiz cara dolorida, chorando em seguida.

-Calma...-Meu appa fala e abraçando. Com todo amor do mundo, ele me senta no sofá e vai buscar mais água para mim.

-E o filhote?-Minha omma pergunta magoada, chorando também.

-Ele disse que não me negaria vê-lo...-Digo e ela me olha triste.

-Ele pode nascer fraco por causa da separação de vocês...-Ela diz e eu concordo com a cabeça.

-Eu não pude... Ele já estava decidido a ir...-Falo e meu appa me estende mais um copo de água, dando um para a minha omma também.

Ficamos em silêncio, meus pais me olhando e eu olhando o chão. Não sabia o que fazer. E já nem sabia mais o que estava fazendo aqui. Olhei para a mesa de centro e vi a pasta. Peguei a mesma e encarei meus pais, que me olharam.

-Você... O Voraz.. Veio aqui hoje cedo, disse que queria trabalhar no ramo da família, porque agora iria ser pai e precisava de dinheiro.-Meu appa começou.

-Nós estávamos com um projeto e sabemos que você entende bem do assunto ômegas, e te oferecemos uma sociedade...-Minha omma completou o marido.-Nós sabemos que na faculdade você se dava bem com os ômegas e as ômegas também, então por que não te colocar para tocar a nossa empresa de venda de carros?-Ela pergunta sorrindo.

-Porque eu não entendo nada de carros?-Pergunto retoricamente e meu pai ri nasalado.

-Não precisa entender de carros, precisa entender de ômegas...-Meu pai disse eu o olhei com o cenho franzido.

-Nossa empresa, vai ser voltada para ômegas, mas vai ter conteúdo para os alfas também. E como você entende os gostos...-Ele diz e dá de ombros.

-Então é isso? Eu agora sou dono de uma concessionária para ômegas?-Eu pergunto e os dois assentem felizes.

-Você sabe do que os ômegas gostam não sabe?-Minha omma pergunta e eu concordo com a cabeça.-Bom é isso!

-Como a gente já tinha conversado, a loja já está pronta e os carros para a sua escolha já estão disponíveis, na segunda a gente começa.-Meu appa fala e eu concordo com a cabeça.

-Eu não sei o que conversamos...-Falo e ele ri.

-Você não precisa se preocupar, anda... Vamos ao escritório.-Ele diz e eu o acompanho.

 

( > y < )

 

Ukwon POV

Aquele Enjoosinho chato matinal que eu sinto me acordou do meu sonho maravilhoso. Minhyuk estava nele e aquela saudade de seus braços fez querer que o sonho fosse real. Já tinha se passado absoluto cinco meses e a cada dia eu me martirizava ainda mais com a estúpida ideia de me lembrar do vergonhoso dia em que eu fui embora de sua vida.

Levanto e caminho rápido até o banheiro, deixando na privada todo e qualquer alimento que eu ingeri. Era sempre assim, acordar, vomitar, e tentar levar a vida. Um dia de cada vez... 

Apertei a descarga e me levantei custosamente. A barriga pesa... Fui até a pia e lavei meu rosto, pegando minha escova de dentes, com a pasta e escovando os meus dentes. Quando terminei, tirei a roupa e andei até o chuveiro, abrindo e me banhando. A água morda me dá a sensação de que Minhyuk vá entrar a qualquer momento pela porta e me dar um bom dia com um beijo delicado.

Sorrio com o pesamento fantasioso e trato de terminar meu banho, antes que meu omma venha correndo ver se eu estou bem. Saio do chuveiro e me seco. Volto para meu quarto e coloco uma cueca, um moletom para a aula e uma camisa bem larga. Arrumo meus cabelos e passo um lip balm, para hidratar meus lábios. 

Desço as escadas da casa de mamãe e vou para a cozinha, onde o cheiro de torradas com queijo estava me fazendo delirar. Adentro o cômodo e vejo minha omma preparando o café, enquanto cantarola uma música de treinamento no quartel.

