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História Como (não) ter um Ômega-ABO Universe. - Como (não) ouvir uma história.


Escrita por: TaeTaeMozao e TaeilGermes

Capítulo 24 - Como (não) ouvir uma história.


Ukwon POV

Passar a tarde com os meninos foi maravilhosamente agradável. Queria voltar a ter momentos assim e não ficar só trancado em casa, olhando para as paredes e ouvindo as clássicas canções do quartel que a omma canta. Agora já estávamos mais reunidos. Jaehyo veio nos fazer companhia e a senhora Lee apareceu aqui na casa de Taeil também.

-Na casa onde a gente morava, depois que você foi embora e o Taeil também, Jiho me chamou para viver com ele...-Kyung comenta bebericando seu chá verde.

-Então vocês estão realmente juntos? Na seriedade?-Taeil pergunta e Kyungie assente, sorrindo encantado.

-Ele é um cavalheiro... Quando estamos sós, ele me mima como se eu fosse uma criança...-Kyung fala sorrindo bobo.

-Jihoonie também é assim, principalmente agora que eu tive os gêmeos...-Taeil fala e eu bebo o meu chá em silêncio.

-E como vai o Liu Jae?-A senhora Lee pergunta para meu irmão, que sorri.

-Ele está bem... Anda trabalhando um pouco demais, mas é por causa das férias que ele quer tirar...-Jaehyo fala e a mulher sorri.

-O senhor Lee está bem?-Pergunto e a mulher assente sorrindo.

-Ele quase teve um treco quando soube que o nosso netinho era um menininho!-Ela responde-me fervorosamente. Sorrio e ela me retribui.-Posso?-Ela pergunta, indicando minha barriga, assinto e ela passa as mãos.

Sinto o filhote mexer e chutar, e a Senhora Lee sorri animada, acariciando ainda mais minha barriga. Escuto a campainha e Taeil se levanta, indo ver quem estava lá. Depois de um tempo ele volta e se senta no sofá, sorrindo enquanto Minhyuk aparece, olhando diretamente para a sua omma e eu.

-Omma?-Ele fala e ela mira seus olhos sorrindo.

-Filhote vem aqui... Ele está chutando...-Ela fala e estende a outra mão para ele.

Eu fiquei com a maior cara de tacho quando ele se aproximou e colocou a mão em minha barriga, sentindo o nosso filho chutar. Mas a minha cara não era por causa disso, e sim pelas caras maliciosas que os outros fizeram para a cena, me deixando completamente envergonhado. Minhyuk estava ajoelhado em minha frente, com as duas mãos em minha barriga, sentindo nosso filhote chutar dentro de mim. Sinto meu coração se aquecer e sorrio olhando para a sua face sorridente que me encarava de volta.

-Ele é forte...-Ele sussurra e eu concordo com a cabeça. 

-Ele é agitado...-Falo sorrindo e ele assente.

O bebê fica mais um tempo dançando um hip hop na minha barriga, mas cansa. Quando ele para de se mexer, Minhyuk desce o olhar para o meu abdômen e fica olhando suas mãos ali. Coloco minha mão em cima da sua e sinto sua pele gelada em contato com a minha quente, me dando um arreio bom.

-Bom... Desculpa por isso...-Ele diz pigarreando e se levantando, quebrando nosso contato.-Eu não deveria colocar minhas mãos assim com tanta autoridade...

-Tudo bem... O filhote é seu também...-Falo fingindo não estar triste.

Minhyuk assente com a cabeça e coloca as mãos nos bolsos de sua calça, andando para o outro lado da sala. Ele olha para Pyo que eu nem sei como estava ali e sussurra umas palavras meio que em códigos eu acho e os dois saem do cômodo. E eu fico ali, envergonhado, frustrado, carente do carinho de Minhyuk e provavelmente com um bico nos lábios gigantesco.

Pego minha xícara em mãos novamente e beberico mais um pouco do chá, como se nada estivesse acontecido. A Senhora Lee do meu lado com um sorriso enigmático nos lábios e os outros três também me olhando da mesma maneira. Fiquei com ainda mais vergonha e senti meu rosto queimar, fazendo todos rirem da minha cara. Provavelmente eu estava lastimável... Mas quem liga? Eu não.

