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História Como sair impune de uma vida miserável - L3ddy - Eu estou aqui.


Escrita por: policehistory

Notas do Autor


Olar!
Muito obrigada pelos comentários no cap anterior, vocês não tem ideia do quanto isso me motiva *-*

Mais um capítulo saindo do forno! Não revisei antes de postar, porque estou morrendo de sono, então desculpem os errinhos que possa ter, snif

Boa leitura!

Capítulo 19 - Eu estou aqui.


Fanfic / Fanfiction Como sair impune de uma vida miserável - L3ddy - Eu estou aqui.

Quinze horas, quarta-feira.

 

Point Of View Narradora

 

A sala de espera parecia compactar-se a cada minuto que passava. A ida e vinda de pessoas entrando, passando pela recepção, era contínua. E o frio que começava a ficar intenso lá fora não contribuía para a melhora da expressão do loiro que estava sentado em uma das várias poltronas enquanto aguardava qualquer posição médica sobre o estado de T3ddy. Gustavo estava ao seu lado, com o braço sobre seus ombros, consolando o amigo, mas por dentro estava destruído também. A ficha do que tinha presenciado na noite anterior insistia em deixar de cair, parecia que estava sonhando.

Quando entraram no depósito em que o celular de T3ddy foi rastreado, a cena à sua frente quase o fez chorar. O moreno estava estirado no chão, de braços abertos, e um pouco distante do seu corpo estava um taco de madeira. Quando correram para perto, o estado de seu amigo era deplorável: um corte feio na testa que ainda sangrava, o lábio cortado e um filete de sangue descia de do canto de sua boca, fazendo uma trilha por sua bochecha. Mas o que mais o assustou foi perceber que sua calça estava desabotoada e muito mal colocada. Franziu o cenho diante daquilo e arregalou os olhos ao se dar conta do que poderia ter acontecido. Desviou os olhos para os amendoados e ficou surpreso com o que encontrou: nada. T3ddy estava com os olhos entreabertos, sem fixar em algum ponto específico. Por um pequeno instante pensou que ele estivesse morto, mas quando Luba passou as mãos por seu rosto, o moreno tremeu os lábios levemente.

 

A ambulância não tardou a chegar. Levaram-no o mais rapidamente possível, e Luba foi com ele. Seguiu-os com o carro do loiro até o hospital, e os enfermeiros pediram para que esperassem por notícias na sala de espera. E ali estavam; não saiu do lado do amigo por nenhum momento, mesmo depois que seus amigos foram para suas respectivas casas devido ao cansaço extremo, prometendo voltarem o quanto antes.

 

O desespero de Luba era evidente. Não comeu nada desde então, apenas ansioso por notícias de seu amor. Mil coisas passaram por sua cabeça, e quando viu seu estado... Não conseguia agüentar. Pedia aos céus para tentar organizar a cabeça, e rezou para que o moreno tenha conseguido se defender a tempo. Seus olhos estavam inchados, completamente sem lágrimas; seu estoque havia acabado.

Ouviram passos se aproximando e Luba se levantou em um salto.

 

- Boa tarde, senhor Feuerschütte. Meu nome é Wellinton, sou o médico responsável por Lucas. Me acompanhem, por favor.

 

Gustavo colocou a mão no ombro de Lucas, e achou melhor aguardar ali. Não queria ser invasivo demais.

 

- Eu espero aqui, Lucas. – Luba apenas assentiu e seguiu o médico. Seguiram por um longo corredor, até que entraram em um consultório vazio. Wellinton fechou a porta e sentou-se atrás da mesa, sinalizando para que Luba fizesse o mesmo à sua frente.

 

- Como ele está? – O loiro tremia, e já sentia as lágrimas voltando. O médico ficou penalizado com a cena, desejando ter notícias melhores para dar.

- Bem, senhor Feuerschütte, não trago boas notícias. – Suspirou. – O estado físico de Lucas é estável; ferimentos no rosto que já foram suturados, sua cabeça foi acertada por algo muito forte, mas felizmente não teve concussão. – Luba suspirou aliviado por aquelas palavras; pelo menos o moreno não corria risco de morte. – Suas costelas sofreram uma forte luxação, o que deve lhe causar dores por algum tempo, mas o porte físico dele o ajudou. Poderia tê-las quebrado facilmente.

 

O médico, tentando manter firmeza nas palavras, se preparou para dar a notícia ruim.

