● Sohyun narrando ●
Sabem quando dizem para nós não brigamos com nossos pais porque a gente nunca sabe o dia de amanhã?
Isso não vale apenas para os pais, mas sim para todos que gostamos. E eu descobri isso da forma mais horrível e trágica possível!
E por pior, foi tudo culpa minha..
▶ Flashback on ◀
10 / 07 / 2017
Às 22:45 PM
Teatro Chongdong, em Seul.
Changkyun tinha me levado ao teatro para vermos alguma apresentação, porque o mesmo dizia e achava que não estava me dando a devida atenção nas últimas semanas por causa do trabalho.
Eu em momento algum exigi a sua atenção, pois estava tão ocupada no meu novo livro quanto ele no studio. Até porque entendo porque ele estava ocupado no trabalho, cliente novo, esse era o motivo.
Durante a apresentação pude sentir seus olhos presos em mim, desviei meu olhar do palco para meu marido, que tinha um pequeno sorriso nos lábios e me olhava como se não tivesse mais ninguém a nossa volta.
Agora era eu quem não parava de olha-lo. Seus cabelos castanhos perfeitamente penteados, seus olhos pequenos, sua boca entreaberta e seu rosto bem desenhado poderia fazer qualquer garota se apaixonar rapidamente sem nenhuma dificuldade.
Mordi meu lábio inferior involuntariamente, o que fez Chang descer seus olhos para minha boca. E em questões de segundos, ele selou nossos lábios em um beijo calmo mas necessitado. Sua mão segurava e acariciava meu rosto. No final do beijo - que só paramos pela salta de ar.- sua mão continuou em minha face acariciando a mesma, fechei meus olhos para aproveitar melhor seu carinho que eu tanto amava receber.
A apresentação acabou e nós dois nem virmos quando a mesma terminou. Balancei a cabeça negativamente enquanto saiamos do teatro Chongdong.
Eu fiquei no lado de fora do prédio enquanto Changkyun cumprimentava uns conhecidos não muito longe de mim e apenas o observava com um pequeno sorriso.
Então sinto alguém tocar em meu ombro e quase pulei de susto. Quando me viro para o ser que me sustou pronta para xinga-lo, me surpreendo ao ver um amigo de infância.
– Baekhyun! - sorrio.
– Como vai, Sohyun? Há quanto tempo, não? Desculpe pelo susto.
– Que nada. Eu vou bem, e você? Está mais alto que da última vez que nos virmos.
– É que como muito feijão. - rimos. - E estou bem também. Mas eai? Soube que você casou, verdade isso?
– Sim e já faz 3 anos. - meu sorriso só aumentou. - E você? Está solteiro ou namorando?
Ri ao vê-lo corado.
– Ya! Eu comecei a namorar recentemente com o Chanyeol..
– Finalmente notou o garoto! Ele é apaixonado por você desda adolescência.
– Pena que era muito lerdo para perceber isso.. - riu sem jeito. - tenho que ir, Sohyun, Chanyeol está me esperando. Foi bom te ver.
– Igualmente.
Ele me deu um abraça rápido, porém, apertado e foi embora. Sinto saudades da época que eu, ele e Chanyeol eramos mais próximos, talvez possa mudar isso..
– Vamos.
Chang apareceu atrás de mim e me arrastou até o carro. Não entendi, o que houve? Será que deu algo de errado na conversa dele com aquelas pessoas?
Já estamos dentro do carro voltando para casa. Estou com medo, Changkyun está nervoso e dirigindo um pouco acima da velocidade permitinda. Ele não fala nada e continua com cara de poucos amigos.
– Chang... O que aconteceu? Por que está assim? - pergunto apertando o sinto de segurança.
– Quem era aquele? - resmungo.
– O que disse?
– Quem era o filho da puta que te abraçou?! - perguntou tirando os olhos da estrada.
Começo a rir, tentei segurar ou até mesmo tentar conter-lo mas era quase que impossível.
– Você pode parar de rir e me responder?! Quero saber quem era aquele!
– Ai meu estômago! - fui me recompondo aos poucos.- Está com ciúmes?
– Ciúmes? Sabe muito bem que não tenho isso!
– Ah Chang, pára vai, não tem o porque ficar assim, não rolou nada.
– Como se aquele abraço não fosse nada. - bufou.
– Foi apenas um abraço de amigos.
– Amigos? - ele mais uma vez tirou sua atenção da estrada. - Nunca vi você com aquele cara, que amigo é esse?
Não sabia se aquilo era ou não uma pergunta, decidi não responder já que não sabia a resposta. Então o silêncio voltou a reina dentro do carro e Chang apenas resmungava, bujava e soltava grunhidos de raiva.
O clima estava desconfortável. Esse ciúmes de certa forma era desnecessário, ele raramente sentia isso e na última vez que teve uma crise de ciúmes, foi no primeiro ano da faculdade e no final tive que cuidar de seus machucados, já que o mesmo criou uma briga com um rapaz.
– Chang, vai mais devagar.. - digo um pouco baixo enquanto olhava pela janela, mas parecia que o mesmo não tinha escutado, então o encarei e repeti. - Chang..
– Você vai desistir de mim? - perguntou olhando em meus olhos.
Sua expressão não estava como imaginei que estaria - Seria ou então fechada. -, estava apreensivo e me perguntei o porque daquela pergunta repentina.
E a última coisa que vi foi uma luz branca clarear todo o rosto dele antes que tudo se apagasse.
▶ Flashback off ◀
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.