-Minhyuk virou um homem maravilhoso...-Taeil joga no ar, concordo com a cabeça e ele ri malicioso.

-Ele provavelmente tem uma ômega a altura agora...-Comento e Kyung torce o nariz.

-Você sempre assim... Acabando com tudo...-Kyung fala fingindo indignação e eu sorrio vitorioso e incomodado com o meu próprio comentário. E se ele realmente tiver um novo ômega?

Se ele tiver eu não posso fazer nada. Quem caiu fora foi eu, quem desistiu foi eu e quem magoou foi eu. Ele só foi o que sempre foi e só me amou da maneira mais pura que poderia, e eu lhe retribui com aquelas palavras vazias e fingidas. Porque a verdade é que eu o amo mais que tudo. Eu quero ficar do seu lado e ser seu ômega, mas parece que ele está bem demais para mim ou, bem de mais para ter algo comigo de novo.

-O Minhyuk está mesmo muito diferente... Ele não fica mais com aquela mania dele de fazer caretas ou falar sozinho...-Taeil comenta mais uma vez, ganhando a minha atenção nesse assunto.

-Ele não falava sozinho... Ele falava com Voraz...-Eu falo e a Dona Milla concorda com a cabeça.

-Já faz tempo que ele me disse que o Voraz se calou dentro dele...-Milla fala e eu olho para seu rosto.

-Mas as vezes o Voraz assume...-Taeil fala e eu franzo o cenho.

-Como assim?-Pergunto e Milla suspira.

-Amor, eu e Bomb vamos no mercado. Quer alguma coisa?-Pyo pergunta e Taeil concorda.

-Eu quero guloseimas Pyo...-O menor fala e faz bico. Pyo se abaixa e sela seus lábios. E ficam sussurrando coisas fofas um para o outro.

-Tão fofo que eu fiquei até com diabetes...-Minhyuk fala e ri, fazendo Pyo largar o noivo e ir em sua direção.

Os dois deixam o cômodo e eu volto a olhar para a dona Milla, que me olhava de novo, só que de maneira pensativa.

-Você entende o que o Voraz é do Minhyuk?-Nego e ela suspira.-Eu vou te explicar... E você vai começar a entender o que aconteceu à cinco meses atrás...-Milla diz e eu franzo o cenho.

-Você sabe o que aconteceu?-Pergunto e ela nega, sorrindo terna. Eu nunca contei para ninguém o que aconteceu naquele dia. Só de lembrar suas palavras, sinto meu corpo ficar tenso. Engulo seco e ela acaricia meu rosto, me relaxando um pouco.

-Você não precisa nos contar o que aconteceu, eu só vou te contar as minhas experiências com algo muito semelhante ao Voraz, e você pode ver se isso faz sentido para você, okay?-Ela propõe e eu assinto, disposto a entender mais sobre esse "lado" do Minhyuk.

-Eu também quero saber!-Jaehyo fala animado.

-Eu também Milla!-Taeil concorda.