 

- Mas... O ferimento mais grave foi... – Luba já sabia o que esperar. Colocou as mãos ao redor da boca, desejando que o médico dissesse qualquer outra coisa. – Senhor Feuerschütte, ele foi violentamente estuprado.

 

Luba não suportou; fechou os olhos e se entregou às lágrimas. Não, Olioti não conseguiu se defender a tempo... Aquele monstro, que parecia ter saído de um filme de terror, violentou quem mais amava nesse mundo. Soluçava apoiado com os cotovelos na mesa, e o médico abandonou as formalidades profissionais e se levantou, colocando a mão nas costas do loiro em sinal de conforto.

 

- Sinto muito. – Wellinton não sabia o que dizer. Sentia-se condoído pela situação. Aguardou que o outro se acalmasse um pouco, entregando-lhe um lenço de papel e perguntou, calmamente. – O senhor sabe o que aconteceu?

 

Aos poucos, Luba tentava respirar normalmente. Olhou nos olhos do médico, e disse a verdade, ou pelo menos parte dela.

 

- E-Eu ainda não sei, eu o encontrei assim, naquele depósito... Ele estava muito ferido, não pronunciou nem uma palavra. Oh meu Deus, eu não posso acreditar...

- Bem, se o senhor quiser ficar um pouco com ele... Porém ele está sedado, devido às fortes dores que estava sentindo. Precisará de um bom tempo de recuperação.

 

O loiro levantou-se rapidamente, agradecendo ao médico e recebendo algumas recomendações sobre os medicamentos que Olioti teria que tomar.

 

A passos lentos caminhou até a porta do quarto, colocou a mão na maçaneta e abriu. T3ddy estava deitado, com um soro ligado ao seu braço, e outros equipamentos medindo seus sinais vitais. Fechou a porta atrás de si e se aproximou. O rosto do moreno estava levemente inchado onde havia sido agredido, e seus olhos estavam fechados; parecia dormir.

 

Tão lindo... Mais parecia um anjo. Luba sentou-se ao seu lado, pegando em sua mão que estava ao lado de seu corpo. Ainda chorava, imaginando o terror que deve ter sido aqueles minutos que levou para encontrá-lo. Nem mesmo aquela rocha à sua frente conseguiu se defender daquele ser que invadiu suas vidas de forma tão repugnante. No momento não sentia ódio; seu coração estava apenas preenchido pela preocupação com seu amor, e no remorso por não ter tido possibilidade de fazer algo.

 

Levou uma mão até o rosto de T3ddy, acariciando suavemente sua bochecha.

 

- Meu amor... Me sinto tão inútil por não ter conseguido fazer nada para te proteger... Nunca vou te abandonar, nunca.

 

Deitou a cabeça próximo ao braço do moreno e ali ficou por um longo tempo.

 

 

(...)

 

 

O sol tava quase se pondo quando Olioti acordou. Abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes. Olhou para as paredes brancas e não reconheceu o lugar em que estava, parecia ter corrido uma maratona ao sentir-se tão cansado. Sentiu seu braço esquerdo quente e virou seu olhar para lá, vendo Luba deitado em seu braço, dormindo em uma posição desconfortável, sentado na cadeira. Já ia curvar os lábios em um sorriso quando as lembranças vieram como um soco no estômago.

 

Faróis muito fortes, gritos assustados, sua Taurus na mão direita, pancada na cabeça, Paschoal em cima de si... E a dor.

 

T3ddy tensionou o maxilar, sentindo o incômodo em sua testa. A realidade o atingiu como um raio e sentiu-se vazio novamente. Antes que pudesse completar seus pensamentos, a porta do quarto se abriu, revelando um médico, e Luba sobressaltou-se, olhando ao redor. Antes que os olhos verdes pudessem encarar os seus, T3ddy desviou o olhar.

 

- T3ddy? Graças a Deus... Como se sente? – Apertou levemente a mão do moreno, e o médico adentrou o quarto.

- Faço a mesma pergunta. – Wellinton se pronunciou. – A cabeça dói?

 

Apenas negou com a cabeça, sentindo-se exausto. O médico se aproximou, conferindo o os equipamentos e checando os sinais do moreno, que não expressava nenhuma reação.

 

- Você me parece estável, Lucas. Acredito que em algumas poucas horas poderá ir para casa. – T3ddy o olhou, sarcástico, e fez menção de se levantar. – Ei, onde pensa que vai?