-Um, dois, três, quatro... Requeijão é um barato....-Ele falava na melodia me fazendo sorrir internamente.

-Vejo que alguém acordou de bom humor...-Meu appa diz abaixando o jornal, me olhando com um sorriso nos lábios.

-Bom dia... Estou faminto!-Falo e eles riem alto.

-E quando você não está?-Meu omma pergunta, me indicando a cadeira para eu sentar. Me sento ao lado de papai e ele acaricia a minha barriga.

-Está grandão o nosso filhote...-Ele brinca piscando de lado. Sinto meu rosto esquentar e olho para o omma, que olhava tudo sorrindo bobo.

-Benzinho... Kwonie fica com vergonha...-Ele fala e vem com um prato com torradas e queijo, colocando em minha frente.

-Não sou eu quem está com vergonha...-Falo e meu appa sorri.-É o filhote... Ele gosta do appa...

Pego uma torradinha nas mão e como, sentindo o agradável sabor me inundar e uma satisfação maravilhosa me consumir. Meu appa me estende um copo com suco de laranja e eu pego sem fazer cerimônia. Eu andava assim por esses dias. Comendo demais, ficando com vergonha demais, dormindo demais... O doutor falou que é porquê eu estou no estágio final da gravidez e o filhote não tem outra pessoa para "puxar" os mimos. Mas ele está errado, meus pais me mimam, Jaehyo me mima, Kyung e Zico me mimam... E até de vez em quando a Senhora Lee vem aqui em casa saber como estou. 

Só e pensar na Senhora Lee, Minhyuk me vem à mente, apesar de que eu não preciso fazer realmente nada para pensar nele. Faz exatos cinco meses que não nos vimos. Ele está trabalhando demais, segundo a Senhora Lee, ele tem uma empresa agora que está lucrando bastante, fico feliz por ele. Eu queria vê-lo e perguntar como ele está, mas todas as vezes que os meninos marcam alguma coisa e me chamam, ele não vai, dá uma desculpa e simplesmente não aparece. Se ele soubesse o quanto o filhote chuta e mexe... 

Termino o meu café e pego uma blusa de frio, calço minhas meias e meu tênis, pegando minha bolsa e saindo de casa. Assim que paro em frente ao meu carro, vejo um conversível de muito, MUITO luxo estacionar na casa dos Lee. Minhyuk sai do carro de terno, todo arrumado. Fazendo meu coração bater mais rápido. Depois de cinco meses, finalmente.

-Minhyuk.-Chamo e ele na hora me olha. Seu olhar assustado em minha direção e o corpo parado, ali, no outro lado da rua.

Caminho em sua direção, parando em sua frente e fitando seus olhos cheios de lágrimas, sua boca entreaberta e a expressão assustada mais bonita que eu vi na vida.

-Ukwon...-Minhyuk sussurrou e mudou sua expressão, como se ele estivesse se acalmado.

Uma felicidade de outro mundo cresceu em mim e eu sorri para ele, um sorriso que vinha de dentro de meu ser e que eu sei que não era só meu... Que era do nosso filhote. Instintivamente busquei sua mão, pegando-a com pressa. Ele estava gelado e estático, me olhando com dúvida. Pousei sua mão sobre a minha barriga e um choque percorreu meu corpo. Sorri ainda mais, me sentindo emocionado e completo. Suspirei aliviado e dei mais um passo, me aproximando mais de seu calor, de seu lobo...

-O nosso filhote está feliz... E eu também...-Digo sorrindo largo, pegando sua outra mão e beijando-a. sentindo meu rosto esquentar e a vontade de beijá-lo me consumir.

-Você está bem? É que tipo... Está vermelho...-Ele comenta baixinho, mostrando preocupação. Assinto e faço carinho com suas mãos em minha barriga. Ele compreende e começa a acariciar por conta própria.-Está bem grande... Está se alimentando direito?-Ele pergunta e eu sorrio concordando com a cabeça.