-Eu vou contar desde o princípio...-Ela fala e suspira.-Quando eu era jovem, eu era apaixonada por um alfa, e nós namoramos... Mas ele foi para o exército e faleceu no Vietnã...-Ela fala e sorri meio triste.-E depois que ele faleceu, descobri que estava grávida dele... Mas já estava tarde demais e os pais dele não aprovavam nosso romance... Então eu tive o Minseok...-Ela falou e sorriu alegre, como se lembrasse de algo muito feliz.-Ele era uma criança adorável, sorria para todos... O tempo foi passando arrastado, e um dia, na fila do mercado, eu conheci o Benzinho...-Mais um sorriso nostálgico da parte dela, me arrancando um sorriso pequeno.-Ele era tão engraçadinho, como Minhyuk é... E ele também devaneava... Mas o que me encantou naquele homem, foram suas covinhas e seu carisma... Eu de cara me senti balançada e nós dois viramos amigos...-Ela deu uma pausa, sorrindo boba.-Depois de um tempo nossa amizade foi virando um romance e eu me sentia tão radiante, porque ele me aceitou com Minseok nos braços e o amou como seu próprio filho. Sou tão grata por isso... Com o passar do tempo, nós nos casamos e eu engravidei novamente, ficamos tão felizes que a gestação toda foi maravilhosa.-Ela ficou um pouco séria. Mas continuou.-Um dia, eu levantei e ele estava em pé em frente a janela, olhando para a floresta que tem atrás de casa. Me aproximei e ele me tratou com rispidez e me disse coisas que me machucaram muito... Eu estava decidida a ir embora naquele mesmo dia. E quando ele voltou a si, agiu como se nada tivesse acontecido...-Ela falou e me olhou no fundo dos olhos.-Eu não sabia que ele era um Alfa Lúpus... E quando ele me veio com palavras, eu só queria que ele sumisse pelas atrocidades que me disse... Eu até cheguei a arrumar minhas coisas e sair escondido com Minseok, mas a mãe dele chegou em casa e me disse essas palavras: "As vezes um Lúpus se sente ameaçado pelo próprio rebento... Perdoe-o, ele a pessoa, não sabe o que fez... Mas o Lúpus... Tem total ciência."-Ela olhou-me no fundo dos olhos, e se me olhasse um pouco mais fundo, veria as minhas feridas.-Então... Eu chamei o Lúpus do Benzinho... E conversei com ele... E a gente vive em harmonia até hoje...

-Então é só chamar pelo Voraz?-Eu pergunto e ela franze o cenho.

-Eu não sei... Eu chamei e ele não apareceu... Então eu desisti e ele veio até mim...-Ela disse e eu concordei com a cabeça.

Então se chamá-lo não dá certo, e eu tenho que esperar para ele vir até mim... Eu vou morrer esperando, porque Minhyuk se aproxima e se afasta tão rápido que eu não vou ter nem tempo de ver ou prestar atenção em algo. Mas eu não posso desistir rápido assim, eu preciso tentar... Eu vou tentar pelo menos uma vez, eu preciso que o Voraz fale comigo, ou até mesmo Minhyuk.

-Me desculpe se eu demorei tanto para te falar isso...-Milla sussurra e pega minha mão. Olho seus olhos e sorrio, apertando nossas mãos.

-Está tudo bem...-Digo e sinto meu estômago revirar. Me levanto e coloco as mãos na boca, o enjoo me consumindo. Taeil pareceu entender e me indicou um banheiro. Corri com todas as minhas forças e soltei meu almoço na privada. É sempre assim, não posso comer nada que seja saudável que solto tudo depois. 

A porta se abre assim que eu puxo a descarga e abaixo a tampa da privada, me sentando em cima da mesma. Olho para a porta com uma mão na boca e vejo um Minhyuk desesperado.

-Céus! Você está bem?-Ele pergunta e eu assinto.-Tem certeza?-Assinto mais uma vez.-Fiquei preocupado...-Ele diz e fecha a porta do banheiro atrás de si.

Me levanto e vou até a pia, abro a torneira e lavo a boca. Aproveito e lavo o rosto também. Sinto o olhar de Minhyuk em mim, me queimando, mas eu não posso fazer nada. Nem em condições de brigar com ele eu estou.

Viro-me e apoio eu corpo na pia, passando a olhar para aquele rosto que me olhava de volta. Era agora, eu precisava chamar o Voraz... Precisava ouvir dele se era mesmo isso, se ele estava com ciumes por eu estar com outro alfa dentro de mim ou, se ele acha tudo aquilo mesmo. Eu tenho que fazer isso...

-Ukwon... Será que dá para a gente ir tomar um café amanhã às 15hs?-Ele corta o silêncio e a minha iniciativa.

-Tudo bem... Amanhã às 15hs...-Falo concordando com a cabeça.

Então vai ser amanhã... Às 15hs... Eu vou falar com ele amanhã... Me aguarde Voraz...


Notas Finais


Reviso logo mais.~


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