- Eu vou embora.

- Mas, amor, não pode sair, precisa se cuidar e...

- Eu só preciso ir embora.

- Lucas, você ainda não está pronto para sair, está debilitado. Além disso precisamos de algumas informações para abrir um boletim de ocorrência. – Olhou para o médico, tirando o lençol de seu corpo, apenas o ignorando. Luba suspirou.

- Tudo bem, eu cuido dele.

- Mas Lucas, não posso deixá-lo dessa form...

- Wellinton. – T3ddy leu o nome no crachá do médico. – Eu vou sair daqui de qualquer forma, e se tentar me impedir vai ser pior.

 

Vestia uma calça de moletom preta e uma camiseta clara. Sentiu uma imensa dor nas costelas quando se pôs de pé, e aquele local doía de forma mais intensa, fazendo-o mancar até sua blusa que jazia no encosto da cadeira em que Luba estava. As mãos do loiro rodearam sua cintura, tentando ajudá-lo, mas T3ddy desvencilhou-se.

 

- Deixe-me te ajudar, vamos pra casa... – O mais novo virou-se para o loiro, após vestir a blusa.

- Eu preciso ficar sozinho, se não se importa... – Ouviu o médico sair da sala, conformado. Luba passou os dedos por seu rosto, e T3ddy afastou sua mão suavemente.

- Por favor... Você precisa de cuidados, meu amor, não pode sair por aí sozinho...

 

Olioti não encarava seus olhos em nenhum momento. Virou-se para a porta, sabendo que o médico foi atrás de alguém para convencê-lo a ficar, e andou pelo corredor até a saída do hospital. Luba ia atrás, e ao passar pela sala de espera, lembrou-se de que havia deixado Gustavo esperando por tanto tempo que tinha ido embora, não sem antes deixar várias mensagens no celular do outro, pedindo notícias assim que fosse possível.

Ao chegar na calçada, T3ddy virou-se para o outro, com as mãos nos bolsos da blusa.

 

- Eu volto pro seu apartamento, mas preciso disso. – E saiu andando devagar, deixando Luba derramando lágrimas ao ver o moreno afastar-se de si. Sabia que não adiantaria insistir, e que não estava sendo nada fácil passar por aquilo. Decidiu ir para casa e aguardar, com o coração aos pedaços de tanta preocupação.

 

 

****

 

Três dias haviam se passado e Luba não fazia a menor ideia do que fazer. T3ddy não comia, não conversava com ele, não permitia que se aproximasse muito... Tentava de todas as formas passar-lhe conforto, sejam com palavras carinhosas ou gestos, mas o moreno não estava receptivo a nada. Sempre com o olhar vago, só respondia o necessário e logo se fechava em sua bolha, não permitindo que ninguém a cruzasse.

Seus amigos queriam visitá-lo, mas Luba achou melhor pedir para esperarem um pouco. Se T3ddy não falava nem com ele, pior seria com os outros.

 

Em nenhum momento perguntou sobre aquela noite; não precisava. Não o torturaria a ficar relembrando os acontecimentos somente para sanar-lhe as dúvidas do que havia acontecido.

 

Cantarolava uma música baixinho, enquanto arrumava suas coisas para a mudança. Não deixaria que T3ddy desistisse de tudo, e com certeza o acompanharia onde quer que estivesse. Já havia falado com seu ex-editor, explicando que se mudaria, deixando um Bruno muito triste insistindo para que ficasse, mas sabia que a Milleniumm era incomparável.

Tirava os quadros de super heróis da parede, quando T3ddy abriu a porta do quarto, vestindo uma calça jeans escura e uma camiseta. Guardou os quadros na caixa de papelão que estava ao seu lado, olhando para o garoto.

 

- Vai sair? – T3ddy estava com os cabelos úmidos, em cima do curativo em sua testa. O mais velho admirou como o moreno conseguia ser lindo daquele jeito. Queria tanto abraçá-lo apertado e carinhar aqueles fios, para lhe mostrar que tudo ficaria bem...

- Sim. Não demoro. – Luba correu para ele, antes de abrir a porta.

- A-Aonde vai? Daqui a pouco precisa tomar seu remédio... – T3ddy fechou os olhos, suspirando.

- Não importa aonde vou. E eu já disse que não vou demorar. Agora me dá licença.

