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História Como Pode Ser?! - Pesadelos


Escrita por: hawseak

Notas do Autor


sim, depois de um ano eu decidi voltar a postar 👉👈

espero que me perdoem KKK, mas tá aí.

Capítulo 15 - Pesadelos


Fanfic / Fanfiction Como Pode Ser?! - Pesadelos

 — Co-como? - com a voz rouca, questionou. Jennie deveria estar se perguntando como eu, Kim Jisoo, uma pessoa tão recente em sua vida, havia a encontrado em seu forte de infância. 

Suspirei sem nenhuma reação aparente. Só queria que ela se sentisse confortável na minha presença. Aquele dia já tinha sido turbulento o suficiente.

Aconcheguei-me ao lado da menina que havia sido minha preocupação por alguns dias e peguei em sua mão. Não sabia bem se fazia aquilo para acalmar a ela ou a mim. A menina ainda me encarava com os olhos inchados e tentava entender a situação. 

Fechei os olhos e aspirei novamente o ar frio daquela noite. Permiti que minhas lágrimas se libertassem. 

— Jisoo? -Jennie apertou minha mão.

— Eu só... só estou aliviada. -Virei-me para a morena e abri um pequeno sorriso. -Você não imagina as coisas que passaram pela minha cabeça... todas as hipóteses horríveis de onde você poderia estar

Ela tombou a cabeça, como se pedisse desculpas pelo transtorno. 

— Imagino que você não queira falar sobre o dia de hoje. -Deduzi. Jennie balançou levemente a cabeça em afirmação e encostou no meu ombro.

— Me desculpe. -A morena sussurrou.

— Você não me deve desculpas. -Tombei minha cabeça para encostar em Jennie, mas ela se afastou e me encarou.

A morena ainda segurava minha mão.

— Sim, eu devo. - Retrucou. - Se você está aqui neste exato momento, é porque já deve saber algumas coisas que eu me esforcei para esconder. Caso contrário, você sequer saberia da existência dessa casa na árvore. Peço desculpas por não ter sido sincera com você, Jisoo.

— Tudo bem, Jen. Não precisamos falar disso agora. -Tentei amenizar a situação.

— Na verdade, precisamos. Eu passei o dia atormentada com algumas coisas que a Roseanne disse... coisas que te incluíam. - Ela fechou os olhos e abaixou a cabeça. Estava tentando segurar as lágrimas. - Eu me sinto envergonhada. Imagino que agora você saiba que eu....

Jennie levou as mãos ao rosto para tapar os olhos. Ela manteve a cabeça baixa e começou a soluçar silenciosamente. Passei a mão em suas costas para que se acalmasse. 

Aquilo também me doía.

— Eu sou ninfomaníaca, Jisoo. - Ela jogou a cabeça para trás, aparentemente estava lutando internamente para segurar as lágrimas teimosas que insistiam em cair. Ela não queria olhar para mim. - Eu não me orgulho disso, ma-mas... Eu não consigo mudar. Simplesmente não consigo mais enxergar o mundo de outra forma.

Não pude pensar em mais nada, simplesmente a abracei. Queria que sentisse que eu seria a última pessoa a julgá-la

— Me desculpe, por favor. Eu não queria ser assim... - Ela continuou. - Eu não devia ter te beijado. Eu não deveria ter feito nada que te machucasse. Eu sinto muito, eu juro que sinto.

A apertei ainda mais forte e notei que eu também estava chorando.

— Jen, você não tem que se desculpar pelos seus problemas, não é você que os escolhe. Eu entendo, é sério. -Falei. 

Jennie limpou os olhos e ergueu o corpo. Afrouxei o abraço e a soltei. Visualizei seus lindos olhos, apesar de marejados e vermelhos.

Ela passou a mão por minha bochecha com cautela e a repousou em meu ombro.

