História Como se fosse a primeira vez - Pequeno escritório

Os sentimentos eram os mesmos, sua esposa chamando-a pelo nome dela significava tudo. Kara não se importou que os motivos não fossem os mesmos. Ela não ficou surpresa com a luz esmaecida de um escritório sem uma janela, ou que Cat arrastou suas coisas, incluindo o almoço no meio do escritório para ficarem juntas. Se assim for, esse momento sentiu-se mais íntimo e precioso. Cat chamou Kara pelo nome dela, segurando Killu, depois de acariciar a capa da Supergirl e dentro do quarto da filha.

 Ela entendeu que Cat estava sob circunstâncias diferentes, sob cenários diferentes, no entanto, o tom e a pronúncia de como sua esposa se dirigia a ela era uma emoção cheia de memórias agradáveis.

 Kara deu um sorriso para a caneca favorita de Cat. Ela encheu o copo com café quente e pegou alguns pacotes de açúcar. Sua mente rapidamente interrompeu suas atividades rotineiras. Os pacotes de açúcar eram uma nova adição ao café da esposa, se fosse novo, você poderia dizer um par de anos. O sabor mais simples sem lácteos, ajudou o Cat a começar seu dia. O doce açúcar orgânico foi um toque para aliviar a amargura.

 Kara colocou os pacotes de açúcar de volta ao seu recipiente. Sua esposa não queria seu café novo. Cat cresceu para amar os sabores do café sem lácteos, ela estava mais inclinada a doçura sobre o sabor.

 Kara fez o que sabia melhor. Ela se moveu rapidamente para o café da esposa, colocando a quantidade correta, levantando os óculos para aquecer o líquido, criando o café da esposa, preparando facilmente o que comprou todas as manhãs, antes das oito horas.

  - É Abril? - Disse Cat entrando na cozinha. O coração de Kara acelerou no pensamento de sua esposa pegando ela aquecendo o café com o feixe de laser.

  - Sim, 11 de Abril.

 Cat observou Kara. A mulher caminhou até ela e entregou-lhe a caneca com a mão esquerda. O anel de Kara chamou a atenção de Cat. A banda de ouro branco era maravilhosa. Era um diamante simples e delicado. Corresponde às descrições de Kara. Simples e linda.

 Kara percebeu que Cat estava olhando para o anel dela. - Me desculpe, eu ... posso tirar isso se quiser. - Kara moveu a mão direita para a esquerda, segurando sua aliança de casamento em seus dedos.

  - Não - Disse Cat, balançando a cabeça lentamente. - Use-o, ele combina com você. - Ela olhou para a caneca em suas mãos, e tomou um gole de café.

 O café quente e acentuado acalmou sua garganta, o sabor perfeito aumentou seus sentidos instantaneamente. O café em suas mãos era perfeito.

 Ela decidiu que era hora de tornar as coisas mais claras entre elas. Cat conseguiu manter a conversa fluindo e não aborrecida enquanto estava na sala ou no quarto de Ellie. O entorno não lhe proporcionou uma desculpa para enganar a conversa para um assunto diferente. Ela estava sozinha, numa cozinha com sua antiga assistente.

 Cat estava pronto para falar sobre coisas múltiplas agora que seu corpo sofreu cafeína pura. No entanto, o leve desconforto que seu assistente provavelmente sentiu foi porque ela decidiu ser ousada e descuidada com seus métodos de observação. Ela concedeu a Kara a dúvida e o julgamento quando olhava acidentalmente diretamente para o anel.

  - As vantagens de você ter entregado meu café todas as manhãs. - Disse Cat, liberando tensão entre eles. Ela não estava orgulhosa de como sua conversa era fluente quando se tratava de objetos ou coisas.

 Cat tinha uma conversa divertida de desvios.

 Kara sorriu, caminhando de volta e preparando uma caneca de café para si mesma. - Isso é útil, certo? - Ela disse, com líquido dez vezes mais quente que o de sua esposa e com um sorriso generalizado em suas características.

  - Você faz isso com frequência? - Cat notou, deslizando os dedos sobre a cerâmica quente. - Estou certa de que sempre esteve lá. - Ela acenou com a mão no ar. - Eu nunca notei.

 Kara encolheu os ombros e entrecerrou os olhos. - Poderia esclarecer? - Ela perguntou, proporcionando conforto a sua esposa para controlar o assunto novamente.

 - Nunca vi você sorrir repetidamente. Nunca, isso é frequente. - Cat disse franzindo os lábios. Com isso, o sorriso de Kara sentiu-se como o sol, quente e radiante. - Definitivamente, uma visão melhor do que ver você chorar. - Disse Cat, organizando seus pensamentos, tomando seu café. Kara olhou para baixo, mexendo os óculos. Suas expressões eram suaves e relaxadas, contemplando o possível resultado desta conversa. Ela ficou perplexa na maneira sutil que sua esposa elogiava seu sorriso. Ela ficou extremamente feliz com o quão encantadora era sua esposa, calma conversando com ela, criando uma atmosfera pacífica em torno deles, em torno de si mesma. - Você deve saber como que eu me sinto sobre o chorar. - Kara assentiu, sorrindo como Cat desviou uma frase pretensiosa cheia de emoções para um tópico padrão de coisas que a irritava.

