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História Como Nascem As Estrelas - Prólogo


Escrita por: newport

Notas do Autor


nos vemos nas notas finais! ♡

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Como Nascem As Estrelas - Prólogo

ANTIGA MEWNI – QUINZE ANOS ATRÁS

 

Poeira subia enquanto o sangue escorria pelo chão, marcando os destroços da fortaleza do que um dia fora a Mewni que conhecemos, antes de todo o caos. O sangue derramado sobre as plantações de milho formava um rastro espesso em direção ao palácio, e apesar disso, não era de todo vermelho. Mesmo que muitos tenham dado suas vidas para proteger a realeza e salvar Mewni da total destruição esmeralda, havia sangue azul no chão. Sangue real.

Era o momento final mais importante da história de Mewni. Havia medo, ansiedade, desespero… O que restou de sua população buscava por um sopro de esperança, qualquer coisa que lhes desse um sinal de que não era o fim.

Dentre os sobreviventes, havia um jovem cavalheiro enviado da Terra que estava muito longe de desistir. Marco, de todas as pessoas ali, era com certeza a mais inconformada delas. A Guerra de Mewni durou tempo demais, e ele já não suportava a agonia de estar longe de Star. Nos primeiros momentos da guerra, jurou a si mesmo que não a perderia. Ele corria desesperado entre os destroços e incêndios para chegar ao castelo, toda a sua vida dependia do quão rápido ele chegaria até lá. Durante todo o caminho, chamou o nome de Star, contando com todas as forças que ela pudesse respondê-lo.

Quando já podia ver a entrada do castelo – com suas enormes portas destruídas pelos feitiços esmeralda – sentiu uma força desconhecida segurá-lo pelas roupas rasgadas. Ao olhar para trás deparou-se com Pony Head. Sua crina cor-de-rosa já não tão brilhante havia sido atingida parcialmente pelo fogo, alguns ferimentos espalhados pelo rosto eram notáveis quando ela berrou, em tom de desespero:

— Ficou maluco? Você é um homem morto se entrar ali!

Marco hesitou alguns passos para trás, observando toda a extensão do castelo. Ele não conseguia se lembrar de como aquele lugar costumava ser. Agora eram apenas ruínas.

— Star ainda está lá dentro… — Ele argumentou com lágrimas pesando nos olhos. — Minha vida não vai ter valor algum se ela não estiver viva. Me valeria mais ser um homem morto do que perdê-la para sempre.

— Espera, Coisa da Terra! — E desta vez ela não teria forças para impedi-lo, se não fosse o sopro de esperança que a nação de Mewni esperava surgindo ao longe, em uma das torres mais altas do castelo.

Os olhos tristes e afogados em derrota da nação mewniana buscaram pela silhueta dispersa de Star. Apoiada no mastro da bandeira de Mewni, ela se levantou e deu ao povo um motivo para, aos poucos, reerguer sua voz, e silenciar-se em seguida, aguardando pelo pronunciamento da Butterfly. Ela segurava algo em suas mãos, todavia não se podia dizer o quê.

O coração de Marco bradou em felicidade ao vislumbrar sua garota com vida, entretanto logo foi completamente tomado pela tensão de aguardar pelo que seus lábios trêmulos e machucados diriam.

Com uma respiração pesada de quem já havia perdido quase todo o fôlego, ela começou:

— Povo de Mewni, povo da Terra, amigos, família, sobreviventes… — Sua voz estava falha e fraquejava, assim como seu corpo repleto de hematomas, mas estavam enganados se achavam que Star Butterfly se deixaria abater tão facilmente. — Acabou.

Silêncio tomou conta daquele lugar. Um choque simultâneo que alcançou a todos. Ninguém conseguia reagir adequadamente àquela notícia repentina. Seria verdade? A guerra havia finalmente chegado ao fim para que pudessem descansar em paz durante a noite?

— O terror acabou. Vocês podem erguer-se, não precisam mais lutar. — pausou e suspirou profundamente antes de continuar, agarrando-se mais firmemente ao mastro: — Toffee está morto.

Alívio era um sentimento mútuo, a felicidade começava a tomar cor, mas antes que pudessem dar um grito de vitória, Star completou seu pronunciamento:

— A Rainha Moon também.