 

Abriu a porta e saiu, fechando-a atrás de si. Luba não conseguiu se segurar e chorou baixinho, após sentar-se no sofá. Olioti estava sendo tão duro com ele... Não conseguia entender o que deixava o moreno tão irritado consigo. Já havia percebido que falava sem nunca encarar seus olhos, desde aquela noite. Será que T3ddy o odiava por não ter feito nada? Será que havia uma saída que o idiota não percebeu e deixou o moreno ser levado e, consequentemente, agredido? Não sabia o que fazer. Tentava ser forte na frente dele, para não piorar tudo, mas quando estava sozinho se desmanchava.

 

Queria ser o porto seguro de seu amor e não estava conseguindo.

 

 

(...)

 

 

O vento cortante batia contra os braços do moreno que caminhava pela rua, sensação esta que não o incomodava nem um pouco. Suspirou quando se sentou no banco da praça, ainda ofegava ao fazer algumas caminhadas devido a luxação de suas costelas. Sacou o celular do bolso, e discou o número do seu piloto.

 

- André, preciso que prepare o jato para amanhã. Estou em Santa Catarina e preciso voltar para casa.

- Sem problemas, chefia. Devo prepará-lo para quantas pessoas?

- Apenas para mim.

 

Desligou. O plano estava desenhado em sua mente, cada passo muito bem calculado. Desde quando estava caído no chão daquele depósito, maquinava em como iria acabar com a vida de Paschoal, planejando cada detalhe, e não seria nada bonito. Claro que iria atrás dele, e claro que não envolveria Luba nisso.

 

Sua vida era bagunçada demais para tê-lo ao seu lado, devia saber disso desde quando o encontrou naquela conferência. Devia tê-lo afastado muito antes de beijá-lo. Como poderia dar certo? T3ddy era quebrado demais, defeituoso demais, obscuro demais para quem merecia apenas vida e felicidade. Não merecia o carinho do loiro, a forma como lhe tratava, com tanto cuidado e proteção... Não.

 

Precisava trilhar seu caminho sozinho. Não podia arrastar um coração inocente para os confins daquela vida infernal que o acompanharia até sua morte. Se não fosse esse, seria outro problema que apareceria para mostrar-lhe a mesma coisa.

Fechou os olhos, relembrando os lábios de Luba nos seus, seu abraço tão quente e confortável, sua voz macia... Ele merecia ser feliz. Decidido, sairia logo pela manhã, antes de acordá-lo, e deixaria a chave de um apartamento novo para ele; apesar de tudo, realizaria seu sonho de trabalhar na Milleniumm, ser um homem de sucesso, mais do que já era. Sua vida era tão colorida, tão cheia de amigos e desejos. As pessoas o amavam, e entendia perfeitamente a razão.

 

Lucas Feuerschütte era perfeito. E pessoas perfeitas merecem a perfeição.

 

Levantou-se e caminhou de volta para casa, e ao fechar a porta do apartamento, viu um bilhete na mesinha de centro.

 

 

“Fui ao mercado comprar algo para comermos. Prometo que será algo decente, porque vi que já está ficando amarelo com minha comida. Deixei seu remédio em cima da mesa.

 

Beijos.”

 

 

Sorriu fraco. Sentia-se horrível por estar tratando Luba daquela forma tão idiota e arrogante. Mas, na sua visão, aquela era a melhor forma de afastá-lo; além do mais, depois do que aconteceu, não se sentia inteiro para encará-lo. A todo momento imagens daquela noite perturbavam seus pensamentos, deixando com tanto ódio que poderia quebrar tudo a sua volta.

 

Despiu-se de sua camiseta, foi até a cozinha e olhou o remédio em cima da mesa. Ignorou-o, se dirigindo à pequena adega de Luba, pegando um vinho qualquer, já que não tinha ao seu alcance seu melhor medicamento: conhaque.

 

Pegou uma taça e caminhou até a sala, sentando-se na poltrona colorida que ficava de frente para a janela, onde a lua cheia refletia, iluminando o ambiente que estava com as luzes apagadas. Despejou o líquido na taça e bebeu vários goles, até sentir-se levemente zonzo.

 

Após alguns minutos, Luba abriu a porta, com várias sacolas em mãos. Seu coração deu um salto ao ver a escuridão do ambiente e, ao pé da janela, T3ddy sentado, sem camisa, enquanto segurava uma taça de vinho. Colocou as sacolas no chão e, com certo receio, aproximou-se do moreno.