-É um menino Minhyuk...-Falo emocionado e ele sorri, me mostrando suas covinhas maravilhosas e seus olhos ficaram emocionados.-Tem 90% de chances de ser alfa... E a gente sente saudades de você...-Falo e ele sorri ainda mais. Me deixando derretido com sua demonstração de felicidade.

-Obrigado por me contar...-Ele diz e eu me envergonho mais uma vez.-Eu sinto saudades Ukwon...-Fala e eu olho no fundo dos seus olhos.-Eu amo você... E amo nosso filhote...-Ele diz e me beija a testa, depois beija a barriga.

-Nosso filhote te ama, e eu também amo muito você...-Falo e abraço seu corpo com pressa. Sinto o cheiro único de Minhyuk, afundando minha cabeça em seu peito e apertando seu corpo com possessividade. Ele me abraça e me faz um cafuné, beijando o topo de minha cabeça.

-Sinto muito por tudo...-Ele diz e eu derreto ainda mais, sinto uma felicidade em meu corpo que não tem tamanho. 

Olho em seus olhos e me perco a admirá-los, fico ali, como um bobo apaixonado, olhando para a imensidão escura e bem desenhada que são seus olhos. Avanço e tomo seus lábios, num selar demorado e roubado, na intensão de tê-lo para mim nem que seja um pouco. Mas suas mãos me afasta gentilmente e ele me sorri, calmo.

-Eu preciso ir agora... Que tal tomarmos um café qualquer dia desses e você me contar como anda a sua gestação?-Ele propõe sorrindo amistosamente e eu concordo. Tirando o celular do bolso e estendendo para ele.

-Você trocou de número, eu sei.. Me dê o seu novo...-Peço afobado e ele ri baixinho, pegando o aparelho de minhas mãos. Minhyuk digita seu número com calma, e me entrega o celular depois.-Eu estou com o mesmo de sempre... Mas se quiser eu posso te ligar...-Falo e ele ri.

-Eu tenho seu número Ukwon... Então, até mais.-Ele diz e me beija o rosto, passando a mão por meu ventre um última vez.-Tchau filhote...-Ele diz e tira a mão do meu corpo.

-Tchau Nhyuk... Eu sinto sua falta...-Falo e ele assente, virando de costas e andando até a casa de seus pais.

Me viro e começa a andar em direção ao carro, entro no mesmo e buzino. Meu omma sai de dentro de casa e entra no mesmo, se sentando no banco do motorista.

-Pensei que a senhora fosse demorar mais...-Comento e ele sorri.

-Eu vi você com o Minhyuk, achei melhor não atrapalhar...-Ele falou e eu sorri.

Ele ligou o carro e começou a dirigir, pode parecer irônico eu ter o carro e meu omma dirigir, mas me responde: Como eu vou dirigir com uma barriga gigantesca de 7 meses? Obrigada pela compreensão. Passo a mão pela minha barriga e me lembro de Minhyuk. Me lembro da nossa separação e daquele dia. Me arrependo de ter dito que não o amava. Eu o amo, amo demais e estava com medo. Medo dele, de Voraz e do que poderia acontecer comigo se ele se descontrolasse. Se ele resolvesse usar sua força em mim. Eu queria fugir, suas palavras, as palavras de Voraz machucaram demais e eu realmente me senti sujo e usado.

Mas eu não entendi o lado de Minhyuk... Eu não entendi nada do que Voraz me disse naquele dia. Não entendi seus medos e nem seus problemas, e como sempre, meti os pés pelas mãos... E eu sei, que eu posso estar disposto a voltar atrás, ter Minhyuk comigo, juntinho, como uma família, mas ele não, ele é orgulhoso. Ele pode estar querendo isso mais que eu, mas ele não vai ceder, ele não vai mostrar seu lado fraco. É por isso que ele estava fugindo de mim... Tenho certeza...