  - Ah - Kara sorriu, apontando para a boca dela. - Eu faço isso toda hora.

 Cat sorriu de volta. - Eu acredito que sim.

 Cat bebeu um gole do café, curtindo o sabor. Ela encontrou os olhos de Kara e manteve-os lá por pelo menos dois segundos. O silêncio cresceu enquanto olhava profundamente nos olhos de Kara pela primeira vez. Isso surpreendeu o quão claro e azul eles eram. O céu poderia camuflar neles ... certamente. 

 Ela foi interrompida por um telefone tocando, em algum lugar da sala de estar. Kara virou o olhar para a bolsa de Cat. A bolsa Prada estava descansando sobre uma mesa ao lado do elevador.

  - Deve ser sua assistente. - Disse Kara, olhando o microondas atrás dela, percebendo o tempo.

 Cat engoliu. O sabor do café em sua língua ficou azedo, a garganta sentiu-se seca e entupida na idéia de responder um telefone a um estranho e, sem dúvida, discutir um tópico sobre o qual seu cérebro era inconsciente.

 Suas mãos agarraram a caneca quente, seus nódulos ficaram brancos enquanto contava lentamente o toque irritantemente contínuo do seu celular.

 Kara sabia que era importante, ela também estava ciente de que sua esposa compartilhava a mesma linha com ela. Kara percebeu os ombros rígidos de Cat, o pescoço tenso e a postura rígida.

  - Ei - Kara disse se aproximando, a voz era suave e atenciosa. - Você se importa se eu ... responder? - Ela inclinou a cabeça, em direção a bolsa, e esperou pela resposta da esposa.

  - Claro, Kara. - Disse Cat, quebrando seus pensamentos e flexionando seus dedos em volta da caneca.

 Kara sorriu com a menção do nome correto e foi atender o telefone. Ela viu o nome da assistente da esposa na tela.

  - Alo? hum, não, sou eu. - Kara disse.

 Cat tomou um gole de café novamente, virando-se para as portas  da varanda, focalizando o céu e os edifícios. Aliviando seus pensamentos e músculos da tensão, mas mantendo o espaço correto entre Kara e o telefonema.

  - Desculpe. - Disse Kara. - Eu deveria ter enviado um email esta manhã. Tudo aconteceu tão rápido que ... sim, ela está bem, obrigada por perguntar. - Cat encheu os pulmões com ar, imaginando a troca de palavras. - Oh, não. - Cat virou, notando que o tom preocupado de Kara combinava com o rosto perturbado dela. - National City sabe fazer melhor. - Cat abaixou a caneca, ouvindo atentamente Kara. - Sim esperançosamente. Precisamos de uma linha melhor. - Kara balançou ligeiramente a cabeça. - E o Planeta Diário? Qual é a linha de Clark? Bom. - Cat abriu os olhos um pouco sobre a menção do Clark. - Eu preciso ver as opções, envia-los para mim, por favor.

 Kara revirou os olhos, passando furiosamente por Cat. Ela não pôde evitar a intrigação de que ela estava com a conversa e como ele se transformou. Ao mesmo tempo, ela estava feliz por Kara estar no controle.

 Kara entrou na cozinha e caminhou pela geladeira para o que parecia um corredor que Cat não tinha conhecimento. Ela seguiu a mulher através de um sala escurecida iluminada por lâmpadas penduradas. Ela viu Kara empurrando uma porta de vidro, desaparecendo em uma sala.

 Cat acelerou os passos, ansiosamente para não perder a conversa. No entanto, seus pés a assustaram quando viu uma mini réplica de seu escritório em sua cobertura. Ela viu Kara clicando no computador, a luz branca brilhante da tela iluminou a área. Kara sentou-se na cadeira grande, bebendo o líquido da caneca e colocando-a na mesa de vidro. Cat olhou com curiosidade quando sua esposa pegou um controle remoto e pressionou um botão.

 As TVs na parede começou a acender uma a uma em perfeita sincronia. Ela viu Kara pressionando outro botão. As cortinas da sala dobraram lentamente, revelando altas janelas altas e o que parecia outra varanda.

 A decoração rústica e bonita do escritório agora era facilmente visível quando Cat passou pelas portas de vidro, entrando no escritório. Ela viu um mini-bar na esquina com um vaso cheio de M & M, seguido por uma metade de uma parede coberta de desenhos e rabiscos de Ellie.

 Cat sorriu instintivamente, curtindo o calor que seu coração induziu. Ela tinha que admitir que a idéia de desenhos na geladeira era clichê e linda. Ainda assim, ela estava um pouco intrigada com o motivo de sua geladeira não estar decorada com decorações tão vitais. Sorrindo que os papéis estavam em seu escritório em vez da geladeira.

 Cat ainda era ela mesma, afinal, esses anos.

 A voz de Kara tirou Cat de seus pensamentos. - Eu preciso falar com ele. - Ela se forçou a olhar os belos desenhos de raposas e virou para as múltiplas telas na parede.