Em todos os seus anos de existência, nunca se viu uma Mewni tão cinza e sem vida quanto aquela. A tristeza da perda era a única coisa capaz de ser sentida por qualquer pessoa ali. Era o fim da guerra, e também de suas esperanças para com Mewni. Sentiam-se desolados, perdidos, o que seria de um reino sem a sua rainha?

Lágrimas começavam a rolar pelo rosto dos mewnianos, misturando-se ao sangue no chão. Marco cerrou seus punhos assistindo Pony Head baixar sua cabeça e lamentar. Ele não podia imaginar como Star sentia-se naquele momento, e seu único desejo era abraçá-la.

Mas Marco era a única pessoa naquela multidão que sabia do que Star Butterfly era capaz de fazer por aqueles que amava. Ninguém realmente conhecia a  abrangência da bondade e determinação que residiam dentro do coração rebelde da princesa.

Princesa que, pela segunda vez, soprava esperança para aquele povo usando apenas a sua voz:

— Atenção, povo de Mewni — pediu, usando a força que lhe restava para revelar o que carregava em suas mãos. Eram remendos de tecido, que apesar de danificados, ainda expressavam a pureza de sua cor branca, que daquele momento em diante adquiriria um grande significado. — Como sua nova rainha, eu, Star Butterfly, decreto que não haverá mais guerra. — Seus lábios estavam secos, sem cor, e apesar da fraqueza, ela apenas engoliu em seco e prosseguiu: — Eu proponho mil anos de paz.

Aquela frase selaria um novo destino para Mewni, pois alteraria todo o curso de sua história.

Um recomeço para cada pessoa ali presente.

— Nós podemos reconstruir Mewni. Podemos fazer diferente! Ninguém mais precisa morrer. — Ela apertava o pano branco entre seus dedos trêmulos, sem parar de proclamar esperançosa: — Sob minha regência, nós podemos construir uma Mewni que será boa para todos. Haverá moradia, harmonia, comida, trabalho… Para todos.

O povo se entreolhava inquieto, as expressões em seus rostos não dizia muito bem o que achavam daquela proposta. Era relativo. Alguns pensariam que era loucura. Sem a Rainha Moon, Mewni estava acabada.

— Sua nova rainha está diante de vocês — ela assumiu, sem baixar a bandeira branca. Seu braço começava a doer, o vento começava a soprar mais forte e exibir a branquidão do pano para que todos pudessem ver. — E eu lhes pergunto… Quem está comigo?

O silêncio que se sucedeu poderia ter destruído seu coração de rainha por completo, foram minutos a fio sem nenhuma resposta, nenhuma expressão, até que uma mão se ergueu na multidão.

— Nós vamos reconstruir Mewni — Marco gritou com seu punho cerrado no ar, aquele gesto representava força e esperança. Não era o fim. — Um viva à Rainha Star Butterfly!

E no instante seguinte, pôde-se ouvir um triunfante “viva!” que foi o início de uma grande comemoração, pouco a pouco o sentimento alastrava-se e aqueles que estavam caídos erguiam-se, acreditando na promessa de um novo começo.

Assistindo a cena, Star permitiu que as lágrimas que segurou por tanto tempo finalmente caíssem. O tecido branco escorregou de sua mão e o vento o guiou por cima de toda a Mewni, afastando-o para longe e anunciando o início de uma era de verdadeira paz. Aquela festa entre o povo podia finalmente ser considerada vitória.

As pernas de Star tremeram e vacilaram, levando-a ao chão em poucos segundos. Marco não esperou que alguém mais notasse antes de atravessar as grandes portas do castelo e subir as escadas tão rápido quanto humanamente possível, sem ligar para qualquer exaustão quando chegou ao topo. Ver Star caída no chão, fraca e quase inconsciente foi, de longe, a coisa que mais o machucou em toda a sua vida.

— Star!

Conforme aproximava-se, podia vê-la respirar fracamente, o que foi um alívio. Ajoelhou-se ao seu lado e ergueu-a nos braços, afastando os cabelos cor-de-ouro compridos que cobriam seu rosto manchado pelas lágrimas.