 

- Ei... Não pode beber álcool, está tomando medicamentos, T3ddy! – Sussurou. Abaixou-se, colocando as mãos em cima de sua perna. – Sente dores? Náuseas? Eu trouxe algumas coisas, pensei em preparar uma macarronada mesmo e...

- Não quero nada, Lucas. Por favor, pare de fazer tantas coisas, isso não vai mudar o que aconteceu.

 

T3ddy sentiu um vazio enorme no peito, porque estava sendo sincero, mas não era para ter soado daquela forma rude. Sentiu Luba prender a respiração. O loiro apertou levemente sua coxa, fungando, e ia se levantar quando sentiu sua mão ser apertada. Olhou T3ddy com apreensão e expressão confusa. Seu braço foi puxado devagar, e T3ddy o guiou para sentar-se em seu colo, com uma perna de cada lado. As mãos do moreno apertaram as suas, entrelaçando seus dedos. Seus olhos estavam fechados, e seu coração batia tão forte que parecia que poderia explodir a qualquer momento.

 

- Me desculpe... – Luba olhou aquela cena com lágrimas nos olhos, e levou as mãos do outro até seu rosto, roçando a barba ruiva nelas. Sentia-se inebriado por aquele sentimento, por T3ddy estar aceitando seu carinho. Sem conseguir evitar, pois suas estruturas estavam caindo por terra devido àquelas carícias e aos toques, que lhe arrepiavam até a alma, o moreno abriu os olhos, encarando aqueles olhos verdes pela primeira vez em três dias. Não precisou de palavras... O conforto que eles lhe ofertaram lhe atingiu de forma branda, fazendo com que se desse conta de que Luba faria qualquer coisa por ele.

 

Luba ofegou. O olhar amendoado, cheio de dor e incompreensão, o fez sentir o amor mais profundo brotar dentro de si.

 

- Eu estou aqui... Está tudo bem, meu amor... Sei que é difícil de acreditar, mas vai ficar tudo bem. Eu vou te ajudar, e vou estar ao seu lado em qualquer decisão que tomar, qualquer uma mesmo. – Olhava T3ddy nos olhos, fixamente.

- Por que, Lucas? Olha o que eu sou... Um fracasso. Não tem porque estar comigo, você tem tanta coisa pra viver, tantos sonhos...

 

O loiro colocou o indicador sobre os lábios do outro, calando-o. Abaixou a cabeça timidamente, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, T3ddy puxou seu rosto e tocou seus lábios. Desceu suas mãos até a cintura de Luba, acariciando o local, ao mesmo tempo em que invadia os lábios rosados com sua língua quente, fazendo Luba sentir leves espasmos de prazer por estar sentindo seu amor novamente. T3ddy o beijava lentamente, para prolongar aquela sensação que estava invadindo seu âmago, e quando se deu conta, o estava beijando ferozmente, com desespero.

Ao acariciar o rosto do moreno, Luba sentiu algo molhado. Finalizou o beijo com um selinho demorado e sentiu os lábios carnudos tremerem, e seu peito encheu-se de amargura e tristeza. A sensação tão boa e intensa fez T3ddy se desarmar, fazendo aquela avalanche de sentimentos a tanto tempo guardados vir à tona de uma vez só, e começou a chorar convulsivamente. Luba, pasmo por ver seu amor se abrir e confiar em si, abria a fechava a boca, apoiando a cabeça do mais novo em seu peito, enquanto acariciava seus cabelos, e logo estava chorando também.

 

- Por quê? Eu estou aqui porque eu te amo, meu amor. – Declarou-se, soluçando. Apertou o moreno em seus braços. – Eu estou aqui porque você é tudo pra mim, é minha vida, e nada nesse mundo vai mudar isso. Eu jamais vou te abandonar, Lucas, nunca. Não deixarei que essa tristeza te leve para o poço, eu estou aqui para te trazer felicidade. – T3ddy levantou o olhar, sentindo seu coração se encher de ternura ao ouvir aquelas palavras. Ganhou mais um beijo apaixonado, e apertou o loiro pela cintura, enquanto ainda se derramava em lágrimas. – Eu estou aqui, Lucas Olioti, pra te amar para sempre.

 

 


Notas Finais


Gostaram?

Os próximos capítulos serão narrados mais pela visão do T3ddy, porque acho que dá mais emoção hehe
Será que ele ainda vai ter coragem de deixar o Luba para trás? Huuum

Muito obrigada por ter lido até aqui!
Até o próximo :)


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