Meu omma para o carro em frente ao estúdio e me dá um beijo na testa. Desço e entro, dando um bom dia à todos presentes ali. Caminho em direção a Kyung, que estava ali por um motivo desconhecido.

-Ukwon... O Taeil está na sua sala...-Ele diz assim que eu paro em sua frente.

Arregalo os olhos. O Taeil está meio que de cara virada para mim desde que eu e Minhyuk nos separamos. Eles meio que se aproximaram e Taeilie trata ele como um filho. Seguro na mão de Kyung e levo ele comigo até a sala onde eu dou aula. Abro a porta e Taeil está sentado, com um bebê no colo enquanto o outro está no colo de Pyo, que estava em pé falando algumas coisas fofas com a sua voz grossa.

-Oi...-Falo fechando a porta atrás de mim, assim que eu e Kyung entramos na sala da morte.

Taeil levanta seu olhar e me analisa critico. Ele se levanta e coloca o bebê no carrinho e olha para Pyo, que faz o mesmo. Eles sorriem um para o outro e dão um beijinho rápido, Pyo empurra o carrinho para fora da sala, passando por mim e sorrindo. Retribuo e ele faz um carinho na minha bariga. Olho para Taeil que estava sentado no sofá de couro que tinha naquela sala, me olhando com uma feição enigmática. Ele dá duas batidinhas ao seu lado, indicando-me para sentar. Ando em sua direção e me sento ao seu lado, olhado sua face.

Kyung se aproxima e senta-se do outro lado de Taeil, mas não fala nada, só observa a cena. Taeil me olha nos olhos e sorri fraco. Sorrio para ele e os seus olhos se enchem de lágrimas, seu corpo pequeno me puxa para um abraço forte e demorado, o qual eu retribuo sem pensar duas vezes. Me sinto feliz, sinto meu corpo ficar leve e a sensação maravilhosa de estar sendo acolhido por Taeil me fez chorar. Separamos o abraço e ele limpou minhas lágrimas de alegria. Eu chorava enquanto sorria e Taeil sorria para mim. Sentia como se eu estivesse no lugar mais acolhedor do mundo com Taeil e Kyung comigo... Meus melhores amigos.

-Eu vi Minhyuk...-Falo e Taeil concorda com a cabeça.-Ele me viu... Ele fez carinho no nosso filhote e disse que me ama...-Falava tudo e eles me olhavam.-Eu disse que amava ele também e eu beijei ele...

-Beijou ele?-Kyung pergunta e eu concordo sorrindo.

-A gente vai tomar um café qualquer dia para conversar...-Falo e Taeil ri.

-Vão ter um encontro?-O baixinho pergunta e eu sorrio envergonhado, sentindo as bochechas queimarem.-Meu Jesus! Como você é fofo assim!-Ele gritou desesperado, pegando o celular e tirando uma foto do meu rosto.-Vou enviar agora para o Nhyuk bebê...

-Taeilie, ele fica assim quando fica com vergonha agora...-Kyung fala e Taeil me olha.

-Esse filhote te deixou tão fofo!-Taeil comenta e beija a ponta do meu nariz.

Escuto a porta bater e balbucio um entre, e as crianças que fazem aula agora entram na sala animadas, beijando-me as bochechas e me dando presentinhos. Agradeço e sorrio para cada um deles. Viro-me para os meus amigos, que olhavam a cena com sorrisinhos no rosto.

-Vocês querem ficar? Eu vou dar só três aulas hoje...-Pergunto e eles assentem.

-Eu vou pedir para o Pyo trazer os filhotes...-Taeil pega o celular e eu concordo com a cabeça.

Me levanto e sigo para perto das crianças, ligando o som em uma música infantilmente fofa e olhando para elas com um sorriso nos lábios.

-Vamos começar nos aquecendo?


Notas Finais


Reviso logo mais.~


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