— M-Marco… — ela murmurou, agarrando-se ao tecido vermelho de seu moletom, permitindo que ele a levasse para mais perto, a ponto de sentir sua respiração quente e cansada próxima ao seu rosto. Entre as lágrimas, ela sussurrou: — Acabou, Marco — Seus dedos agarravam suas roupas com uma força sobrehumana que expressava toda a sua dor. — Minha mãe se foi, e a varinha também… Para sempre.

— Ah, Star… — Ele sequer pensou antes de abraçá-la, na busca de espantar todo aquele sentimento ruim que a puxava para baixo. — Sinto muito que tenha que ter visto acontecer. Sinto muito por não ter estado ao seu lado. Você está certa, acabou — E então ele suspirou, permitiu que ela chorasse mais um pouco antes de completar: — Acabou mesmo. Toda a dor e sofrimento, tudo acabou para sempre. Sua mãe se sacrificou por você. E por Mewni. Você é tudo o que eles têm agora, Star.

E então separou o abraço, mantendo seu rosto a poucos centímetros do dela quando confessou:

— Você é tudo que eu tenho agora. E não vou perdê-la outra vez.

Um sorriso a curto prazo começava a surgir no rosto pálido de Star, que sentia algumas lágrimas de emoção mesclarem-se à sua tristeza profunda.

Marco respirou fundo, ajeitando-a em seus braços antes de concluir:

— Mewni está em boas mãos agora.

E com suas últimas forças, Star usou suas mãos para buscar a de Marco e segurá-la com firmeza sobre o peito, contagiando-o com aquele pequeno sorriso de lábios juntos, aquele silêncio confortável disse a ele tudo o que precisava saber.

Não era o fim para Mewni, era apenas um novo começo.


Notas Finais


olá, sweethearts!
tenho aqui um projeto um pouco diferente do que costumam ver nesse perfil: uma longfic! (na verdade, não é a única em planejamento... mas falamos disso mais tarde)
como podem ver, esta história se trata de um future au, ou seja, um futuro alternativo para a história original, e cá entre nós, há muuuuuuuuita coisa que eu planejei desenvolver. a história vai ter "ramificações" além do enredo principal - starco - contando passagens dos personagens secundários, e é importante saberem que alguns capítulos vão oscilar do enredo principal, mostrando flashbacks de diferentes personagens - mas provavelmente vão ser todos escritos em terceira pessoa (EU JURO QUE CAPRICHO, NÃO DESANIMEM) portanto não vai ficar confuso.
a capa foi feita por mim, normalmente não haverão banners mas TALVEZ eu faça algumas ilustrações entre um capítulo e outro, caso eu esteja muito inspirada - comentários sempre alavancam a inspiração de um autor, hein *piscadinha*
também é importante lembrar que a momma vanu aqui não costuma responder sempre, porque eu não uso o computador com frequência, e pelo celular é realmente triste. mas eu tenho acesso para ler todos os comentários, e acreditem, são todos MUITO importantes pra mim. eu guardo com todo o carinho e amor as palavras que me dizem.
ah, e por que eu to postando na minha conta secundária, sabendo que vou flopar como todas as outras ones que postei aqui? eu não sei. só acho que não tenho mais uma "ligação" forte o suficiente com a minha conta principal (@aesthetic) para postar lá. eu ainda tenho um vínculo muito forte com a minha paixão por escrever fanfics, depois de todos esses anos, mas postar é um pouco mais complicado. por isso preciso saber que alguém está lendo e gostando, pra não concluir que todo o trabalho que tenho preparando uma história é inútil. como autora, faço um apelo pra que não deixem meus esforços entre o tempo curto que eu tenho pra esse hobby ser em vão.
outra coisinha, eu não vou poder trabalhar na divulgação dessa história, então seria muito legal se vocês comunicassem os amiguinhos que também gostam de svtfoe, também é uma ótima desculpa pra chamar aquela gatinha no zap com um "chega mais aí, vam ler essa fic?" rs
acho que é isso, qualquer novidade eu vou comunicar vocês através das notas dos próximos capítulos - que NÃO serão postados regularmente, eu tenho pouco tempo de sobra pra escrever e revisar e editar e etc, portanto peço que tenham paciência, eu vou dar o meu melhor, juro.
nos vemos num futuro não muito distante!!!

*a música citada na sinopse é static space lover, do álbum novo do foster the people, sacred hearts club (podem esperar muita trilha sonora nessa história se depender de mim)

com amor,
vanu


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