— Não quero que você pense que eu não senti nada, que foi apenas um momento de tensão sexual... Eu gosto de você, de verdade. - Ela deu um sorriso fraco. -Mas insistir nisso vai te ferir uma hora ou outra e eu não posso deixar isso acontecer... Eu não me perdoaria. 

Senti uma leveza ao ouví-la dizer que se importava, porém meu coração levou uma alfinetada logo em seguida. Passei os dedos em sua mão que apoiava no meu ombro e a olhei por um instante. Tentei imaginar como seria esquecê-la... doeria muito.

— Não dá, Jennie. Simplesmente não dá. Eu não consigo desistir de você. Não é assim que funciona. Eu quero lutar... eu quero te ajudar. -Indaguei.

Jennie olhou no fundo dos meus olhos e sorriu frouxa.

— Tanto faz, eu provavelmente vou ser internada de novo. - Outra lágrima teimosa percorreu seu rosto.

— Não, não vai. Não vou deixar isso acontecer com você. - Segurei sua mão para passar confiança. Ela balançou a cabeça sutilmente. ‐Vamos, é melhor irmos para dentro. Está frio e precisamos de roupas secas.

Assim que fiquei de pé, estendi a mão para ajudar Jennie a fazer o mesmo. Quando se levantou, Jen suspirou e gemeu de dor. Franzi a testa confusa.

— O que foi?

— Longa história... meio que eu caí do telhado. -Ela anunciou e eu arregalei os olhos.

Com certa demora, descemos pelo alçapão e chegamos ao solo. Ainda estava chovendo e ventando bastante, então apressamos nossos passos para chegarmos rapidamente na mansão rosada.

Assim que o mordomo nos abriu a porta e liberou a passagem, Roseanne já nos esperava do outro lado. Ela correu em direção a Jennie e a deu um forte abraço. Sorri levemente. 

— Ai... -Jennie murmurou. -Tô meio dolorida. Pega leve, Rosie. 

— Me desculpe por tudo, por favor. -Rosé começou a chorar. Nunca havia visto as pessoas chorarem tanto como naquele dia. - Eu sinto muito, Jen.

— Tudo bem, Rosie. Eu tô bem. 

Rosé me avistou por cima do ombro de Jennie e se soltou dela. Com uma ação repentina, a ruiva veio em minha direção e me prendeu num abraço apertado. 

— Obrigada por trazê-la de volta, Jisoo. -Roseanne sussurrou. Assenti e retribuí seu abraço aliviada.

Lisa, ao entrar no cômodo, sorriu como nunca. Ela deu um abraço cauteloso em Jennie e a acompanhou para pegar roupas secas no quarto. Quando fui seguí-las para poder me trocar também, Rosé me segurou.

Olhei para ela esperando alguma explicação.

— Precisamos conversar. -A ruiva afirmou. 

Suspirei, o dia estava parecendo mais longo que o normal. 

— O que aconteceu lá? -Roseanne continuou.

— Nada de mais. Choramos bastante, conversamos, ela confirmou que era ninfo... e choramos mais. - Anunciei.

— É, dá pra ver por seus olhos... pera, ela confirmou?! - Roseanne se espantou. 

— Por que você parece surpresa, Rosé? -perguntei extremamente confusa.

Antes que a ruiva pudesse responder, seu pai entrou no cômodo. 

— Vocês duas, me acompanhem, por favor. - o Sr. Park disse sem pestanejar. 

Seguimos o homem até um tipo de escritório. Ele escorou na mesa atrás de si e suspirou. 

— Eu sei que vocês não vão gostar da ideia, mas eu pensei muito sobre isso e... -Ele apertou a ponte do nariz. - decidi internar a Jennie novamente. A clínica Einstein é uma boa opção.

Por um momento até mesmo o fôlego me faltou. Não queria que aquilo acontecesse. 

— O quê? Não! - Rosé se pronunciou. -De jeito nenhum! 

— Roseanne, já passamos por isso antes. Não podemos arriscar a saúde mental da Jennie de novo. Está resolvido.



Notas Finais


curtinho, mas já é alguma coisa. rs


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